Orgulho de Ser Português

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TOMSK

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Orgulho de Ser Português
« em: Outubro 13, 2008, 10:23:47 am »


"De São Mamede a Aljubarrota... de Ceuta ao Buçaco... de La Lys a África... do Ocidente ao Oriente... Sempre dispostos ao último sacrifício por Portugal, pelos Portugueses e nos últimos tempos pela Paz em todos os cantos do Mundo... O militar português, nem sempre nas melhores condições, cumpre a sua missão..."

Decidi iniciar este tópico pela existência ao longo do fórum de vários relatos extraordinários sobre as façanhas dos Portugueses ao longo dos séculos, o que merece um local onde se possam consultar todas essas "histórias" que nos fazem ter orgulho em SER PORTUGUÊS
« Última modificação: Dezembro 30, 2008, 12:34:35 am por TOMSK »
 

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Xô Valente

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« Responder #1 em: Outubro 13, 2008, 10:27:44 am »
Finalmente um tópico assim! Tenho a certeza que vai ser muito bom. Parabéns TOMSK. :G-Ok:
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.
 

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TOMSK

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« Responder #2 em: Outubro 13, 2008, 10:29:03 am »
Começo eu...

Excerto da "Crónica do Condestável de Portugal" por uma autor anónimo do Séc.XIV

"E quis Deus que uma grande pestilência desse no arraial castelhano, obrigando o Rei a levantar o seu cerco, e sair para Castela.

E uma noite puseram fogo no arraial e quintas do arredor, e era tão grande o incêndio, que de Palmela, onde Nun'Álvares estava, parecia que Lisboa toda ardia. D.Nuno passou a noite muito angustiado, cuidando que alguem dos grandes que estavam com o Mestre lhe fizera traição.

E quando, de manhã, o dia foi claro e Lisboa apareceu, nobre e formosa como sempre, e Nun'Álvares soube que El-Rei de Castela se partia, levando consigo muitos mortos e doentes, logo mandou pedir licença ao Mestre, para ir atalhar a hoste castelhana ao caminho, e com a ajuda de Deus, desbaratá-la. O Mestre lho não consentiu; e Nun'Álvares resolveu-se a ir vê-lo para lhe falar sobre este caso.

E estando para se meter em dois batéis com alguns dos seus homens, para passar de noite à cidade, disse-lhe um dos seus escudeiros, homem mui valente :

«-Senhor Nun'Álvares, eu sonhei a noite passada que vós partíes deste lugar em batéis, e passando por entre a frota castelhana vos prenderam: pelo que vos peço, por mercê, que não partais»
Nun'Álvares respondeu-lhe :
«-Pois que assim é ficareis aqui com o vosso sonho». E não o quis levar com grande pena do escudeiro, que lho dissera de boamente.

E Nun'Álvares embarcou, e ao atravessar pela frota de Castela, quando se encontrou no mais espesso dos navios, mandou dar às trombetas.
Em toda a frota foi grande o alarme e a confusão. De um a outro navio bradavam, perguntando quem fora; e todos, até os que dormiam se armaram, prontos para combater. Pois ninguém podia imaginar que homem como aquele, ainda que moço, capitão tão principal, cometesse à ventura e por jogo tão saborosa e arriscada façanha."

( Conseguem assim os batéis escapar-se de tão perigosa situação, e, pela madrugada, têm alcançado uma das praias de Lisboa )

 
Nun´Álvares e seus homens passam por entre a frota inimiga, perante o olhar incrédulo dos castelhanos
« Última modificação: Outubro 13, 2008, 07:43:24 pm por TOMSK »
 

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TOMSK

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« Responder #3 em: Outubro 13, 2008, 01:26:05 pm »
Se me permitem, vou transcrever o post do utilizador SeaKaffir, pois acho que merece figurar neste tópico

Citar
Episódios curiosos da história de Portugal para quem esqueceu o que é ser português:


