Se é expectável que tenhamos de destacar CC além fronteiras com alguma frequência então secalhar pode compensar
Bom... Em primeiro lugar temos que lembrar que o território nacional não é continuo, e encontra-se separado por vastas extensões de oceano.
Só por este facto, a necessidade de, consoante as circunstâncias, termos capacidade para reforçar o nosso próprio território seria já de si justificativa mais que suficiente.
Nós habituámo-nos a achar que a tropa não faz nada...
Afinal, pagamos a um bombeiro e ele apaga fogos, pagamos a um policia e ele garante a segurança nas ruas, pagamos a um médico e ele trata os pacientes, mas pagamos a um militar e ele ... não faz nada.
Ora... O que é que nós de facto estamos a pagar quando pagamos aos militares ?
Pagamos uma só coisa: d-i-s-p-o-n-i-b-i-l-i-d-a-d-e
Pagamos para que eles estejam disponíveis, porque sabemos que em caso de necessidade não podemos formar tropas para o país se defender de forma efectiva.
Ora... essa disponibilidade implica que estejam igualmente disponíveis os meios que permitam aos militares efectuar a sua missão, raapidamente.
Nós temos corporações de bombeiros, mas não ficamos à espera que haja fogos, para depois comprar os carros de combate aos incendios.
Eles já têm que estar disponíveis, caso contrário não há nada para vencer o fogo.
O nosso problema, é que o "fogo" da guerra não acontece todos os anos, e conforme os anos passam, as pessoas acham que não vai acontecer nunca mais.
O resultado, é o mesmo que se de um momento para o outro ocorressem menos e menos fogos e parecesse que não haveria mais, nunca mais.
Para um país da Aliança Atlântica e de uma eventual futura força da UE, as forças só se entendem se puderem ser destacadas de um, lugar para o outro.
E para isso são necessários meios para o fazer. E não podemos estar à espera dos navios comerciais, porque isso pode ser impraticável, nem dos navios dos outros, que em caso de necessidade vão ter mais o que fazer.
Claro que, podemos sempre enviar uma secção de 8 a 12 homens dentro de um navio espanhol e fingir que participamos nas operações da NATO.
Acho que fariamos melhor, neste último caso em declarar neutralidade, saír da NATO e acabar com as forças armadas ...