Está claro que España como concepto político existe desde tiempo remoto, pero su plasmación real fue un proceso progresivo. Inicialmente era la tierra peninsular habitada por los cristianos de estirpe romana, a la que luego se incorporó el carácter godo (fusión cantada por Isidoro de Sevilla, partidario decidido de 'Spanie'). La casa real asturiana se auto-tituló heredera de la tradición Hispano-Visigoda, de ahí pasó a León y de León a Castilla y Aragón
Está claro para o Manuel Liste e para quem faz uma leitura apressada e transversal.
Os Romanos sempre consideraram que havia várias realidades na peninsula e posteriormente os visigodos tentaram unifica-la mas falharam de forma catastrófica.
Tão catastrófica, que as naturais divisões internas acabaram por ajudar a conquista muçulmana.
Posteriormente, os próprios muçulmanos se vêm perante o mesmo problema e a Hispania muçulmana voltou a dividir-se em pequenos reinos.
O facto de uma casa real (a das Astúrias), de um dos países da peninsula se ter declarado «herdeira» dos visigodos, não lhe dá o direito efectivo a ser herdeira dos povos que os visigodos dominavam.
O argumento é tão absurdo, quanto sería se agora os alemães se declarassem herdeiros do III Reich, e por isso exigissem todos os territorios que pertenceram ao Reich, desde a Alsácia até às cercanias de Moscovo.
Si ahora existe un país llamado España es porque los primeros asturianos independientes se empeñaron en mantener viva la Hispania cristiana heredada del Reino Visigodo, frente al Al-Andalus musulmán. Lucharon en nombre de España, su patrón fue Santiago, Caudillo de España y respetaron la denominación antigua para Galicia en lugar de anexionarla a Asturias, porque sabían que había algo mayor a Asturias llamado España que englobaba todo. Ese es el origen de la España moderna.
Esta afirmação é no mínimo delirante, uma pérola do periodo dos Nazismo franquista e demonstra o ponto a que conseguiu chegar a arrogância miseravel do sistema educativo do Estado Castelhano.
É absolutamente
MENTIRA que alguma vez os camponeses das Asturias tenham lutado em nome de Espanha. Isso é uma PURA INVENÇÃO DE ESCRITORES ROMÂNTICOS e é ridiculo que alguém afirme algo como isso no século XXI.
É ridiculo mas acima de tudo é patético. Não havia na baixa idade média qualquer ideia de unidade dos povos da peninsula. O que havia era o desejo dos herdeiros da Monarquia Visigótica em voltar a ter os direitos que perderam quando das invasões árabes, nada, ABSOLUTAMENTE MAIS NADA QUE ISSO!
Os povos peninsulares continuaram a ser tão diferentes como a água e o vinho, com linguas e costumes diferentes. O que o Manuel Liste refere, são os Direitos que os governantes da elite sobreviventes da monarquia Visigoda julgavam ter sobre os povos que outrora tinham governado e oso documentos em que eles justificaram os direitos que acreditavam ter.
É a mesma coisa que agarrar em documentos do império romano e justificar com eles a existência da União Europeia. Sería ridiculo e toda a gente se iria desfazer a rir.
Desculpe Manuel Liste, mas como é que você quer ser levado a sério com argumentos deste tipo?
Trata-se de referências à história com «H» pequeno.
= = = =
Eu não tenho tempo suficiente nem paciência para responder a tanto disparate junto, tanta distorção e tanta mentira, que aliás não considero que seja responsabilidade dos autores, mas sim resultado das patranhas, das tretas e das mentiras que o sistema educativo franquista inventou para educar as crianças.
Analisemos esta pérola:
Vamos a ver Comanche, machote que es que no te enteras campeon, los reinos eran los entes de administración interior, el ejército español como tal es muy anterior a 1715, el ejército español ya combatía en Flandes en el siglo XVI, pero es que es más, por lo que veo ni siquiera sabes lo que son los Decretos de Planta (distribución de competencias), todo lo que has puesto ahí es que según la nueva distribución de competencias desaparecen los fueros, y se gobierna a través de una Monarquía absoluta.
Ora antes de 1715 não havia exército espanhol, e os exércitos não combatiam por Espanha, quando muito combatiam pelo Habsburgo que estivesse no poder.
Numa união dinástica, os exércitos dos vários países continuam a ser exércitos independentes que no entanto obedecem ao mesmo monarca.
