Guerra contra o terrorismo

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FoxTroop

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« Responder #150 em: Agosto 30, 2008, 11:51:54 am »
Penso que tenha sido "festa" armada pelo PKK. A al-qaeda está presente na Turquia mas usa o país mais como base de rotação e logistica. Um ataque que leve a Turquia a reagir contra não seria uma jogada inteligente, mas..... não digo nada.

Portugal como alvo não parece uma coisa provavel. Temos falta de visibilidade e o marketing conta nestas coisas  :D

Também não seria facil. A nossa comunidade islamica é reduzida, provem maioritariamente de paises e culturas com ligações quase inexistentes ao fundamentalismo e está muito integrada na nossa sociedade o que faz com que qualquer movimento de estranhos seja facilmente detectavel.
 

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André

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« Responder #151 em: Setembro 17, 2008, 12:49:01 pm »
Grupo islâmico reivindica ataque que causou 16 mortos na Embaixada Norte-Americana no Iemen



Um grupo islâmico reivindicou o ataque de hoje contra a embaixada norte-americana em Sanaa e ameaçou atacar as missões diplomáticas do Reino Unido, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Pelo menos 16 pessos morreram no atentado, entre as quais seis elementos das forças de segurança, seis atacantes e quatro civis que se encontravam no local, disseram fontes do Ministério do Interior iemenita citadas pela agência noticiosa espanhola EFE.

De acordo com testemunhas, um veículo armadilhado explodiu quando tentava cruzar um posto de controlo situado a cerca de 100 metros da entrada principal da embaixada, no bairro Sheraton.

Depois da explosão registou-se um tiroteio entre os atacantes e os guardas da missão diplomática.

A embaixada está situada num complexo onde se encontra também a residência do embaixador norte-americano.

"Nós, organização Jihad Islâmica do Iémen, anunciamos a nossa responsabilidade pela operação mártir de hoje de manhã contra a embaixada dos Estados Unidos em Sanaa", lê-se no comunicado assinado por um desconhecido "Abou Ghaith Al-Yamani".

"Vamos continuar a série de explosões segundo o plano preestabelecido e (visar) outras embaixadas", adianta o texto, cuja autenticidade não pôde ser confirmada.

Esta última frase refere um comunicado anterior, datado de terça-feira e dirigido às embaixadas da Arábia Saudita, Reino Unido, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos no Iémen, no qual o grupo adverte que vai fazer "explodir essas embaixadas" se os "irmãos não forem libertados" das prisões do Iémen.

Desconhece-se o que é a organização Jihad Islâmica do Iémen e as suas alegadas ligações à Brigadas Jund al-Iémen (soldados do Iémen), braço local da rede terrorista Al-Qaeda.

Este grupo misterioso só se manifestou uma vez para reivindicar um atentado contra a embaixada norte-americana no Iémen, a 18 de Março, que foi depois reclamado pelo braço local da Al-Qaeda.

O Iémen ainda é um bastião da Al-Qaeda na região, apesar das campanhas de segurança empreendidas pelas autoridades iemenitas contra a rede terrorista.

JN

 

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André

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« Responder #152 em: Setembro 17, 2008, 06:16:52 pm »
EUA culpam Al Qaeda por atentado contra a embaixada no Iémen

O Departamento de Estado norte-americano responsabilizou hoje a Al Qaeda pelo atentado perpetrado contra a embaixada dos Estados Unidos no Iêmen, em que morreram 16 pessoas.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Sean McCormak, disse que o atentado tem «todas as características» dos que costumam ser perpetrados pela organização terrorista Al Qaeda.

«Depois de consultar funcionários, acreditamos que o ataque tem todas as características de um da Al Qaeda no qual há vários veículos com explosivos envolvidos», assinalou.

McCormak confirmou que não houve nenhum cidadão norte-americano ferido.

Entre os 16 mortos, estava um membro do serviço de segurança da embaixada de nacionalidade iemenita, vários polícias e civis, além dos autores do ataque.

No início desta quarta-feira, um comando supostamente vinculado à Al Qaeda, segundo fontes policiais, cometeu um ataque com dois veículos contra um complexo onde se encontra a embaixada dos EUA na capital iemenita, que causou 16 mortos e vários outros feridos.

Lusa

 

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André

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« Responder #153 em: Setembro 20, 2008, 08:49:36 pm »
Atentado provavelmente suicida causou 60 mortos e mais de 100 feridos



O atentado que, este sábado, destruiu um dos maiores hotéis de Islamabad e que matou pelo menos 60 pessoas, foi provavelmente provocado por um suicida com um veículo cheio de explosivos, segundo a polícia local. Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido já condenaram o «atentado terrorista».

O atentado que, este sábado, destruiu um dos maiores hotéis de Islamabad e que matou pelo menos 60 pessoas, segundo um novo balanço, foi provavelmente realizado por um suicida com um veículo cheio de explosivos.

«Isto parece ser um atentado suicida», explicou à agência noticiosa francesa AFP um oficial da polícia de Islamabad, Saqib Sultan, que se encontrava no local do ataque.

