LPD- Navio Polivalente Logístico

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2445 em: Novembro 11, 2016, 03:12:56 pm »
Utilizando o raciocínio do Viajante, é evidente que a necessidade de Portugal possuir um LPD é directamente proporcional à necessidade da Suíça possuir uma robusta frota de limpa-neves.  Eles têm neve, nós temos mar; eles têm lagos nós temos 5 ou 6 % da população em arquipélagos no meio do Atlântico, sujeitos a frequentes catástrofes naturais; eles têm 20% de imigrantes, nós temos 40% de emigrantes. Acho que dava para continuar, mas fico-me por aqui.
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2446 em: Novembro 11, 2016, 03:33:23 pm »
A minha intervenção foi incompleta.

O que eu queria dizer, é que nunca chegamos a uma conclusão sobre o que realmente queremos ou precisamos. E depois com as restrições financeiras, acabamos por não ter nada.

O que queria dizer na intervenção é que realmente não precisamos do exército de limpa-neves na Suíça, bastavam-nos investimentos muito mais leves em adaptação de pesados, como se vê noutros países, mas como nunca nos entendemos sobre o que precisamos, acabamos por não ter nem 1 nem o outro! Era isso a que me referia! Porque na realidade se nevar, as estradas são cortadas!!!!!!!
 

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mafets

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2447 em: Novembro 11, 2016, 04:00:26 pm »
A minha intervenção foi incompleta.

O que eu queria dizer, é que nunca chegamos a uma conclusão sobre o que realmente queremos ou precisamos. E depois com as restrições financeiras, acabamos por não ter nada.
Claro que chegamos, pá. Então o projecto que encomendamos aos alemães e que custou uma pipa de massa é para que? Vai uma aposta que Portugal só terá o LPD quando materializar este projecto de 240 milhões?  ;)
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O Navio Polivalente Logístico, também referido como NPL[2] ou NavPol, trata-se de um projecto de um navio logístico anfíbio de desembarque desenvolvido pela Howaldtswerke-Deutsche Werft GmbH para o estado Português como contrapartida pela compra dos submarinos da classe Tridente.[1]

O projecto do navio prevê uma doca alagável à popa, para transporte de lanchas de desembarque, e de um grande convés de voo para operar vários tipos de helicópteros.[4] O navio terá também a capacidade de transportar um batalhão de Fuzileiros, ou do Exército, e várias dezenas de viaturas.[4]

O projecto está avaliado em 15 milhões de euros e a construção do navio tem um custo estimado de 230 milhões de euros[1] e é considerado um dos mais importantes na reestruturação da marinha portuguesa.[5]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Navio_Polivalente_Log%C3%ADstico

Citação de: Viajante
O que queria dizer na intervenção é que realmente não precisamos do exército de limpa-neves na Suíça, bastavam-nos investimentos muito mais leves em adaptação de pesados, como se vê noutros países, mas como nunca nos entendemos sobre o que precisamos, acabamos por não ter nem 1 nem o outro! Era isso a que me referia! Porque na realidade se nevar, as estradas são cortadas!!!!!!!
Ok, agora percebi. Mas meu caro desculpe, isso levanta a tampa de uma caixa de Pandora. Se nós tivéssemos como os Australianos adaptado uns Ferry's, Catamaras, etc, para levar os veículos e tropas? Se tivéssemos comprado um navio de desembarque de carros de combate como o Sir Tristam ou um LPD como o Choules aos Bifes? Se calhar tínhamos qualquer coisita para levar uns fuzos, veículos e um ou outro helicóptero.  Mas nunca foi o ideal, até porque se fosse não tínhamos como justificar um projecto de 15 milhões aos Boches e um pedido de investimento que ronda os 230 milhões.  ;) ;D



Cumprimentos  :G-beer2:
« Última modificação: Novembro 11, 2016, 04:02:37 pm por mafets »
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2448 em: Novembro 15, 2016, 04:27:30 pm »
Penso que a unica esperanca sobre este assunto...sera durante a Revisao da LPM que sera feita em 2018 (conforme consta na Lei)...e que entrara em vigor a partir de 2019, que o projecto LPD, seja incluido nos programas da Marinha.
 

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dc

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2449 em: Novembro 15, 2016, 05:51:42 pm »
Actualmente acho extremamente difícil haver a hipótese remota de termos um LPD decente (o que automáticamente exclui o Cacassar).
Por muito que seja um meio com grande utilidade, especialmente na resposta a desastres naturais, não se trata de uma necessidade "diária". Seria sempre um meio dispendioso de utilizar e manter, com uma tripulação considerável. E não temos dinheiro para isso. O MLU às fragatas e aos Lynx continua à espera, os NPO demoram, as LFC estão, para já, esquecidas, os Tejo sabem a pouco e foi a única solução arranjada em resposta à trapalhada toda em redor dos ENVC. Tendo em conta todas estas prioridades, um LPD seria um meio a mamar muito dinheiro, não só na sua aquisição mas utilização/manutenção. Na resposta a desastres naturais de maior dimensão, há alternativas ao LPD, desde navios já existentes na Marinha, como a utilização de navios civis e em última instância, pode ser pedida assistência humanitária, não seríamos os primeiros a fazê-lo e não há que ter vergonha nisso. Já ajudámos outros países em situações idênticas, não fazia mal a ninguém fazerem o mesmo por nós. Seria sim muito mais grave precisarmos de assistência nas missões de patrulha e fiscalização.
 

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faica

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2450 em: Novembro 15, 2016, 06:45:31 pm »
Actualmente acho extremamente difícil haver a hipótese remota de termos um LPD decente (o que automáticamente exclui o Cacassar).
Por muito que seja um meio com grande utilidade, especialmente na resposta a desastres naturais, não se trata de uma necessidade "diária". Seria sempre um meio dispendioso de utilizar e manter, com uma tripulação considerável. E não temos dinheiro para isso. O MLU às fragatas e aos Lynx continua à espera, os NPO demoram, as LFC estão, para já, esquecidas, os Tejo sabem a pouco e foi a única solução arranjada em resposta à trapalhada toda em redor dos ENVC. Tendo em conta todas estas prioridades, um LPD seria um meio a mamar muito dinheiro, não só na sua aquisição mas utilização/manutenção. Na resposta a desastres naturais de maior dimensão, há alternativas ao LPD, desde navios já existentes na Marinha, como a utilização de navios civis e em última instância, pode ser pedida assistência humanitária, não seríamos os primeiros a fazê-lo e não há que ter vergonha nisso. Já ajudámos outros países em situações idênticas, não fazia mal a ninguém fazerem o mesmo por nós. Seria sim muito mais grave precisarmos de assistência nas missões de patrulha e fiscalização.

Se houvesse dinheiro com fartura era uma prioridade,mas como não há temos que pensar 1º substituir o "Bérrio" que coitado já começa a ficar preso por arames e está restrito em andar nas nossas aguas e ir até rota e pouco mais,alem de agora andar a fazer de "lança de desembarque" em exercícios com os fuzos,acho que para nos era mais viável ter um 2 em 1 um navio como teem os holandezes o "Zr.Ms. Karel Doorman" sei que é um Joint (logistic) Support Ship (JSS) com uma guarnição numerosa mas era o mais razoável é um 2 em 1 e .matávamos dois coelhos numa cajadada mas como digo é um pouco caro e nós guito não o temos
 

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dc

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2451 em: Novembro 15, 2016, 11:13:35 pm »
Um navio de duplo uso era de facto o sonho molhado de muita gente por aqui, e se calhar o mais adequado tendo em conta os custos de operação de 2 navios de grande dimensão.
Numa perspectiva mais realista, é substituir o Bérrio e esperar para que sejam redefinidas as prioridades na próxima LPM. Entretanto, vai-se construindo o segundo par de NPOs  e colocando operacionais os Tejo, que isso sim são as prioridades, e assim que for possível, o MLU  às fragatas e respectivos helis. Penso serem estas as prioridades para a marinha neste momento. Estando atingidos estes objectivos, aí sim passar-se-á para programas mais dispendiosos como o LPD e uma substituição para longo prazo das VdG e dos Tejo (que à partida são para durar no máximo 15 anos).
 

