Artigo interessante o dos seis helis de " Evakuação ", retirei do artigo, as fotos dos helis.
O mais interessante é o facto de se colocar o 139 e o NH90 no plano das possibilidades sabendo nós que a aquisição do NH90 teria um custo total que em muito superaria os 53 milhões mencionados.
Pelos custos unitários dos vários modelos, aqui mencionados creio que o modelo escolhido ou será o " Kualhão ".
Se procurássemos na Leonardo, isto para continuar na mesma MARCA, o modelo que poderia " caber no orçamento " seria, quando muito o
AW169, pois até o AW139 para cinco unidades excede o orçamento atribuído, em, pelo menos, cinco milhões, a preços de 2013 !
Helicópteros de Evacuação para a Força Aérea Portuguesa 16-06-2019
Para além dos 5 "helis" ligeiros Koala, até 2022 a Força Aérea deverá receber ainda 6 novos helicópteros de evacuação.
Conforme já relatado pelo Portugal Defense News em matéria anterior, a Força Aérea Portuguesa encontra-se actualmente em processo de substituir os seus helicópteros ligeiros Alouette-III, por 5 novos Leonardo AW-119 MKII Koala. A incorporação dos novos aparelhos e a saída dos que substitui, deverá estar concluída até 2020.
Os AW-119 deverão, junto da Esquadra 552 Zangões, cumprir as missões de instrução básica e avançada de voo, busca e salvamento, evacuação sanitária, transporte, patrulhamento, missões de observação, e apoio ao combate aos incêndios rurais.
Como pode ter reparado, na lista de funções para as quais o "Koala" português está preparado, não se incluem as missões de natureza mais bélica. Os novos helicópteros ligeiros não estão portanto aptos para suprir necessidades mais musculadas, isto embora a Força Aérea já tenha dito que os AW-119 poderão facilmente ser adaptados para esse tipo de missões, pese embora que provavelmente o fariam de forma limitada.
Os "Koala" portugueses não se apresentam como menos preparados que os helicópteros que está a substituir, eles próprios, os Alouette, envolveram-se em missões puramente de guerra, nomeadamente no conflito colonial, onde realizaram missões de evacuação, transporte e apoio aéreo a forças no terreno.
No entanto não é mais indicado, principalmente nos dias de hoje, recorrer a helicópteros cujas características adquiridas, no acto da compra, se focaram principalmente nas missões de apoio civil, instrução e funções militares secundárias.
Neste sentido, o ramo aéreo, tendo especial atenção às necessidades do Exército, busca aparelhos de asa rotativa que sejam capazes de cumprir, de forma mais dedicada, as missões de apoio armado aéreo e evacuações em cenários de grande risco. Esses aparelhos, tal como os Koala, deverão estar aptos ao duplo uso, ou seja, capacitados para as mais variadas missões de carácter civil e militar.
A Lei de Programação Militar, que estipula o montante total de investimento na aquisição e manutenção das capacidades militares nacionais até ao ano de 2030, prevê 53 milhões de euros para solucionar esta lacuna, referindo a aquisição de 5 a 6 "helicópteros de evacuação". Uma das hipóteses seria a obtenção do modelo AW-119 Koala, portanto o mesmo de que a Força Aérea já dispõe e que terá, até 2020, 5 unidades operacionais num contrato de 20,5 milhões de euros. Os seis novos helicópteros seriam portanto idênticos aos que já estão a substituir os Alouette-III, mas adaptados para o cumprimento de funções militares mais dedicadas, nomeadamente por meio da incorporação de blindagem. No entanto os helicópteros de evacuação a serem adquiridos estariam definidos como sendo de médio porte, tal não é o caso dos ligeiros AW-119. Considerando o montante envolvido e o facto de que os Koala poderão não cumprir com os requisitos estipulados, o mais certo será a opção pelos AW-139, também da fabricante Leonardo.
As Forças Armadas já têm histórico na operação de aparelhos deste fabricante, mas se não fosse isso o suficiente para fixar preferências, o preço unitário de helicópteros, de outras marcas, que sejam semelhantes em capacidade ao "139" ou "119", também são consideravelmente mais avultados.
A frota de helicópteros militares nas Forças Armadas será assim constituída, na sua totalidade, por aparelhos de desenho ou fabrico italiano. Dos três ramos militares, dois operam helicópteros, a Marinha e a Força Aérea, sendo que desses, apenas os Alouette-III, que estão a ser retirados de serviço, não são da Leonardo.
O Exército não esteve inicialmente de acordo com a forma como estava a ser gerida a aquisição, porque na sua visão, a operação dos meios deveria ser de sua competência, tendo em vista que era quem de mais deles necessitava.
Chega mesmo a ser traumatizante, quando se consulta o histórico do exército na busca por estes meios.
Em 1991 é formalmente criada a Unidade de Aviação Ligeira (mais tarde Grupo de Aviação Ligeira) do Exército, que entra em actividade no ano de 2000, em 2002 esteve mesmo para receber 9 helicópteros EC-635 da Eurocopter, aeronaves essas que o Exército recusa por atrasos no fornecimento e porque na altura "não tinham certificação militar". O ramo sonhava ainda com a operação de helicópteros médios NH-90, fabricado pelo consórcio europeu NHI onde Portugal esteve envolvido, mas tal compra nunca se concretizou.
A unidade é extinta em 2014, após largos milhões investidos na formação de unidades de apoio e de diversos esquadrões e de unidades operacionais, entre elas um grupo de helicópteros. Só não teve foi aeronaves. O Exército poderá mesmo ter chegado a enviar pilotos a Itália para receberem formação em aeronaves que nunca chegou a operar, não se confirma no entanto que tal tenha chegado a ocorrer.
