SAAB JAS 39 Gripen E/F (F-39)

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Vitor Santos

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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #90 em: Agosto 03, 2020, 07:11:26 pm »
Segundo site, FAB compra míssil IRIS-T no lugar do A-Darter


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O site de notícias britânico Shephard noticiou em matéria assinada pelo especialista Sérgio Santana, que a Força Aérea Brasileira cancelou a produção em série no Brasil do míssil ar-ar A-Darter (desenvolvido em parceria com a Denel da África do Sul) e comprou mísseis ar-ar IRIS-T para equipar o caça Gripen (ver nota do editor no final da matéria).

Segundo o autor, a decisão de cancelamento da produção do A-Darter no Brasil foi tomada pelos comandantes seniores da FAB após atrasos no desenvolvimento do A-Darter, apesar do míssil ter passado nos testes de qualificação e certificação no Brasil em setembro de 2019.

O projeto A-Darter teve início, oficialmente, em 16 de outubro de 2006, por meio da assinatura do contrato firmado entre a Força Aérea Brasileira e a Armaments Corporation of South Africa, tendo como executora a empresa Denel Dynamics.


Em 26 de setembro de 2019, em Brasília (DF), foi realizada a cerimônia de entrega do Certificado de Tipo e Data Package do Projeto A-Darter, que teve por objetivo o desenvolvimento de um sistema de míssil de curto alcance ar-ar infravermelho de 5ª geração com transferência de tecnologia, certificação e industrialização no Brasil.

O sistema A-Darter ar-ar possui as capacidades de identificar, de forma autônoma, um alvo após o lançamento (LOAL, do inglês Lock On After Launch); de contra-contramedidas eletrônicas (capaz de identificar e negar flares); e de identificação de alvo e lançamento com sucesso até uma posição relativa de 90 graus.

África do Sul e Brasil investiram conjuntamente US$ 254 milhões no projeto do A-Darter.

Em março de 2015, a Força Aérea da África do Sul fez uma encomenda de produção no valor de US$ 66 milhões para um número não especificado de mísseis A-Darter, o que significaria uma encomenda de algo entre 60 e 80 mísseis, dos quais entre 10 e 20 seriam mísseis de treinamento.

Esperava-se uma encomenda do Brasil, mas não ela não se materializou.


 :arrow:   https://www.aereo.jor.br/2020/08/03/segundo-site-fab-compra-missil-iris-t-no-lugar-do-a-darter/
 

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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #91 em: Agosto 04, 2020, 03:22:43 am »
Gripen chega em setembro e participa das comemorações de 23 de outubro


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O primeiro caça F-39E Gripen da Força Aérea Brasileira deverá voar pela primeira vez no país no dia 25 de setembro. A aeronave também deve participar das comemorações do Dia do Aviador, em 23 de outubro, em Brasília (DF). É o que está previsto na autorização para voos da aeronave no Brasil, a qual a Revista ASAS teve acesso.

De acordo com o documento, a Saab tem autorização para voar o Gripen E no Brasil entre os dias 25 de setembro e 31 de dezembro de 2025. O primeiro voo deve ser o traslado entre Navegantes (SC) e Gavião Peixoto (SP), onde devem ser realizados voos “esporádicos” em áreas de ensaio. A autorização também envolve o voo específico sobre Brasília no dia 23 de outubro, quando ocorrem as celebrações do voo pioneiro de Santos Dumont.

Conforme a Revista ASAS adiantou, essa primeira aeronave deverá chegar ao Brasil de navio. Será operada por funcionários da Saab e da Embraer, que vão realizar testes adicionais no caça. A entrega do primeiro Gripen para a Força Aérea Brasileira deve ocorrer no próximo ano.

 :arrow:  https://www.edrotacultural.com.br/gripen-chega-dia-25-de-setembro-e-participa-das-comemoracoes-de-23-de-outubro/
 

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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #92 em: Agosto 07, 2020, 12:35:37 pm »
Colaboração Real 3 – Episódio 6: As capacidades centradas em rede do Gripen


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Durante um combate aéreo, o Gripen E/F tem a capacidade de se comunicar com qualquer outra unidade militar e compartilhar informações sigilosas por meio de um link de dados seguro.

Quer saber mais? Confira o episódio 6 da temporada.