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mafets

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2452 em: Novembro 16, 2016, 02:21:19 pm »
20 milhões mais Iva para substituir o Bérrio? Tendo em conta que não vejo onde conseguirão tamanha pechincha, mas valia canalizar a verba para os Tejo (até agora só um em serviço). como estava origialmente previsto e colocar os navios operacionais e em condições. Pelo menos era um reforço importante na Patrulha da Zee (como alternativa adquirir um ou dois Lynx que a Marinha bem precisa deles.) ;)



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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2453 em: Novembro 16, 2016, 06:36:17 pm »
Deixem lá estar os Tejo sossegadinhos, que para aquilo que vão ser usados, a fisga que têm basta. Se é para gastar 20 milhões nalguma coisa, que seja algo que de facto dê jeito e ponha fim à obsolência de meios na Armada.
Isso de gastarem 20 milhões para meter os Tomahawk nos Tejo, já vem tarde demais...
Mal por mal que, caso não se arranja Reabastecedor por 20 milhões, que seja gasto o dinheiro em coisas úteis como o MLU dos helicópteros ou até 2 unidades adicionais. Ou que sirva de investimento inicial para construir alguma das LFCs, ou um daqueles patrulhas todos xpto que aparecem na página do Arsenal do Alfeite, ou que seja realocado para a força aérea, despachando já a substituição dos All3. Tanta prioridade que vai além de armar até aos dentes os Tejo...
 

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mafets

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2454 em: Novembro 17, 2016, 11:28:19 am »
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Enviado por: mafets
« em: Novembro 16, 2016, 02:21:19 pm » Inserir Citação
20 milhões mais Iva para substituir o Bérrio? Tendo em conta que não vejo onde conseguirão tamanha pechincha, mas valia canalizar a verba para os Tejo (até agora só um em serviço). como estava origialmente previsto e colocar os navios operacionais e em condições. Pelo menos era um reforço importante na Patrulha da Zee (como alternativa adquirir um ou dois Lynx que a Marinha bem precisa deles.) ;)

Para quem não leu bem. aqui deixo novamente com algumas alterações ao tamanho de letra e textura, acompanhado por sublinhado, por via das dúvidas (e no sentido de facilitar a leitura e interpretação).  ;)

Deixem lá estar os Tejo sossegadinhos, que para aquilo que vão ser usados, a fisga que têm basta. Se é para gastar 20 milhões nalguma coisa, que seja algo que de facto dê jeito e ponha fim à obsolência de meios na Armada.
Isso de gastarem 20 milhões para meter os Tomahawk nos Tejo, já vem tarde demais...
V.exma não percebeu. Em que parte da minha intervenção falo em "armar os Tejo? Aliás, caso V.exma não tenha dado conta, não existe "os Tejo", mas sim O TEJO. Os outros 4 navios da classe estão "sossegados"até demais, praticamente sem qualquer tipo de intervenção. E se entende por "colocar em condições os navios", só arma-los, ignorando a necessidade de sensores como FLIR ou Módulos de combate à poluição/Balizador, mesmo para navios costeiros, trata-se de um erro de interpretação sua. Também acha que mais 3 ou 4 navios para a ZEE não são necessários? Eu entendo que são, mas cada um interpreta à sua maneira, agora o que foi escrito tem em conta colocar os navios em condições operacionais no sentido de garantir a fiscalização, SAR e combate à poluição, e nem tão pouco se falou em armas. Mas já agora, para quem gosta muito das 7,62 mm ou 12, 7 mm a ARES (do Brasil) está a comercializar uma torre remota interessante (eu gosto de luxos  ::) ). Independentemente de ser considerado superfulo como os  "Tomahawk ou as torres do Yamato", na minha modesta opinião seriam importantes junto com o tal pacote de sensores, no sentido de tirar os meios de patrulha da ZEE portuguesa da quase obsolescência total que todos, com uma ou outra exepção, têm. (Basta ir ao site da Armada e ver à quantos anos não se faz uma LFC ou patrulha costeiro).  ;)


Citação de: dc
Mal por mal que, caso não se arranja Reabastecedor por 20 milhões, que seja gasto o dinheiro em coisas úteis como o MLU dos helicópteros ou até 2 unidades adicionais.
Ainda bem que colocar mais 3 ou 4 navios em serviço não é uma "coisa util" para v.exma, mas como já referi isso é uma interpretação sua. E já agora vai arranjar um abastecedor por 20 milhões onde, isso é que gostava de saber? Quem sabe via também por lá um LPD a 20 milhões com Iva.  ;) O mais curioso é que leu na referência acima "novas armas nos Tejo", mas não leu a parte que dizia "como alternativa adquirir um ou dois Lynx que a Marinha bem precisa deles." Devia ser da pressa em "mandar farpas".  ::)


Citação de: dc
Ou que sirva de investimento inicial para construir alguma das LFCs, ou um daqueles patrulhas todos xpto que aparecem na página do Arsenal do Alfeite, ou que seja realocado para a força aérea, despachando já a substituição dos All3. Tanta prioridade que vai além de armar até aos dentes os Tejo...
Lá vamos nós ao "Armar novamente os Tejo". Novamente "é Tejo", pois os outros continuam desarmados e encostados no Alfeite. Depois, se v.exma é "objector de consciência", têm algum problema com armas vendo até referências as mesmas onde não existem, bem como acha que tudo o que é embarcação costeira deve andar desarmado é um problema seu que me merece o total respeito embora ache que defesa sem armas é o mesmo que comida sem sal. A minha opinião é diferente é segundo a constituição portuguesa tenho direita à mesma (não gosta, paciência  ;) ). Já agora, sabe qual o custo dos contratos para as LFC, e quanto tempo demorariam a ser executados? E acha que a marinha pode esperar? E conhece se os "patrulhas xpto" da Página do Alfeite estão desenvolvidos ou é só desenho artistico (não sei se reparou nas figuras mas a maioria é armada com uma peça por controle remoto   ;D )?  Humm, "realocado para a força aérea, despachando já a substituição dos All3", interessante. E isso pode ser feito e qual seria a reacção da Marinha ao ver 20 milhões a voar para a FAP?  ;)



Saudações

P.S. De momento a maior prioridade da Marinha deveria ser colocar os restante Tejo em uso. Tendo em conta as unidades que têm saído de serviço, restam pouquíssimos navios. O ideal seria algo mais que o NRP Tejo, mas face à urgência da questão como está já não é mau, embora com melhores sensores e pelo menos uma "torre remota" de 12,7mm, fosse a meu ver o ideal. Fazer o que faziam na Dinamarca "não à pilim". É pena mas é a realidade. ;) 
« Última modificação: Novembro 17, 2016, 12:13:25 pm por mafets »
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2455 em: Novembro 17, 2016, 01:35:14 pm »
Para quem não leu bem. aqui deixo novamente com algumas alterações ao tamanho de letra e textura, acompanhado por sublinhado, por via das dúvidas (e no sentido de facilitar a leitura e interpretação).  ;)

Deixe-se lá de tretas que você percebeu muitíssimo bem ao que me refiro.
Há meses que se tem vindo a discutir aqui no fórum que os Tejo deviam ser armados "como deve ser". Tendo assistido a esse tema, é fácil de constatar com a sua afirmação de "canalizar a verba para os Tejo" seria para um aumento das suas capacidades, até porque a verba para os Tejo, já existe, e é independente desses 20 milhões. Canalizar 20 milhões para os Tejo, seria o mesmo que deitar 20 milhões que já estão canalizados (pelo menos do ponto de vista do OE) para o lixo.

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V.exma não percebeu. Em que parte da minha intervenção falo em "armar os Tejo? Aliás, caso V.exma não tenha dado conta, não existe "os Tejo", mas sim O TEJO. Os outros 4 navios da classe estão "sossegados"até demais, praticamente sem qualquer tipo de intervenção. E se entende por "colocar em condições os navios", só arma-los, ignorando a necessidade de sensores como FLIR ou Módulos de combate à poluição/Balizador, mesmo para navios costeiros, trata-se de um erro de interpretação sua. Também acha que mais 3 ou 4 navios para a ZEE não são necessários? Eu entendo que são, mas cada um interpreta à sua maneira, agora o que foi escrito tem em conta colocar os navios em condições operacionais no sentido de garantir a fiscalização, SAR e combate à poluição, e nem tão pouco se falou em armas. Mas já agora, para quem gosta muito das 7,62 mm ou 12, 7 mm a ARES (do Brasil) está a comercializar uma torre remota interessante (eu gosto de luxos  ::) ). Independentemente de ser considerado superfulo como os  "Tomahawk ou as torres do Yamato", na minha modesta opinião seriam importantes junto com o tal pacote de sensores, no sentido de tirar os meios de patrulha da ZEE portuguesa da quase obsolescência total que todos, com uma ou outra exepção, têm. (Basta ir ao site da Armada e ver à quantos anos não se faz uma LFC ou patrulha costeiro).  ;)