Em 1537 alguns marinheiros portugueses praticaram um crime, então classificado como um "grande gaffe diplomática". Em frente de Diu recebeu-se o Sultão Bahadur Xá a bordo de uma nau portuguesa.
As conversações diplomáticas deram para o torto e o Sultão e sua comitiva resolveram retirar-se zangados.
Alguns marinheiros portugueses, indisciplinados, dificultaram-lhes a entrada no batel, chegando ao ponto de dar com um remo, fortemente, na cabeça do Sultão, tendo este morrido afogado. A acção vergonhosa causou um grito de vingança desde os reinos mulçumanos do Golfo de Cambaia até ao Egipto e Constantinopla. A viúva do Sultão ofereceu toda a sua fortuna para financiar uma expedição punitiva contra os portugueses. A fortaleza de Diu estava a ser defendida por 600 portugueses, comandados por António da Silveira. O Sultão de Cambaia e o turco Suleimão Paxá reuniram as suas forças, conseguindo cercar Diu com 70 galés turcas um exército de terra de 23.000 homens. Tendo já feito prisioneiros alguns portugueses, enviou por um deles uma carta a António da Silveira.
Temos de saber que Suleimão Paxá não era tido em boa conta pelos portugueses. Tratava-se de um eunuco que, através de uma revolução palaciana, com o levantamento geral dos eunucos, conseguiu degolar a família real, usurpando o respectivo trono e poder.

Quanto António da Silveira recebeu a carta do turco, virou-se para os seus companheiros dizendo: «Vejamos o que diz o perro do capado!» e leua a carta em público. Suleimão Paxá prometia aos portugueses livre saída de pessoas e bens desde que fossem para a costa de Malabar e entregassem a fortaleza e as armas. Prometia esfolar todos vivos se não o fizessem e glorificava-se de ter reunido o maior exército em Cambaia, tendo muita gente que tomara Belgrado, Hungria e a ilha de Rodes. Perguntava mesmo a António da Silveira como se iria defender num "curral com tão pouco gado"!

António da Silveira mandou vir papel e Tinta e, estando todos presentes, enviou-lhe a seguinte resposta: «Muito honrado capitão Paxá, bem vi as palavras da tua carta. Se em Rodes tivessem estado os cavaleiros que estão aqui neste curral podes crer que não a terias tomado. Fica a saber que aqui estão portugueses acostumados a matar muitos mouros e têm por capitão António Silveira, que tem um par de tomates mais fortes que as balas dos teus canhões e que todos os portugueses aqui têm tomates e não temem quem os não tenha!»

Não se pode imaginar insulto maior! Narra-no Gaspar Correia que o capado, quando recebeu esta resposta, mandou logo matar alguns portugueses, feridos, que estavam na sua posse e começou um luta de gigantes. Durante mais de um mês António da Silveira fez-lhe frente, ficando os portugueses capazes de lutar reduzidos a menos de quarenta, mas causando tais baixas aos turcos que estes resolveram levantar o cerco a Diu e retirar-se

(Gaspar Correia: Cronica dos Feytos da Índica, vol. IV, p.34-36)


Trinta para cada Um

Garcia de Sá enviou, em 1519, uma nau comandada por Manuel Pacheco para impor aos Reis de Pacem e Achem o cumprimento do que estava estabelecido por cntrato. Quando faltou a água à grande nai portuguesa, foi enviado um batel para fazer o reabastecimento. A pequena embarcação era tripulada por cinco portugueses, António de Vera, do Porto, António Peçanha, de Alenquer, Francisco Gramaxo, João Almeida de Quintela e um barbeiro de bordo, sendo remada por escravos malaios.

Já longe da sua nau e perto de terra, foram surpreendidos por um capitão do Rei de Pacem, comandando três navios de 150 homens cada. Os mulçulmanos viram ali uma boa oportunidade para rapidamente alcançarem a glória de prender ou matar cinco portugueses! Reconhecendo os cinco o perigo em que estavam, e não o podendo evitar, resolveram então abordar o navio comandante, subindo para bordo aos gritos de "Santiago", com as suas espadas na mão direita e as adagas na esquerda. Os mouros, que estavam convencidos de que os cinco se entregariam sem resistência, não podendo contar com nenhum apoio dos seus escravos remadores (perante a óbvia superioridade muçulmana), ficaram perplexos com o calente combate que então se desenrolou.

Couberam trinta adversários mouros a cada um dos portugueses, que os atacaram com uma ferocidade de quem já se considera perdido, querendo ao menos levar consigo o maior número possível de adversários! Quando os mouros começaram a cair mortos e se ouviram os gritos dos decepados, feridos e moribundos, os outros, aterrorizados, atiraram-se ao mar. Perante esta demonstração de falta de coragem dos seus próprios homens, o capitão mouro virou-se com a sua cimitarra contra os seus soldados que saltavam para a água. O capitão envolveu-se em luta com os seus homens, que já não lhe obedeciam, acabando por cair também ao mar, onde ainda utilizou a sua cimitarra para dar cutiladas aos seus, até acabar por se afogar.

