Kosovo - À Procura do Beijo Impossível

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papatango

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(sem assunto)
« Responder #180 em: Abril 02, 2008, 06:08:01 pm »
Caro EB.

Todos os impérios têm formas de se afirmar, mas há sempre linhas comuns que os unem.

Eu não posso criticar ninguém especificamente por efectuar uma afirmação, quando a obteve de boa fé e acredita nela.

Hoje em dia, é cada vez mais facil enganar as pessoas com sites na internet.


Dou-lhe um exemplo engraçado:
O site areamilitar.net, que tem cerca de 60% de visitantes brasileiros, tem recebido várias queixas e acusações sobre um artigo e fichas técnicas sobre o carro de combate Osório da finada Engesa.
Normalmente dão-me links na internet para provar que o areamilitar.net está enganado, e que o tanque brasileiro era de facto o melhor do mundo.

Ora, tratando-se de um veículo dos anos 80, os dados que estão publicados no areamilitar.net são os dados que foram apresentados pela imprensa brasileira nessa altura.
No entanto, eu tenho que aturar uma quantidade de nacionalistas meio tontos, que afirmam que o que o site diz e as conclusões que tira estão erradas, quando são documentos militares da época que afirmam o que ali está escrito.

Eu não posso no entanto censurar as pessoas que escrevem para o areamilitar.net chamando-as de mentirosas, embora eu esteja absolutamente convicto de que as minhas fontes escritas, contemporâneas do veículo, sejam credíveis.

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Quanto à questão que coloca:
Citar
Sendo os kosovares um povo autóctone da região, habitando-a mil anos antes de lá chegarem os sérvios - segundo as suas palavras-, não seria lógico que houvesse por parte deste povo uma maior independência linguística e cultural?
Eu permito-me responder com uma outra questão.
Sendo verdade que a Galiza tem origens remotas, que tracejamos ao tempo romano, não seria normal que tivesse uma maior identidade linguística, em vez de utilizar a lingua de um país estrangeiro, Castela?


Mais, note que existem dois grandes dialectos albaneses. O Tosk e o Gheg. A lingua oficial da Albânia é o dialecto Tosk, que é o dialecto mais comum no sul.
No norte, o dialecto mais comum é o Gheg.
Os albaneses do Kosovo falah Gheg e não Tosk.


O Gheg está para o Tosk como o Galego está para o português
Os albaneses do Kosovo têm relação com os Albaneses do norte mas não com os do sul


Citar
Se são, na realidade, um povo com uma identidade e uma cultura próprias de uma “nação” (ou, numa outra perspectiva, de uma “tribo”) milenar, porquê a necessidade de usarem símbolos e dialectos de uma outra nação vizinha (falo da Albânia)?
Voltando ao exemplo que nos é vizinho, os reintegracionistas galegos (por muito pouco significativos que sejam) vêm a ligação a Portugal, país onde a mesma raiz cultural conseguiu existir sem ser dominada pela cultura imperial dominante (ler Sérvia ou Castela) como forma de afirmarem a sua diferença.
Os simbolos portugueses ou albaneses, serviriam assim como forma de diferenciação e de afirmação.
Os Albaneses do Kosovo utilizam o simbolo da Águia de duas cabeças (que é aliás o mesmo símbolo da Sérvia e que tem origens bizantinas) como forma de afirmar: Nós somos aqueles que resistem aqui, como resistiram aqueles alí.

Citar
Que interesses políticos/estratégicos existirão por detrás desta declaração e posteriores reconhecimentos de outras nações?
Eu não me pronunciei sobre questões de geoestratégia ou sobre as negociatas por debaixo da mesa.
Considero que ainda tenho um bocadinho de inteligência, para entender que não há nada de inocente na declaração da independência do Kosovo.
É evidente que há, como sempre haverá interesses ocultos por detrás.

Porque razão a Alemanha reconheceu tão depressa a Croacia, dando a maior e mais decisiva machadada na antiga Jugoslávia ?

O meu protesto, foi contra a desinformação, e a argumentação fácil e a meu ver racista, de que há um problema que decorre da invasão dos albaneses no Kosovo, quando todos os numeros que tenho disponíveis, e não são muitos, confesso, dizem-me que é biologicamente impossível que os sérvios fossem maioritários no Kosovo desde o inicio do século XIX, no tempo de Napoleão.

Citação de: "EB"
Se é mentira referir que estamos perante uma declaração de independência de um território composto maioritariamente por emigrantes, tenho a humildade de pedir desculpa pois não quero passar por mentiroso
Caro EB, eu não chamo mentiroso a ninguém de ânimo leve. Eu peço às pessoas que antes de acreditarem cegamente num dado qualquer, tentem ver antes.

Devo dizer que eu mesmo acreditei nessa tese, até que (porque tenho a mania de guardar almanaques com dados estatísticos) fui ver que população tinha o Kosovo antigamente.