Quem disse que 4 navios de patrulha não são necessários? É preciso fazer a mesma brincadeira de crianças de aumentar o tamanho da fonte, meter a negrito e sublinhar para você ler onde escrevi isso? Bem, os Tejo estão planeados. Até agora, que eu saiba, não estão atrasados na sua entrega, até porque, até ao fim deste ano, se bem me lembro, estava apenas planeado um (1), os outros serão para ser entregues ao longo de 2017 (e se não me engano também em 2018), certo? Atirar para cima deles 20 milhões não os faria entrar em serviço mais depressa.
A questão é esta, o "colocar os navios em condições operacionais" pode ser interpretada de muitas formas, principalmente se for lido o tópico da classe Tejo. Tendo em conta muito do que se tem discutido por lá, a palavra de ordem era sempre "armamento".
Sim, é verdade que os navios estão sub-armados, concordo, mas tendo em conta a conjuntura económica, adquirir 5 torres RWS ou o que seja para os navios, está fora de questão, porque significa que esse dinheiro vai ser retirado de algum lado.
Seriam importantes, mas os navios são uma solução temporária até se decidirem relativamente às LFC ou outro projecto novo que apareça nos próximos 5/10 anos. Esbanjar dinheiro em torres todas xpto para navios que são apenas para desenrascar e serem baratos de operar e manter, parece-me um pouco excessivo ver esse tipo de equipamento como prioritário. Quanto ao pacote de sensores, alguma ideia dos custos que teriam? Se cada equipamento desses custar 3 ou 4 milhões... bem pode esperar sentado que se dêem ao trabalho de instalar tais sistemas em meios "tapa buracos" como serão os Tejo.

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Ainda bem que colocar mais 3 ou 4 navios em serviço não é uma "coisa util" para v.exma, mas como já referi isso é uma interpretação sua. E já agora vai arranjar um abastecedor por 20 milhões onde, isso é que gostava de saber? Quem sabe via também por lá um LPD a 20 milhões com Iva.  ;) O mais curioso é que leu na referência acima "novas armas nos Tejo", mas não leu a parte que dizia "como alternativa adquirir um ou dois Lynx que a Marinha bem precisa deles." Devia ser da pressa em "mandar farpas".  ::)

Onde leu que "colocar 3 ou 4 navios em serviço não é útil"? Deve ser a pressa de mandar farpas.
Então e você vê um ponto em que concordo consigo, e ainda assim critica? Deve ser da pressa de mandar farpas.
Vê? Eu também sei fazer esse jogo. Vá deixe-se de tretas, que você sabe muitíssimo bem o que quis dizer com o que escrevi e em que é que as minhas afirmações se baseiam. Páginas e páginas a debater sempre a questão de armamentos na classe Tejo, são mais que suficientes para tirar as conclusões que tirei.

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Lá vamos nós ao "Armar novamente os Tejo". Novamente "é Tejo", pois os outros continuam desarmados e encostados no Alfeite. Depois, se v.exma é "objector de consciência", têm algum problema com armas vendo até referências as mesmas onde não existem, bem como acha que tudo o que é embarcação costeira deve andar desarmado é um problema seu que me merece o total respeito embora ache que defesa sem armas é o mesmo que comida sem sal. A minha opinião é diferente é segundo a constituição portuguesa tenho direita à mesma (não gosta, paciência  ;) ). Já agora, sabe qual o custo dos contratos para as LFC, e quanto tempo demorariam a ser executados? E acha que a marinha pode esperar? E conhece se os "patrulhas xpto" da Página do Alfeite estão desenvolvidos ou é só desenho artistico (não sei se reparou nas figuras mas a maioria é armada com uma peça por controle remoto   ;D )?  Humm, "realocado para a força aérea, despachando já a substituição dos All3", interessante. E isso pode ser feito e qual seria a reacção da Marinha ao ver 20 milhões a voar para a FAP?  ;)

Mais uma vês, não disse que as embarcações costeiras deviam ser desarmadas... deve ser da pressa de mandar farpas.
E os Tejo (sim, eu refiro-me à classe planeada, logo, plural), terão armamento, pode ser pouco para a dimensão dos navios, mas é o que há. Em caso de necessidade, podem facilmente ser colocadas mais umas browning nos navios ou MG3. Para a função que vão desempenhar, não é preciso muito mais que justifique o acréscimo de custos que uma RWS teria.
Já gora, sabe o conceito de investimento? Ora investir 20 milhões para iniciar o planeamento da construção das LFC poderia ser muito útil. O mesmo para um daqueles projectos do AA. A questão é que você não percebeu o contexto de investir em novos navios de patrulha (LFC ou projectos do AA), nem percebeu onde queria chegar com isso, nem percebeu que era para começar, com alguma antecedência, o projecto de substituição dos Tejo. Lá está, a pressa de mandar farpas falou mais alto. Nunca disse que se devia ignorar os Tejo e saltar para as LFC, mas sim que, à medida que os Tejo vão entrando ao serviço, que aqueles irrealistas "20 milhões mais Iva" para o reabastecedor, fossem postos em uso para planear a substituição dos Tejo, possivelmente até mais cedo do que o planeado.
Quanto a realocar esse dinheiro para a FAP. Primeiro, seria em último recurso, caso não houvesse nenhuma outra alternativa para esse dinheiro na marinha (dado ser irrealista ter um reabastecedor por tão pouco) e os outros projectos já terem orçamentos fixos. Segundo, não me parece que a Marinha teria muitas razões de queixa porque, helis ligeiros na FAP livrariam os Lynx de uma carga de trabalho acrescida (missões SAR por exemplo), como também seriam usados para beneficiar as tripulações dos Lynx, nomeadamente na sua formação. Mas isto seria apenas numa situação em que não houvesse mais nada que fazer para a Marinha, de forma realista, com esses 20 milhões (como você referiu, o LPD e Reabastecedor). No fundo, eu apresentei várias alternativas (podia até apresentar outra, como alocar esse dinheiro no MLU dos 5 Lynx, mas não sei em que pés anda essa modernização e se já está ou não orçamentada/planeada), e funcionam como alternativas, apenas isso. Se é o que vai acontecer? Provavelmente não, serão 20 milhões que, passado uns anos, voltam para o estado porque não se encontrou nada, mesmo havendo meia dúzia de alternativas realistas que não foram exploradas.

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P.S. De momento a maior prioridade da Marinha deveria ser colocar os restante Tejo em uso. Tendo em conta as unidades que têm saído de serviço, restam pouquíssimos navios. O ideal seria algo mais que o NRP Tejo, mas face à urgência da questão como está já não é mau, embora com melhores sensores e pelo menos uma "torre remota" de 12,7mm, fosse a meu ver o ideal. Fazer o que faziam na Dinamarca "não à pilim". É pena mas é a realidade. ;)

Nisto concordo consigo, a prioridade é colocar todos em serviço o mais depressa possível, algo que já está planeado há uns 2 anos. Quando mais se inventar, mais tarde entrarão ao serviço, e é exatamente o oposto daquilo que se pede. O ideal era de facto isso e muita coisa, o MLU a todas as fragatas feito há 10 anos, 6 NPOs e 2 NPCs, em vez de ter Tejos, ter 8 a 10 LFCs, 7 Lynx, Alpha Jet e Alouette substituídos para para ontem, LPD, Reabastecedor, 260 Pandur com as 20 para os fuzos, novas armas ligeiras, etc, etc, etc. O ideal era muita coisa, mas infelizmente não estamos sequer perto desse ideal. Com 20 milhões alocados a projectos realmente necessários e plausíveis de se cumprirem com um valor de tal dimensão, aí sim poderíamos aproximar-nos do tal "ideal". A questão aqui é, gastar 20 milhões em acessórias para os Tejo tornar-se-ia redundante a médio prazo pois planeia-se que fiquem pouco tempo em serviço. Os Tejo são a definição do desenrasca, em alternativa a esperar com nada pela construção e entrada ao serviço das LFC.
 

