Política em Portugal

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Re: Política em Portugal
« Responder #1215 em: Maio 24, 2023, 03:09:41 pm »


"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: Política em Portugal
« Responder #1216 em: Maio 24, 2023, 04:41:15 pm »
A última parte é de extrema importância.

Só um cego é que não vê que o atual governo não tem qualquer capacidade de se manter em funções e se o PR não ainda não dissolveu o parlamento é porque ou está comprometido com eles ou então é alguma jogada politica... talvez esperar a vinda do Dom Sebastião (a.k.a. Pedro Passos Coelho)?

Ele não dissolve, porque tem medo que o Costa volte a ganhar ( ja que ele prometeu que o fazia) fincado em maus lençoís.

O nosso presidente da republica, vive para a sua imagem, e nisto tudo estamos a um ano ( esquecendo os outros dois mandatos) sem qualquer governo, sem qualquer estratégia, sem nada.

Porque se incluirmos os mandatos anteriores, vemos que esse desgoveno, ou o não fazer nada, que tem levado a que tudo seja publico se esteja a desagregar. 

E isto alem da culpa dos que foram votando neles... é tambem do Sr. Presidente da Republica.

citando o Sr Cavaco Silva

Citar
O governo socialista do engenheiro Guterres deixou o país num pântano. O governo socialista do engenheiro Sócrates deixou o país numa situação de bancarrota, e tendo sido obrigado a negociar com a troika um programa de austeridade bastante duro a troco de empréstimos de 78 mil milhões de euros. O governo do Dr. Antonio Costa, apesar de beneficiar de apoios da União Europeia gigantescos, nunca antes verificados, vai deixar ao próximo Governo uma herança extremamente pesada“
 

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Tiamate

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Re: Política em Portugal
« Responder #1217 em: Maio 24, 2023, 04:54:45 pm »

Fica aqui.
Já nem sei o que dizer...

Que a 3ª Republica está igual à 1ª...

Ou que isto é como na WWE, eles fingem que estão a lutar mas já definiram quem ganha o combate.


« Última modificação: Maio 24, 2023, 04:56:39 pm por Tiamate »
 

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Re: Política em Portugal
« Responder #1218 em: Maio 25, 2023, 07:56:59 am »



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Tiamate

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Re: Política em Portugal
« Responder #1219 em: Maio 25, 2023, 11:27:51 am »
Mas se essas conversas foram em 2017, porque é que só apareceram agora?

Trunfo politico na manga ou para distrair de alguma coisa?
 

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Re: Política em Portugal
« Responder #1220 em: Maio 25, 2023, 03:43:55 pm »
Mas se essas conversas foram em 2017, porque é que só apareceram agora?

Trunfo politico na manga ou para distrair de alguma coisa?

Aposto no primeiro.
 

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Re: Política em Portugal
« Responder #1221 em: Maio 27, 2023, 07:52:36 am »
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Re: Política em Portugal
« Responder #1223 em: Junho 03, 2023, 10:08:36 am »
Ainda achamos que estamos num país pobre!
Afinal parece que ainda temos territórios em África ou então somos só beneméritos!
Depois dos perdões de 2 mil milhões de euros a antigos territórios ultramarinos:

- Moçambique mil milhões: https://www.cmjornal.pt/politica/detalhe/mil-milhoes-perdoados

- Cabo Verde com mais de 600 milhões: https://observador.pt/2023/01/19/portugal-e-cabo-verde-assinam-acordo-para-conversao-de-divida-em-fundo-climatico/

- Guiné Bissau com 5 milhões: https://bissau.embaixadaportugal.mne.gov.pt/pt/a-embaixada/noticias/portugal-apoia-o-or%C3%A7amento-geral-do-estado-da-guin%C3%A9-bissau

- São Tomé e Príncipe em 22 milhões: https://www.jn.pt/feeds/lusa/sao-tome-e-principe-portugal-perdoa-divida-externa-no-valor-de-22-milhoes-de-euros-actualizada-968309.html

Agora até já Angola fala bem de nós!? Quanto é que nos terá custado o bom humor?!?!??  ::)

https://www.sapo.pt/noticias/economia/relacoes-entre-angola-e-portugal-nunca_647915fa4f236f48ba29fe8b

https://www.portugal.gov.pt/pt/gc23/comunicacao/noticia?i=portugal-aumenta-linha-de-financiamento-a-angola-para-dois-mil-milhoes-de-euros

https://correiokianda.info/portugal-financia-obras-do-projecto-santuario-da-muxima-com-150-milhoes-de-euros/

Ahhhh! Aumentamos a linha de crédito de Angola de 1,5 para 2 mil milhões de euros........ para o Estado Angolano usar se...... não puder pagar a empresas portuguesas o que compra!!!!
E ainda damos uma gorjeta para um novo Santuário Católico. O novo Santuário de Muxima vai ter uns trocos doados pelo Estado Português de 150 milhões de euros!!!!!