«O atacante chegou num grande veículo e atirou-o contra a barreira de segurança que barra a entrada do hotel Marriott», na capital paquistanesa, precisou.

Diante da barreira metálica, uma profunda cratera sugere que o veículo estava carregado com uma quantidade impressionante de explosivos.

Um responsável dos serviços de segurança anunciou, entretanto, um novo balanço provisório, de acordo com o qual pelo menos 60 pessoas morreram no atentado ao hotel Marriott, que ficou com o primeiro andar destruído e que corre o risco de se desmoronar.

O novo balanço dá ainda conta da existência de mais de cem feridos e de pelo menos 15 pessoas que se encontram bloqueadas dentro do hotel.

Entretanto, a União Europeia declarou-se consternada com o «novo e terrível atentado que atingiu um hotel em Islamabad» e sublinhou que se mantém «mais do que nunca» ao lado das autoridades paquistanesas «no combate contra o terrorismo».

Também os Estados Unidos condenaram «firmemente o atentado terrorista» em Islamabad, com o presidente George W. Bush a apresentar as suas condolências às famílias «de todos os que desapareceram neste brutal atentado».

«É um alerta da ameaça que enfrentamos. Os Estados Unidos estarão ao lado do governo paquistanês democraticamente eleito para responder a este desafio», adiantou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Miliband, declarou que o atentado no hotel Marriott foi «um acto vergonhoso que reforça a vontade de combater a violência e o extremismo no Paquistão».

TSF
« Última modificação: Setembro 23, 2008, 05:11:39 pm por André »

 

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« Responder #154 em: Setembro 20, 2008, 09:48:44 pm »
Atentado não diminuirá determinação do governo em combater terrorismo - Zardari



O novo presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, prometeu que o atentado que matou hoje pelo menos 60 pessoas no hotel Marriott de Islamabad não diminuirá a determinação do seu governo para continuar a combater os "terroristas" próximos da Al Qaeda.

"O governo continuará a combater o terrorismo e o extremismo sob todas as suas formas e manifestações e tais actos ignóbeis não podem diminuir a determinação do governo de lutar contra esta ameaça", declarou Asif Ali Zardari em comunicado.

O atentado suicida com um camião armadilhado matou pelo menos 60 pessoas no hotel Marriott, no centro de Islamabad, e é mais um de uma vaga sem precedentes de atentados realizados por militantes islamitas próximos da Al Qaeda e que causaram mais de 1.200 mortos em mais de um ano.

A mulher de Zardari, a antiga primeira-ministra do Paquistão Benazir Bhutto, enquanto líder da oposição e em plena campanha eleitoral, foi assassinada a 27 de Dezembro de 2007 num atentado suicida que matou 22 outras pessoas nos subúrbios de Islamabad.

Lusa

 

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« Responder #155 em: Setembro 21, 2008, 04:28:52 pm »
Embaixador checo morreu no atentado em Islamabad



O embaixador da República Checa no Paquistão morreu na sequência do atentado contra o hotel Marriott de Islamabad. Um investigador diz que esta acção «tem a marca da Al Qaeda».

O embaixador da República Checa no Paquistão foi uma das vítimas mortais do atentado contra o hotel Marriott de Islamabad, no sábado, e que fez pelo menos 60 mortos.

A confirmação da morte deste diplomata foi feita pelo Ministério checo dos Negócios Estrangeiros, tendo o corpo de Ivo Zadrek sido entretanto encontrado pela polícia de Islamabad.

Para além da morte deste diplomata checo, há vários agentes da segurança que também perderam a vida, estando também entre os mortos alguns estrangeiros, entre os quais um norte-americano. Entre as mais de duas centenas de feridas estão sete alemães.

Um investigador assegurou, entretanto, que este atentado feito com o recurso a um carro armadilhado com mais de meia tonelada de explosivos «tem a marca da Al Qaeda», apesar de até agora ninguém ter reivindicado esta acção.

O lançamento de um carro armadilhado contra uma barreira metálica à entrada deste hotel frequentado essencialmente pelas elites paquistanesas e pela comunidade estrangeira abriu uma cratera de 20 metros de diâmetro, com oito metros de profundidade.

TSF

 

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« Responder #156 em: Setembro 21, 2008, 04:48:58 pm »
Governo Paquistanês acusa Al Qaeda pelo atentado contra o Hotel Marriot



O Paquistão acusou hoje os talibãs paquistaneses ligados à Al Qaeda de ter perpetrado o ataque suicida com um camião armadilhado contra o Hotel Marriot de Islamabad, do qual resultaram pelo menos 60 mortos.

O ministro do Interior paquistanês, Rehman Malik, explicou à imprensa que os responsáveis do atentado eram oriundos de zonas tribais do noroeste do Paquistão que fazem fronteira com o Afeganistão, onde se refugiam combatentes islamitas próximos da Al Qaeda e dos talibãs afegãos.