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mafets

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2456 em: Novembro 17, 2016, 04:43:31 pm »
Citação de: dc
Deixe-se lá de tretas que você percebeu muitíssimo bem ao que me refiro.
Há meses que se tem vindo a discutir aqui no fórum que os Tejo deviam ser armados "como deve ser". Tendo assistido a esse tema, é fácil de constatar com a sua afirmação de "canalizar a verba para os Tejo" seria para um aumento das suas capacidades, até porque a verba para os Tejo, já existe, e é independente desses 20 milhões. Canalizar 20 milhões para os Tejo, seria o mesmo que deitar 20 milhões que já estão canalizados (pelo menos do ponto de vista do OE) para o lixo.
Meu caro Dc desculpe mas voltei a não perceber. Se v.exma olhar para os Tejo, vê lá os 26 Milhões de euros que saíram em Diário da Republica ainda na altura do anterior governo aplicados? Dou uma ajuda, 26  milhões a dividir por cinco (4 mais um para peças que a Marinha pretendia colocar em serviço com material dos Cacine e tendo em conta que não se percebe se estes 26 milhões são já com os 4 da aquisição ou não), temos 5 milhões por navio aproximadamente.  Se tiver duvidas quanto à visualização de tal investimento, vai ao link que tem os contratos adjudicados, disponibilizado pelo caro forista Tenente, e faz as contas. A mim dá-me acima de um milhão e mesmo tendo em conta sempre gastos que "escapam", como ajudas de custo, transportes e afins, ficamos nos 2 milhões, para 5 vão 3. Onde para o resto do dinheiro? Mais, se tivermos em conta que o único que está em serviço, que os outros 3 estão encostados e o restante leva trabalhos a espaços, sabe ao que soa? Como outro forista disse e bem: "Financiamento indevido do estaleiro". E sim, 5 milhões por unidade dava pelo menos para um conjunto de sensores melhor, pelo menos um módulo de missão e uma torre armada com uma calibre 12,7mm (uma com o  Bushmaster ficava em 1 milhão). Portanto as questões de armamento e sensores advêm do valore publicados em DR, e re-lembro que os 3 milhões em falta davam para muita coisa. De onde vêm estes agora 20 milhões? Se calhar dos 26 milhões dos Tejo em falta  ;) . E como 20 milhões não compram um abastecedor, e os Tejo estão, exceptuando o navio activo, parados, teria mais lógica a meu ver, tendo em conta que o dinheiro para os restantes 4 não aparece, canalizar os tais 20 milhões para colocar os restantes navios activos. E são 20 milhões não 46 milhões a que me refiro. Parece-me claro o raciocínio, mas se tiver dúvidas estou cá para esclarecer. E não tem a ver com tretas mas sim a realidade da Marinha que nos últimos 2 anos viu pelo menos 4 navios sair de serviço e apenas um a entrar.  ;)
Citação de: dc
Quem disse que 4 navios de patrulha não são necessários? É preciso fazer a mesma brincadeira de crianças de aumentar o tamanho da fonte, meter a negrito e sublinhar para você ler onde escrevi isso? Bem, os Tejo estão planeados. Até agora, que eu saiba, não estão atrasados na sua entrega, até porque, até ao fim deste ano, se bem me lembro, estava apenas planeado um (1), os outros serão para ser entregues ao longo de 2017 (e se não me engano também em 2018), certo? Atirar para cima deles 20 milhões não os faria entrar em serviço mais depressa.
Vou cita-lo:
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"Deixem lá estar os Tejo sossegadinhos, que para aquilo que vão ser usados, a fisga que têm basta. Se é para gastar 20 milhões nalguma coisa, que seja algo que de facto dê jeito e ponha fim à obsolência de meios na Armada".
Bem como:
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"Mal por mal que, caso não se arranja Reabastecedor por 20 milhões, que seja gasto o dinheiro em coisas úteis como o MLU dos helicópteros ou até 2 unidades adicionais"
Parece-me claro. Os Tejo devem ficar sossegados, ou seja um activo e 4 encostados. E não é útil investir coisa alguma nos mesmos. Não é a interpretação correcta? Pois, nem a sua quanto ao que escrevi. Já dizia o outro "a língua portuguesa é muito traiçoeira", mas adiante, sem sublinhados e com tretas à parte  :P : A planificação dos Tejo, salvo erro, seriam 2 em 2016 e 2 em 2017. Mesmo tendo em conta que a sua planificação esteja correcta, cruze com os patrulhas, corvetas e Lanchas de Fiscalização abatidas. Acha que a situação da armada só em 2016 com 2 unidades abatidas não justifica os Tejo, o mais depressa possível em serviço? Voltemos
à questão dos 20 Milhões do abastecedor: Se os 26 milhões dos Tejo não aparecem, se de 5 navios um está em serviço, com um investimento a rondar os 2 milhões, a lógica seria como 20 milhões não compram um abastecedor canalizar para os Tejo, colocando as 4 unidades restantes no activo. Não estou a sugerir 46 milhões para os Tejo mas sim ou 26 milhões estipulados em DR ou os 20 Milhões agora arranjados que pouco compram. Certo?  ;)

Citação de: dc
A questão é esta, o "colocar os navios em condições operacionais" pode ser interpretada de muitas formas, principalmente se for lido o tópico da classe Tejo. Tendo em conta muito do que se tem discutido por lá, a palavra de ordem era sempre "armamento".
Meu caro, volto a colocar a imagem:

Da minha parte sempre escrevi que a importância maior eram vir com os módulos de missão. Até os estipulei: Dragagem de Minas, combate à poluição, balizagem e MCM. Por 26 milhões e tendo em conta o que custa uma Oto Melara de 76mm, bem como os misseis, dificilmente poderiam vir. Se a MCM e Dragagem não viessem pelo menos o combate à poluição e balizagem. Até porque vaia Marinha de corveta para os exercícios de desminagem da NATO, usa um patrulha da classe Cacine para um exercício de combate à poluição e o Balizador anda a fazer SAR e patrulha onde calha. Facilmente v.exma constata esta questão nas postagens anteriores sobre os patrulhas ou os Tejo ;)

Citação de: dc
Sim, é verdade que os navios estão sub-armados, concordo, mas tendo em conta a conjuntura económica, adquirir 5 torres RWS ou o que seja para os navios, está fora de questão, porque significa que esse dinheiro vai ser retirado de algum lado.
Meu caro, a aquisição dos Tejo deveria ser para Patrulha. Tirando a desminagem, essa era a função que faziam na Dinamarca e ainda fazem no Báltico (ao serviço de outra nação). Para LFC os Dinamarqueses tinham outros navios como a classe Diana. A marinha quer coloca-los a fazer as tarefas de LFC. Tudo bem. Mas disponibiliza 26 milhões para isso. E os tais 26 milhões que tardam a aparecer colocaram um navio em serviço com determinado equipamento. Aqui é fazer contas: Se uma Marlin custa 2 milhões para os 3 milhões que "desapareceram" do Tejo, é apertado (mesmo assim dava). Mas uma  torre com arma de 7,62mm, 12,7mm ou mesmo o Bushmaster vai no máximo ao 1,2 milhões. Acha que em 3 milhões não dava para descontar? Mesmo que os 20 Milhões do Abastecedor fossem canalizados em substituição dos benditos 26 milhões, ficava 4 milhões por navio? Dava para qualquer coisa bem melhor que o que vê no unico Tejo e quando não precisasse dos navios tirava o equipamento para unidades mais modernas. Simples.  ;)

 
Citação de: dc
Seriam importantes, mas os navios são uma solução temporária até se decidirem relativamente às LFC ou outro projecto novo que apareça nos próximos 5/10 anos. Esbanjar dinheiro em torres todas xpto para navios que são apenas para desenrascar e serem baratos de operar e manter, parece-me um pouco excessivo ver esse tipo de equipamento como prioritário. Quanto ao pacote de sensores, alguma ideia dos custos que teriam? Se cada equipamento desses custar 3 ou 4 milhões... bem pode esperar sentado que se dêem ao trabalho de instalar tais sistemas em meios "tapa buracos" como serão os Tejo.
Nem queira saber as soluções das Forças Armadas Portuguesas que são temporárias e viram permanentes, mas enfim avancemos. Em primeiro lugar se estamos a falar do conceito modular, as 76mm dos Dinamarqueses davam para os Sf300 e qualquer outro navio que tivesse esse sistema. Ponto dois: Seja para patrulha ou fiscalização costeira, existem torres sem perfuração muito mais baratas. A Marlim é 2 milhões mas outras com armas e sensores inferiores, ficam entre 1,5 milhões e os 500 000 euros. Volto a lembrar que o antigo MDN publicou em DR o valor de 26 milhões. "Tapa buracos" ou não, o valor por navio não daria para  investir 3 a 4 milhões numa arma, mas se por acaso existisse um devaneio, poderia ser mais tarde retirado para outro navio construído à posteriori (os NPO tinham as bofors de 40mm que vinham de outros navios e foram modernizadas. Ainda hoje se faz isso e existem armas armazenadas)). Por exemplo Israel faz isso nos seus navios, com as torres de armamento actualizadas e a passarem para navios mais modernos.