 :arrow:  https://www.aereo.jor.br/2020/08/06/colaboracao-real-3-episodio-6-as-capacidades-centradas-em-rede-do-gripen/
 

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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #93 em: Agosto 20, 2020, 04:40:14 pm »
VÍDEO: Colaboração Real 3 – Episódio 7 – Os armamentos do Gripen


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Altamente versátil , o Gripen pode transportar diferentes armamentos para missões ar-solo, ar-mar e ar-ar conjuntamente.

O caça brasileiro é capaz de utilizar uma grande variedade de armamentos, dependendo da missão.




 

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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #94 em: Agosto 21, 2020, 12:57:43 am »
Piloto da FAB voa o primeiro F-39 Gripen E


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Voo sobre o mar Báltico, na Suécia, durou, aproximadamente, 50 minutos e faz parte da verificação das qualidades de voo e de pilotagem da aeronave

O Major Aviador Cristiano de Oliveira Peres, piloto de provas da Força Aérea Brasileira (FAB), realizou, nesta quinta-feira (20), na Suécia, o primeiro voo de um piloto brasileiro no novo caça F-39 Gripen E. A aeronave decolou do aeródromo da SAAB, empresa responsável pelo desenvolvimento do vetor, em Linköping, e sobrevoou o mar Báltico por aproximadamente 50 minutos. A atividade faz parte da verificação das qualidades de voo e pilotagem da aeronave.

O militar explica que a preparação para o voo desta quinta-feira foi intensa. Ele está desde janeiro em Linköping e tem passado por uma série de treinamentos que o qualificaram para a pilotagem. Entre eles, o estudo da documentação técnica do F-39 Gripen e muitas horas de treinamento em simuladores.

Para o Major Cristiano, realizar o voo foi uma grande responsabilidade dada a importância do projeto para a Força Aérea Brasileira. "O Gripen E FAB 4100 ainda é um protótipo e demandou muito tempo de preparação para esse voo. Mas quando eu ouvi da torre de controle a autorização para o pouso, tive a certeza que todo o esforço valeu a pena. Foi para isso que eu decidi me tornar piloto de ensaio em voo. Agradeço à FAB por ter confiado a mim a missão de levar ao alto a nossa bandeira em céus suecos", acrescentou.

As atividades conjuntas iniciaram em 2014 com a assinatura do contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F para a Força Aérea Brasileira, incluindo sistemas embarcados, suporte e equipamentos. As plataformas são desenvolvidas e produzidas com a participação de técnicos e engenheiros brasileiros. Essa integração faz parte da transferência tecnológica e visa a proporcionar o conhecimento necessário para a continuidade das atividades no Brasil.

IPEV

O Major Cristiano faz parte do efetivo do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). O IPEV tem por finalidade prestar serviços tecnológicos especializados na área de ensaios em voo, instrumentação de aeronaves e telemetria de dados para apoio à pesquisa, ao desenvolvimento e à certificação de produtos aeronáuticos, bem como formar pessoal especializado em ensaios em voo. Realiza, ainda, pesquisas e desenvolvimento de técnicas e meios de ensaios em voo além de métodos de planejamento e apoio à decisão nas atividades de ensaios em voo, buscando soluções inovadoras e mais eficientes e eficazes.

Fotos: Divulgação SAAB



 
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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #95 em: Agosto 21, 2020, 02:47:52 am »

 

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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #96 em: Agosto 25, 2020, 03:07:22 pm »
 

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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #97 em: Setembro 06, 2020, 04:46:04 am »
VÍDEO: Colaboração Real 3 – Episódio 8 – Sistema de Guerra Eletrônica do Gripen


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A aeronave Gripen possui diversos sistemas de Guerra Eletrônica, como por exemplo, um radar que consegue detectar inúmeras aeronaves a grandes distâncias simultaneamente, além de ser imune a diversos tipos de interferência eletrônica.

Esse sistema faz com que o piloto tenha vantagem tática para ser o primeiro a atacar, uma vez que ele tem a visão de todo um cenário a sua volta. Quer saber mais? Assista ao vídeo completo.

