Se por ambiente não contestado entendermos não existência de meios aéreos do inimigo, nem capacidade anti-aérea efectiva, então uma aeronave de asa fixa, será mais eficiente que um helicoptero.
Se em terra existirem meios anti-aéreos, então tanto a aeronave de asa fixa a helice, como o helicoptero, serão «sitting ducks».
Ainda assim, qualquer dos meios poderá proteger-se voando a muito baixa altitude.
Para apoio, dependendo do ponto onde estiver a base, um avião vai sempre chegar mais depressa que um helicóptero e vai gastar menos combustível.
O apoio aéreo pode demorar apenas alguns minutos em caso de necessidade.
Em termos de manutenção no campo de batalha, ou seja, na base remota, uma aeronave turbohelice será normalmente mais facil de manter , reparar e manter em condições de voar.
O custo por hora de operação de uma aeronave de asa fixa a helice, é igualmente mais barato, considerando a guerra do Vietname, a guerra em África ou o Afeganistão.
Não é por acaso que os americanos deram Tucanos aos afegãos.
Um helicóptero por outro lado, pode tentar fazer evacuação médica, mas isso não pode normalmente ser feito ao mesmo tempo. Obviamente que uma aeronave de apoio de combate, não pode fazer evacuação médica nunca.
Para lá disto, não podemos deixar de considerar o que é ter uma oficina ou centro de reparações em Portugal.
É uma vantagem que em termos de logistica pode ser determinante.
No entanto, considerar aquisições que parecem ter em vista uma situação especifica no terreno, nomeadamente em África, não parece ser uma boa ideia. Para lá disso, há a utilização como aeronave de treino avançado.
Há quem afirme que para treino avançado - e enquanto há treino - é sempre preferivel uma aeronave mais lenta, mais estável e que de pouco ou nada serve um jato como treinador, já que, do jato treinador, tem sempre que se passar para o treino realmente avançado numa aeronave igual às aeronaves de combate.
Se um dia optarem por adquirir aeronaves a jato para treino, então, dependendo do governo, receio que serão esses os caças que a força aérea terá no futuro.
Mas há outras coisas a ter em consideração, como as horas minimas de voo necessárias por ano. Não estou a par do que é necessário e que tipo de avião ou aviões podem ser utilizados. Não sei por isso, se é possivel reduzir custos desta forma.