Os dados mais antigos que encontrei, que são da Nações Unidas e que estão publicados num almanaque de estatísticas da Editora Abril publicado em 1981, (que guardo porque tem a divisão administrativa de todos os países do mundo à altura, com a população por província ou Estado) verifiquei que a população do Kosovo era como disse num post anterior, de 1.366.000 habitantes  em 1974, sendo hoje de 1.900.000.

Assim, com alguns cálculos simples, creio que todos chegamos à conclusão de que a tese dos imigrantes, não é biologicamente possível, a não ser que os sérvios tenham tido um ataque de filoxera e tenham morrido às centenas de milhar, e que ao mesmo tempo os albaneses tenham brotado das árvores.

A questão do Kosovo deve ser analisada, mas não com argumentos falsos e ainda por cima, argumentos de origem racista e religiosa.

Eu não tenho nenhum apreço pelas interpretações fundamentalistas do islão. Sou tão contrário a tais visões como sou contrário às afirmações que pretendem dar a entender que os albaneses têm filhos em grande quantidade (também ninguém se deu ao trabalho de pesquisar a taxa de mortalidade infantil dos albaneses[1]) e que isso gerou uma distorção demográfica, o que é falso.

Peço desculpa se coloco posts muito grandes que depois ninguém lê.

Mas quando simplificamos as coisas caímos nos exageros da "raiz da Pátria Sérvia" ou na colonização de emigrantes

Cumprimentos



[1] A mortalidade infantil dos albaneses era de 86/1000 em 1974 e de 26/1000 em 1998. (em Portugal, para dar um exemplo, é de cerca de 3/1000 e na Sérvia em 1997 era de 14/1000
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #181 em: Abril 02, 2008, 08:22:59 pm »
Mas que belo postal, oh PT! :shock:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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EB

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« Responder #182 em: Abril 04, 2008, 12:44:50 pm »
Caro Papatango,

Obrigado pela resposta.
Foi-me possível ver a outra perspectiva de todo este imbróglio. Porque, muito honestamente, dados estatísticos retirados de um almanaque podem não ser suficientes para fazer valer um ponto de vista, pois por vezes é necessário ir um pouco mais além (neste caso, para alguém que possa ter o conhecimento histórico da região).

A demografia de uma etnia A ou de uma etnia B não deve (nem pode) ser o único motivo para o direito de auto-determinação, pois pode induzir mal-entendidos (questão sobre emigração). A auto-determinação de um povo deve ter como base todas as suas características genuínas que o possa identificar como uma Nação, tais como a língua materna e todos os outros aspectos culturais, sem “interferências” de países terceiros. É aqui que eu concordo consigo ao dar o exemplo da Galiza e de outros povos hispânicos (e atrevo-me eu a acrescentar também os povos Irlandeses, Galeses e Escoceses).

Somente um reparo:

Citar

Eu permito-me responder com uma outra questão.
Sendo verdade que a Galiza tem origens remotas, que tracejamos ao tempo romano, não seria normal que tivesse uma maior identidade linguística, em vez de utilizar a lingua de um país estrangeiro, Castela?



A Galiza possui uma identidade linguística através do Galego, muito próximo do Português, que é usado no dia-a-dia desse povo. O Castelhano é a imposição oficial. Mas não vamos entrar por aí.... Não faz parte do tema... :wink:

Cumprimentos.
"Dos Fracos Não Reza a História"
 

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ferrol

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« Responder #183 em: Abril 08, 2008, 04:48:41 pm »
Citação de: "EB"
A Galiza possui uma identidade linguística através do Galego, muito próximo do Português, que é usado no dia-a-dia desse povo. O Castelhano é a imposição oficial. Mas não vamos entrar por aí.... Não faz parte do tema... :wink:
É curioso ver como os que máis se enchen a boca con exemplos son, nun 99% dos casos, os que menos coñecen a realidade dos exemplos que poñen.

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Tema: Kosovo
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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André

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« Responder #184 em: Abril 08, 2008, 10:55:21 pm »
Aprovação Constituição trará mais problemas - Rússia

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A Rússia lançou hoje um alerta à comunidade internacional para um eventual aumento da tensão com a aprovação da Constituição do Kosovo, depois da proclamação unilateral da independência a 17 de Fevereiro.

A justificar a sua posição, o Kremlin garantiu que a minoria sérvia não só nunca aceitará a independência da sua ex-província e berço da nação, como «também rejeitará a Constituição, agravando ainda mais o clima de tensão», salienta um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

De acordo com a diplomacia de Moscovo, as autoridades albano-kosovares e os seus apoiantes estrangeiros «só estão a acelerar a criação dos símbolos externos de uma entidade ilegal», enquanto a verdadeira solução para o conflito está no «diálogo» entre Belgrado - secundada pelo Kremlin - e Pristina.