 :arrow:  https://www.aereo.jor.br/2020/09/05/video-colaboracao-real-3-episodio-8-sistema-de-guerra-eletronica-do-gripen/

 

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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #98 em: Setembro 08, 2020, 04:19:26 pm »

Treinamento para pilotar o Gripen - parte 1
 

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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #99 em: Setembro 11, 2020, 04:49:05 pm »
Como a FAB se prepara para o Gripen – Entrevista com Ten Brig Ar Luiz Fernando de Aguiar

Parte 1


Está cada vez mais perto o dia em que o Gripen chegará para assumir as missões de defesa do espaço aéreo brasileiro. É inegável que esse caça vai agregar um salto qualitativo e operacional talvez inédito para a Força Aérea Brasileira (FAB). Suas capacidades táticas, os equipamentos de guerra eletrônica, de armas, de comunicação em rede, além da elevada disponibilidade e flexibilidade operacional será um elemento dissuasório fundamental na geopolítica regional.

Entrevistamos o Ten Brig Ar Luiz Fernando de Aguiar, que desde o dia 2 de fevereiro assumiu o cargo de Comandante de Preparo (COMPREP) da FAB. A missão deste grande comando é a de liderar todas as atividades relativas ao planejamento e preparo da Força Aérea, uma tarefa desafiadora e que exige um time de profissionais extremamente qualificados e comprometidos.

O Ten Brig Ar Aguiar é natural da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi declarado Aspirante a Oficial Aviador em 9 de dezembro de 1982 e promovido ao atual posto em 25 de novembro de 2018. Possui todos os cursos acadêmicos e operacionais de carreira e, ainda: Curso de Guerra Eletrônica; de Administração de Recursos Humanos; de Gestão da Informação; e de Capacitação em Gestão Integrada de Processos, Projetos, Resultados e Mudança; e MBA em Gestão Estratégica.

Dentre as principais funções exercidas estão: Comandante do Grupo de Serviço de Base da Base Aérea de Anápolis; Assessor Militar para Assuntos de Aeronáutica do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; Comandante da Base Aérea de Natal; Adido Aeronáutico junto à Embaixada do Brasil no Chile; Chefe do Estado-Maior do Sétimo Comando Aéreo Regional; Comandante da Terceira Força Aérea; Chefe do Estado-Maior do COMGAR; Comandante do Segundo Comando Aéreo Regional; Presidente da Comissão de Implantação de Sistemas Espaciais; e Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Possui cerca de 4.900 horas de voo em 12 tipos diferentes de aeronaves. Já recebeu 16 condecorações nacionais.

Dadas as capacidades do Gripen de operar a partir de pistas extremamente curtas, a FAB prevê a sua em aeródromos ou pistas destacadas na região de fronteira do Brasil?

A FAB fez um levantamento bastante completo para identificar todas as pistas em que será possível operar o Gripen E/F, o que resultou na identificação de mais de 300 aeródromos em que a aeronave pode pousar. São pistas de pouso, aeroportos e bases militares que cobrem todo o território nacional.

Além disso, vários órgãos da FAB estão realizando um estudo em conjunto para determinar as necessidades e possibilidades de operação em rodopista no Brasil. Nesse caso, trata-se da interdição de um trecho comum de rodovia por um breve período de tempo de modo a possibilitar o pouso, reabastecimento e remuniciamento das aeronaves. Depois desse reposicionamento, o avião estará pronto para realizar uma nova decolagem logo em seguida ou então pode ficar em alerta, às margens da rodovia, para eventuais acionamentos. Sabendo-se que o Gripen C/D (versão anterior das aeronaves que estamos adquirindo) consegue operar em trechos de rodovias que chegam a 800m de comprimento e 16m de largura, estimamos que o Gripen E/F terá capacidades similares.

Essa capacidade permitirá complementar qualquer lacuna do território nacional que, porventura, não conte com aeródromos suficientes para a condução de operações aéreas. Além de contribuir com a furtividade das operações, já que, dessa forma, torna-se bastante difícil para um eventual oponente localizar e neutralizar a base de operações.


Quando está prevista a obtenção da capacidade operacional plena (Full Operational Capability) do Gripen na FAB? Como deve funcionar e o que envolve esse processo?

A capacidade completa (Full Capability – FC) do Gripen será entregue para a FAB no início de 2025. Isso significa que, na FC, teremos todos os sistemas integrados e testados, prontos para serem empregados no combate. Para entender melhor esse conceito, é bom enxergarmos o Gripen não só como um avião, e sim como uma plataforma de combate que possui vários sensores, equipamentos e armamentos.

