TVI = Desinformação?

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Carlos Barbosa

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« Responder #30 em: Junho 28, 2009, 02:38:46 pm »
Tenho acompanhado essa novela e sendo um funcionário que trabalha para a concorrência deixo duas notas.
A TVI não faz informação, faz desinformação. Quem conhece o código deontológico dos jornalistas sabe do que estou a falar. A Sra que apresenta o Telejornal dessa televisão nem devia ter carteira. Lembrem-se desta novela:
http://www.youtube.com/watch?v=SOY57Hcvzrc
Concordo plenamente que o homem disse, apoiado 100%.
Em relação á PTTVI, não estou de acordo, já temos a RTP que é do estado e directamente ou indirectamente é controlada, existem sempre “forças ocultas” que podem manipular a informação, essas poderão ser politicas. Embora as privadas também têm esses problemas, neste caso mais virado por interesses económicos e vão pesar na forma como se diz ou divulga determinada informação.
É extremamente complicado quando se trabalha no ramo, mas há algo que podemos ser, bons profissionais e saber ficar afastado dos “tentáculos” que por vezes desviam a verdade. Ainda vivemos num país livre e acredito que mesmo sobre a alçada de um poder político ou económico podermos ser neutros.
 

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Lancero

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« Responder #31 em: Junho 28, 2009, 08:12:34 pm »
Citação de: "P44"
ainda vamos ter saudades da TVI....


Eu comecei a ter saudades da TVI no momento em que despediu o Marcelo Rebelo de Sousa por ele ser muito incómodo e crítico ao Governo de Santana Lopes.  :roll:

Gente de pouca memória...
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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papatango

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« Responder #32 em: Junho 28, 2009, 09:11:04 pm »
A questão da TVI, do controlo da informação e da intervenção do governo também deve ser vista à luz da relação ente o grupo PRISA e o governo Zapatero, que é na realidade o que condiciona o que a TVI fala.

O piorar das relações e da opinião da TVI em Portugal relativamente ao governo ocorre a partir da altura em que as relações entre o Zapatero e o presidente da PRISA azedaram, quando o Zapatero decidiu criar mais um canal de televisão em Espanha.

No inicio aquilo parecia ser um óptimo negócio, com o Pina Moura na direcção. Mas como o que conta são as relações da PRISA com o poder em Espanha, a TVI é apenas um problema colateral. A crise em Espanha acabou por tornar o negócio menos interessante.

O problema do PS é que não quer entregar a direcção da TVI a um grupo português que não possa controlar directa ou indirectamente.
Da forma como as coisas estão, o PS parece ser uma empresa comercial de Lobby, que vende serviços às empresas.

Quase que poderiamos dizer que o PS oferece um produto completo a quem precisar de uma Lei para lhe facilitar a vida.

Garante a cobertura televisiva.

Garante empenhamento na proposta de Leis.

Garante que as leis para «amolecer caminho» são aprovadas antecipadamente pelas sociedades secretas de que fazem parte membros do PS e do PSD.

O problema de Portugal, sempre foi demasiado Estado, demasiado Governo, demasiada Burocracia. O completo controlo do poder por pequenos ou grandes grupos de interesse justifica todo o circo a que em Portugal chamamos política.
Não nos governamos por causa do Circo, e por causa dele não nos deixamos governar...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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ShadIntel

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« Responder #33 em: Setembro 04, 2009, 07:28:32 pm »
Enésima palhaçada envolvendo a PRISA e a TVI.
Gostaria de pensar que certa gente não está a tentar seguir os passos do "primo" Hugo Chavez...  :evil:

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Redacção da TVI repudia decisão e exige esclarecimentos à Prisa

A redacção da TVI repudiou hoje, quinta-feira, a decisão da administração de suspender o jornal de sexta-feira e exigiu que a situação seja esclarecida.