«As tentativas para criar uma base pseudo-jurídica para a independência unilateral do Kosovo demonstram que Pristina e os seus apoiantes continuam empenhados no separatismo», adianta o texto.

Para a Rússia, «esta política está em contradição com o direito internacional, viola a Carta das Nações Unidas (ONU), a resolução 1244 do Conselho de Segurança - que assegurava a integridade territorial da Sérvia, após os bombardeamentos da NATO, em 1999 - e os princípios da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)».

O Kremlin não esconde a «perplexidade» pelo facto de alguns membros da União Europeia (UE) terem dado «luz verde» à elaboração e aprovação da Constituição do Kosovo.

«Na UE nem sequer há consenso sobre essa independência», conclui ironicamente o comunicado.

Diário Digital / Lusa

 

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ferrol

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« Responder #185 em: Abril 09, 2008, 02:51:52 pm »
Citação de: "EB"
A Galiza possui uma identidade linguística através do Galego, muito próximo do Português, que é usado no dia-a-dia desse povo. O Castelhano é a imposição oficial. Mas não vamos entrar por aí.... Não faz parte do tema...


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Tema: Kosovo


A ver se me aclaro...o señor EB fala de Galicia, eu respondo falando de Galicia e a "moderación" me censura a contestación...pero non censura a EB . Excelente, Realmente un "exemplo" para todos... :oops:

Se EB pode falar de Galicia, ¿por qué eu, que son galego, non podo falar de Galicia?
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EB

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« Responder #186 em: Abril 09, 2008, 04:38:51 pm »
Citação de: "ferrol"
Citação de: "EB"
A Galiza possui uma identidade linguística através do Galego, muito próximo do Português, que é usado no dia-a-dia desse povo. O Castelhano é a imposição oficial. Mas não vamos entrar por aí.... Não faz parte do tema...

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Tema: Kosovo


A ver se me aclaro...o señor EB fala de Galicia, eu respondo falando de Galicia e a "moderación" me censura a contestación...pero non censura a EB . Excelente, Realmente un "exemplo" para todos... :oops:

Se EB pode falar de Galicia, ¿por qué eu, que son galego, non podo falar de Galicia?

A ver se EU me aclaro: nas minhas intervenções fiz somente referência ao Kosovo. No último parágrafo da minha última intervenção dei resposta a um exemplo.
Os meus conhecimentos da Galicia são só os que eu conheço das zonas de "As Neves", "Ponteareas" e "Salvaterra". Esses conhecimentos são a minha realidade (se calhar diferentes de Ferrol).


Citar
Mas não vamos entrar por aí.... Não faz parte do tema...


Acho que também fui claro...

Cumprimentos.
"Dos Fracos Não Reza a História"
 

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JoseMFernandes

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« Responder #187 em: Abril 11, 2008, 05:20:39 pm »
"A União Europeia fez mal em apoiar a independencia do Kosovo.Estamos a empurrar a Sérvia para os braços da Rússia"

"Receio que estejamos a abrir a caixa de Pandora"

"não se pode promover uma independencia só por uma questão de hegemonia étnica, pois abre-se um precedente perigoso para outros paises.Na Macedónia ja há conflitos diários, nas escolas entre albaneses e macedónios"

"Ja foram gastos mais de 4 mil milhões de euros aqui.Desse montante cerca de 80% foram para consultadoria e 'capacity building'.Ora quem desempenha esse papel?Ingleses e alemães.Depois quem é que vai construir a terceira grande central eléctrica do Kosovo? Americanos e eslovenos...'it's the money stupid'! "

"A UE é que está a contribuir para que a 1244 (resolução da ONU que reafirmava a integridade territorial da Rep.Fed.Jugosl.) não seja cumprida, a NATO faz o seu papel..."

"com uma (previsivel)  base militar russa, aqui ao lado ( a Europa pode contar com misseis apontados ao seu coração)"


O semanário portugues VISAO publicou ontem um 'discreto' artigo do seu correspondente no Kosovo, com o titulo"A Europa arrisca demasiado", de  que aproveito apenas as citações acima as quais incluindo o título, são todas da autoria do major-general Raul Cunha, por sinal o chefe militar da UNMIK (United Nations Mission in Kosovo) que, depois de se sentir "orgulhoso" pela posição portuguesa em não avançar com o reconhecimento, termina afirmando:

"Os politicos estão convencidos que conseguem controlar isto.Eu acho que não"
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Jorge Pereira

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« Responder #188 em: Abril 29, 2008, 01:21:46 pm »
Citação de: "TSF"



• KOSOVO

Major-general português critica UE
O major-general Raul Cunha criticou a transição da ONU para a Eulex, a maior missão de sempre da União Europeia. Para o principal conselheiro militar da ONU no país, a forma como a UE está a entrar no território está a ser feita para servir alguns países da União.