Todos esses sistemas devem funcionar de maneira integrada para cumprir uma determinada missão. Essa integração, seja no Gripen ou na maioria dos projetos modernos de aeronaves de combate, é feita de forma paulatina. É costumeiro que os sistemas essenciais de voo e os sistemas básicos de combate sejam entregues logo nas primeiras aeronaves, o que permite realizar testes de recebimento, o treinamento inicial dos pilotos e mantenedores e, até certo grau, o emprego operacional. Na medida em que as próximas aeronaves vão sendo entregues, elas vêm com novos equipamentos e funcionalidades incorporados e a frota já recebida também é atualizada para a última versão.

Entende-se que tal método de desenvolvimento seja benéfico para os dois lados, seja para a FAB como cliente, seja para a SAAB como empresa contratada. Isso porque a FAB conseguirá iniciar logo os seus treinamentos e conseguirá testar o conceito operacional da plataforma antes do “pacote de desenvolvimento” estar fechado. Isso dá a oportunidade para que a FAB e SAAB trabalhem em conjunto para que o produto final seja refinado com foco na eficiência operacional testada e comprovada pelo operador, garantindo assim que o Gripen atenderá plenamente aos anseios da nossa Força e, por consequência, se torne um Caça bastante competitivo no cenário mundial. Acrescento que a versão inicial do Gripen será denominada “Basic Capability – BC”, a ser entregue já em 2021, sendo requisito essencial da FAB que a aeronave já esteja pronta para missões de Defesa Aérea desde então.

Qual é expectativa da Força Aérea em relação a distribuição do Gripen pelas localidades?

Inicialmente, todos os Gripens brasileiros ficarão sediados na Ala 2, em Anápolis – GO. Estão sendo feitos estudos para uma distribuição em outras localidades.

Quando os primeiros pilotos devem ser enviados para a Suécia para receber o treinamento no Gripen E? Como vai funcionar esse processo e quantos pilotos devem passar por esse treinamento?

A escolha dos primeiros pilotos de Gripen foi resultado de um rigoroso processo de seleção onde foi avaliado todo o desempenho operacional dos Pilotos de Caça. Interessante comentar que, naturalmente, a formação do Oficial Aviador na Academia da Força Aérea (AFA) e, em seguida, a formação de Pilotos de Caça e Líderes de Esquadrilha de Caça já constituem processos seletivos extremamente rigorosos, que forjam pilotos do mais alto gabarito. Com isso, destacar alguns poucos dentre um grupo de profissionais que já é bastante seleto não é tarefa fácil. Foram detalhes mínimos que levaram à escolha dos 12 Oficiais Aviadores que serão os primeiros pilotos de Gripen.

Esses pilotos seguirão para a Suécia em três turmas com quatro pilotos cada uma, sendo que a primeira turma já partirá em janeiro de 2021. Ficarão na Suécia por um período aproximado de 5 meses e lá farão o curso do Gripen C/D (versão anterior ao Gripen brasileiro, sendo o C mono-posto e o D bi-posto). Ao regressarem ao Brasil, farão o curso teórico e de simulador para então poderem voar o Gripen E (mono-posto).

Interessante notar também que, nesse momento inicial, ainda não teremos o Gripen F (bi-posto), o qual permite o voo “duplo-comando” para instrução. Este irá entrar em operação na FAB somente no final de 2023. Por conta disso é que se faz necessária uma adaptação ao Gripen C/D na Suécia, cuja pilotagem é bastante parecida com a do Gripen E/F e, dessa forma, os habilitará a realizar o primeiro voo no Gripen E já solo. Ressalta-se que esse será o modelo de treinamento definitivo a ser adotado pela Força Aérea da Suécia já que, diferente da FAB, aquela Força Aérea não optou pela aquisição do Gripen F, apesar de estarem migrando também para o Gripen E.

 :arrow:  https://tecnodefesa.com.br/como-a-fab-se-prepara-para-o-gripen-entrevista-com-ten-brig-ar-luiz-fernando-de-aguiar/
 

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Re: Saab Gripen E/F (F-39)
« Responder #100 em: Setembro 11, 2020, 04:58:49 pm »
A preparação para o Gripen – parte 2


Quais serão os sistemas de simulação recebidos com o Gripen? De que forma esses sistemas contribuirão na formação do piloto do Gripen, principalmente em termos de eficiência e economia de recursos em horas de voo?