Citação de: dc
Onde leu que "colocar 3 ou 4 navios em serviço não é útil"? Deve ser a pressa de mandar farpas.
Então e você vê um ponto em que concordo consigo, e ainda assim critica? Deve ser da pressa de mandar farpas.
Vê? Eu também sei fazer esse jogo. Vá deixe-se de tretas, que você sabe muitíssimo bem o que quis dizer com o que escrevi e em que é que as minhas afirmações se baseiam. Páginas e páginas a debater sempre a questão de armamentos na classe Tejo, são mais que suficientes para tirar as conclusões que tirei.
Volto à imagem dos módulos:

Além dos módulos de armamento quantos mais vê? Deixe lá as tretas e veja nos tópicos em questão quantas vezes estas imagens lá estão? Ainda acha que é só armamento? Existem também as fotografias dos módulos de missão a serem colocados e retirados. Porque os módulos? Porque a Marinha Portuguesa tem falta de navios de patrulha, desminagem, MCM, combate à poluição, etc. Com a modulagem resolvia vários problemas com 4 a 5 navios. Nunca poderia ser só o armamento porque se v.exma verificar um draga minas por norma tem uma torre de 20 mm e mesmo os patrulhas oscilam entre os 20 mm, 25 mm, 40mm e os 76mm. Percebe agora?  ;)


Citação de: dc
Mais uma vês, não disse que as embarcações costeiras deviam ser desarmadas... deve ser da pressa de mandar farpas.
E os Tejo (sim, eu refiro-me à classe planeada, logo, plural), terão armamento, pode ser pouco para a dimensão dos navios, mas é o que há. Em caso de necessidade, podem facilmente ser colocadas mais umas browning nos navios ou MG3. Para a função que vão desempenhar, não é preciso muito mais que justifique o acréscimo de custos que uma RWS teria.
Mas que acréscimo de custos se do valor em DR v.exma nem metade dos 5 milhões por unidade gastou no único navio em serviço? Planeada? Como os NPO e as LFC? Em serviço está um único navio, trabalhos nos restantes nem vê-los. 26 milhões chega e sobra se forem bem aplicados, o problema é que não aparecem. Daí os tais 20 milhões que poderiam colocar as restantes unidades em serviço. Até porque. se v.exma fizer as contas a 2 navios por ano abatidos, em 2017 fica com no mínimo menos 6 unidades desde 2015 e quanto muito com 5 em serviço. Mas pelo andar da carruagem...  ::)
Citação de: dc
Já gora, sabe o conceito de investimento? Ora investir 20 milhões para iniciar o planeamento da construção das LFC poderia ser muito útil. O mesmo para um daqueles projectos do AA. A questão é que você não percebeu o contexto de investir em novos navios de patrulha (LFC ou projectos do AA), nem percebeu onde queria chegar com isso, nem percebeu que era para começar, com alguma antecedência, o projecto de substituição dos Tejo. Lá está, a pressa de mandar farpas falou mais alto. Nunca disse que se devia ignorar os Tejo e saltar para as LFC, mas sim que, à medida que os Tejo vão entrando ao serviço, que aqueles irrealistas "20 milhões mais Iva" para o reabastecedor, fossem postos em uso para planear a substituição dos Tejo, possivelmente até mais cedo do que o planeado.
Meu caro Dc, as unidades de patrulha e fiscalização não aguentam tanto tempo. Um investimento em projectos e construção leva anos e dinheiro. Ambos a marinha não tem. Quanto aos projectos do Alfeite, várias vezes referi os mesmo em outras postagens. E até para a questão da lancha de desembarque que nem sequer uma já existe na armada.  Se por este andar nada é feito (daí a urgência dos tais 20 milhões), chega ao final da década e tem 5 fragatas, 2 submarinos, 1 abastecedor, 2 ou 4 NPO e quanto muito algumas LFC e Patrulhas/Corvetas e os Tejo que lá tenham chegado. A capacidade de fiscalização fica "nas lonas", e com investimentos baixos como é apanágio nas F.A. portuguesas, não se deslumbra infelizmente melhor que soluções de emergência. Não é bom, longe disso mas é melhor que deixar de ter marinha. ;)

Citação de: dc
Quanto a realocar esse dinheiro para a FAP. Primeiro, seria em último recurso, caso não houvesse nenhuma outra alternativa para esse dinheiro na marinha (dado ser irrealista ter um reabastecedor por tão pouco) e os outros projectos já terem orçamentos fixos. Segundo, não me parece que a Marinha teria muitas razões de queixa porque, helis ligeiros na FAP livrariam os Lynx de uma carga de trabalho acrescida (missões SAR por exemplo), como também seriam usados para beneficiar as tripulações dos Lynx, nomeadamente na sua formação. Mas isto seria apenas numa situação em que não houvesse mais nada que fazer para a Marinha, de forma realista, com esses 20 milhões (como você referiu, o LPD e Reabastecedor). No fundo, eu apresentei várias alternativas (podia até apresentar outra, como alocar esse dinheiro no MLU dos 5 Lynx, mas não sei em que pés anda essa modernização e se já está ou não orçamentada/planeada), e funcionam como alternativas, apenas isso. Se é o que vai acontecer? Provavelmente não, serão 20 milhões que, passado uns anos, voltam para o estado porque não se encontrou nada, mesmo havendo meia dúzia de alternativas realistas que não foram exploradas.
Se relativamente ao próximo CEMFA a situação já anda como anda, imagine v.exma agora os 20 milhões do abastecedor ir para a FAP (é preciso contar com estas questões, não é só mandar farpas  ;) ). A questão que está aqui presente são um conjunto de urgências da Marinha, planificações em termos de upgrade, novas unidades e substituição das em fim de vida com o dinheiro que é pouquíssimo.  20 milhões um abastecedor não encontro pois os valores de compra desses navios rondam os 30 a 36 milhões e quando existiu excedentes. Actualmente só estou a ver alguma unidade Italiana (ou francesa, mas são mais antigas). E mesmo a R.N. por enquanto ainda tem o irmão do Berrio em serviço, embora espere os novos navios que vêm da Coreia. Um já está em testes de Mar.

Citação de: dc
Nisto concordo consigo, a prioridade é colocar todos em serviço o mais depressa possível, algo que já está planeado há uns 2 anos. Quando mais se inventar, mais tarde entrarão ao serviço, e é exatamente o oposto daquilo que se pede. O ideal era de facto isso e muita coisa, o MLU a todas as fragatas feito há 10 anos, 6 NPOs e 2 NPCs, em vez de ter Tejos, ter 8 a 10 LFCs, 7 Lynx, Alpha Jet e Alouette substituídos para para ontem, LPD, Reabastecedor, 260 Pandur com as 20 para os fuzos, novas armas ligeiras, etc, etc, etc. O ideal era muita coisa, mas infelizmente não estamos sequer perto desse ideal. Com 20 milhões alocados a projectos realmente necessários e plausíveis de se cumprirem com um valor de tal dimensão, aí sim poderíamos aproximar-nos do tal "ideal". A questão aqui é, gastar 20 milhões em acessórias para os Tejo tornar-se-ia redundante a médio prazo pois planeia-se que fiquem pouco tempo em serviço. Os Tejo são a definição do desenrasca, em alternativa a esperar com nada pela construção e entrada ao serviço das LFC.
Os valores para os Upgrades já por si são baixos, para aquisição de armamento e material nem comento. 20 milhões para um abastecedor ou helicópteros é surreal, possível apenas com uma pechincha tremenda. O problema é que em Portugal adia-se tudo em prol dos interesses e negociatas. pelo que quando a corda aperta, começa o irrealismo.  O Chile foi quem à uns anos comprou um abastecedor em segunda mão por um valor baixo (mesmo assim 46 milhões), e  com valores bem acima do estipulado (arranjou mais 20 para um upgrade ao abastecedor) e que dificilmente serviria à Marinha Portuguesa http://www.infodefensa.com/latam/2010/02/17/noticia-la-armada-chilena-incorpora-el-nuevo-petrolero-almirante-montt-adquirido-a-eeuu.html. Com o dinheiro despendido não existem milagres. Pior é quando os valores são publicados e "desaparecem" num conjunto de preâmbulos à portuguesa. Depois é como o velho ditado diz:
 