"Todos os caminhos vão para às FATA", o acrónimo que desigana as zonas tribais, afirmou o ministro. Este atentado, com 600 quilogramas de explosivos "tem a marca da Al Qaeda", tinha declarado antes um investigador.

Ninguém reivindicou este ataque - "o 11 de Setembro do Paquistão" segundo Najam Sethi, director do Daily Times - mas os especialistas em assuntos sobre Al Qaeda consideram há meses que o noroeste do Paquistão se tornou "na nova frente da guerra contra o terrorismo".

Os Estados Unidos estão convencidos que os talibãs e a Al Qaeda reconstituíram as suas forças nestas zonas tribais.

A República islâmica do Paquistão, única potencia nuclear militar do mundo muçulmano, já pagou um longo tributo pela luta contra o terrorismo, com mais de um milhar de soldados mortos nas zonas tribais desde 2002 e, sobretudo, 1.300 mortos numa campanha sem precedentes de atentados suicidas há mais de um ano.

Osama Bin Laden em pessoa e o adjunto deste, Ayman Al-Zawahiri - que Washington suspeita estarem refugiados nas zonas tribais - decretou há um ano a jihad ao general Pervez Musharraf, a quem denominaram como "cão de Bush".

Mas o sucessor de Pervez Musharraf, o novo presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, é considerado tanto a nível interno como no estrangeiro também como "o homem dos Estados Unidos".

Sábado, Zardari prometeu eliminar o "cancro" do terrorismo e recebeu o apoio de toda a comunidade internacional.

O balanço oficial do atentado hoje anunciado era de 53 mortos e 266 feridos segundo Malik, mas numerosos responsáveis da polícia asseguraram que pelo menos 60 pessoas morreram, incluindo um norte-americano e um outro "estrangeiro".

Praga anunciou que o embaixador checo no Paquistão, Ivo Zdarek, tinha morrido no atentado e Copenhaga informou que um diplomata dinamarquês está dado como desaparecido.

O Hotel Marriot de Islamabad, que era frequentado pelas elites paquistanesas e pela comunidade internacional, ficou em escombros que foram calcinados pelo incêndio que se seguiu ao atentado.

Mulheres e crianças estão entre as vítimas mortais, segundo fontes da polícia.

Um vídeo difundido hoje na televisão mostra que o suicida precipitou o enorme camião contra a barreira de segurança do Marriot antes de fazer explodir a cabine. Minutos depois, a carga de 600 quilogramas explodiu.

A explosão provocou uma cratera com 18 metros de diâmetro e oito metros de profundidade.

Lusa

 

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André

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« Responder #157 em: Setembro 22, 2008, 01:46:39 pm »
Líderes do Paquistão escaparam por pouco do atentado ao Hotel Marriot



Os líderes do Paquistão escaparam por pouco ao ataque de sábado no hotel Marriott, em Islamabad, disse hoje o ministro do Interior paquistanês, Rehman Malik.

«O presidente do Senado tinha marcado um jantar naquele dia no Marriott para toda a liderança, o presidente, o primeiro-ministro e chefes das Forças Armadas», disse Malik.

«O presidente e o primeiro-ministro transferiram o encontro para a casa do primeiro-ministro. O encontro não ocorreu no Marriott e assim toda a liderança foi salva», afirmou.

No entanto, não explicou a razão pela qual o encontro foi transferido de local pouco antes de se realizar.

Sábado, um camião com cerca de 600 quilogramas de explosivos lançou-se contra a entrada do hotel, o mais luxuoso de Islamabad e considerado um local seguro para estrangeiros e paquistaneses importantes.

O ataque suicida matou pelo menos 60 pessoas, incluindo o embaixador checo, dois fuzileiros norte-americanos e uma mulher vietnamita, além de ferir mais de 250.

O número de mortos pode aumentar, já que as equipas de resgate ainda procuram sobreviventes soterrados nos escombros do hotel. Um agente dos serviços secreto dinamarqueses desaparecido pode estar entre as vítimas.

A força do ataque pode ter danificado irremediavelmente o edifício, receando-se que este desabe a qualquer momento. A explosão abriu uma cratera de 6 metros de diâmetro e causou um incêndio que durou várias horas.

Nenhum grupo assumiu o ataque até à data. O militante mais famoso do país, Baitullah Mehsud, suspeito do atentado que matou a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, em Dezembro, negou envolvimento.

Investigadores paquistaneses disseram que estão à procura de uma célula da rede Al Qaeda em Islamabad, tendo já sido detidos alguns suspeitos.

Os ataques suicidas no Paquistão são geralmente atribuídos a militantes dos Talibãs e da Al Qaeda que operam em áreas tribais na fronteira com o Afeganistão.

Lusa

 

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« Responder #158 em: Setembro 23, 2008, 05:08:32 pm »
PM paquistanês promete reforçar luta contra terrorismo



O primeiro-ministro paquistanês, Yousaf Raza Gillani, afirmou hoje que seu Governo dotará as autoridades de «todos os recursos necessários» para lutar contra os actos de terrorismo e «dar uma sensação completa de segurança» ao povo paquistanês.