O Gripen virá com dois simuladores de voo que terão papel fundamental tanto para o treinamento básico, onde os pilotos novos aprenderão os procedimentos normais e de emergência do avião, quanto para o treinamento operacional, onde serão massificadas as táticas utilizadas em combate. Para o treinamento básico, o simulador contará com uma posição chamada de “Rear Seat” onde o instrutor de voo executará suas funções como se estivesse voando na nacele traseira da aeronave. Já para o treinamento operacional, destaca-se o fato que os dois simuladores poderão ser operados de maneira interativa. Com isso, poderemos ter um piloto em cada simulador, mas voando juntos virtualmente, seja nas funções de Líder e Ala, onde um coopera com o outro, seja como oponentes, onde um combate contra o outro. Além disso, será possível inserir outras entidades virtuais comandadas por uma forma inteligência artificial, programada no software do simulador, ou comandadas por um terceiro participante a partir de uma estação de controle, simulando aviões, antiaéreas e tantos outros entes, amigos ou inimigos. Com isso, o simulador permitirá que os pilotos treinem de forma rotineira em ambientes complexos, representativos de um conflito real, que seriam possíveis somente em grandes exercícios, uma vez que demandam a mobilização de vários meios. O simulador será muito válido para treinar reflexos, massificar procedimentos e desenvolver táticas. Tudo isso a um custo muito reduzido quando comparamos com o custo da hora de voo. Apesar de não substituir por completo o treinamento em voo, onde os fatores fisiológicos se somam aos fatores operacionais da missão, o treinamento simulado pode reduzir em muito a demanda pelo voo real, traduzindo-se em qualidade de treinamento com economia de recursos.


Na FAB, o Gripen F terá alguma outra função além da conversão operacional e do treinamento de pilotos? Se sim, qual será?

De início, o papel principal do Gripen F será a formação operacional, sendo planejado, por hora, que o ocupante da nacele traseira exerça somente a função de instrutor de voo. Porém, os requisitos de desenvolvimento do Gripen F exigem que praticamente todas funções exercidas na nacele dianteira possam ser desempenhadas também a partir da nacele traseira, o que abre a possibilidade de, no futuro, buscar novas aplicações para os Gripen bi-postos. Principalmente nas missões complexas onde a divisão de funções entre os ocupantes poderia permitir que cada um mantenha maior grau de atenção em determinados aspectos da missão. Exemplos de funções do ocupante da nacele traseira seriam de navegação, identificação e designação de alvos, seleção de armamento, operação de equipamentos de guerra eletrônica, dentre outras.

O COMPREP prevê algum ajuste necessário na formação do Piloto de Caça no 2º/5º GAV em Natal? Ou na especialização nos esquadrões do 3º GAV em Boa Vista, Porto Velho e Campo Grande?

Tanto a formação do Piloto de Caça no 2º/5º GAV, quanto a especialização feita no 3º GAV, onde os pilotos se tornam Líderes de Esquadrilha da Aviação de Caça, são feitos no A-29, Super Tucano. Com isso, está sendo feito um estudo para identificar as possibilidades e limitações desse avião na preparação dos futuros pilotos de Gripen. A intenção é buscar as melhores formas de utilizar o A-29 de modo que o “salto operacional” de uma plataforma para outra seja o menor possível. Apesar de ainda não estar concluído, o estudo está indicando resultados bastante animadores. É inegável que a diferença de desempenho entre o A-29 e o Gripen é bastante grande, mas estamos verificando que os sistemas embarcados no A-29 podem prover um excelente treinamento no que tange ao gerenciamento da missão, o que é fator preponderante no Teatro de Operações moderno. O fato do A-29 já ter incorporado o conceito HOTAS (Hands on Throttle and Stick), ter um Data Link, operar com FLIR (Forward-Looking Infra Red), operar com NVG (Night Vision Goggles) e empregar e/ou simular diversos armamentos, inclusive mísseis, faz com que uma vasta gama de treinamentos seja possível naquela plataforma. Sendo assim, devemos reformular alguns aspectos do treinamento do 2º/5º e do 3º GAV, inserindo os pilotos em situações mais complexas, de forma a explorar melhor o desenvolvimento do raciocínio e de reflexos que ajudarão na transição entre o A-29 e o Gripen.

A atual frota de Northrop F-5M poderá, no futuro, ser utilizada como conversão e familiarização do Piloto de Caça do Super Tucano para plataformas de alto desempenho a jato, a exemplo dos lead-in fighter trainer?

