Missão militar portuguesa no Afeganistão

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LM

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« Responder #300 em: Setembro 24, 2007, 03:36:25 pm »
Talvez fosse melhor existir um tópico para a actividade operacional da ISAF... ?

Os meus respeitos pelas baixas sofridas pela Espanha. :Soldado2:

Fonte: TSF ( 12:17 / 24 de Setembro 07 )

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Dois soldados espanhóis morreram, esta segunda-feira, e dois ficaram gravemente feridos num ataque contra efectivos espanhóis no Afeganistão.

Entretanto, os dois militares italianos sequestrados no Afeganistão foram libertados numa operação da Força Internacional Assistência à Segurança, mas acabaram por ficar feridos no decorrer da operação.  

Dois soldados espanhós morreram hoje e dois ficaram gravemente feridos, na sequência de ataque contra efectivos espanhóis no Afeganistão.

De acordo com o Ministério da Defesa espanhol, o ataque - que causou ainda a morte a um tradutor de nacionalidade iraniana - ocorreu cerca das 08:00 (hora de Lisboa), próximo de Shewan, a noroeste de Farah.

As vítimas viajavam num veículo, integrado numa patrulha espanhola, que foi atingido por uma explosão.

O veículo pertencia ao contingente espanhol no Afeganistão, estacionado na zona de Herat e que realiza patrulhas em vários pontos da região.

Também os dois militares italianos sequestrados no Afeganistão foram hoje libertados numa operação da Força Internacional Assistência à Segurança, mas acabaram por ficar feridos no decorrer da operação, um deles em estado grave.

A operação da ISAF ocorreu na província de Farah, onde os militares foram sequestrados no sábado.

No decorrer da operação, também terão morrido cinco elementos do grupo dos raptores dos dois militares.
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Lancero

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« Responder #301 em: Setembro 27, 2007, 04:09:38 pm »
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Afeganistão: Português nomeado porta-voz das forças aliadas inicia missão com estágio em Bruxelas


    Por Carlos Santos Pereira para a agência Lusa  


    Lisboa, 27 Set (Lusa) - O general português Carlos Branco, recém-nomeado porta-voz das forças aliadas no Afeganistão (ISAF), parte hoje para a sede da Aliança Atlântica em Bruxelas, onde vai cumprir um breve estágio de especialização no contacto com os media.  

     

    "Combater o derrotismo e evitar que prevaleça a falsa ideia de que os talibãs estão a a derrotar militarmente as forças da NATO" - eis o objectivo do oficial português para a sua missão como "porta-voz" das forças aliadas no Afeganistão.  

     

    Em vésperas de partir para o Afeganistão Carlos Branco analisa em entrevista à Lusa a situação no terreno, sublinha a importância da "frente dos media" e deixa um alerta: "O processo da comunicação não se pode reduzir a um combate entre 'spin doctors' e jornalistas transformados em artistas, onde o imediatismo se sobrepõe ao rigor".  

     

    O general assume um cargo da mais alta responsabilidade no comando na força internacional no Afeganistão, onde Portugal marca já presença de destaque através da task force (uma companhia da pára-quedistas e um destacamento de apoio aéreo táctico) em funções de "reserva táctica" do comandante da ISAF.  

     

    "Trata-se do reconhecimento por parte da Aliança, por um lado, o empenho político nacional nos assuntos da paz e da segurança internacionais em que a NATO se tem envolvido; e, por outro, a qualidade do desempenho operacional dos militares portugueses", considera o general Carlos Branco.  

     

    "Proporcionar informação relevante com rapidez, fazendo com que aquela circule com celeridade e que os destinatários a possam receber no tempo certo" - é assim que encara a prioridade da sua missão. Trata-se em suma de tornar mais prontas e eficazes as respostas da NATO em matéria de informação num momento em que os talibã procuram explorar ao máximo o impacto mediático das suas acções.  