Em comunicado, os jornalistas da TVI consideram que, ao retirar do ar o Jornal de Sexta na véspera da sua emissão, "a administração põe em causa a seriedade e a competência de todos os seus profissionais".

"A redacção da TVI reprova quaisquer actos que ponham em causa a sua dignidade profissional e independência jornalística, bem como a liberdade de imprensa em geral", afirmam.

A redacção termina o comunicado exigindo respeito por esses valores e um esclarecimento para o ocorrido.

O comunicado foi assinado na sequência de um plenário que se realizou às 16:00.

Dos cerca de 130 jornalistas que compõem a redacção da TVI, 115 já assinaram, mas ainda está a decorrer a recolha de assinaturas, disse à Lusa fonte da redacção.

Quatro anos de polémica desde que espanhóis da Prisa compraram a estação

O grupo espanhol Prisa, que adquiriu a Media Capital em 2005 e pretende agora vendê-la, tem visto alguns dos seus negócios envolvidos em polémica, com acusações de estar demasiado ligado ao governo espanhol.

Em Julho de 2005 a Prisa, o maior grupo de comunicação social espanhol, que detém o El País, a rádio cadena SER e o canal de televisão Cuatro, tornou-se o accionista principal da portuguesa Media Capital, entrando deste modo na TVI.

Na altura o líder do PSD, Marques Mendes, acusou os governos português e espanhol de cumplicidade no negócio com a espanhola, lembrando a ligação do grupo ao PSOE.

O ministro dos Assuntos Parlamentares saiu em defesa do Governo, negando que este tenha autorizado a venda da TVI e considerando as acusações do líder do PSD como "insultuosas".

Também o ex-administrador da TVI da altura, João van Zeller, reforçou perante a entidade reguladora dos media a acusação de "cumplicidade política" dos governos socialistas português e espanhol durante o processo negocial entre a Media Capital e a Prisa.

Em Outubro de 2006, a Prisa lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a totalidade das acções representativas do capital social da Media Capital, passando a controlar o grupo.

Em Abril do ano seguinte, Joaquim Pina Moura anuncia que deixou o lugar de deputado e todos os cargos no PS para integrar a administração da Media Capital, como presidente com funções não executivas, em substituição de Miguel Pais do Amaral, que deixou a empresa.

Novamente o PSD surge a considerar "um descaramento total" a nomeação do ex-ministro socialista Pina Moura para presidente da TVI e uma prova do projecto político do PS de "tomada de controlo" do canal de televisão, acusações de Pina Moura refuta.

No final de 2008, a Prisa começa a ver-se a braços com uma situação financeira delicada e propõe cortar 5 por cento das despesas correntes, suspender o pagamento de dividendos e congelar os salários de executivos em 2009 para enfrentar a dívida e a queda das receitas.

Dois meses depois, em Fevereiro de 2009, Pina Moura apresenta a demissão, alegando razões de natureza profissional.

Entretanto, a Prisa consegue 'in extremis' negociar com os seus credores o adiamento por um ano de um "crédito ponte" de 1.950 milhões de euros, comprometendo-se a reforçar o capital da empresa e a reestruturar o financiamento a três anos, e anuncia a intenção de despedir até até 2.000 trabalhadores em todo o mundo até ao final do ano.

No âmbito das medidas para enfrentar a crise, a Prisa anuncia em Junho deste ano a intenção de vender 30 por cento da Media Capital.

A quase concretização deste negócio com a Portugal Telecom acabou por ser inviabilizada pela polémica lançada à volta do assunto.

A Cofina e o grupo Ongoing anunciam entretanto o seu interesse em comprar participações maioritárias na Media Capital, mas, até ao momento, nada foi anunciado.

A 05 de Agosto deste ano, José Eduardo Moniz sai do canal que tornou líder de audiências para ocupar o lugar de vice-presidente da Ongoing, deixando no seu lugar Bernardo Bairrão, e mantendo-se João Maia Abreu como director de informação e Mário Moura e Manuela Moura Guedes como subdirectores.
JN
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A sombra da TVI na campanha eleitoral

A decisão da Administração da Media Capital de suspender o Jornal Nacional da TVI apresentado às sextas-feiras pela jornalista Manuela Moura Guedes (também directora adjunta do canal televisivo) é um facto político relevante - independentemente de qualquer juízo sobre os conteúdos do programa.  
Estando-se a três semanas do acto eleitoral que decidirá da governação do País, ninguém de bom senso (e muito menos ninguém que faça da comunicação social o "seu meio") poderia duvidar das repercussões óbvias da decisão na campanha eleitoral. E se dúvidas poderá haver, num sentido ou no outro,  sobre o tema que estaria subjacente ao programa - o 'caso Freeport' -, a decisão da Administração da Media Capital (isto é, do grupo espanhol Prisa) funcionará, tão-só, como um amplificador negativo dessas dúvidas junto da opinião pública.

Algumas explicações são devidas pelo accionista maioritário da empresa, já que a bomba eleitoral lançada em tempo de campanha tem de ter um nexo.  Ou é uma decisão meramente empresarial, baseada em factores de ordem disciplinar ou deontológica - o que tem de ser inequivocamente demonstrado -,ou é uma intervenção desastrada na actualidade política, resultando em prejuízo de um lado (obviamente o PS), a favor de outro, e podendo configurar um caso de atentado à liberdade de informação.

Não é irrelevante a declaração do presidente da ERC, que classificou de "absolutamente inaceitável" a decisão, com  "uma consequência objectiva de interferência num processo eleitoral". Tal como é relevante a reacção dos partidos - o PS pedindo uma intervenção da própria ERC e distanciando-se com vigor da decisão e as oposições acusando os socialistas de responsáveis por "um dos maiores atentados à liberdade de informação desde o 25 de Abril" (na dura reacção do PSD). Quer se queira, quer não, a sombra dos 'casos TVI'  - este e o TVI-PT -  projectar-se-á, por via de um grupo de media espanhol, na campanha eleitoral portuguesa.

DN
 

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AC

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« Responder #34 em: Setembro 05, 2009, 01:48:38 am »
A ver se eu percebo isto...

Portanto...
o Sócrates pediu ao Belmiro para lançar uma OPA a fingir sobre a PT
só para dar à AdC opurtunidade para forçar a PT a separar-se da TvCabo
para que quando a PRISA se chateasse com os socialistas espanhóis
a PT tivesse desculpa para comprar parte da Media Capital
para então o Sócrates cancelar o negócio para manter aparências de imparcialidade
numa altura em que a PRISA precisa do dinheiro
e como recompensa ao Sócrates, a PRISA/Media Capital despacha o JEM e a MMG.

Percebi tudo? :D
 

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papatango

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« Responder #35 em: Setembro 05, 2009, 11:48:38 am »
Não sei se percebeu, mas talvez fosse melhor perceber primeiro o que aconteceu.

E a questão que se coloca é:

Porque é que violando de forma grosseira a Lei, J. Cebrian, o patrão da PRISA, (a organização de comunicação social espanhola com a ficha mais suja que existe) viola grosseiramente a lei de um país soberano e intervém directamente na politica interna portuguesa ao provocar uma crise política ?

Talvez nos queira explicar qual a mensagem que os espanhóis queiseram fazer passar quando se deram ao luxo de tentar modificar o resultado das eleições, para mostrar que têm poder ...

A qualidade da informação do Jornal Nacional das Sextas, é péssima, mas quando comparado com o autêntico lixo editorial que caracteriza a PRISA (1) O Jornal Nacional das Sextas-feiras, parece o Hard Talk da BBC.

Na Europa não há imprensa mais suja e mais sectária que a espanhola.
Nos jornais espanhóis não há oposição.

Em Espanha, se você quer ver de um ponto de vista compra um jornal da Maçonaria como o El Pais, se quer outro ponto de vista compra um jornal Neo Fascista como o El Mundo. Não há imprensa independente.

Em Espanha não existe imprensa livre nem com um mínimo de isenção. Comparado com o lixo da imprensa espanhola, até o 24 Horas parece o «Washington Post».

É isso que está em causa.


(1) bastava apenas referir que os escandalos de pornografia a que estará ligado o Berlusconi foram aumentados com as fotos do El Pais
« Última modificação: Setembro 05, 2009, 02:29:18 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Miguel

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« Responder #36 em: Setembro 05, 2009, 02:10:05 pm »
Escandaloso.

Isto é uma ingerencia politica. Em Africa isto podia desencadear conflitos.

Ao mesmo tempo podemos ver a verdadeira face do PS, e dos seus lideres ao serviço de potencias estrangeiras por uns trocos.

Isto é uma vergonha, UM CIRCO !
 

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Tiger22

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« Responder #37 em: Setembro 05, 2009, 02:31:42 pm »
http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... sc&start=0


Já não se lembram deste tópico de há 4 anos?

Tudo aquilo que temíamos veio-se a verificar.

A única solução é correr com a espanholada da TVI.

Infelizmente, e cada vez mais, o PS está-se a transformar na mais séria ameaça a soberania e independência nacionais.

Espero que isto não tenha que acabar mal…
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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AC

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« Responder #38 em: Setembro 05, 2009, 02:46:54 pm »
Obviamente que estava a ser satirizar todas as teorias de conspiração que por aí circulam, desde as de que a PRISA fez isto como favor político ao PS às que o PS queria obrigar a PT a comprar parte da Media Capital para poder livrar-se do JEM e da MMG.

A minha teoria é mais simples e não incorre em nenhuma violação da Lei Portuguesa.

O JN6 é ou era o navio almirate de uma estratégia de informação que visava obter audiências à custa de passar lixo televisivo. Uma estratégia que segundo o que escreveu, até encaixa bem naquilo que a PRISA normalmente faz. O que faz todo o sentido, pois não me parece que eles não soubessem o que ia para o ar na TVI.

Contudo, o JN6 também teve custos para a TVI/Media Capital/PRISA.
Internamente, havia quem não concordasse com o estilo do JN6.
Por um lado, o JN6 manchou a qualidade da imagem da informação da TVI e isso reflectiu-se nas audiências: se o JN6 conseguia competir como Telejornal da RTP a maior parte das vezes, a audiência dos restantes programas informativos da TVI fica no fundo da lista. Idem para a recém lançada TVI24 que raramente conseguiu sequer ultrapassar a RTPN quanto mais aproximar-se da SICN.
Muito honestamente, acho que há mais pessoas indignadas com que aconteceu ao JN6 do que a vê-lo. :)

Também lhes custou o negócio com a PT -- e a PRISA precisa do dinheiro -- devido à necessidade do PM de manter a aparência de não querer interferir com a TVI.

Entretanto, as audiências da TVI têm vindo a cair nos últimos meses, atingindo os níveis mais baixos desde 2000.
E com a saída do JEM, Director Geral, o JN6 passou a ser um alvo a abater para quem acha que a TVI e a informação da TVI precisam de mudar de rumo para recuperar audiências.

O facto de isto acontecer a poucos meses das eleições é tão coincidência como ser coincidência que o JN6 tenha conseguido grande parte do seu protagonismo à custa de notícias sobre o PM no ano anterior às eleições.
Ou de a MMG ter dito numa entrevista a respeito de a tirarem do ar, publicada no dia em que o JN6 foi suspenso:
«Na TVI? Só se fosse alguém muito estúpido. Como você sabe, o meu jornal faz grandes audiências, esta televisão é uma televisão comercial que vive de audiências e daquilo que elas geram, portanto...»
« Última modificação: Setembro 05, 2009, 02:57:32 pm por AC »
 

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Miguel

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« Responder #39 em: Setembro 05, 2009, 02:47:20 pm »
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Infelizmente, e cada vez mais, o PS está-se a transformar na mais séria ameaça a soberania e independência nacionais.


A ver se o povo abre os olhos :roll:

Este é o pior ataque a democracia desde o 25 abril 1974.

Censuras, Escutas, Secretas etc... aonde vai o PS?
 

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Xô Valente

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« Responder #40 em: Setembro 05, 2009, 03:00:24 pm »
Citação de: "Miguel"
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Infelizmente, e cada vez mais, o PS está-se a transformar na mais séria ameaça a soberania e independência nacionais.

A ver se o povo abre os olhos :roll:
Se fosse nos EUA já se estava a fazer um grande escândalo e a situação era resolvida em pouco tempo. Agora aqui em Portugal... :P

Em relação à TVI e ao Jornal de 6ª, pessoalmente não gosto. Nem da estação televisiva, nem do jornal nem da apresentadora. Eu acho que representa aquilo que não se deve fazer no jornalismo: falta de imparcialidade e como jornalista em vez de apresentar factos, apresentar juizos de valor.
 Mas é o que é liberdade de expressão e a liberdade dos cidadãos escolherem o tipo de informação que querem. É dada a liberdade de informação e de expressão e depois cada pessoa tem a liberdade de escolher a informação para si. Se quer boa ou má qualidade, se quer juizos de facto ou de valor, se quer imparcialidade o parcialidade. :wink:

Cumprimentos.
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.
 

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TOMSK

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« Responder #41 em: Setembro 05, 2009, 09:27:02 pm »
Para mim, a grande questão aqui (que parece que poucos se deram conta) é o facto de uma ordem vinda de outro país ( Espanha ) afectar um meio de comunicação social aqui no nosso País. Não me interessa se a TVI é Espanhola e portanto, a acção estar legitimada. Isto levanta questão indirectas, que se cada um de nós, ou pelo menos os patriotas, começarem a pensar um bocadinho vão encontrar preocupantes...mas enfim, como diz o sábio Luso, para que servem os submarinos, os Leopard, quando temos os sinais mais que óbvios à nossa frente, de mansinho, e não somos capazes de fazer nada?

Deixo-vos o texto de Armando Carlos Ferreira...


Citar
O Orgulho de ser Português

“ A vida apenas exige uma coisa, que cumpramos o nosso dever”. Leão Tolstói (1828-1910)

Nove milhões de Portugueses, cabem como por milagre, numa única palavra: Portugal! Nove milhões, em princípio, filhos - para o bem e para o mal - de alguns milhões de mães. Todos iguais, em termos de cidadania, mas todos diferentes. Desde logo na côr da pele. Diferenciados na idade. De diferentes idades culturais. Das mais díspares profissões. Quiçá com diferentes matrizes políticas. Umas por convicção, outras de índole panfletária. Outros ainda no fio da navalha, por serôdio comodismo, indiferentes, amorfos, cristalizados, vivendo na expectativa de que outros pensem por eles e no melhor, se possível, lhes resolvam os problemas. São aquilo a que Jean L´Arteguy, designou como os párias do tempo.

Diferentes igualmente, nas suas opções religiosas, pese embora o facto de lá muito no seu interior, se manterem cristãos, maioritariamente não assumidos.

Nestes tempos modernos, em que por laxismo, temos permitido, de forma inconsciente, a implosão dos mais importantes pilares da nossa civilização – a escola, a família e o espírito do altruísmo comunitário – perdeu-se no nevoeiro lusitano, aquela flâmula de servir. Não confundir com servilismo.

Nestes tempos impróbios, coexistem em Portugal, duas noções muito específicas: A Pátria e o País.

A Pátria tem as suas raízes alicerçadas em oito séculos de História, escrita com sangue, suor e lágrimas. É a nossa memória colectiva, assumidos, que sempre foram, os erros e as virtudes. As epopeias e as tragédias. O fausto e a pobreza.

Quando perdemos a nossa memória e as nossas raízes, corremos o risco de nos desintegrarmos.
O País (leia-se Estado) é por imposição, republicano, laico e agnóstico. Escrevo, por imposição, porque tendo como causa remota o crime hediondo e regicida do seu monarca (1) – o rei mais culto da sua geração a nível mundial e de seu filho herdeiro – não resultou de um veredicto popular (vulgo referendum) mas de interesses estrangeiros ocultos, expressos na força das baionetas e da metralha que se traduziu em 90 mortos e 300 feridos, muito aquém da aventura do CEP (Corpo Expedicionário Português, treinado à pressa no Polígono de Tancos) mal equipado, inadequadamente fardado para o teatro de operações, mal municiado e mal alimentado. Duvidas? A título de mero exemplo, de entre muitos, aconselhamos o leitor a ler uma colectânea de livros, da autoria de um conhecido historiador contemporâneo, com espaço num canal televisivo público. Num dos volumes, verificará o depoimento de um seu avô, já falecido, antigo combatente, reafirmar o que garantiu ainda em vida numa entrevista televisiva, que as praças no lamaçal das trincheiras, apenas dispunham de um par de peúgas. Lutaram e muitos morreram com dignidade e heroicidade. Fizeram-no pela Pátria, ou pela República? Julgo que certamente pela primeira, porque a segunda deles fez carne para canhão. Mas porque a História, infelizmente, se repete, este episódio, republicanamente falando, não seria virgem. Repetir-se-ia algumas dezenas de anos mais tarde. Tendo como cenário essa também longínqua – África.

É verdade não ser possível, reescrever a História. Mas não é menos verdade, não a podermos branquear.

Falamos hoje e ainda bem, sobre fenómenos há anos impensáveis, como o “stress pós traumático”, em relação aos ex-combatentes da guerra colonial.

Pessoalmente, conhecemos pessoas nascidas e criadas no Concelho de Torres Vedras, algumas já falecidas, outras ainda vivas, cujos avós foram combatentes na Grande-Guerra (1914-18) todos eles gaseados, os quais morreram com problemas do foro cancerígeno, tal como os filhos, estando aos netos (3ª Geração) diagnosticados de igual modo, cirroses, hepatites, leucemias. Alguma vez, transcorridos quase cem anos, existiu sensibilidade, tempo e independência, para se elaborar um imparcial levantamento científico credível desta e de outras situações?

Em que condições viveram? Que amostras de pensões tiveram? Coleccionaram pensões magnânimas, compaginadas em dimensão ao Convento de Mafra?

Serviram a Pátria, por convicção e ideário. O Estado usou-os em desfiles comemorativos, fez reluzir os seus peitos pejados de condecorações e depois descartou-os. Uns quantos foram para Runa (2), longe dos olhares e das visitas dos seus familiares, demasiado ocupados com o alto índice ocupacional da vida moderna.

A vida, permitiu-me conhecer, embora de forma indirecta, este cenário.

Ao invés de tudo quanto aqui relatamos e o muito que ficou por dizer, sobretudo por falta de espaço, sobrou tempo, imaginação e meios para termos um referendum sobre um crime contra a saúde publica – o aborto clandestino. Verdadeira falácia de poeira para os olhos.

Falemos claro: Capciosamente foi brandida a espada da Saúde Pública. Tema caro, acima de qualquer suspeita.

Mas o que estava por detrás, face às carências financeiras do regime, era o facto dos estimados vinte mil abortos clandestinos, ocorridos por ano, constituírem um mercado underground, ausente de qualquer controlo e livre de quaisquer impostos, desde o IVA, à Segurança Social, acabando no IRS e IRC.

Duvidas? Contas por baixo (defeito) à merceeiro e à antiga, bastará multiplicar o número referido por uma média de setenta contitos cada e obter-se-á uma avultada dimensão. A Saúde Pública, tal como a Escola, são meras falácias do regime republicano, laico e agnóstico, sobretudo quando em pleno século XXI, mais de quinhentos mil portugueses não tem direito a um médico de família.

Porque não se resolveu esse anátema de Portugal estar transformado, num verdadeiro bordel a céu aberto, de Norte a Sul, por estradas, matas, pinhais, ruas, quando não em viaturas em pleno dia, em relação à mais antiga profissão do mundo – a prostituição? Porque razão não se retira esse espectro a céu aberto, criando condições de salubridade e de dignificação, com regras perfeitamente claras, de descontos com direito a reforma? No passado, antes do aparecimento da penicilina (1928/41), tivemos verdadeiros dramas sociais, oriundos sobretudo da sífilis. Hoje na diáspora dos Magalhães, temos o ressurgimento industrial da tuberculose e do HIV (vulgo SIDA). Medo de perder votações em actos eleitorais? Então e a saúde publica?

Perante os problemas de desemprego em catadupa e fome já não disfarçada, tomem lá para entreter, referendos sobre assuntos pseudo-nucleares e não fracturantes da nossa sociedade. Hoje os gays. Amanhã a eutanásia. Depois, talvez e de novo a regionalização. No futuro, porque não o celibato…

No fundo, pouco me importa que o Estado republicano, laico e agnóstico, perca tempo em ejaculações precoces de TGV´s Madrid-Lisboa e não erradamente Lisboa-Madrid, como soa dizer o discurso oficioso do regime.

Podem orgulhosamente continuar a deitar foguetes, pois não tenho duvidas, como certamente muitos dos leitores, que tiveram paciência de nos ler, que serão os nossos Filhos e Netos a andarem esfalfados e tísicos a apanharem as canas da Feira das Vaidades, por outras palavras, a sacralização do poder, pelo poder.

A Pátria, que tem por Rainha a Imaculada Conceição (3) e por Arcanjo protector o Anjo de Portugal, dorme tranquila, incrédula e insuspeita, pese embora a alegoria popular de que “quem cala consente”.

O País, melhor dizendo o Estado, perante os problemas gravíssimos de gastar sumptuosamente, mais daquilo que produz e de se endividar galopantemente – para além das suas fronteiras – a níveis perigosíssimos, em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), continua ciclicamente nesse seu hábito, quase secular, de perante os problemas, olhar para o lado a assobiar, de mãos nas algibeiras (seja-me permitido o desaforo, nesta nossa liberdade vigiada) a jogar quiçá, bilhar de bolso…

Reaccionário? Não, necessariamente. Antes, liberal. Por convicção. Somente não gosto, liminarmente, de ser ludibriado.

E como nós, certamente muitos dos Portugueses, os tais discípulos da diáspora e da ditosa Pátria minha Amada.
 

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typhonman

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« Responder #42 em: Setembro 05, 2009, 09:58:41 pm »
Ao menos o Portas veio logo dizer o que toda a gente sabe "ingerência espanhola", o pessoal goza o homem, mas vai dizendo as verdades..
 

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TOMSK

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« Responder #43 em: Setembro 05, 2009, 10:22:22 pm »
Citação de: "typhonman"
Ao menos o Portas veio logo dizer o que toda a gente sabe "ingerência espanhola", o pessoal goza o homem, mas vai dizendo as verdades..


Já não é a primeira vez que ele se mostra forte nestas matérias...O "caso Prestige" foi outro dos tais...



 :D
 

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typhonman

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« Responder #44 em: Setembro 06, 2009, 01:12:55 am »
Sim foi a 7 anos..

Nesse ano os "vizinhos" quizeram dar porrada aos marroquinos e dar-nos um presente envenenado.

Grandes c*****.