O chefe de Governo teve hoje uma reunião com um grupo de analistas militares, policiais, de informações e de segurança, na qual foi informado sobre os pormenores do atentado de sábado contra o Hotel Marriott, em Islamabad.

No encontro foi revista a situação geral de segurança no país, com especial atenção à capital, que sofreu vários atentados este ano.

Gillani «salientou a necessidade de minimizar o tempo de resposta durante este tipo de desastres», segundo o comunicado oficial.

O primeiro-ministro decidiu criar uma comissão liderada pelo ministro do Interior, Rehman Malik, que nos próximos três dias «reverá conscientemente o actual sistema de gestão de desastres, identificará as suas deficiências e fará recomendações».

Entretanto, as tarefas de reforma do luxuoso hotel, onde pelo menos 53 pessoas morreram e 266 ficaram feridas, continuaram hoje pelo segundo dia.

As autoridades, que segunda-feira submeteram os camiões que entravam na capital paquistanesa a uma severa busca, diminuíram hoje a intensidade dos controlos, segundo a estação privada Dawn.

Um camião carregado com 600 quilos de explosivos detonado por um suicida destruiu o Hotel Marriott.

Até à data, as forças da ordem detiveram cinco pessoas envolvidas no atentado, reivindicado ontem por um grupo fundamentalista desconhecido, Fedayin al-Islam (Comandos do Islão), através de uma rede de televisão árabe.

Lusa

 

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« Responder #159 em: Setembro 26, 2008, 12:23:16 pm »
Dois alegados terroristas detidos em avião da KLM na Alemanha

Um comando da polícia interveio hoje a bordo de um avião da companhia aérea KLM no aeroporto da Colónia (oeste da Alemanha) e deteve dois alegados terroristas, anunciou um porta-voz da polícia regional.
Um comando especial de intervenção das forças de polícia procedeu à detenção dos suspeitos, às 06:55 locais (05:55 portuguesas).

Os polícias detiveram um cidadão somali de 23 anos e um alemão de origem somali, de 24 anos, indicou o porta-voz da polícia regional da Renânia do Norte-Vestefália, Frank Scheulen.

Os dois homens foram detidos a bordo de um avião da KLM que deveria partir hoje de Colónia para Amesterdão, acrescentou.

A polícia encontrou nos respectivos apartamentos cartas de despedida nas quais afirmavam morrer em nome da «Jihad», de acordo com duas estações de televisão alemãs.

De acordo com o site do diário Bild, os dois homens estavam a ser seguidos há vários meses pelas autoridades.

A Alemanha figura na lista dos alvos declarados de diversos movimentos islamistas. Desde o ano 2000 que foram desarticuladas diversas células em terreno alemão.

Os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos foram, aliás, parcialmente preparados em Hamburgo (norte) por uma célula conduzida por Mohammed Atta, tripulante de um dos aviões suicidas.

Lusa

 

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« Responder #160 em: Setembro 26, 2008, 01:55:23 pm »
Terroristas não queriam sequestrar avião da KLM

A polícia alemã negou que os dois presumíveis terroristas detidos hoje num avião da transportadora holandesa KLM, no aeroporto de Colónia, tivessem intenções de sequestrar o aparelho.

Em declarações ao canal público de televisão ZDF, o ministro do Interior alemão afirmou também não haver indícios concretos de estar iminente um atentado terrorista na Alemanha.

A detenção ocorreu às 06:55 locais (05:55 de Lisboa), no voo com destino a Amesterdão, sem envolver forças especiais, como chegou a ser divulgado por alguns órgãos de informação, esclareceram a mesma fonte policial e um porta-voz do aeroporto, em declarações ao canal de televisão alemão N-TV.

«Foi uma detenção nada espectacular, sem envolver forças especiais e os suspeitos não ofereceram qualquer resistência», disse à mesma televisão Frank Scheulen, porta-voz da polícia judiciária renana.

Por seu turno, o porta-voz do aeroporto explicou à mesma emissora que agentes entraram no avião, cuja ordem de descolagem foi pouco antes cancelada pela polícia, e acompanharam os dois suspeitos para a saída.

Em seguida, todos os passageiros saíram do avião e identificaram as respectivas bagagens no solo, antes de partirem para Amesterdão, com pouco mais de hora e meia de atraso. A bagagem dos dois suspeitos foi levada pela polícia.

Os dois detidos são um cidadão da Somália, de 23 anos, e um alemão de 24 anos nascido em Mogadíscio, na Somália, disse a mesma fonte. Ambos estavam a ser observados pela polícia judiciária da Renânia há já algum tempo e nas suas casas foram encontradas cartas de despedida em que afirmavam querer praticar atentados suicidas em nome da Jihad islâmica (Guerra Santa).

A polícia não adiantou como surgiram as suspeitas em relação aos dois indivíduos, alegando não querer prejudicar as investigações ainda em curso.