Afinal somos milionários!
Acho estranho a Comunicação Social nacional não ter referido nadinha destas benesses dadas pelo Medina em nosso nome, a Angola!  :bang:
Acho estranho o governo depois de tamanha esmola não ter feito publicidade aos 4 ventos do acto benemérito!  :mrgreen:

Lembram-se da polémica dos 5 milhões para um Palco que estaria a ser construído na antiga lixeira?
Pois bem, os 180 milhões doados a fundo perdido é para comprar quantos altares?
« Última modificação: Junho 03, 2023, 10:11:18 am por Viajante »
 
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Re: Política em Portugal
« Responder #1224 em: Junho 04, 2023, 11:15:39 am »
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papatango

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Re: Política em Portugal
« Responder #1225 em: Junho 04, 2023, 12:32:16 pm »
E os problemas continuam, praticamente sem alterações.
Mário Crespo, em 2010

https://blogdoserra.blogs.sapo.pt/104188.html

Lembram-se do Mário Crespo e das suas tiradas sobre a maçonaria ? ? ?

É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: Política em Portugal
« Responder #1226 em: Junho 10, 2023, 01:39:33 am »
Neste dia de Portugal, que deve ser de comemoração e de orgulho pelo que fomos na História, assumindo toda a nossa história sem revisionismos, deixo um excelente artigo de Paulo Sande, que no fundo é uma resposta ao movimento woke e da extrema esquerda nacional!

Deve Portugal pedir desculpa pelo seu passado?



Cronocentrismo em tempos de cólera. Dez razões para responder "não".

Deve Portugal pedir desculpa por atos do passado? Pelo colonialismo, o racismo, a escravatura, a depredação de bens naturais e património? E indemnizar os (países e pessoas) lesados? Como e sob que forma?

Este é para mim um assunto importante que, à semelhança de outras questões polémicas, não deve ser exclusivo de ideologias radicais, nacionalistas, xenófobas, iliberais. Essa é a beleza das ideias moderadas e civilizadas: discutir todos os temas, por polémicos que sejam, racionalmente, com elevação e ponderação, sugerindo soluções exequíveis não semeadoras de conflito.

E por isso, sobre a pergunta “Deve Portugal pedir desculpa pelo seu passado e indemnizar os povos e países pretensa ou potencialmente lesados?”, respondo Não. No limite, pode, talvez deva, assumir responsabilidades por atos concretos, por natureza imprescritíveis, recentes, em que a culpa tem nome. Mais do que isso, não.

Generalizar, lançar um anátema sobre o nosso passado, envolvendo todo o povo português, quase que a pedir desculpa por existir, por termos feito o que fizemos, o odioso e o grandioso, além do dominante banal, como tantos outros poderes, povos e indivíduos fizeram ao longo da História, é inaceitável, hipótese que só se coloca em tempos de relativismo moral e absolutismo ético; tempos do politicamente correcto, de identitarismos radicais e intolerantes, de wokismos extremados; de uma cegueira que corrói os laços de lealdade, fidelidade e amizade. Do fenecer da empatia.

São 10 as razões para a minha posição.

1ª razão:  o erro cronocentrista. Ajuizar, julgar e condenar realidades e sociedades do passado sem ter em conta a moral ao tempo dominante é um erro comum, um enviesamento censurável. Sobrevalorizar o presente sem atender ao facto de os valores, comportamentos e princípios seguidos na época em causa serem muito diferentes dos atuais, é uma forma de preconceito e um erro de julgamento.

2ª razão: o colonialismo vem da noite dos tempos. Todos os povos, organizados em tribos, reinos ou impérios, que subjugaram outros, abusaram do seu poder e riqueza, ocuparam, reinaram (latu sensu) e exploraram. Colonizaram. Vão todos eles, os seus descendentes, sejam quem forem, da Suméria à atual Rússia, pedir desculpas por isso? Pela colonização e seus efeitos? Como julgar, a esta luz moderna, as colónias construídas na antiguidade por egípcios, fenícios e romanos, ou os recentes colonialismos alternativos (aos ocidentais), russo, otomano ou japonês? O norte-americano? Irão esses povos indemnizar-se uns aos outros? O encontro de contas não será fácil.