Cumprimentos
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dc

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2457 em: Novembro 17, 2016, 08:02:52 pm »
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Meu caro Dc desculpe mas voltei a não perceber. Se v.exma olhar para os Tejo, vê lá os 26 Milhões de euros que saíram em Diário da Republica ainda na altura do anterior governo aplicados? Dou uma ajuda, 26  milhões a dividir por cinco (4 mais um para peças que a Marinha pretendia colocar em serviço com material dos Cacine e tendo em conta que não se percebe se estes 26 milhões são já com os 4 da aquisição ou não), temos 5 milhões por navio aproximadamente.  Se tiver duvidas quanto à visualização de tal investimento, vai ao link que tem os contratos adjudicados, disponibilizado pelo caro forista Tenente, e faz as contas. A mim dá-me acima de um milhão e mesmo tendo em conta sempre gastos que "escapam", como ajudas de custo, transportes e afins, ficamos nos 2 milhões, para 5 vão 3. Onde para o resto do dinheiro? Mais, se tivermos em conta que o único que está em serviço, que os outros 3 estão encostados e o restante leva trabalhos a espaços, sabe ao que soa? Como outro forista disse e bem: "Financiamento indevido do estaleiro". E sim, 5 milhões por unidade dava pelo menos para um conjunto de sensores melhor, pelo menos um módulo de missão e uma torre armada com uma calibre 12,7mm (uma com o  Bushmaster ficava em 1 milhão). Portanto as questões de armamento e sensores advêm do valore publicados em DR, e re-lembro que os 3 milhões em falta davam para muita coisa. De onde vêm estes agora 20 milhões? Se calhar dos 26 milhões dos Tejo em falta  ;) . E como 20 milhões não compram um abastecedor, e os Tejo estão, exceptuando o navio activo, parados, teria mais lógica a meu ver, tendo em conta que o dinheiro para os restantes 4 não aparece, canalizar os tais 20 milhões para colocar os restantes navios activos. E são 20 milhões não 46 milhões a que me refiro. Parece-me claro o raciocínio, mas se tiver dúvidas estou cá para esclarecer. E não tem a ver com tretas mas sim a realidade da Marinha que nos últimos 2 anos viu pelo menos 4 navios sair de serviço e apenas um a entrar.  ;)

A questão é esta, não se sabe ainda o que está incluído nesses tais 26 milhões de euros. Sim, é um valor relativamente elevado para o estado em que apareceu o primeiro, mas não sabemos se alguma parte desse valor foi (ou vai ser) ou não usado para comprar os ditos módulos de combate à poluição e balizagem ou outros módulos quaisquer. Não apareceu em lado nenhum (que me recorde) uma lista detalhada com o que vai ser feito com esses 26 milhões. No meio disto tudo, continuamos sem saber em que foi gasto o dinheiro, se já abrangia ou não a compra dos navios, etc. Poucos detalhes, com excepção que de facto os navios vieram e estão à espera dos trabalhos de revitalização. O resto, não passam de teorias, porque, lá está, não se sabe como foi gasto o dinheiro e se alguma parte dele foi ou não para revitalizar o próprio estaleiro. Mas esses 26 milhões não têm nada a ver com os 20 que estão direcionados para o reabastecedor (por mais risório que seja o valor). No fundo, pedir que seja colocado em uso esse valor nos Tejo, era fazer subir para 46 milhões os gastos com essa classe de navios, que quer queiramos quer não, apenas servirão de rolha enquanto não aparecem as tão esperadas LFC.

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Parece-me claro. Os Tejo devem ficar sossegados, ou seja um activo e 4 encostados. E não é útil investir coisa alguma nos mesmos. Não é a interpretação correcta? Pois, nem a sua quanto ao que escrevi. Já dizia o outro "a língua portuguesa é muito traiçoeira", mas adiante, sem sublinhados e com tretas à parte  :P : A planificação dos Tejo, salvo erro, seriam 2 em 2016 e 2 em 2017. Mesmo tendo em conta que a sua planificação esteja correcta, cruze com os patrulhas, corvetas e Lanchas de Fiscalização abatidas. Acha que a situação da armada só em 2016 com 2 unidades abatidas não justifica os Tejo, o mais depressa possível em serviço? Voltemos
à questão dos 20 Milhões do abastecedor: Se os 26 milhões dos Tejo não aparecem, se de 5 navios um está em serviço, com um investimento a rondar os 2 milhões, a lógica seria como 20 milhões não compram um abastecedor canalizar para os Tejo, colocando as 4 unidades restantes no activo. Não estou a sugerir 46 milhões para os Tejo mas sim ou 26 milhões estipulados em DR ou os 20 Milhões agora arranjados que pouco compram. Certo?  ;)

Mais uma vez, errado. Quando digo para deixarem os Tejo sossegados, é em pô-los ao serviço como está planeado que precisamos deles quanto antes. Se nos pusermos com alterações de última hora, aí é que não vemos os restantes em serviço.
Sim o planificado era o segundo estar pronto no segundo semestre deste ano, período que ainda não terminou. Se alguém tiver conhecimento do seu estado, que esteja à vontade para partilhar tal informação.
Mais uma vez, nunca disse que a vinda rápida dos Tejo não está justificada... Simplesmente disse que, atirar mais dinheiro para esta classe não vai fazer com que eles apareçam mais depressa ao serviço.
Quanto à questão dos 26 milhões e 20 milhões, os Tejo são supostos entrar ao serviço com o valor inicial estipulado. Os 20 milhões não vieram do valor estipulado para os Tejo, a não ser que a Marinha tenha incorrido na irresponsabilidade de preferir o investimento de um lado para o outro, o que duvido que seja o caso.

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Da minha parte sempre escrevi que a importância maior eram vir com os módulos de missão. Até os estipulei: Dragagem de Minas, combate à poluição, balizagem e MCM. Por 26 milhões e tendo em conta o que custa uma Oto Melara de 76mm, bem como os misseis, dificilmente poderiam vir. Se a MCM e Dragagem não viessem pelo menos o combate à poluição e balizagem. Até porque vaia Marinha de corveta para os exercícios de desminagem da NATO, usa um patrulha da classe Cacine para um exercício de combate à poluição e o Balizador anda a fazer SAR e patrulha onde calha. Facilmente v.exma constata esta questão nas postagens anteriores sobre os patrulhas ou os Tejo ;)

E quem sabe se não foram adquiridos tais módulos? Ou se parte do dinheiro não gasto, foi canalizado para tal aquisição? Lá está, não sabemos, logo estar a tirar dinheiro de um lado para substituir dinheiro que, supostamente, não foi usado e desapareceu, não faz qualquer sentido.

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Nem queira saber as soluções das Forças Armadas Portuguesas que são temporárias e viram permanentes, mas enfim avancemos. Em primeiro lugar se estamos a falar do conceito modular, as 76mm dos Dinamarqueses davam para os Sf300 e qualquer outro navio que tivesse esse sistema. Ponto dois: Seja para patrulha ou fiscalização costeira, existem torres sem perfuração muito mais baratas. A Marlim é 2 milhões mas outras com armas e sensores inferiores, ficam entre 1,5 milhões e os 500 000 euros. Volto a lembrar que o antigo MDN publicou em DR o valor de 26 milhões. "Tapa buracos" ou não, o valor por navio não daria para  investir 3 a 4 milhões numa arma, mas se por acaso existisse um devaneio, poderia ser mais tarde retirado para outro navio construído à posteriori (os NPO tinham as bofors de 40mm que vinham de outros navios e foram modernizadas. Ainda hoje se faz isso e existem armas armazenadas)). Por exemplo Israel faz isso nos seus navios, com as torres de armamento actualizadas e a passarem para navios mais modernos.

Dê um exemplo.
A questão de pegar em armamentos de um para o outro, tem que se feito com algum tipo de lógica, e não com a lógica de ter só por ter. Tudo bem, poderia-se adquirir uma peça de 12,7 ou 20mm, mas e se a Marinha pretender usar a mesma peça dos NPO nas futura LFC? Lá foi dinheiro pela janela para armas que vão durar 15 anos ao serviço, e vão ficar outros 10 encostadas à espera que se decidam em construir mais algum navio para as utilizar...

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Mas que acréscimo de custos se do valor em DR v.exma nem metade dos 5 milhões por unidade gastou no único navio em serviço? Planeada? Como os NPO e as LFC? Em serviço está um único navio, trabalhos nos restantes nem vê-los. 26 milhões chega e sobra se forem bem aplicados, o problema é que não aparecem. Daí os tais 20 milhões que poderiam colocar as restantes unidades em serviço. Até porque. se v.exma fizer as contas a 2 navios por ano abatidos, em 2017 fica com no mínimo menos 6 unidades desde 2015 e quanto muito com 5 em serviço. Mas pelo andar da carruagem...  ::)

Mais uma vez, não sabemos o paradeiro do dinheiro, nem onde foi ou não gasto. Não foram dados detalhes da orçamentação de tal projecto. Ir buscar ainda mais dinheiro para este projecto é um abuso. Temos que partir do principio que o dinheiro está a ser aplicado, pelo menos até prova do contrário. Se de facto o dinheiro desapareceu, tem que se apurar responsabilidades, ao invés de gastar ainda mais dinheiro e esquecer o resto dos 26 milhões como se nada tivesse acontecido.