Lusa

 

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« Responder #161 em: Setembro 28, 2008, 01:24:46 am »
Tendências do terrorismo jihadista, sete anos após o 11 de Setembro[/size]
José Vale Faria



O Secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, disse recentemente que mesmo vencendo os conflitos no Iraque e no Afeganistão, tal facto não irá pôr termo à "longa guerra" contra o extremismo violento e que a luta contra a Al Qaeda e outras organizações terroristas deverá ser a prioridade militar da nação nas próximas décadas, de acordo com a nova Estratégia de Defesa Nacional dos Estados Unidos, aprovada no passado mês de Junho. Segundo o novo documento estratégico, o Iraque e o Afeganistão continuam a ser a frente central no combate ao terrorismo, mas não se pode perder, a visão das implicações de uma luta a longo prazo, episódica, com múltiplas frentes, e um conflito multi-dimensional, mais complexo e diversificado do que a Guerra Fria.

Este artigo visa analisar sinteticamente a situação actual e as tendências do terrorismo de matriz jihadista salafista, volvidos sete anos após os fatídicos atentados de 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos da América.

1. Dificuldades e constrangimentos operacionais da Al Qaeda no Iraque

Em 2006 o Iraque caminhava para o abismo. Na enorme província de Anbar, a Al Qaeda estava à beira de conseguir uma vitória crucial sobre os militares norte-americanos e as forças iraquianas leais ao governo de Bagdad. Os ataques terroristas contra iraquianos inocentes causavam milhares de mortos e semeavam a tragédia e o ódio entre os principais grupos da sociedade iraquiana.

A Al Qaeda, que viu no Iraque uma enorme oportunidade estratégica, perdeu o apoio das tribos sunitas e tem vindo a ser metodicamente dizimada pelas forças norte-americanas e iraquianas. Francis 'Bing' West, ex-capitão dos fuzileiros norte-americanos no Vietnam, defende que a guerra mudou de baixo para cima, tendo o reino do terror, promovido pela Al Qaeda levado as tribos sunitas a pedir a protecção das forças norte-americanas, alterando radicalmente a situação em Anbar, durante o final de 2006. Miguel Monjardino referiu no Expresso, que ao contrário da maioria dos oficiais-generais em Washington, que tiveram enorme dificuldade em compreender o que fazer nesta insurreição, os oficiais americanos, no terreno, sabiam o que era preciso fazer para tentar ganhar, tendo a frente oriental mudado ao longo de 2007, após o reforço de cerca de trinta mil homens (designado The Surge), para controlar o caos e a violência em Bagdad e arredores. Os generais Petraeus e Odierno usaram estas tropas para esmagar a Al Qaeda à volta de Bagdad e para separar sunitas e xiitas, fazendo a diferença, como descreve Bing West, num livro indispensável, para se compreender o que realmente aconteceu no Iraque desde 2006 – The Strongest Tribe.

Recentemente, nos finais do mês de Julho, cerca de cinquenta mil polícias e soldados iraquianos, foram empenhados numa operação contra a Al Qaeda no Iraque, apoiados por forças dos Estados Unidos, numa das últimas grandes fortalezas da Al Qaeda, perto da capital iraquiana. Esta operação em grande escala, designada "Bons Presságios" (Operation Omens of Prosperity) foi realizada principalmente por forças iraquianas, constituindo uma demonstração de força e capacidade operacional das Forças Armadas Iraquianas, para assumirem a sua própria segurança e, eventualmente, permitir que as forças armadas norte-americanas retirem e, reforcem o teatro de operações afegão, onde os taliban e a Al Qaeda demonstram ter cada vez mais potencial e capacidade operacional.

Diyala tem sido uma das províncias mais difíceis de controlar, apesar de numerosas operações militares. Em Baquba houve, recentemente, uma evolução positiva no sentimento de segurança, contudo continuam a surgir ataques, tais como, os atentados bombistas suicidas simultâneos, que mataram cerca de vinte e oito pessoas, em 15 de Julho passado, para além de uma série de ataques bombistas suicidas, realizados por mulheres.

Em finais de Julho, fontes dos serviços de informações iraquianos, informaram que o líder sunita da Al Qaeda no Iraque e vários dos seus adjuntos, haviam saído recentemente do país, deslocando-se para o Afeganistão, constituindo mais um indicador da crescente desorganização e debilidade do grupo terrorista. Fontes norte-americanas dizem haver indícios, de que a Al Qaeda está a desviar os novos recrutas do teatro iraquiano, onde os seus combatentes sofreram reveses dramáticos, para se deslocarem para o Afeganistão e o Paquistão, onde a situação é mais favorável.

A crescente capacidade dos taliban e da Al Qaeda no Afeganistão, é bem ilustrada pelas baixas ocidentais, tendo a coligação da NATO, em Junho deste ano, sofrido um número superior de baixas, comparativamente às do teatro iraquiano. Foi o segundo mês consecutivo, em que houve mais baixas no Afeganistão e, onde as forças internacionais sofreram os seus meses mais mortíferos, desde a invasão, liderada pelos Estados Unidos em 2001.