Bastaria para o efeito analisar o projecto de «União de Armas» que foi apresentado aos Filipes, e com o qual se pretendia criar uma força uniforme, exactamente porque não havia uma.
O projecto da «União de Armas» foi rejeitado liminarmente por Portugal e pela Catalunha e Valência aceitou pagar dinheiro ao rei, mas recusou-se a contribuir com tropas. A Flandres e Napoles aceitaram contribuir com as suas parcelas, porque afinal se encontravam muito mais ameaçadas.
Iris-t, você alguma vez ouviu falar no projecto da «União de Armas» ?
Los reyes inician una intensa labor legislativa, invaden Granada en 1492, y se lanzan a la exploración del mundo, con la conquista definitiva de las Canarias en 1496 y el descubrimiento de América de la mano de Colón en 1492.
Outra mentira:
A exploração do mundo não foi iniciada pela Espanha, mas sim por Castela. A Coroa de Aragão não estava minimamente interessada na América, e Fernando de Aragão fez pressão para que o tratado de Tordesilhas fosse rapidamente negociado, porque ele tinha outras prioridades mais importantes. Aragão tinha os olhos postos no Mediterrâneo, e os Aragoneses estavam proibidos sequer de negociar com a América.
A América foi um FEUDO da Coroa de Castela. Foi a bandeira de Castela e Leão que foi colocada nas América, não a bandeira da Coroa de Aragão (embora este facto tenha sido muitas contestado com mapas inventados).
Só quando foi criada a Espanha, em 1715 é que os Aragoneses/Catalães/Valêncianos passaram a ter direito de fazer negócios com a América, tendo-lhes sido por exemplo atribuido o comércio com as antilhas, especialmente Cuba.
São estes pequenos detalhes que eu já referi várias vezes que eu nunca vi explicados, nem comentados.
À boa maneira espanhola, estes factos são omitidos e os espanhóis acreditam que omitindo os factos mais inconvenientes, é possível manter a sua visão historica absolutamente mentirosa de pé.
Factos como o de Camões ter dito que os portugueses eram uma “forte gente que vinha de Espanha”, sendo que Camões é provavelmente o mais “patriotico” ou nacionalista dos portugueses que alguma vez existiu.
Factos como a União de Armas, que demonstra pela dificuldade em implementa-la que os vários países da “Hespanha” não só tinham visões diferentes sobre o ponto de vista militar como de geopolitica, o que os levava a recusar os pedidos do rei (na prática o projecto de União de Armas foi um fracasso e acabou sendo abandonado. Só mais tarde, depois de 1715 voltou a ser modificado e adequado quando foi criado o Reino de Espanha).
Factos como o de os portugueses se referirem à Hespanha sempre como uma realidade geográfica e nunca como uma realidade politica, que na verdade nunca existiu, e que só depois de 1715, quando o Bourbom se proclamou Rei de Espanha, Portugal contestou esse direito do monarca em intitular-se Rei de Espanha, porque isso era uma ofensa aos portugueses, já que o Bourbon, não podia ser rei de Espanha porque não era rei de Portugal.
Nunca vi nada que me explicasse isto. A única coisa que vejo são afirmações vazias, que podem até ser interessantes do ponto de vista dos mitos e das lendas, mas que são absolutamente inuteis para o estudo da História analisando os factos conhecidos.
Os espanhóis sempre utilizaram esta táctica:
Ignorar os factos, calar, não discutir, para que assim não seja necessário explicar os factos menos convenientes. É aliás esta a principal razão de a historiografia espanhola pura e simplesmente ignorar Portugal.
Portugal é uma enorme inconveniência, porque é aqui, que a maioria dos mitos da «Espanha» cái por terra. E todos podemos ver quão verdade isso é, perante o tipo de argumentos apresentados pelos espanhóis, que podem ser desmontados com uma limpeza e uma facilidade incríveis. Os espanhóis preferem calar, ignorar e ocultar.
É assim que a Espanha vive desde que Franco tomou o poder, toldada pelo medo de falar livremente.
E ainda hoje, quando em Espanha alguém fala destas VERDADES INCONVENIENTES, é taxado de nacionalista, traidor e terrorista. É a este paraiso de mentiras, de meias verdades e de silêncios comprometidos pelo medo, que o Saramago acha que nos devemos juntar.
Nota:
Garanto que a seguir vem o argumento de que somos um país miserável e que somos miseráveis porque não somos espanhóis. O castelhano é um «animal» de hábitos.
