Fazem falta uns 10 no mínimo, dado o tipo de missões que se quer que façam. Mas o orçamento nem para metade deve dar, se for um modelo como deve ser, e a habitual falta de pilotos também não ajuda.
A perspectiva é serem usados em missões estilo RCA, e como não sabemos as verdadeiras consequências da crise actual, não sabemos quantos mais "RCAs" vão surgir por esse mundo fora.
Material russo e chinês não é interoperavel, são difrentes em praticamente tudo. Numa operação conjunta com outros países da NATO, a manutenção destes meios estará sempre dependente de um país não aliado, com orientações e interesses políticos muito diferentes de nós, a qualquer momento podem "fechar a torneira" de abastecimento de sobressalentes, e os ditos helicópteros ficam inoperacionais e inúteis para nós e os aliados.
A França vende a toda a gente, mas não compra a ninguém. Os S-300 gregos e S-400 turcos são sistemas que não têm grande dependência de cadeias logísticas, ao contrário de aeronaves. Além de que a brincadeira dos S-400 saiu cara aos turcos, que agora F-35s, bola. Os países da antiga União Soviética é natural que alguns continuem a comprar material russo, mas à medida que se aproximam da NATO, começam a comprar o material ocidental. E obviamente que vão comprar munições aos russos, se ainda usam armas russas.
Mais Koalas NÃO! Como se não bastasse ser um heli monomotor, que é o que não se quer para missões militares, é um heli civil, cuja versão militar nem sequer saiu do papel.
Pelo pouco que se sabe, a única proposta em segunda-mão feita foi dos H-60, e também pelo que se sabe, a FAP recusou-os, e o motivo para isso não se sabe. De resto, acho que não foram feitas mais propostas de helis usados, como poderiam ser os Venom. Também se dizia que o Pompeo quando cá veio "ofereceu" Apaches, mas isso é outro campeonato.
Com fornecedores referes-te aos fabricantes? Não vejo como é que a Sikorsky, por exemplo, haveria de levantar problemas à compra de Portugal de UH-60 usados, até porque iam fazer dinheiro com o upgrade e preparação para ficarem operacionais, e este concurso de 53 milhões, é um concurso em que não conseguiriam entrar de outra maneira. Para eles era mais um cliente da família Blackhawk.
O concurso não está limitado pelo governo a X número de concorrentes. Qualquer concorrente pode entrar, mas já se sabe que russos, chineses, entre outros, teriam muito poucas hipóteses (senão mesmo zero), pelas razões já debatidas. De resto, se têm um heli que possa entrar no concurso e respeitar o orçamento e os requisitos, certamente irá entrar. Mas como já disse, o factor limitante é o orçamento e não quantos fabricantes o governo quer no concurso.