Nesta perspectiva, o Presidente George W. Bush anunciou, em nove de Setembro do corrente ano, num discurso proferido na Universidade de Defesa Nacional, em Washington, que até Fevereiro de 2009, os Estados Unidos vão retirar do Iraque cerca de oito mil soldados, reforçando em simultâneo, o seu contingente no Afeganistão com mais quatro mil e quinhentos efectivos. O Presidente Bush reiterou os elogios aos progressos no Iraque, referindo que "estes ainda são frágeis e reversíveis", admitindo ainda que "permanecem enormes desafios no Afeganistão".


2. O recrutamento de mulheres suicidas no Iraque – uma tendência alarmante

No Iraque, a tendência de terrorismo suicida é imprevisível e sem precedentes. A Al Qaeda no Iraque, está a aumentar os seus esforços no recrutamento de mulheres muçulmanas, para apoiar as suas operações e o seu objectivo estratégico no país. Desde a invasão do Iraque, em Março de 2003, o ritmo a que as mulheres são escolhidas para operações de martírio é alarmante, representando uma taxa aproximada de trinta por cento.

Responsáveis norte-americanos suspeitam que a Al Qaeda desenvolveu uma rede de células, para recrutar mulheres e as transformar em assassinas. As mulheres são a arma perfeita, num país onde existem normas tradicionais, culturais e religiosas que desautorizam e censuram, um homem aproximar-se de uma mulher, sem a companhia do marido ou do pai, e muito menos efectuar uma revista pessoal de segurança, o que lhes permite a aproximação, relativamente fácil, aos objectivos, nomeadamente os postos de controlo (checkpoints), que são os alvos preferidos dos bombistas suicidas. Além disso, é extraordinariamente fácil, esconder armamento ou um colete repleto de explosivos, no interior da abaya (a túnica tradicional, preta e longa, usada pelas mulheres em países árabes), sem despertar qualquer suspeita e, com maior probabilidade de êxito.

Esta realidade cada vez mais acentuada, numa sociedade, em que os homens são cada vez mais, presos ou mortos, pelo seu envolvimento em actividades terroristas, é a “invisibilidade” da mulher bombista que constitui uma grande preocupação para a segurança. O anonimato da bombista suicida protege a sua identidade pessoal e, disfarça o terror dos grupos, a localização, a filiação, e as actividades. Porque é um actor não estatal e invisível, a mulher apoiante do terrorismo, dificulta o trabalho dos investigadores dos serviços de segurança, em desenvolver e traçar um perfil dos terroristas suicidas.

Esta ameaça é bem ilustrada, com o seguinte exemplo: uma mulher que simulava estar grávida caminhou até um hospital, numa das mais perigosas regiões do Iraque e fez-se explodir. Minutos mais tarde um homem, também carregado com explosivos, efectuou outra operação de martírio, contra os membros das equipas médicas e de socorro que se haviam deslocado para o local, na província de Diyala, a norte de Bagdad. Trinta e duas pessoas foram mortas e cinquenta e duas foram feridas. O ataque coordenado dos bombistas suicidas que eclodiram na cidade de Baladruz, em Maio, foram um dos doze ataques bombistas suicidas, envolvendo treze mulheres, no ataque a Diyala, este ano, representando uma nova táctica dos terroristas da Al Qaeda na Mesopotâmia.

Um capitão das forças especiais dos Estados Unidos, estacionado em Diyala, disse que a Al Qaeda é "muito adaptável", utilizando "qualquer facto ou acontecimento favorável para a organização, tais como, explorar acontecimentos e incidentes políticos, culturais ou religiosos, inerentes às restrições que tem a coligação", como no passado recente, utilizando mesquitas, para a realização de reuniões e esconderijo de armamento, sabendo que os militares da coligação, não entram em edifícios religiosos.

Segundo o capitão Matthew Shown, oficial de informações (intelligence) do “Esquadrão Sabre” – 2º Esquadrão do 3º Regimento Blindado de Cavalaria, aquartelado no sudeste de Diyala, a Al Qaeda emprega uma variedade de tácticas no recrutamento de mulheres, para se tornarem bombistas suicidas:

1. Algumas são presas fáceis porque os seus maridos ou filhos, foram mortos ou detidos, por forças norte-americanas;

2. Outro método, é um membro da Al Qaeda casar com uma mulher e, depois, ela ser desonrada de alguma forma, como por exemplo, deixar alguém violá-la. “Este facto não deixa qualquer alternativa à mulher, excepto lavar a sua honra, pondo termo à sua vida, através de uma operação de martírio;

3. Também existem relatos de mulheres, a quem lhes foi comunicado que o seu marido ou filhos seriam mortos, a menos que concordassem em tornarem-se bombistas suicidas.

Esta situação veio colocar uma nova ameaça às forças da coligação, porquanto existem poucos elementos do sexo feminino, nas Forças Armadas e de Segurança iraquianas, devido a factores ideossincráticos e culturais, contudo, esta ameaça parece estar a mudar as atitudes, constituindo um factor valioso para a actuação das forças iraquianas e norte-americanas que enfrentam a ameaça de ataques suicidas do sexo feminino, em Diyala e em todo o teatro de operações.