Os cinco portugueses ficaram donos do barco mouro, perante os olhos estupefactos das tripulações das outras duas embarcações. Estas, perdendo o seu capitão-geral, mostraram as popas, acabando por se irem embora sem dar mais luta. De certo não se tinham dado conta de que os nossos cinco, exaustos da luta e com muitas feridas cada um deles, acabaram por cair e até desmaiar. Os seus escravos remadores malaios vieram então a bordo para os ajudar; navegaram com o batel rebocado pela embarcação muçulmana conquistada, de volta, em direcção à nau. Tratados pelos médicos de bordo, tornaram-se os heróis do dia, facto também reconhecido pelo Reio de Pacem que, perante tal actuação de tão poucos, veio oferecer a paz e a satisfação de todos os danos, conforme o Vice-Rei lhe tinha proposto. A acção destes cinco impediu asssim grandes batalhas, com enormes perdas para ambas as partes.

(Manuel Faria e Sousa: Ásia Portuguesa, tomo I, part. III, cap. III, p. 189)



Quantos Ferimentos Aguenta um Português?

Durante os sangrentos combates na defesa da fortaleza de Diu, ficou um Fernão Penteado, natural da Covilhã, ferido na cabeça por uma "racha de pedra de bombarda" (uma bala de canhão rachou-lhe a cabeça). Chegando ao Mestre João, singular cirurgião de Diu (um dos cincos que saltaram para a brecha do muro após o rebentamento do baluarte - outro relato), deu-se conta que este já tinha uma longa fila de feridos graves para curar, ouvindo ao mesmo tempo os gritos de socorro de companheiros aflitos na defesa de um dos baluartes. Narra-nos então o cronista: «Correndo como pôde, se foi ao combate, não sendo parte a grande ferida para o estorvar, se envolveu na peleja, em a qual, como as feridas fossem baratas (não caras = fáceis de obter), houve prestes outra, isso mesmo na cabeça, assaz má, e assim premiado de duas se tornou ao cirurgião. O qual achou já muito mais ocupado e com grandes coisas diantes de si. Como a esta hora refrescassem os inimigos e apertassem os nossos, e por conseguinte os nossos com dobrado esforço e vigor lho defendessem, causou isto grande estrondo temeroso, profunda e triste consonância, a qual sentindo o dito Fernão Penteado, deixando o que cumpria à sua saúde e vida, com novos espíritos deu volta ao combate, como lugar que, ainda que fosse pouco sadio, podia em ele mlhor aquietar seu duro espírito e assim misturando com os companheiros, pelejando não como ferido de tais e tão grandes feridas, recebeu outra de um pique (lança) pelo braço direito, da qual encravado (impossibilitado), bem contra o que lhe seu desejo pedia, se veio curar de todas as três, dando sinal mui claro a todos de seu alento e valentia, das quais feridas aprouve a Deus dar-lhe saúde. Depois, indo em uma fusta, com temporal se perdeu, e ali fez seu fim!»

(Lopo de Sousa Coutinho: O Primeiro Cerco de Diu, cap. XVII).



Não Tendo Bala, Arrancou um Dente, Carregou o Mosquete e Disparou

É por vezes nos relatos de estrangeiros, que há muitos séculos se debruçam sobre a nossa história, que encontramos pormenores interessantes.

Narra-nos um padre holandês, Philippus Baldaeus, que acompanhou as armadas seiscentistas dos Países Baixos nas suas conquistas das praças portuguesas do índico, uma história curiosa que, entretanto, também já consegui descobrir num relato português.

Durante o primeiro cerco de Diu, encontrou-se um soldado português como único sobrevivente num dos baluartes que os turcos estavam a atacar, em ondas sucessivas. Tendo já gasto todas as balas (esferas de chumbo), mas possuindo ainda suficiente pólvora para mais um tiro, e na aflição de nada mais ter com que carregar a sua espigarda, resolveu um dos seus dentes! Carregou com ele a arma e disparou-a contra o adversário surpreso, que já o considerava sem munições!