     

    A criação do cargo de porta-voz do comandante da ISAF sublinha por si só a importância atribuída a "frente dos media" num momento em que a missão da NATO no Afeganistão atravessa um período crucial face ao crescendo da insurreição talibã, em particular no Sul do país. Até agora a ISAF dispunha apenas de um Gabinete de Informação pública.  

     

    "É fundamental combater o derrotismo e evitar que prevaleça a falsa ideia de que os talibãs estão a recuperar a iniciativa militar e a derrotar militarmente as forças da OTAN" - considera o general Carlos Branco. "É um facto que as forças rebeldes tiveram pontualmente sucesso - reconhece o oficial, numa breve análise da situação militar com se vai confrontar no teatro afegão.  

     

    "Trata-se, porém, de vitórias mitigadas e de reduzido impacto táctico - e a NATO conseguiu entretanto infligir aos taliban revezes importantes".

     

    Neste quadro, a batalha passará agora em boa medida por um esforço para evitar que o eco mediático sobredimensione as incursões dos talibã. "É fundamental evitar o alarido em redor de acontecimentos menos agradáveis, inevitáveis numa guerra, e esquecer sistematicamente acontecimentos positivos reveladores do progresso realizado, porventura menos vendáveis no circo mediático" - sublinha o novo porta-voz da ISAF.  

     

    "O que não pode acontecer é que actos tacticamente inexpressivos se tornem estrategicamente relevantes. E, aqui, a frente dos media é decisiva..."

     

    A questão assume particular importância no momento em que disparar das baixas nas fileiras da ISAF começa a gerar um crescente mal-estar junto da opinião pública e a transformar-se num problema político em vários países da NATO. Os media têm aqui um papel crucial "entre outras coisas, pelo modo como pode contribuir para a mobilização das opiniões públicas nos países da NATO para apoiarem o esforço da Organização".  

     

    Em boa medida, reconhece o general, o êxito da missão que se prepara para abraçar depende "do modo como eu me conseguir relacionar com os media, da maneira como eu consiga criar empatia e laços de confiança com eles". O que não obsta a uma visão marcadamente crítica do trabalho dos mesmos media.  

     

    "A procura do scoop a todo o preço e sem regras para além de inaceitável é eticamente deplorável. O processo da comunicação não se pode reduzir a um combate entre spin doctors e jornalistas transformados artistas, onde o imediatismo se sobrepõe ao rigor".  




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Brigadeiro General Carlos Branco, próximo porta-voz das forças aliadas no Afeganistão. João Relvas/Lusa
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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André

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« Responder #302 em: Setembro 27, 2007, 04:23:20 pm »
Citação de: "Lancero"
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Afeganistão: Português nomeado porta-voz das forças aliadas inicia missão com estágio em Bruxelas

 "Combater o derrotismo e evitar que prevaleça a falsa ideia de que os talibãs estão a a derrotar militarmente as forças da NATO" - eis o objectivo do oficial português para a sua missão como "porta-voz" das forças aliadas no Afeganistão.  

               
"É fundamental combater o derrotismo e evitar que prevaleça a falsa ideia de que os talibãs estão a recuperar a iniciativa militar e a derrotar militarmente as forças da OTAN" - considera o general Carlos Branco. "É um facto que as forças rebeldes tiveram pontualmente sucesso - reconhece o oficial, numa breve análise da situação militar com se vai confrontar no teatro afegão.  



Aqui está a resposta a uns velhos do restelo que diziam que a situação no sul do Afeganistão estava a descambar e a guerra a ser perdida. :)

 

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zecouves

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« Responder #303 em: Setembro 27, 2007, 10:28:47 pm »
O Brigadeiro-General Branco está cheio de power. Esperemos que as coisas lhe corram de feição, porque em ultima análise é também a imagem do exército portguês que está em jogo, embora mais a dele, claro.

O dinamismo que lhe é reconhecido no meio castrense vai concerteza marcar a diferença.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #304 em: Setembro 28, 2007, 06:00:24 pm »
Aquela t-shirt branca não engana...mesmo que não tivesse a boina e o crachá do curso sabia-se logo que era Comando.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Luso

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« Responder #305 em: Setembro 28, 2007, 11:12:25 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Aquela t-shirt branca não engana...mesmo que não tivesse a boina e o crachá do curso sabia-se logo que era Comando.