Os ataques das mulheres bombistas suicidas no Iraque, são uma inovação com a marca da Al Qaeda, creditada ao dirigente terrorista, Abu Musab al-Zarqawi, o primeiro jihadista salafista, a reconhecer a utilidade táctica da mulher e a enorme vantagem para garantir a sobrevivência dos grupos terroristas.

3. Novos Santuários

O núcleo da Al Qaeda, sedeado nas áreas tribais do Paquistão coloca o mais sério perigo para o Reino Unido, refere o editor de defesa, do diário londrino The Times. A organização de Osama Bin Laden, enfrenta constrangimentos e dificuldades no Afeganistão e estará em grandes dificuldades no Iraque, contudo está a reemergir em força, em três "santuários" alternativos, para a formação, planeamento operacional e recrutamento – Paquistão, Somália e Argélia – de acordo com fontes dos serviços de informações e de defesa ocidentais.

Na Somália, através das milícias Al-Shabab e na Argélia, a chamada Al Qaeda para o Magrebe Islâmico, criada em 2004, como um poderoso desdobramento da organização de Bin Laden, estão a recrutar energicamente e, os seus líderes têm aspirações em atingir alvos ocidentais. No Paquistão, existem cada vez mais provas da reconstrução da Al Qaeda, agora bem enraizada nas áreas tribais, e apesar da vigilância e ataques, cada vez mais intensos, dos Estados Unidos, com aviões não tripulados, Predator e Reaper, armados com mísseis Hellfire e bombas guiadas de precisão, para eliminar dirigentes da Al Qaeda, parece que os líderes terroristas ainda podem comunicar, uns com os outros, mantendo contacto com as suas principais filiais, na Somália e na Argélia.

A Al Qaeda para o Magrebe Islâmico foi colocada na linha da frente das operações terroristas, incluindo os atentados bombistas suicidas, em carros-bomba e assassínio de turistas europeus. Esta filial constitui uma ameaça para além das fronteiras da Argélia, estimando responsáveis norte-americanos que existam entre trezentos a quatrocentos terroristas nas montanhas a leste de Argel, e mais duzentos no resto do país. A mesma transformação, está a ocorrer na Somália, particularmente no sul e, receia-se que os jihadistas, em vez de se deslocarem ao Paquistão para formação, estejam a viajar para a Somália. Acrescente-se ainda que a costa da Somália e do Iémen, é actualmente uma das zonas mais perigosas do mundo para as rotas marítimas, junto ao estratégico Golfo de Adém – que separa o oceano Índico do Mar Vermelho e é rota obrigatória para o Mediterrâneo, através do Canal de Suez –, e o Estreito de Malaca, a principal passagem marítima entre os oceanos Índico e Pacífico, são os locais com mais acções de pirataria.

As zonas tribais entre o Afeganistão e o Paquistão, designadas por alguns autores como "Al-Qaedistão", constituem actualmente uma enorme preocupação e, como afirmou Michael Hayden, director da CIA, “as áreas tribais são um perigo claro e presente para o Afeganistão, o Paquistão e o Ocidente”, sendo o Waziristão, em particular, a nova frente no combate ao terrorismo. É nesta vasta zona fronteiriça entre o Afeganistão e o Paquistão, ao longo da linha de alturas que os ingleses escolheram como limite do seu império no subcontinente indiano, onde, desde há cerca de dois anos, vigora a lei islâmica radical que a Al Qaeda pretende impor em todos os países muçulmanos, restaurando o "califado", o que a prevalecer, alteraria a relação de forças no mundo a favor do Islão.

Um "Al-Qaedistão" onde impere a sharia constitui uma vitória de vulto para o "al-qaedismo". Organizado e controlado pelos talibãs e jihadistas que ali acorrem de todo o lado, serve de santuário para a Al Qaeda Central, para os grupos que entram no Afeganistão, disputando e recuperando território à NATO, e para os extremistas que avançam nas montanhas paquistanesas em direcção à planície, o que tem motivado as recentes incursões de forças especiais dos Estados Unidos, estacionadas no Afeganistão.

Segundo o General Loureiro dos Santos, a partir do "Al-Qaedistão", é possível aos jihadistas:

1. Preparar e accionar atentados de retumbância global em todo o mundo, nomeadamente nos EUA e na Europa, visando vergar favoravelmente aos objectivos estratégicos de Bin Laden as políticas externas dos países visados;

2. Negar ao Ocidente a estabilização do Afeganistão, mantendo-o nas mãos dos taliban, isto é, derrotar a NATO;

3. Progredir no controlo do Paquistão - no mínimo, fracturá-lo, colocando materiais nucleares nas mãos de terroristas, no máximo, dispor de um país com armas atómicas que desempenhe o papel de potência directora do islamismo extremista, usando a terminologia de Samuel Huntington;

4. Estimular o radicalismo violento em todo o islão, fazendo multiplicar as suas acções e provocando sucessivas revoltas internas que alterem a natureza dos estados muçulmanos, tornando-os regimes tipo taliban ou, no mínimo, simpatizantes da ideologia “al-qaedista”, que procura a alteração da relação de forças mundial.