Trata-se de um pequeno promenor numa grande batalha, que facilmente entra no esquecimento. O holandês, porém, adversário nosso um século depois, narra este facto com profunto respeito por um digno rival! As diferentes edições da sua obra (em holandês, alemão e inglês), não condizem em todos os pontos, notando-se cortes feitos pelos editores seiscentistas. Todas as edições, porém, mencionam o episódio, o que nos mostra que todos acharam suficientemente interessante para ser transmitido aos seus eleitores, o que muito honra este soldado português.

(Phillippus Baldeus: A Description of ye East India Coasts of Malabar and Coromandel, chap. X, p. 533 na edição inglesa (página 54 na edição alemã); Pedro de Mariz: Diálogos de Varia Historia, tomo II, diálogo quinto, p.18)
 

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TOMSK

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« Responder #4 em: Outubro 13, 2008, 07:28:17 pm »
Continuo este tópico com mais um relato sobre as acções daquele que para mim, aglutina em si algumas das façanhas mais importantes que se praticaram nesse tempo.

"No verão de 1382, o Prior do Crato obteve o seu primeiro sucesso contra os assaltantes castelhanos de Sintra. Aproveitando a sua ausência, D. Nuno Álvares Pereira e seu cunhado Pedro Afonso de Casal ( casado com D.Inês, irmã de D.Nuno) combinaram apanhar o inimigo numa emboscada, e, para levarem avante o seu intento juntaram 55 homens de cavalo e foram para um lugar chamado Restelo, onde todos se ocultaram nuns valados e atrás de uns penedos.



Não esperaram muito tempo.

Certos da habitual impunidade, lestos e atrevidos, os assaltantes castelhanos logo começaram apressadamente a colher cachos das vinhas e frutas dos pomares.

Eis senão quando lhes sai pela frente o bando de D.Nuno.
Espavoridos pelo ataque de todo o ponto inesperado, os assaltantes logo resolveram voltar para a praia. Alguns ainda conseguem alcançar os barcos quem os haviam trazido, mas os restantes, na precipitação da fuga, deitam-se à água a nado.

Entretanto os marinheiros da esquadra castelhana, apercebendo de bordo o que se estava passando, aprestam-se rapidamente para a luta e em número de uns duzentos e cinquenta, todos bem armados e apetrechados, metem-se nos barcos, e depressa chegam a terra.

D. Nuno reconhece a importância desta força, em tão grande desproporção com a sua, mas esta circunstância não lhe faz diminuir nem a serenidade, nem o ardor pelo combate. Fica firme, gritando aos seus homens para igualmente se considerarem firmes e certos de que, com a ajuda de Deus, seriam eles que dariam o primeiro golpe no inimigo.

Os seus companheiros porém, é que se não mostraram tão corajosos como ele, e vá de fugirem, escondendo-se onde puderam.

Apesar de ter ficado completamente só, D.Nuno não desanima, e, metendo os acicates ao cavalo, atirou-se sobre os castelhanos brandindo a sua lança tão violentamente, que o inimigo desorganizava as suas fileiras diante dele. Com os fortes golpes que desferia, a lança partiu-se, e então começou de lutar com a espada, distribuíndo golpes violentos e certeiros, para a direita e para a esquerda

Durou bastante tempo este combate de um contra muitos.

Era de maravilha vê-lo aguentar-se, sempre destro e valoroso, no meio de tanta gente, até que o cavalo, ferido por tantas lançadas, caiu morto sobre a anca esquerda, ficando D.Nuno com a perna entalada debaixo dele; mas ainda nessa posição, com a espada, continua a defender-se valorosamente. Sobre ele caem muitas lançadas, mas de tão boas folhas e de tal têmpera era a sua armadura que os golpes contra ela, amolgavam-na mas não a penetravam.

Inevitavelmente, seria morto se não fosse acudido nesta altura.
Presenciando tudo de longe, os seus companheiros, possuídos de vergonha, acudiram afinal aos brados de um clérigo, chamado Vasco Eanes de Couto, em cuja casa D.Nuno estava alojado, e correram em defesa do seu chefe, já decididos e sem medo algum. O clérigo, homem robusto e valente, chegando junto de D.Nuno, cortou a cilha ao cavalo morto, e assim o libertou daquela tão embaraçosa como perigosa situação. Em seguida, os dois, logo ajudados pelos restantes - incluíndo os dois irmãos de D.Nuno, Diogo e Fernão, e seu cunhado Pedro Afonso de Casal, que ali haviam chegado - de tal maneira tão denodadamente se bateram que os atacantes retiraram, fugindo para os barcos.