Não sei. Quem usa um "tonneau" com mostrador branco, vou ali e já venho. :wink:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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JLRC

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« Responder #306 em: Setembro 28, 2007, 11:38:18 pm »
Julgo que o general é um coronel graduado em brigadeiro-general. Estou enganado?
 

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Lancero

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« Responder #307 em: Setembro 29, 2007, 07:31:07 pm »
Citação de: "JLRC"
Julgo que o general é um coronel graduado em brigadeiro-general. Estou enganado?


Pela razão de ter sido nomeado para um cargo internacional.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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zecouves

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« Responder #308 em: Setembro 30, 2007, 11:19:24 pm »
Citação de: "Lancero"
Citação de: "JLRC"
Julgo que o general é um coronel graduado em brigadeiro-general. Estou enganado?

Pela razão de ter sido nomeado para um cargo internacional.


Exacto. No entanto só são graduados em Brigadeiro-General os coronéis tirocinados, isto é, aqueles que já frequentaram o curso de promoção a oficial general.
 

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Duarte

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« Responder #309 em: Outubro 01, 2007, 12:00:50 am »
Citação de: "Luso"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Aquela t-shirt branca não engana...mesmo que não tivesse a boina e o crachá do curso sabia-se logo que era Comando.

Não sei. Quem usa um "tonneau" com mostrador branco, vou ali e já venho. :wink:


Ficava melhor ao nosso Brigadeiro um destes..



слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

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ricardonunes

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« Responder #310 em: Outubro 03, 2007, 10:18:54 am »
Forças Armadas vão formar militares do Exército afegão

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As Forças Armadas estão a preparar o envio, para o Afeganistão, de um grupo de militares dos três ramos com uma nova missão: formar o Exército afegão, soube o DN.

A tarefa de formação e treino a que os militares portugueses se vão dedicar, no Afeganistão, deverá iniciar-se no primeiro trimestre de 2008. A cidade de Duralaman, onde deverá ficar a equipa composta por dezena e meia de oficiais e sargentos, fica a cerca de 30 quilómetros do aeroporto de Cabul, bem como a uns 20 do quartel que o contingente do Exército afecto à força da NATO (ISAF, sigla em inglês) ocupa na capital afegã desde 2004.

A missão tem a habitual duração de seis meses - embora essa política de formação, segundo o conceito definido pela NATO, tenha uma duração de nove meses - e será o primeiro caso de actuação conjunta da Armada, Exército e Força Aérea numa área não operacional.

Anteontem, ao falar numa conferência no Parlamento, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, declarou que já se "estão a dar passos firmes e concretos" na dimensão conjunta de emprego das forças, uma tarefa "facilitada por todos terem percebido que isso é absolutamente indispensável".

Sobre a situação no Afeganistão, o CEMGFA frisou ser "muito preocupante [haver] um falhanço nos planos de reconstrução do Estado de Direito e no desenvolvimento económico" desse país. "Não sei mais quantos anos" será preciso a NATO estar no Afeganistão, "mas sei que é impossível derrotar uma insurreição só com a força militar", alertou Valença Pinto.

A nova missão, cujos contornos finais estarão concluídos até Novembro, será comandada por um tenente-coronel do Exército e integra-se na reorientação da estratégia da NATO, ao abrigo da qual foi nomeado há dias, e pela primeira vez, um porta-voz militar da ISAF - o brigadeiro-general português Carlos Branco, que hoje assume funções. Do sucesso desses formadores da Aliança dependerá o tempo de permanência das tropas internacionais no Afeganistão.

O Exército Nacional Afegão (70 mil efectivos) deverá ter 14 brigadas e 76 batalhões prontos até Dezembro de 2008.|

DN
Potius mori quam foedari
 

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zecouves

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« Responder #311 em: Outubro 04, 2007, 02:58:08 pm »
Citação de: "ricardonunes"
Forças Armadas vão formar militares do Exército afegão

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As Forças Armadas estão a preparar o envio, para o Afeganistão, de um grupo de militares dos três ramos com uma nova missão: formar o Exército afegão, soube o DN.

