A Saab diz muita coisa. Mas o que é certo, é que caça de 5ª geração da Saab, ainda não existe, e o caça de geração 4.5 deles, é tão caro como o caça de 5ª geração que todos pela Europa fora andam a comprar. Estar a insistir neste debate, é estar a tentar forçar uma narrativa que não fez, não faz, nem nunca fará sentido.
Ignorar um aspecto estratégico tão simples, de não podermos chegar a 2060 com um caça de 4ª geração como nosso principal e único meio de combate, é estar a atirar pela janela qualquer conceito de credibilidade na Defesa Nacional. Solução temporária de geração 4.5, existe uma, e apenas uma, que é modernizar os F-16. Tudo o que vá além disto, faz zero sentido.
E vocês têm de parar de teimar com a ideia do "retorno". Se formos a gastar 4000 milhões num caça, para ter um "retorno" de 100 milhões ou menos (diria bem menos), por produzir peças para a aeronave, que nunca ultrapassaria as 30 unidades, então isto vale zero. Ainda por cima de uma aeronave que pura a simplesmente não vendem o suficiente para justificar uma terceira unidade de produção.
Querem falar de envolver/fortalecer a indústria de defesa em Portugal, tudo bem, procura-se ou cria-se um tópico para esse fim, e discute-se ideias. Agora deixem é de lado a fantasia de ter caças "made in Tugal", que é estar a complicar e atrasar um tipo de programa que já por si só é extremamente complicado. Mais lógica teria ter F-35, e no negócio arranjar forma de ter em Portugal um centro europeu de manutenção das frota europeias (longe da Rússia).