Ainda no meio da refrega, Pedro de Casal, montado no seu cavalo, achou-se também numa situação deveras crítica. Um dos inimigos, com uma valente bote de lança perfura-lhe a armadura, trespassando-a. Em vez de largar a arma, Pedro de Casal pára; e vergando-se sobre o flanco do animal, impõe ao inimigo a morte ou a rendição. Este, porém, com a vantagem da sua posição, recusa uma e outra coisa: e , sem dúvida, o caso seria muito grave para Pedro, se D.Nuno não tivesse dado conta do sucedido e, vendo que a lança trespassara a armadura, não corresse logo em socorro do cunhado, julgando-o ferido. Ia então desferir sobre o adversário um golpe mortal, quando este se entregou.

Referem os velhos Cronistas que, nesse dia, concedeu Deus a D.Nuno e aos seus companheiros muita honra e glória. E tanto assim, que nenhum dos portugueses morreu na refrega, muito embora alguns deles tivessem ficado feridos.
(...) No regresso a Lisboa, a pequena hoste de pelejadores foi muito aclamada pelo povo, e D.Nuno levado em triunfo pelas ruas da cidade(...)

Em consequência deste brilhante feito, cessaram por completo as incursões dos castelhanos nos arrebaldes da cidade.


( O relato é retirado da " Vida e Obra de Dom Nuno Álvares Pereira", as imagens de diversos livros e do trailer pertencente ao site da Fundação da Batalha de Aljubarrota )
« Última modificação: Outubro 13, 2008, 08:40:21 pm por TOMSK »
 

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TOMSK

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« Responder #5 em: Outubro 13, 2008, 08:26:20 pm »
Aos outros utilizadores que queiram contribuir para a riqueza informativa deste tópico, sejam bem-vindos!
 :G-clever:
 

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Luso

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« Responder #6 em: Outubro 13, 2008, 09:34:33 pm »
Citação de: "TOMSK"
Aos outros utilizadores que queiram contribuir para a riqueza informativa deste tópico, sejam bem-vindos!
 :G-clever:


Certo, Tomsk. E que tal traduzir a citação de Rommel da sua assinatura para português?
E já agora, porque é que um orgulhoso português precisa de uma citação de um ilustre guerreiro alemão?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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abatista

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« Responder #7 em: Outubro 13, 2008, 11:04:13 pm »
O homem não tem culpa que os portugueses não digam nada tão interessante.. :P
 

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TOMSK

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« Responder #8 em: Outubro 13, 2008, 11:16:53 pm »
Citar
Certo, Tomsk. E que tal traduzir a citação de Rommel da sua assinatura para português?
E já agora, porque é que um orgulhoso português precisa de uma citação de um ilustre guerreiro alemão?
Que não seja por isso! Já vou arranjar uma nova citação! :P
 

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« Responder #9 em: Outubro 14, 2008, 08:23:03 am »
Citar
"As vacas avançavam, uma atrás das outras, se encostavam ao robot e se sentiam deliciadas, enquanto ele durante cerca de 6-7 minutos realizava a ordenha. Ela saía e imediatamente outra entrava" Aníbal Cavaco Silva


isto sim é que é um presidente :lol:  :lol:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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legionario

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« Responder #10 em: Outubro 14, 2008, 07:14:09 pm »
Essa das vacas foi muito boa ! por acaso tambem vi ( e ouvi) na tv o Presidente da républica dizer isso :):)
 

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TOMSK

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« Responder #11 em: Outubro 15, 2008, 11:41:46 am »

"Gonçalo Mendes da Maia, o «Lidador», fazia noventa e cinco anos. Revia a sua vida passada em constantes lides guerreiras. Estava satisfeito.

Chamou os seus amigos e companheiros, Mem Moniz e Lourenço Viegas, chamado o «Espadeiro» pela sua fama a brandir a espada, e propôs-lhe uma surtida contra os mouros. Prepararam a saída.

Passado algum tempo, ouvia-se um tropel de cavalos acompanhado do tumulto de algumas centenas de peões armados para combater a pé. Correram pelos campos do Alentejo, atravessaram searas de trigo...
De súbito, ao darem a volta a uma mata, depararam com uma força moura comandada pelo terrível Almoleimar.
Gonçalo Mendes da Maia mandou avançar.