De certa forma, tanto o F-5M como o A-1 já estão cumprindo essa função, uma vez que todos os futuros pilotos de Gripen são pilotos de uma dessas duas aeronaves. A FAB optou por, nesse primeiro momento, selecionar somente os pilotos da chamada “Primeira Linha da Aviação de Caça” por julgar que os mesmos já estão familiarizados com as características de um avião a jato e com sistemas de missão parecidos com os que serão encontrados na nova aeronave, facilitando o aprendizado. Porém, isso será aplicado somente nos primeiros anos de operação do Gripen. A desativação dos F-5M e dos A-1 da FAB deve acontecer em um futuro próximo e, quando chegarmos lá, a intenção é de que os pilotos passem diretamente do A-29 para o Gripen. Lembro também que já tivemos uma experiência no passado onde acreditamos que o piloto de A-29 deveria passar por uma transição no AT-26 Xavante para se adaptar a um avião a jato de menor desempenho antes de prosseguir para o F-5M ou Mirage 2000. Nessa ocasião, testamos também a mudança direta sem passar pelo Xavante. Ao compararmos os dois caminhos, concluímos que a transição por um avião intermediário traz certos benefícios, mas está longe de ser essencial. Quando trazemos essa experiência para o Gripen, temos duas indicações que a transição direta do A-29 para o Gripen será possível: a primeira é que a percepção dos nossos pilotos que já voaram o Gripen C/D é de que essa aeronave tem características de pilotagem mais fácil quando comparado ao F-5M e M-2000, sendo que a carga de trabalho do piloto fica concentrada bem mais no gerenciamento da missão do que na pilotagem em si; a segunda é que o Gripen terá um excelente simulador de voo e, portanto, imaginamos que o próprio simulador fará as vezes da plataforma intermediária. Além disso, quando o F-5M e o A-1 estiverem desativados, acreditamos que teremos um corpo de instrutores de Gripen bastante sólido, completamente capaz de orientar a conversão de um piloto de A-29 diretamente para o Gripen.

De que forma a experiência de outros países com o Gripen C/D tem ajudado o Brasil no desenvolvimento doutrinário do Gripen E/F?

Depois de assinado o contrato de aquisição do Gripen, o Brasil passou a fazer parte do “Gripen User’s Group – GUG”, que é um grupo que reúne todos os operadores de Gripen por duas vezes ao ano para discutir assuntos que vão da esfera logística à operacional. Os países membros se revezam para sediar esses eventos sendo que o Brasil já sediou uma reunião em 2018. Além das reuniões, o Grupo abre portas para intercâmbios, sendo que já foram enviados representantes da FAB para a Suécia, Tailândia, Hungria e República Tcheca para realizarem diversos tipos de treinamentos. Um outro evento promovido pelo GUG é o “EW Workshop”. Esse último acontece uma vez a cada ano, sendo que o Brasil irá sediar a versão de 2020. O EW Workshop tem por finalidade a discussão de questões relacionadas à Guerra Eletrônica (Electronic Warfare – EW) e se reveste de especial importância por ser um campo extremamente complexo e de grande importância estratégica. Aquele que conseguir dominar o ambiente eletromagnético será capaz de controlar as comunicações e de “cegar” o inimigo, traduzindo-se em importante vantagem operacional. Como o Gripen é uma plataforma com capacidades de Guerra Eletrônica bastante avançadas, a cooperação entre os países para o desenvolvimento dessas capacidades pode vir a se tornar fator preponderante para que a nossa nova aeronave de Caça estabeleça uma posição de domínio no seu campo de atuação.

O Gripen D voando com o pod de ataque eletrônico da família Arexis, da Saab, sob a asa esquerda.

 :arrow:   https://tecnodefesa.com.br/a-preparacao-para-o-gripen-parte-2/
 

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« Responder #101 em: Setembro 17, 2020, 06:51:02 pm »

Treinamento para pilotar o Gripen - parte 2
 

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« Responder #102 em: Setembro 17, 2020, 07:12:58 pm »
VÍDEO: Colaboração Real 3 – Ep.9: Soluções inteligentes de manutenção do Gripen


Citar
O Gripen foi projetado para ter uma manutenção eficiente e rápida, garantindo que a aeronave tenha mais tempo disponível para as operações da Força Aérea Brasileira. Confira o episódio 9 da websérie!

 :arrow:  https://www.naval.com.br/blog/2020/09/17/submarino-riachuelo-realiza-novo-teste-de-imersao-estatica/

 

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« Responder #103 em: Setembro 22, 2020, 02:18:57 pm »
 

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« Responder #104 em: Setembro 22, 2020, 03:01:16 pm »