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Meu caro Dc, as unidades de patrulha e fiscalização não aguentam tanto tempo. Um investimento em projectos e construção leva anos e dinheiro. Ambos a marinha não tem. Quanto aos projectos do Alfeite, várias vezes referi os mesmo em outras postagens. E até para a questão da lancha de desembarque que nem sequer uma já existe na armada.  Se por este andar nada é feito (daí a urgência dos tais 20 milhões), chega ao final da década e tem 5 fragatas, 2 submarinos, 1 abastecedor, 2 ou 4 NPO e quanto muito algumas LFC e Patrulhas/Corvetas e os Tejo que lá tenham chegado. A capacidade de fiscalização fica "nas lonas", e com investimentos baixos como é apanágio nas F.A. portuguesas, não se deslumbra infelizmente melhor que soluções de emergência. Não é bom, longe disso mas é melhor que deixar de ter marinha. ;)

E você continua a não entender o que quero dizer com "investir nas LFC"... Perceba uma coisa, este investimento de que falei nas LFC, seria paralelo à entrada ao serviço dos Tejo. Dois projectos distintos que, financeiramente, não têm nada um que ver com o outro. Enquanto os Tejo seriam operados, era acelerado o programa das LFC, para trazer o mais depressa possível estes navios ao serviço da armada. Se não for feito nada em prol das LFC, aí é que, daqui a 10 anos, poderemos dizer que as LFC demoram tempo para se construir e consequentemente substituir os Tejo.
Eu, em parte alguma, disse para nos aguentarmos com os Cacine até virem as LFC? Não, enquanto estes são rendidos pelos Tejo, prepara-se as LFC para o futuro. É bastante simples.
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2458 em: Novembro 18, 2016, 01:04:25 pm »

A questão é esta, não se sabe ainda o que está incluído nesses tais 26 milhões de euros. Sim, é um valor relativamente elevado para o estado em que apareceu o primeiro, mas não sabemos se alguma parte desse valor foi (ou vai ser) ou não usado para comprar os ditos módulos de combate à poluição e balizagem ou outros módulos quaisquer. Não apareceu em lado nenhum (que me recorde) uma lista detalhada com o que vai ser feito com esses 26 milhões. No meio disto tudo, continuamos sem saber em que foi gasto o dinheiro, se já abrangia ou não a compra dos navios, etc. Poucos detalhes, com excepção que de facto os navios vieram e estão à espera dos trabalhos de revitalização. O resto, não passam de teorias, porque, lá está, não se sabe como foi gasto o dinheiro e se alguma parte dele foi ou não para revitalizar o próprio estaleiro. Mas esses 26 milhões não têm nada a ver com os 20 que estão direcionados para o reabastecedor (por mais risório que seja o valor). No fundo, pedir que seja colocado em uso esse valor nos Tejo, era fazer subir para 46 milhões os gastos com essa classe de navios, que quer queiramos quer não, apenas servirão de rolha enquanto não aparecem as tão esperadas LFC.
Sei o suficiente para questionar e não sou o único. E veja que não é muito difcil: mesmo se forem 26 milhões com aquisição dos 5 navios já incluída ficam 22 milhões para investir. Dividindo por 5 dá 4,4 milhões por unidade. Se tem os valores dos contratos adjudicados ao Tejo e dá pouco acima de um milhão, tem dúvidas do que? Acha que o navio tem equipamento que justifica 4,4 Milhões? Quanto aos módulos não vai existir aquisições. Apenas veio um de combate à poluição e cada um destes módulos não custa mais de 2 milhões. Relativamente ao valor não estou a pedir nada mas sim sugerir, e tendo em conta que dos originais 26 milhões no máximo gastou 6 a 10 milhões, bem como que os navios são urgentes, parece-me lógico que seja prioritário em relação a um abastecedor de 20 milhões que não existe em lado nenhum. Já agora, as LFC aparecerão quando, já que para V.exma ter a certeza que os Tejo serão apenas temporários, é porque concerteza sabe alguma coisa sobre o assunto que ainda não partilhou com o forum?

Citação de: dc
Mais uma vez, errado. Quando digo para deixarem os Tejo sossegados, é em pô-los ao serviço como está planeado que precisamos deles quanto antes. Se nos pusermos com alterações de última hora, aí é que não vemos os restantes em serviço.
Sim o planificado era o segundo estar pronto no segundo semestre deste ano, período que ainda não terminou. Se alguém tiver conhecimento do seu estado, que esteja à vontade para partilhar tal informação.
Mais uma vez, nunca disse que a vinda rápida dos Tejo não está justificada... Simplesmente disse que, atirar mais dinheiro para esta classe não vai fazer com que eles apareçam mais depressa ao serviço.
Quanto à questão dos 26 milhões e 20 milhões, os Tejo são supostos entrar ao serviço com o valor inicial estipulado. Os 20 milhões não vieram do valor estipulado para os Tejo, a não ser que a Marinha tenha incorrido na irresponsabilidade de preferir o investimento de um lado para o outro, o que duvido que seja o caso.
Meu caro Dc, quem vive perto ou tem acesso ao Alfeite tem actualizado o estado dos navios. Nem tem sido preciso recorrer a quem lá trabalha.  Não leu, mas a informação existe no tópico em questão. Já agora, se os discursos não são claros erros de interpretação acontecem. Alías, v.exma também os faz apesar das minhas muitas referências aos módulos de missão. Se tivesse escrito como desta ultima vez o fez certamente que a interpretação teria sido outra. Simples. Quanto à questão se atirar dinheiro para esta classe não faz com que entrem mais depressa em serviço o que o fará? Uma ida a Fátima? E não se trata de atirar mais dinheiro mas sim repor a verba que tarda em aparecer ou que apenas foi designada no papel. Se a mesma estiver em uso, muito bem não são necessários os 20 milhões, se como parece evidente e apesar de publicada em DR nunca tenha saído mais de um terço dos cofres do estado, ou tenha sido gasta em qualquer outra coisa, então os 20 milhões fariam jeito. E nada lhe garante que este dinheiro para o abastecedor não vêm dos tais 26 milhões como o valor para o LPD vinha do MLU às fragatas, ou já se esqueceu dessa situação?  Quanto à Marinha em muitos casos infelizmente nem é tida nem achada. Veja a questão da rotatividade do CEMGFA, sábe  que  devia lá estar agora alguem da marinha? Mas veja quem lá está agora. 

Citação de: dc
E quem sabe se não foram adquiridos tais módulos? Ou se parte do dinheiro não gasto, foi canalizado para tal aquisição? Lá está, não sabemos, logo estar a tirar dinheiro de um lado para substituir dinheiro que, supostamente, não foi usado e desapareceu, não faz qualquer sentido.
Coisas que não fazem sentido nesta nação são a qualquer hora em todos os dias da semana. Já foi dito varias vezes neste forum que apenas se adquiriu um módulo de combate à poluição (a ultima salvo erro pelo forista Barco à Vista). São no máximo 2 milhões, falta o resto do dinheiro. E tendo em conta que parte do equipamento do Tejo estava já armazenado de outras unidades, mas é melhor nem ir por aí...  ::)

Citação de: dc
Dê um exemplo.
A questão de pegar em armamentos de um para o outro, tem que se feito com algum tipo de lógica, e não com a lógica de ter só por ter. Tudo bem, poderia-se adquirir uma peça de 12,7 ou 20mm, mas e se a Marinha pretender usar a mesma peça dos NPO nas futura LFC? Lá foi dinheiro pela janela para armas que vão durar 15 anos ao serviço, e vão ficar outros 10 encostadas à espera que se decidam em construir mais algum navio para as utilizar...
Acha que a classe Cacine feita para os tempos da Guerra Colonial é adequada a patrulha ou combate à poluição? Acha que o S. Xavier que é um navio Balizador é adequado a patrulha? À quantos anos são usados "temporariamente" nestas e outras funções?Quer mais exemplos ou chegam? O equipamento hoje está uniformizado, uma torre de 12,7 mm ou 20 mm até a estibordo ou bombordo das fragatas podem ser colocados se não tiverem uso nas LFC que nem tão pouco se sabem se vão arrancar. Não se tratam de peças de 76mm ou 100mm mas sim de torres leves e que nem exigem perfuração do casco, mas se tem dúvidas consulte o link em questão e tem lá as informações de como os navios deveriam vir armados. http://barcoavista.blogspot.pt/2009/07/lanchas-de-fiscalizacao-costeira.html