O principal conselheiro militar das Nações Unidas no Kosovo criticou o processo de transição da ONU para a Eulex, a maior missão de sempre da União Europeia e que já foi rejeitada pela minoria sérvia.

Em declarações à TSF, o major-general Raul Cunha acusou a União Europeia de estar a fragilizar a ONU não só no Kosovo, mas também em todo o mundo, pela forma como está a entrar neste país, que recentemente se tornou independente.

«Não digo que o fez deliberadamente, mas para servir os interesses de alguns países da União Europeia, dos grandes da União Europeia, que têm aqui interesses estratégicos nacionais, está a estragar-se muita coisa positiva, com o peacekeeping, que vai levando a muitos povos do mundo paz e segurança», adiantou.

Raul Cunha não escondeu também o seu desacordo com o investimento europeu de quatro mil milhões de euros, 80 por cento dos quais em capacity building e consultadoria.

«Na prática, dos quatro mil milhões de euros, houve logo 3,250 mil milhões que voltaram à base. Ou seja, a União Europeia paga como um todo, mas há dois ou três países da UE que estão aqui a ter lucro», denunciou.

O major-general português considerou ainda que a minoria sérvia no Kosovo levará muito tempo a aceitar a presença europeia no território, ou mesmo, se calhar esta nunca será aceite.

«Se calhar só pela força é que vão aceitar uma situação destas», concluiu este responsável militar, que entende que os erros que se estão a cometer no Kosovo podem levar à existência de mais desequilíbrios nos Balcãs.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Ataru

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« Responder #189 em: Junho 15, 2008, 10:14:59 pm »
e ja vao em 43 os paises que reconheceram o kosovo, o ultimo foi a serra leoa, creio que vai ser muito dificil travar o seu reconhecimento...
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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Kawa

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« Responder #190 em: Junho 15, 2008, 11:29:59 pm »
Citação de: "Ataru"
e ja vao em 43 os paises que reconheceram o kosovo, o ultimo foi a serra leoa, creio que vai ser muito dificil travar o seu reconhecimento...


No tan dificil Rusia sigue teniendo derecho de veto en la ONU ¿recuerda? :roll:
 

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Ataru

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« Responder #191 em: Junho 15, 2008, 11:47:21 pm »
Se o Mundo disser sim, e a russia disser nao, todos cagaram pa russia...
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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Kawa

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« Responder #192 em: Junho 15, 2008, 11:58:41 pm »
Citação de: "Ataru"
Se o Mundo disser sim, e a russia disser nao, todos cagaram pa russia...


De momento ya tenemos al "Mundo" negandose a reconocer la independencia de Abjazia y Osetia ambas hechas en las MISMAS condiciones que la de Kosovo, ya se sabe la hipocresía es lo que tiene :roll:
 

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Ataru

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« Responder #193 em: Junho 16, 2008, 11:03:38 am »
Pelos vistos Kosovo é um estado difrente, visto que 43 nações já o reconheceram...
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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Kosovo - À Procura do Beijo Impossível
« Responder #194 em: Junho 16, 2008, 11:25:27 am »
Politica, meu caro, politica...

A independência do Kosovo, parece-me, é uma aceitação do desafio russo. Fazer braço de ferro e ver no que dá. Ah, e também ganhar uns trocos com o que o novo estado necessitar (talvez isto seja o mais importante) De qualquer modo, da prespectiva da NATO e dos seus muitos aliados, o kosovo é importante porque é um aliado mediaticamente importante na zona, criando-se uma espécie de controlo político da Sérvia, que será sempre vista como má da fita se algo suceder (algo a que já estão habituados).
Na Georgia temos o facto de o pais ser aliado da NATO, e os estados separatistas aliados da Rússia. É o inverso, e isso é muito importante.
A NATO é vista pelos seus como a defensora da liberdade, uma maneira de os ocidentais gostarem mais deles mesmos, e não deixarão outros ficar com essa tarefa. Por outro lado, nunca deixariam um aliado da NATO desmoronar-se, e ameaçam, directa ou indirectamente, a Rússia, que anda a ameçar, talvez sem ameça real (fora as bombas atómicas), e os outros sabem isso.
Parece-me que neste braço de ferro entre os blocos ocidental e russo (uma coisa do passado que, infelizmente, está de volta), quem fica no maio continua a servir como peão, para ver quem tira mais contrapartidas do resultado.

São os meus cinco euros. Pode que não esteja a ver bem a coisa, mas, sinceramente, as questões étnicas e históricas servem apenas para disfarçar o jogo político e económico. 3 anos de Antropologia ensinaram-me isso. Se queremos ver a raiz desta questão não poderemos ignorar esta verdade.

Saudações!  :wink: