Sector Energético

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Sector Energético
« em: Abril 15, 2023, 08:41:28 pm »
Finlândia, Suécia e Polónia apostam no nuclear face ao apagão alemão

Os três países redobraram o compromisso com esta tecnologia, sob o pano de fundo da crise energética e guerra na Ucrânia, enquanto a Alemanha desliga hoje os seus últimos três reatores.



A Alemanha despede-se hoje da energia nuclear, desligando os três reatores ainda ativos, mas países como a Finlândia, Suécia e Polónia redobraram o compromisso com esta tecnologia, sob o pano de fundo da crise energética e guerra na Ucrânia.

A Finlândia foi o primeiro país da União Europeia (UE) a aumentar a sua capacidade de geração de energia atómica após o acidente nuclear de Chernobyl (Ucrânia), a fim de reduzir a sua dependência energética da Rússia e de reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2).

Atualmente, possui cinco reatores nucleares com potência máxima combinada de 4.394 megawatts elétricos (MWe), que geram cerca de 40% da eletricidade consumida.

Quatro deles foram construídos na década de 1970 e o quinto, Olkiluoto 3, começou a produzir em plena capacidade na passada segunda-feira, tornando-se o mais potente da Europa, com os seus 1.600 MWe.

Este reator, cujas obras se iniciaram em 2005, tornou-se num pesadelo para o consórcio empreiteiro Areva-Siemens, que terminou a sua construção com 13 anos de atraso e um custo final estimado em cerca de 11.000 milhões de euros, quase quatro vezes mais do que o orçamentado.

A Finlândia autorizou em 2010 a construção de um sexto reator nuclear de alta potência que iria ser gerido pelo consórcio finlandês Fennovoima e a companhia estatal russa Rosatom, mas o projeto foi cancelado no ano passado após a invasão da Ucrânia, devido aos riscos da construção de uma central nuclear com tecnologia e participação russas.

Na Suécia, o Governo de direita presidido pelo conservador Ulf Kristersson inverteu a política nuclear deste país nórdico, apostando pela primeira vez em décadas na construção de novos reatores, e apresentou ao parlamento, onde tem a maioria graças ao apoio da extrema direita, um projeto de lei que viabiliza esta medida.

Esta reforma visa resolver os problemas de abastecimento de eletricidade e garantir preços mais acessíveis e foi possível graças à mudança de opinião do Partido Conservador, que há apenas sete anos assinou um acordo para abolir a energia nuclear em 2040 e apostar nas renováveis.

O parlamento sueco tinha aprovado em 2010 o fim da moratória nuclear, embora tenha sido acordado que o número total de reatores não poderia exceder os 10 então ativos.

Pelo contrário, a nova lei determina que não haverá limitação no número ou localização dos novos reatores, que o Governo espera começar a construir o mais tardar em 2026.

A Suécia conta atualmente com três centrais e seis reatores ativos e a energia nuclear cobre cerca de 30% da produção de eletricidade do país.

Em 2021, também o governo polaco anunciou a intenção de construir seis centrais nucleares no país, que atualmente não possui nenhum reator em operação, para garantir que, até ao final de 2040, 23% da sua energia provenha desta fonte.

Atualmente, 70% da sua matriz energética, que necessita de cerca de 33 Gigawatts (GW) por ano, depende do carvão, que é altamente poluente.

A primeira das centrais será construída na região da Pomerânia (norte) e terá um reator tipo AP1000, da empresa americana Westinghouse, prevendo-se que forneça pelo menos 3,75 (GW) por ano, enquanto a segunda central será construída com a colaboração da empresa sul-coreana Hyundai, obtendo-se a partir dela seis a nove GW.

Os planos do Governo da Polónia -- que, segundo as sondagens, contam com o apoio de 75% dos polacos - preveem que ambas as centrais estarão operacionais em 2033.

Para o ultraconservador Governo polaco, que durante anos favoreceu e subsidiou o setor mineiro, a opção nuclear é uma das mais práticas para ter uma fonte "limpa" que permite cumprir as exigências de Bruxelas e se aproximar da independência energética.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/20230415-1526-finlandia-suecia-e-polonia-apostam-no-nuclear-face-ao-apagao-alemao

Admirável, os alemães são teimosos! Mesmo depois do fase-out de petróleo e gás russo, que tantos receios trazia, prometeram e acabaram mesmo com todas as centrais! Ambientalismo acima de tudo!!!!

Já a Finlãndia, Suécia e Polónia, que também são ambientalistas, preferem ser mais cautelosos e com toda a razão!
 

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PTWolf

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Re: Sector Energético
« Responder #1 em: Abril 16, 2023, 12:39:59 pm »
Cada vez mais confiante que o futuro passará por aqui. Até pela questão da redundância.

Mas tenho curiosidade em ver como vão alimentar as frotas de carros elétricos a carregar à noite, só com energias renováveis  (já que em 2035 o diesel fica proibido na UE)  :mrgreen:
 
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Re: Sector Energético
« Responder #2 em: Abril 16, 2023, 11:04:04 pm »
Cada vez mais confiante que o futuro passará por aqui. Até pela questão da redundância.

Mas tenho curiosidade em ver como vão alimentar as frotas de carros elétricos a carregar à noite, só com energias renováveis  (já que em 2035 o diesel fica proibido na UE)  :mrgreen:

Também é a minha estupefação!
Como é possível em plena crise energética..... precisamente na Alemanha, decidem desligar as centrais nucleares!!!!

Lá como cá, as geringonças construídas para governar, podem saír muito caras ao país!
E mais idiota é que estão a reforçar a produção em centrais a carvão!!!!!

Nada disto faz sentido! E não é por acaso que a Finlãndia, Polónia e a Suécia (que também são países amigos do ambiente.......... preferem ser mais prudentes e apostam no nuclear!).
 

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Re: Sector Energético
« Responder #3 em: Abril 25, 2023, 07:47:09 pm »
Fornecimento de gás à UE: A alternativa do Azerbaijão


 

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Re: Sector Energético
« Responder #4 em: Abril 26, 2023, 10:00:10 am »
Energia nuclear: Entre o receio e o progresso 37 anos depois de Chernobyl


 

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Re: Sector Energético
« Responder #5 em: Abril 28, 2023, 05:20:52 pm »
Turquia abre primeira central nuclear... financiada pela Rússia


 

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Re: Sector Energético
« Responder #6 em: Maio 31, 2023, 11:49:08 am »
Imagine consumir energia e não ter de a pagar? Na Finlândia o preço da luz esteve negativo

Os preços da eletricidade na Finlândia ficaram negativos devido a um enorme excesso de oferta de energia hidroelétrica limpa. Como tal, por alguns momentos os fornecedores estavam quase doar energia. A Finlândia passou da pobreza energética ao excesso de energia em apenas alguns meses.



Preço da eletricidade na Finlândia reduzir 75%

Na quarta-feira, a Finlândia teve de lidar com um problema invulgar: eletricidade limpa tão abundante que levou os preços da energia para o negativo. Enquanto grande parte da Europa enfrentava uma crise energética, o país nórdico informou que os preços da energia à vista caíram abaixo de zero antes do meio-dia.

Isto significa que o preço médio da energia para o dia foi "ligeiramente" abaixo de zero, disse Jukka Ruusunen, diretor executivo do operador de rede da Finlândia, Fingrid, à emissora pública finlandesa Yle.

Segundo informações, esta queda do preço foi provocada por um excesso inesperado de energia renovável e pela redução do consumo de energia pelos finlandeses devido à crise provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Finlândia passou da pobreza energética ao excesso em apenas alguns meses. A notícia é uma reviravolta notável para um país que, há apenas alguns meses, dizia à sua população para ter atenção ao consumo de energia.

    No inverno passado, a única coisa de que se falava era onde obter mais eletricidade. Agora, estamos a pensar muito bem em como limitar a produção. Passámos de um extremo a outro.

Disse Jukka Ruusunen, diretor executivo do operador de rede da Finlândia, Fingrid, à emissora pública finlandesa Yle.



Proibir energia vinda da Rússia pode ter sido muito positivo

O país enfrentou uma crise energética depois de ter proibido as importações de energia da sua vizinha Rússia, como parte da reação global após a invasão da Ucrânia.

Nessa política de nova gestão energética o país colocou a funcionar em abril passado um novo reator nuclear e forneceu um fluxo significativo de energia à população da Finlândia, cerca de 5,5 milhões de pessoas.

Olkiluoto 3, o primeiro novo reator nuclear a ser inaugurado na Europa em mais de 15 anos, fez baixar o preço da eletricidade em 75%, de 245,98 euros por megawatt-hora em dezembro para 60,55 euros por megawatt-hora em abril, segundo o The National.

O país tem como objetivo tornar-se neutro em termos de carbono até 2035 e tem vindo a fazer esforços para introduzir soluções de energias renováveis. Ruusunen disse ao The National que a Finlândia quer que o vento se torne a sua principal fonte de energia até 2027.

Este facto está também a contribuir para a descida dos preços da energia. O excesso de água de degelo - que provocou alertas de cheias em vários países do norte da Europa - está a fazer com que as centrais hidroelétricas finlandesas entrem em funcionamento e produzam eletricidade em abundância.

https://pplware.sapo.pt/motores/imagine-consumir-energia-e-nao-ter-de-a-pagar-na-finlandia-o-preco-da-luz-esteve-negativo/comment-page-1/

Excelentes notícias e um excelente exemplo de como se resolve o problema da falta de energia. Literalmente em meses, a Finlãndia passou de deficitária a excedentária!!!! Obviamente com a ajuda da energia nuclear!
 
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Re: Sector Energético
« Responder #7 em: Junho 02, 2023, 10:55:08 am »
Praga projeta bairro neutro em emissões de carbono


 

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Re: Sector Energético
« Responder #8 em: Junho 22, 2023, 02:44:49 pm »
Energia nuclear: mais rentabilidade por influência geopolítica do que económica


 

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Re: Sector Energético
« Responder #9 em: Julho 07, 2023, 10:02:24 pm »
Produtores de petróleo preocupados com a transição para as renováveis


 

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Re: Sector Energético
« Responder #10 em: Agosto 28, 2023, 08:53:29 am »
Multiplicam-se questões depois de explosões em estação ilegal de GPL


 

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Re: Sector Energético
« Responder #11 em: Agosto 28, 2023, 04:37:32 pm »
UE: Descida de preço do gás vai levar ao fim dos subsídios à energia


 
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Re: Sector Energético
« Responder #12 em: Setembro 09, 2023, 03:14:04 pm »
Aquecimento a gás tem os dias contados na Alemanha


« Última modificação: Setembro 09, 2023, 03:16:07 pm por Lusitano89 »
 

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Re: Sector Energético
« Responder #13 em: Setembro 10, 2023, 02:03:31 pm »
G20 lança aliança global para biocombustíveis mais ecológicos


 

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Re: Sector Energético
« Responder #14 em: Setembro 16, 2023, 11:28:13 am »
Milhares na rua pelo fim do financiamento dos combustíveis fósseis


« Última modificação: Setembro 16, 2023, 11:30:25 am por Lusitano89 »