A presença de Portugal no consórcio NHI (NATO Helicopter Industries), associação industrial e multi-nacional onde também a AgustaWestland, actual Leonardo, está envolvida, terminou em 2012, mas a compra dos aparelhos só foi no entanto cancelada em 2014.
Por trás da saída portuguesa está o irreal custo da participação industrial, que nunca seria inferior a 580 milhões de euros, valor incomportável e inaceitável, que embora inclua a participação da indústria portuguesa no consórcio, não justifica o retorno financeiro.
Apesar de estarem envolvidas empresas portuguesas como as OGMA, a Edisoft e MPV, a "quota" de produção portuguesa no projecto é de apenas 1,2%, insignificante percentagem perante a dos parceiros, de 30,9% para França (Eurocopter - Airbus França), 31,6% para Itália (Leonardo), 30,85% para a Alemanha (Eurocopter - Airbus França) e 5.5% para a Holanda (Stork Fokker). O governo de Pedro Passos Coelho conclui que Portugal tem de sair do projecto.
O Exército vê assim cancelada qualquer possibilidade de operar helicópteros próprios.
Era ilógico o Exército operar helicópteros
Desde o início que a possibilidade do Exército operar helicópteros era carente de lógica, porque Portugal, dado as suas capacidades orçamentarias pouco folgadas, dificilmente se poderia dar ao luxo de duplicar capacidades em dois ramos. Tenhamos como referência o custo da tentativa de dar esta capacidade ao exército.
Tendo em mente os princípios da coerência e do histórico operacional, a solução que melhor satisfaz as necessidades não só do Exército, mas da defesa nacional como um todo, é a operação destes meios aéreos pela Força Aérea Portuguesa.
O ramo aéreo sempre trabalhou em estreita cooperação com a vertente terrestre e se em algum momento tal falhou, falhou devido a indisponibilidade de meios para a própria Força Aérea e não pela falta de vontade em assistir o exército nas suas operações.
Sabe-se que a decisão de envolver Portugal no consorcio NHI, por exemplo, custou no mínimo 120 milhões de euros ao estado e só não custou mais, os tais "nunca inferiores a" 580 milhões de euros, porque o país se retirou a tempo, por outro lado nunca se retirou mais cedo devido à perspectiva de adquirir o produto final para o Exército.
Estamos a falar de montantes que, na sua totalidade, dariam para pelo menos 30 helicópteros AW-119 Koala. Lembremos-nos também dos milhões de euros gastos na formação do tal Grupo de Aviação do Exército e da perspectiva de compra dos EC-635.
Se desde o início a visão operacional fosse dar estas capacidades à Força Aérea, os custos não só seriam menores (é o ramo de excelência dos meios aéreo, a autoridade aeronáutica nacional) como seriam à partida mais bem geridos, por uma instituição com "calo" na operação de meios aéreos.
AW-119 MKII Koala - Características tendo em conta a versão portuguesa que já está a ser adquirida e os dados fornecidos pela Força Aérea:
Função: Helicóptero Utilitário Ligeiro Mono-motor
Fabricante: Leonardo (antes Finmeccanica, AgustaWestland )
Introdução: 2000, primeiro voo em 1995
Custo Unitário: Cerca de 3 milhões de euros
Quantidade fabricada globalmente: cerca de 300
Comprimento: 12,98 metros
Altura: 3,56
Diâmetro: 10,83 metros
Velocidade Máxima: 267Km/h
Alcance: 990km
Autonomia: 04h00 (06h00 com tanques extra)
Peso Vazio: 1840Kg
Peso Máximo na Descolagem: 2850Kg
Carga Externa Suspensa: 1400Kg
Macas: 1 maca + 5 passageiros
Tecto Máximo: 6096m
Passageiros: 6 a 7
Tripulação: 1 a 2
Combustível: 710Lts
Entrada em serviço na Força Aérea Portuguesa: 2018
AW-139 (versão básica de referência)
Função: Helicóptero Utilitário Médio Bimotor
Fabricante: Leonardo (antes AgustaWestland)
Introdução: 2003, primeiro voo a 3 de Fevereiro de 2001
Custo Unitário: 11,6 milhões de euros, em números de 2013
Quantidade fabricada globalmente: mais de 900, nas diferentes versões, em números de 2018
Comprimento: 16,66 metros
Altura: 4,98 metros
Diâmetro: 13,80 metros
Largura: 2,26 metros
Velocidade Máxima: 310km/h
Velocidade de Cruzeiro: 306km/h
Alcance: 1061km
Autonomia: 5h13m
Peso Máximo na Descolagem: 6400kg
Tecto Máximo: 6096 metros
Passageiros: 15 passageiros
Tripulação: 1 a 2 (contabilizando apenas piloto e copiloto)
NH-90 (sujeito a imprecisões, diferentes versões especificamente adaptadas a diferentes clientes, geram divergências nas especificações apresentadas por diferentes aparelhos)
Função: Helicóptero Utilitário Médio Bimotor
Fabricante: Consórcio NHI, multinacional: França, Alemanha, Países-Baixos e Itália
Introdução: 2007, primeiro voo a 18 de Dezembro de 1995
Custo Unitário: 28,6 a 32,5 milhões de euros, em números de 2013 e tendo como referência a versão de transporte/utilitária
Quantidade Fabricada Globalmente: Mais de 300, em números de 2016
Comprimento: 16,13 metros
Altura: 5,23 metros
Diâmetro: 16,13 metros
Velocidade Máxima: 300km/h
Alcance: 800km/1000km
Tecto Máximo: 6000 metros
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Abraços