3ª razão: a batalha contra o racismo, chaga da humanidade, trava-se a Ocidente. Humanos, pela cor da sua pele, pela cor dos seus olhos, olham para outros humanos como inferiores: uma realidade antiga como o mundo – e, como ele também, atual. Será Portugal um país racista (velha e longa discussão)? São os portugueses racistas? Certamente que sim. Como o são praticamente todos os países e povos do mundo, em relação a outros povos e etnias. Faz parte da natureza humana. A luta contra o racismo é uma aprendizagem, faz-se com inteligência, bom senso e moderação. Não nascemos não-racistas, aprendemos a sê-lo. Os portugueses são mais racistas do que os outros? Claro que não – ou haverá que prová-lo, mas não com afirmações ocas de princípio ou opiniões inflamadas.

4ª razão: a escravatura, outra chaga da humanidade (há várias), começou a acabar no Ocidente (mas ainda não acabou noutras geografias).  Nada foi mais natural durante milénios do que ela. Estipulava o Código de Hamurabi (1772 a.c.): “Se um escravo (…) for culpado, o seu senhor cortar-lhe-á uma orelha”. Vae victis, estabelece há milénios a lei dos homens, da Mesopotâmia ao Antigo Egipto, da China e Índia antigas à Grécia clássica, Império Romano, Sultanatos e Califados árabes, civilizações pré-colombianas. A escravidão era endémica em África, observou Braudel. Entre os séculos 16 e 19, a Europa superou o mundo árabe no tráfico de escravos. Mas foi justamente o “horrível” Ocidente alargado a abolir a escravatura. Dinamarca, Inglaterra, Portugal. Em 1815, o Congresso de Viena decretou que os princípios da humanidade e da moralidade universal justificavam acabar com o comércio de escravos, “odioso na sua continuidade”.

5ª razão: o colonialismo português não foi certamente pior que os outros. Quando muito – é polémico, mas seja – foi melhor. Pecou pelo fim tardio, mas não foi mais cruel nem predador, para me ficar só pelo colonialismo europeu, do que o britânico, holandês e francês. Certamente do que o belga. Não é justificação para os males que também existiram, mas Portugal saiu das colónias com obra feita. Não se passava fome na África portuguesa, havia infraestruturas sólidas, Luanda era das cidades que mais crescia no mundo. São factos. Conheço-os, vivi lá. Estava em curso, lenta, indesculpavelmente tardia, mas real, a inclusão dos africanos negros no ensino e na administração. O fim do colonialismo era inevitável – essa é outra discussão – e devíamos ter saído de forma a impedir a ruptura que levou à implosão do constructo social e ao retrocesso civilizacional na maior parte das antigas colónias portugueses. Mas este nosso pequeno e pobre Portugal não deve pedir desculpa por ter feito pelo menos o mesmo, provavelmente melhor, do que países mais ricos. Não transformemos em vergonha o que, salvo episódios reprováveis e que devem responsabilizar os seus perpetradores (veja-se a 9ª razão), deve em grande parte ser motivo de orgulho para os portugueses. Não nos envergonhemos, para isso bem bastam outras maleitas, pela saga dos portugueses antigos que, oceanos fora, abriram novas rotas e puseram em contacto civilizações, quantas de antes isoladas e atrasadas civilizacionalmente.

6ª razão. Castigar os que aboliram os males pelos males que cometeram antes de os abolir. Como refiro em 4, os europeus foram pioneiros da abolição da escravatura. Portugal foi um deles, tal como da pena de morte e outros males com raiz na noite dos tempos. O Ocidente “inventou” a democracia, o liberalismo, a liberdade, os direitos humanos, o primado da lei. O Ocidente, incluindo Portugal, lutou por leis universais para defesa dos direitos humanos, valorizou a dignidade humana, tornou a mulher (tendencialmente) um igual e não mais, como ao longo de milénios (e ainda o é em tantos países), um ser subalterno. Afirmou esses valores, quantas vezes pagando-o em revoluções sanguinolentas, pilares da construção de novas sociedades, as modernas, as contemporâneas. Se devemos pedir desculpa, outros povos, tantos outros, terão de pedir desculpa pelo que fizeram – nalguns casos, pelo que ainda fazem.