Citação de: dc
Mais uma vez, não sabemos o paradeiro do dinheiro, nem onde foi ou não gasto. Não foram dados detalhes da orçamentação de tal projecto. Ir buscar ainda mais dinheiro para este projecto é um abuso. Temos que partir do principio que o dinheiro está a ser aplicado, pelo menos até prova do contrário. Se de facto o dinheiro desapareceu, tem que se apurar responsabilidades, ao invés de gastar ainda mais dinheiro e esquecer o resto dos 26 milhões como se nada tivesse acontecido.
Foram dados sim. Várias publicações sobre o assunto desde a resvista da Marinha ao MDN, passando pelo próprio valor que figura em DR e o que foi orçamentado nos contratos adjudicados no site dos concursos públicos. Basta juntar a informação e valores. E mais uma vez não se trata de colocar mais dinheiro mas sim repor o valor que nunca chegou a sair do Estado ou a entrar no projecto dos Tejo. De certeza que a Marinha ou o MDN sabem bem qual a situação e onde está afinal o valor em questão. Agora revelar é outra história, não vá deixar os contribuintes mais uma vez com os cabelos em pé...
Citação de: dc
E você continua a não entender o que quero dizer com "investir nas LFC"... Perceba uma coisa, este investimento de que falei nas LFC, seria paralelo à entrada ao serviço dos Tejo. Dois projectos distintos que, financeiramente, não têm nada um que ver com o outro. Enquanto os Tejo seriam operados, era acelerado o programa das LFC, para trazer o mais depressa possível estes navios ao serviço da armada. Se não for feito nada em prol das LFC, aí é que, daqui a 10 anos, poderemos dizer que as LFC demoram tempo para se construir e consequentemente substituir os Tejo.
Eu, em parte alguma, disse para nos aguentarmos com os Cacine até virem as LFC? Não, enquanto estes são rendidos pelos Tejo, prepara-se as LFC para o futuro. É bastante simples.
V.exma é que continua a não intender (embora não seja o único) que não existe dinheiro para investir no totoloto das LFC nem tão pouco tempo. O projecto foi parado exactamente por falta de dinheiro. As LFC já foram projectadas e dificilmente verá novos navios depois dos dois últimos NPO que serão construídos em Viana, até porque o projecto das LFC precisa de actualização pois data dos tempos do Portas. E novamente para actualizar é preciso dinheiro. Além disso os ENVC não existem, o substituto tem encomendas em carteira e mesmo que v.exma arranjasse o dinheiro dos tais 20 milhões, actualizasse o projecto e conseguisse até 2017 avançar com um contrato de adjudicação para uma ou duas LFC, nada lhe garante que o estaleiro pudesse avançar de imediato e nem que as lanchas começassem a entrar em serviço em tempo util (ver os NPO e LFC dos ENVC). A mesma questão se coloca no Alfeite que tem de momento construções e remodelações em carteira. Virão assim certamente unidades em segunda mão, talvez mais Tejo. Não existem além do tempo verbas, baste que v.exma tenha em presença as unidades que sairam e vão sair de serviço, os Tejo, o valor que está previsto para os MLU às fragatas, para os Lynx, para o abastecedor, isto para já não falar no malogrado LPD (e dos 17 milhões gastos no projecto). É a realidade que temos, por isso não vale a pena estarmos a fazer as contas a equipamento que nem tão pouco está previsto e dificilmente voltará a estar nos próximos anos. Têm dúvidas. Investiu quanto nos NPO, LFC e LPD? (É fazeras contas que os valores são públicos). E quantos tem em serviço? ;)


Cumprimentos
« Última modificação: Novembro 18, 2016, 03:01:49 pm por mafets »
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dc

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #2459 em: Novembro 19, 2016, 05:27:44 pm »
Caro @mafets, não vale a pena continuar esta discussão, visto que responde simplesmente baseado nas suas teorias e naquilo que quer ver, sem sequer tentar perceber o contexto do que tenho vindo a dizer.
Para além do mais, propõe ideias com base em suposições (do género, o dinheiro dos Tejo afinal foi para o reabastecedor). Num dia diz que o dinheiro está ainda nos cofres do estado, no dia anterior vem dizer que já foi gasto noutra coisa qualquer (no próprio Arsenal do Alfeite, como disse há uns dias). Contradiz-se metade das vezes, exemplo disso é ter levado a peito quando eu disse que não havia necessidade de inventar muito e colocar armamentos mais sofisticados nos Tejo, justificando-se que você não pedia armamentos para os Tejo, apenas os módulos de missão que referiu, no entanto, linhas abaixo, vem propôr armamentos e a consequente discussão ser em parte focada nisso mesmo.

A questão das LFCs já foi mais que discutida, e a própria Marinha sempre referiu que os Tejo eram uma solução de emergência dada a lentidão de processos em torno das LFC, já foi investido dinheiro nas LFC (se não me engano de umas contrapartidas de uma aquisição qualquer). A questão do tempo que demoram a desenvolver as LFC não devia sequer ser para aqui chamada, visto que nunca propus que se devia ignorar os Tejo e saltar imediatamente para as LFC, mas sim encorajar o seu desenvolvimento visto que seria algo que beneficiaria a Marinha. Mas mesmo tendo trazido a questão do tempo de desenvolvimento, fique a saber que contra-argumentou contra si mesmo: Se demoram tempo a desenvolver, não faria sentido começar a desenvolver o projecto o quanto antes, enquanto há algum tipo de margem? Ou só damos importância às LFC, quando também os Tejo tiverem com 15 ou 20 anos de serviço na MP, como tem sido o caso com todas as outras embarcações? Lá se foi o seu argumento.

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Acha que a classe Cacine feita para os tempos da Guerra Colonial é adequada a patrulha ou combate à poluição? Acha que o S. Xavier que é um navio Balizador é adequado a patrulha? À quantos anos são usados "temporariamente" nestas e outras funções?Quer mais exemplos ou chegam? O equipamento hoje está uniformizado, uma torre de 12,7 mm ou 20 mm até a estibordo ou bombordo das fragatas podem ser colocados se não tiverem uso nas LFC que nem tão pouco se sabem se vão arrancar. Não se tratam de peças de 76mm ou 100mm mas sim de torres leves e que nem exigem perfuração do casco, mas se tem dúvidas consulte o link em questão e tem lá as informações de como os navios deveriam vir armados.

Eu quero exemplos de navios que foram adquiridos como alternativa temporária até se arranjar melhor, não de navios que foram adquiridos com um propósito e que, após elevados gastos que uma guerra acarreta, tiveram que ser adaptados a funções mais civis, precisamente por não haver capacidade de comprar navios em tão grande número para executar as missões diárias a que nos habituámos a que a Marinha desempenha.
No texto a seguir, diz que o projecto das LFC precisa de ser revisto, no entanto, aqui usa o argumento do armamento planeado em 2004 para esta classe de navios? Como ficamos? Projecto original, ou remodelado? Dou-lhe uma pista, os NPO também só tinham originalmente as velhas Bofors de 40 mm, mais tarde surgiu a ideia de colocar armamento mais moderno. Resumindo, nem sempre o que está no projecto original é a opção definitiva.
Quando à uniformização do equipamento, em parte tem razão, mas nem todas as torres que levem uma browning, podem mais tarde acomodar um canhão de 30 mm. Será que havia interesse em adquirir uma torre qualquer ao desbarato, para depois, mesmo com a possibilidade de adaptação de outro calibre, não fosse adequada para outro tipo de navio ou mesmo para os padrões de qualidade exigidos (nem todas as torres remotas são "boas", sensores mais avançados contam muito, logo ter uma torre barata com sensores made in china, de pouco vale)? Uma pista, e se a Marinha pretendesse nos futuros LFC (que à partida ainda estarão em cima da mesa), uniformizar os armamentos com os dos NPO?

Bem, esta discussão resume-se à sua falta de capacidade de interpretação do que foi dito, basta ver a questão das LFC, que eu já mencionei várias vezes que seria um investimento a longo prazo, num projecto a longo prazo, para a construção dos navios com perspectivas a longo prazo. De alguma forma você consegue ir buscar a ideia de que exijo LFCs agora, mesmo tendo dito completamente o oposto nos últimos 2 posts.
Com isto, ponho fim à discussão, não há necessidade de discutir com quem não quer perceber, ainda para mais no tópico errado.

Cumprimentos