Há cerca de 20 minutos que se encontra a fazer circuitos na pista 26 da BA6 um Boeing 767 da Euro Atlantic Airways. É esta a aeronave, registada como CS-TLO.
![](https://cdn.jetphotos.com/full/6/57601_1489486961.jpg)
https://www.flightradar24.com/MMZ609/d445b20
Se é para começarem os testes às pistas não deveria ser primeiro na 01/19? ![Confuso :conf:](https://www.forumdefesa.com/forum/Smileys/default/conf40.gif)
Ora então lê CJ
Este é parte de um Relatório de Engenharia, que não é "CONFIDENCIAL":
(...) Caracterização da situação em ( 2006) da pista 08/26 da Base Aérea do Montijo
"A pista 08/26 situa-se na área de movimento da Base Aérea do Montijo (BA6) tem um comprimento de 2440m, uma largura de 45m e bermas com 7,5m de cada lado da pista. A pista foi construída no início da década de 60, em pavimento rígido, constituído por lajes de betão de cimento.
Em 1985, um troço de 912 m a partir da soleira 08 foi objecto de reconstrução pelo facto de apresentar elevada percentagem de fissuração e perda de capacidade de carga.
A pista pode assim ser dividida em dois troços distintos devido a diferenças: de idade do pavimento; das dimensões das lajes e ainda das inclinações transversais. O primeiro troço está compreendido entre a soleira 08 e o km 0+912, foi reconstruído em 1985, as lajes são quadradas de 5,0 m x 5,0 m com espessura de 0,28m e estão assentes sobre as lajes iniciais, que por sua vez assentam numa base de solo estabilizado com cimento com 0.10m de espessura. O seu perfil transversal tem uma só água com inclinação de aproximadamente 0,8% no sentido Sul.
O segundo troço corresponde à
restante parte da pista até à soleira 26 (km 2+440), não tendo sofrido qualquer acção de reconstrução ate ao presente, isto é, tem aproximadamente 40 anos. As lajes são quadradas de 7,5 m x 7,5 m com espessura de 0,28m e estão assentes sobre uma base de solo estabilizado com cimento com 0,10 m de espessura. O seu perfil transversal é constituído por duas águas com inclinações de 1,5% para o extradorso.
Para a caracterização do pavimento seguiu-se o proposto pela AENA e pela NAVAL FACILITIES ENGINEERING COMMAND, foi feita uma inspecção visual, uma consulta de catálogo para classificação de patologias devidamente acompanhadas por uma campanha de ensaios realizada pelo Laboratório do GEAFA (Grupo de Engenharia de Aeródromos da Força Aérea). Destas avaliações resultou um relatório elaborado pela DI (Direcção de Infra-Estruturas da Força Aérea) sobre o estado de conservação dos pavimentos da área de movimento da BA6 no Montijo.
Este relatório conduziu à decisão de interdição de utilização da pista 08/26 por aeronaves a reacção."
(...) Caracterização funcional
"O primeiro troço da pista (entre a soleira 08 e o cruzamento com a pista 14/32) caracteriza-se favoravelmente no que se refere à sua condição superficial. Com excepção do envelhecimento generalizado do produto de selagem das juntas, pode afirmar-se que a condição superficial do pavimento é boa. Relativamente à drenagem superficial as características não são as mais favoráveis atendendo a que o seu perfil transversal tem uma só uma água.
No segundo troço da pista (entre o cruzamento com a pista 14/32 e a soleira 26) as lajes apresentam uma condição superficial muito deficiente em consequência da idade do pavimento. Para além de ser um pavimento antigo as dimensões das lajes estão no limite do recomendado pela FAA, que para lajes de betão de cimento com 0,30m de espessura admite larguras máximas de 7,5m, sendo aconselháveis lajes com larguras entre os 5 e os 6m. As lajes centrais apresentam fissuração longitudinal e desfasamentos relativamente às faixas externas.
Também se registam lajes com fissuração em cruz indiciadoras de ruína estrutural. As lajes contíguas às bermas provocam fenómenos de deslocamento/escorregamento do pavimento da berma (em BB) prejudicando a drenagem transversal e produzindo material com elevado potencial de “Foreign Object Damage” – FOD. Existem muitas lajes com cantos partidos, não se considerando no entanto estas ocorrências como fractura de canto uma vez que esta não atinge toda a espessura da laje. Há cantos desagregados, alguns deles reparados. As juntas, especialmente as transversais, estão desagregadas verificando-se o aparecimento de aberturas de grande largura, a existência de cunhas de betão destacáveis ou memo destacadas, que representam um elevado perigo FOD para aeronaves de motores de reacção e para os hélices e fuselagem das aeronaves com motores alternativos. Verifica-se ainda, embora em percentagem reduzida a ocorrência de “popouts”. Nas juntas em que ainda existe, o material selante está envelhecido e rigidificado. Nas outras verifica-se falta desse material o que dá origem a outros perigos e patologias. A ruína das juntas quer longitudinais quer transversais deve-se à ausência de material de preenchimento de juntas ou à existência desse material mas envelhecido, não cumprindo por isso cabalmente a sua função. Quanto às condições de drenagem superficial, este troco tem a máxima inclinação transversal admissível para este tipo de código de pista ou seja 1,5%. Resumidamente o pavimento do segundo troço apresenta-se em muito mau estado de conservação no que se refere a sua condição."
Agora é só presumir-mos quem será a empresa que ganhará os concursos....é do catano, isto vai servir de troca nas PPP`s. E fico por aqui, porque vou vomitar.
Publicado
13th May 2012 por DiogenesO 767 da MMZ, praticamente vazio, ferry flight, está a " utilizar " esta pista devido á sua extensão, ter mais quase 1000 m que a 01/19, só por isso,
mesmo assim a ver vamos se o PCN aguenta !!!!!!
Abraços