Queria conquistar Alcácer do Sal.

Gonçalo Mendes e Almoleimar encontraram-se, frente a frente.
Gonçalo Mendes atirou-se contra ele, ferindo-o gravemente. O sarraceno também atingiu o «Lidador» com um corte profundo no ombro.
Ambos caíram, Almoleimar morto, o «Lidador» a perder sangue.

Vendo os chefes caídos, os combatentes vacilaram. O combate podia ter terminado ali, mas chegou Ali-Abu-Hassan, rei de Tânger, com uma poderosa força de cavaleiros. Sentindo que os portugueses poderiam desencorajar-se, Gonçalo Mendes levantou-se, pediu um cavalo e dirigou-se para o lugar mais aceso da peleja.

Os portugueses ao verem o seu chefe a combater de novo, recuperaram a coragem. O «Lidador» lutava com eles até que, num esforço maior, a ferida do ombro voltou a abrir-se e o sangue jorrou em tal quantidade, que caiu morto.

Pelo Lidador! - gritou o «Espadeiro» e , de uma espadeirada, acabou com o rei de Tânger.

Os mouros então fugiram. Terminara vitoriosa a batalha e, com ela, a vida do «Lidador».


 

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TOMSK

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« Responder #12 em: Outubro 15, 2008, 12:21:57 pm »
" Geraldo Geraldes, o «Sem Pavor», foi um aventureiro sem medo que invadia e conquistava o território mouro do Alentejo. O «Sem Pavor» era o pavor dos mouros.

A sua grande conquista foi a de Évora, no Outono de 1165. Diz a lenda que vigiavam a fortaleza um velho chefe mouro e a sua bela filha, revezando-se no alto de uma torre. A jovem, gostava de se divertir ouvindo histórias, canções dos trovadores, ou bailando.

Geraldo Geraldes soube desses gostos da moura e foi para debaixo da janela da torre, cantar e tocar belas cancões de amor. Fingiu-se apaixonado; ela deixou-o subir à torre. Mas...Oh, cruel surpresa!
Geraldo puxou da espada e degolou o velho e a ela a seguir.



Geraldo chamou os companheiros e , em pouco tempo, tinha Évora em seu poder. Entregou-a ao rei. D.Afonso Henriques, e este, reconhecido, nomeou-o alcaide da cidade.

Geraldo Geraldes conquistava novas cidades, até que investiu sobre Badajoz. Esta cidade era a sede de um importante reino mouro, grande e bem defendida. Geraldo pediu ajuda a D.Afonso Henriques, que logo acorreu com o seu exército e cercou os mouros. Estes aliaram-se com o rei de Castela e Leão. Os portugueses viram-se obrigados a fugir.

D.Afonso, ao sair precipitadamente, bateu com a perna no ferrolho da porta. O cavalo desequilibrou-se e caiu por cima dele. D.Afonso teve a perna e a anca fracturadas.

Foi um verdadeiro desastre. O rei não pôde voltar a andar. Diz-se que isto foi a maldição de D.Teresa, quando D.Afonso a prendeu, depois da batalha de S.Mamede.

Diz a lenda que Geraldo Geraldes ainda serviu D.Afonso em missão de espionagem. Acabou apanhado e assasinado pelos mouros. Assim acabou uma vida aventurosa.

Mas a sua lembrança está eternizada na Praça do Geraldo, principal praça da cidade que conquistou, governou e amou, Évora.
 

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André

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« Responder #13 em: Outubro 15, 2008, 06:13:53 pm »
18 boas razões para se gostar de ser português

1- MISCIGENAÇÃO
Deus fez os Negros, Brancos e os Amarelos, e o português se encarregou de inventar os Mulatos... é uma tese arriscada, mas politicamente correcta. Isto, porque é discutivel se foi Deus Cristão, Muçulmano ou Judeu, se foi um grande arquitecto, a teoria evolutiva de Darwin ou extraterrestes que aterraram na ilha de Páscoa.
Quanto aos mulatos não temos dúvidas. Enquanto os Ingleses e holandeses cultivavam a separação colonial, o Português praticava uma virtude: a Miscigenação.

2- O DESENRASCANÇO
Somos exímios: enquanto os alemães fazem gráficos, os norte-americanos contas os ingleses horários e os suíços projectos, nós "desenrascamos" um sistema, em cima do joelho, e a coisa funciona.