7ª razão. A ética. Invenção clássica, grega, europeia, estende-se até aos nossos dias como forma suprema – e ao mesmo tempo seminal – do domínio da consciência individual sobre a moral social. Assumir-se a Europa, Portugal, culpados de uma realidade pretérita, pedindo desculpas e indemnizando não se sabe quem por erros do passado, seria rejeitar – e ofender – a coragem e o sacrifício de tantos milhares de indivíduos que, em nome da ética e da bondade humana, lutaram contra regras estabelecidas e valores consolidados, em nome da dignidade. Tantos!

8ª razão: Reparar os erros do passado, até quando? Até quanto? E quem julga? Houve sempre dominadores e dominados, colonialistas e colonizados, esclavagistas e escravizados. Que fazer? Todos deverão reparar os danos dos outros, sucessivamente? E até quando, atrás no tempo? Como fica a justiça – e que justiça será? – se, na forma como a questão é formulada, se castigar quem, nos últimos séculos, por razões civilizacionais e (ou) de desenvolvimento económico e tecnológico, predominou e, também por isso, dominou e colonizou; os mesmos que, ao mesmo tempo, decretaram a condenação moral – e, logo, ética – da escravatura, da dominação, do colonialismo, da pena de morte, das ditaduras, das cleptocracias, que em muitos casos lhes sucederam (e esses, pagarão quando?). Que justiça será essa?

9ª razão: O silêncio dos inocentes. E como julgar milhões de portugueses que nasceram em África ou noutros lugares do Império, ou para lá viajaram em busca de uma vida melhor, lá geraram vidas e viram-nas crescer, até aqueles que lutaram pela pátria, convencidos, ingénua mas sinceramente, de ter a razão pelo seu lado? E os mortos e os feridos e os que comeram o pão que o diabo amassou? Entenda-se uma coisa que devia ser simples de entender, mas nestes tempos de exacerbo ideológico choca com uma parede de incompreensão: o desvario de alguns (ou muitos) indivíduos, barbaridades como em Wiriyamu ou outros excessos responsabiliza quem os cometeu e apenas eles, não um povo inteiro. Os portugueses, eu, os leitores, não são responsáveis – ainda para mais quando os atos em causa foram praticados há 50, 100 ou mais anos. Não, não somos todos negreiros, esclavagistas, assassinos, colonialistas ou fascistas.

10ª razão. No fim de contas, tudo pode ser reconduzido à primeira razão. Há tempos velhos e tempos novos, até que os novos se transformam em velhos e novos tempos novos chegam; as épocas mudam, os valores e princípios reconhecidos pela sociedade transformam-se. Ao longo desses tempos velhos e novos, a vida em comum foi-se adaptando, constantemente, às novas regras, em busca do equilíbrio e daquilo a que Platão e Aristóteles chamaram a vida moral (a vida boa, ou virtuosa). Sem essa evolução, sem aceitar as etapas que nos trouxeram a um tempo, o agora novo, em que muitos dos demónios antigos – da escravatura à guerra, da guerra às ditaduras, do colonialismo à corrupção – foram vencidos, ou pelo menos condenados, o tecido social voltaria a ser corrompido, o progresso, o desenvolvimento e o bem-estar social dificilmente prosseguiriam.

Julgar factos passados à luz da moral atual é um pecado – e pode ser um crime contra a humanidade se desse julgamento derivar a rutura do tecido social laboriosamente tecido ao longo de séculos. Uns contra outros, todos contra todos.

No fim de contas, afinal, tudo se resume ao cronocentrismo.

https://24.sapo.pt/opiniao/artigos/deve-portugal-pedir-desculpa-pelo-seu-passado
 

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ricardonunes

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Re: Política em Portugal
« Responder #1227 em: Junho 11, 2023, 11:32:09 am »
Potius mori quam foedari
 

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Re: Política em Portugal
« Responder #1228 em: Junho 11, 2023, 12:23:25 pm »

"Makagar pra vocês todos"
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Viajante

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Re: Política em Portugal
« Responder #1229 em: Junho 11, 2023, 06:03:29 pm »

Comentar do sofá tem esses riscos!
O Costa foi assobiado e tb ouviu o que não quis, mas depois do que se passou com o Galamba, várias pessoas rosa juntaram-se para bater palmas (vá-se lá saber porquê)!!!!!
Quer os batedores de palmas socialistas quer os professores comunistas que viajaram de Lisboa, estavam a destoar no 10 de Junho!
Alias, quem perdeu em toda a linha nas manifestações que aconteceram na Régua, foi o Galamba sem vergonha e os professores!