A tarefa de formação e treino a que os militares portugueses se vão dedicar, no Afeganistão, deverá iniciar-se no primeiro trimestre de 2008. A cidade de Duralaman, onde deverá ficar a equipa composta por dezena e meia de oficiais e sargentos, fica a cerca de 30 quilómetros do aeroporto de Cabul, bem como a uns 20 do quartel que o contingente do Exército afecto à força da NATO (ISAF, sigla em inglês) ocupa na capital afegã desde 2004.

A missão tem a habitual duração de seis meses - embora essa política de formação, segundo o conceito definido pela NATO, tenha uma duração de nove meses - e será o primeiro caso de actuação conjunta da Armada, Exército e Força Aérea numa área não operacional.

Anteontem, ao falar numa conferência no Parlamento, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, declarou que já se "estão a dar passos firmes e concretos" na dimensão conjunta de emprego das forças, uma tarefa "facilitada por todos terem percebido que isso é absolutamente indispensável".

Sobre a situação no Afeganistão, o CEMGFA frisou ser "muito preocupante [haver] um falhanço nos planos de reconstrução do Estado de Direito e no desenvolvimento económico" desse país. "Não sei mais quantos anos" será preciso a NATO estar no Afeganistão, "mas sei que é impossível derrotar uma insurreição só com a força militar", alertou Valença Pinto.

A nova missão, cujos contornos finais estarão concluídos até Novembro, será comandada por um tenente-coronel do Exército e integra-se na reorientação da estratégia da NATO, ao abrigo da qual foi nomeado há dias, e pela primeira vez, um porta-voz militar da ISAF - o brigadeiro-general português Carlos Branco, que hoje assume funções. Do sucesso desses formadores da Aliança dependerá o tempo de permanência das tropas internacionais no Afeganistão.

O Exército Nacional Afegão (70 mil efectivos) deverá ter 14 brigadas e 76 batalhões prontos até Dezembro de 2008.|

DN


http://www.nato.int/issues/afghanistan/ ... /omlt.html
 

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PereiraMarques

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« Responder #312 em: Outubro 11, 2007, 10:46:58 am »
Citação de: "JLRC"
Julgo que o general é um coronel graduado em brigadeiro-general. Estou enganado?


 :arrow:  http://dre.pt/pdf1sdip/2007/10/19600/0725207252.PDF
 

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comanche

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« Responder #313 em: Outubro 31, 2007, 06:27:42 pm »
Defesa: Governo reduz tropas no Afeganistão a partir de Agosto de 2008


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Lisboa, 31 Out (Lusa) - O ministro da Defesa Nacional anunciou hoje uma redução, a partir de Agosto de 2008, do contingente português no Afeganistão, onde ficarão um avião C-130 e uma equipa de 15 militares que dará formação ao exército afegão.

O anúncio foi feito por Nuno Severiano Teixeira numa reunião da comissão parlamentar de Defesa, hoje à tarde, em que fez um balanço das missões militares no estrangeiro.

Portugal tem actualmente 162 militares no Afeganistão, a segunda missão mais numerosa de todas as forças nacionais destacadas a seguir ao Kosovo (298 homens).

Até final do ano, irão manter-se no Afeganistão com tropas pára-quedistas e de apoio de serviços, assim como uma equipa de controlo aéreo táctico da Força Aérea.

Em declarações aos jornalistas, Severiano Teixeira afirmou que esta alteração de tipo de forças resulta "da evolução da situação" e "fruto das necessidades" da NATO - formação do exército afegão e o transporte aéreo.

 

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PereiraMarques

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« Responder #314 em: Novembro 13, 2007, 05:01:12 pm »
Primeira intervenção do BGEN Carlos Martins Branco, como porta-voz da ISAF.

http://www.nato.int/isaf/media/video/20 ... 71110a.wmv