3- GINGINHA-LICOR BEIRÃO
São, juntamente com o medronho, a forma mais rápida, saborosa e nacionalista de etilizar as sipnases. Com moderação, o efeito vasodilatador previne acidentes cardiovasculares e aumenta a esperança de vida. Em dosagens duplas, anestesiam eficazmente as dores, afogam as mágoas mais resistentes, liquefazem as tristezas e, se não pagarem as dívidas, pelo menos as faz esquecer por algumas horas. Outros álcoois têm exactamente o mesmo efeito, mas estes são só nossos.

4 - FADO
Fado é destino, sorte-má sorte tantas vezes. Mas é um produto português mais conhecido no Mundo. É a mão que bate no peito luso, até doerem os ouvidos.

6 - GUITARRA PORTUGUESA
Verdadeiro ex-líbris da música portuguesa. É o toque da alma lusa. Prova final da capacidade de um guitarrista; "Quem não tem unhas não toca guitarra"".

7 - AZEITE
Foi eleito por nutricionistas unidos de todo o mundo como a gordura que não faz mal, que prolonga a vida, sem colestrol e cheio de virtudes. Tudo isso parece irrelevante: facto é que o nosso azeite é excepcional, seja em pratos elaborados ou simplesmente com pão e alho.

8 - TOURADA
Existe na vizinha Espanha, mas a nossa não é chata como a deles. A nossa tem galhardia e movimento quando a cavalo. A pé, a mestria pode ser idêntica com a capa, mas nós temos os forcados, um grupo de tipos que entram na arena e decidem agarrar o touro pelos cornos. Assim de simples, é mais corajoso e mais bonito.

9 - CAVALO LUSITANO
Cobiçado por Rainhas e estrelas de cinema, ágil e leve como uma pena, o cavalo lusitano é um dos mais nobres representantes da raça equestre.

10- QUEIJOS
Se não derretem no prato, derretem na boca. Os nossos queijos destroem em 5 minutos qualquer decisão de dieta.

11- ALQUEVA
O maior lago artificial da Europa promete tornar o Baixo Alentejo em campos verdejantes e férteis. E, contrariando os prognósticos mais pessimistas, só demorou 2 anos a encher. Se a água é o ouro do futuro, Portugal tem uma gigantesca mina.

12- CRISTIANO RONALDO
Da Madeira para as escolas do Sporting, destas para a equipa principal e dali para o Mundo. Em Manchester incendiou paixões, levou o Manchester United ao topo do mundo no futebol europeu e está perto de ser o melhor jogador do mundo.

13 - CARACÓIS
A primeira pergunta é como raio se lembraram de começar a comer um bicho daqueles? Não fazemos ideia, mas ainda bem que o fizeram. É uma verdadeira homenagem ao espirito criativo dos portugueses,conseguir com esta matéria prima, criar um dos melhores petiscos de todo o mundo.

14 - TREMOÇOS
O marisco favorito dos portugueses a provar que a simplicidade é uma arte. Um copo de cerveja geladinha, de espuma densa e cheia de gás e um pratinho de tremoços. Não enche o estômago, mas conforta a alma.

15 - O BULHÃO
È mercado. Sozinho representa tudo o que os mercados portugueses têm de melhor; bons produtos, sempre frescos e vendidos por mulheres ainda mais "Frescas"....
A evitar só mesmo em alturas eleitorais...

16 - PRAIAS - FALÉSIAS
As praias e as falésias estão para Portugal como os alpes para a Suíça; em matéria de férias, são o ponto mais alto da Europa.

17 - LINCE DA SERRA DA MALCATA
As más linguas dizem que é tão bom, tão bom, e que se esconde tão bem que ninguém o consegue ver.

18 - CALÇADA PORTUGUESA
Ok, é verdade: quando chove o risco de cair nela é maior. A manutenção é cara e muitas vezes negligenciada. A sua beleza é inegável, o chão que pisamos é dos mais belos do mundo. A relação com ela é tão forte que até se canta no fado; "chorar as pedras da calçada".....

 :D  :lol:
« Última modificação: Outubro 15, 2008, 06:34:55 pm por André »

 

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komet

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« Responder #14 em: Outubro 15, 2008, 06:29:01 pm »
Dispenso o 8  :wink:
"History is always written by who wins the war..."