Votei no S-400, mas pela simples razão que é o sistema mais capaz dos apresentados. Isto não quer dizer que seja o mais bem adequado às nossas necessidades.
Primeiro é preciso saber para que é que precisamos de um sistema anti-aéreo de área.
Quem são os potenciais inimigos?
Qual é o principal alvo? Aviões? Mísseis balísticos? Mísseis de cruzeiro?
Na actual conjuntura, Portugal não precisa verdadeiramente de um sistema com este alcance, nem necessita que este tenha uma capacidade ABM de topo, o que quer dizer que o S-300PMU1 ou o PMU2 ou o S-300V seria provavelmente mais do que suficiente. Já no futuro, as necessidades poderão ser outras.
Para mim a prioridade deveria ser a aquisição de meios anti-aéreos de baixa-média altitude para a BMI, visto que esta é a unidade mais vocacionada para cenários convencionais de alta-intensidade, em que a ameaça aérea é maior. Escolheria, por exemplo, os Tunguska M1 ou os SA-15 Gauntlet, ou uma combinação dos dois.
Em seguida, tratar-se da BLI, BAI e Fuzileiros, mas adaptados a um nível de ameaça não tão elevado. Aqui os Avenger, por exemplo, seriam suficientes.
Finalmente, para defesa de Portugal e ilhas, o ideal (e não o financeiramente realista...
) seria uma conjugação do S-400 e do FT-2000 para defesa de longo alcance/grande altitude, e talvez o Avenger ou o Tunguska para defesa de ponto.
Esta minha opção de adquirir primeiros sistemas para defesa das unidades e só depois para a defesa do território prende-se com a avaliação do nível de ameaça. Realisticamente, a ameaça aérea ao território português, de momento, é nula.
De qualquer maneira, apesar do défice que apresentamos, não de parece que a defesa anti-aérea seja uma prioridade.
E dá um bocado de inveja ver na tv a Grécia a "montar" os Patriot para defender a vila Olimpica.
A mim não me dá inveja nenhuma... Não gostaria nada de ter que pagar a conta dos gregos da segurança dos Jogos Olímpicos, e é sinal de que temos um país mais seguro do que a Grécia...