A instabilidade no Paquistão mantém-se, tendo o recente ataque suicida (o décimo primeiro, desde que as autoridades intensificaram as suas operações contra os radicais) ao hotel Mariott, o mais luxuoso de Islamabad – visado o local favorito da elite paquistanesa e muito frequentado por ocidentais. De grandes dimensões, este edifício fica numa das zonas mais sofisticadas da cidade governamental, onde vigoram rigorosas medidas de segurança e atingi-lo, demonstra a capacidade dos islamistas em as ultrapassar. Mas, para além do poder, o Marriott simboliza outra coisa para os grupos ultra-conservadores – a ocidentalização e a decadência moral.

Para Walid Phares, da Foundation for the Defense of Democracies, este ataque que alguns comentadores designaram como o 11 de Setembro paquistanês, visou pressionar o Governo e as Forças Armadas a recuar, tendo ainda outro alvo, a política secular, saída das eleições que derrotaram o bloco pró-Musharraf. O jornalista Ahmed Rashid escreveu no diário paquistanês Daily Times que "os taliban são agora um problema regional e a próxima administração norte-americana deve criar uma estratégia regional que inclua o Irão, o Paquistão, a Índia, o Afeganistão e as cinco repúblicas da Ásia Central".

Este atentado é o mais recente de uma série de ataques, contra complexos militares, no Médio Oriente e no Sul da Ásia, durante os últimos cinco anos pela Al-Qaeda, os talibans e os seus aliados. Estes ataques exigem apoio logístico e financeiro, formação, coordenação, a recolha de informações, bem como o acesso a armas e explosivos.

Fontes militares e dos serviços de informações norte-americanas disseram ao The Long War Journal, no passado mês de Julho, que a Al Qaeda teria reestruturado a Brigada 055,

(combateu ao lado dos talibãs contra a Aliança do Norte e posteriormente foi dizimada durante a invasão do Afeganistão) com recrutas árabes, sendo a unidade comandada por Khalid Shaikh Habib al Shami. Foram ainda formadas outras brigadas árabes, constituídas por alguns ex-membros da Guarda Republicana de Saddam Hussein, que têm contribuído para o aumento da sofisticação dos taliban, em operações militares, nos teatros do Afeganistão e Paquistão.

4. Terrorismo autóctone: células unipessoais e lobos solitarios

A criação de células terroristas unipessoais parece ser a nova estratégia da Al Qaeda. Esta informação foi revelada pelos serviços de informações, após a descoberta e análise de um manual on-line da Al Qaeda, onde são vertidas orientações para os líderes da organização, para a formação de jihadistas, com o objectivo de funcionarem como pequenas células, em todo o mundo.

O manual, chamado "Método para a Construção da Personalidade de um Terrorista Mujahid" foi escrito por um colaborador de um fórum islamista apelidado Shamil al-al Baghdadi, e incentiva os jihadistas a deixarem de se concentrar em ataques, à escala do 11 de Setembro, nos Estados Unidos, executando principalmente, ataques de menor escala.
Se por alguma razão a missão falhar, o jihadista não a deve abortar, mas sim, actuar isoladamente, como um elemento de uma célula. Incentiva ainda os assassinatos a tiro, envenenamento e armadilhas com engenhos explosivos improvisados, telefones móveis e computadores. Além disso, os alvos devem ser seleccionados e hierarquizados por categorias, tais como “alto perfil” que designa presidentes e primeiros-ministros. Os recrutas são também aconselhados, a organizar golpes com cartões de crédito (furtar, falsificar e clonar), assim como, assaltar postos policiais, para aquisição de armamento.

Este código de conduta destinado às células adormecidas e, especialmente aos "lobos solitários", nos Estados Unidos, traça as seguintes orientações:

- Ter excelente domínio das suas origens, árabes e islâmicas;

- A aparência do operacional, não deve revelar, as suas origens árabes ou islâmicas. Para a pretensão de ser hispânico é preferível, aprender espanhol e usar pseudónimos hispânicos;

- Deve possuir documentos de identidade falsos, que devem ser utilizados na compra de munições, armas ou equipamento de visão nocturna, entre outras coisas;

- Escolher o seu local de residência com muito cuidado. A escolha da residência deve evitar os bairros acentuadamente multiculturais ou zonas frequentadas por traficantes de droga, para evitar a fiscalização da agência federal de combate à droga (Drug Enforcement Administration - DEA);

- Aprender artes marciais e manter-se apto para protecção pessoal;

- Dominar as tecnologias de informação, informática e internet;

- O operacional deve tornar-se um especialista em vigilância, contra-vigilância e reconhecimento;

- O operacional deve treinar com espingardas, principalmente americanas, facilmente adquiridas no interior do país, assim como, com pistolas com silenciadores, a arma ideal para assassinatos;

- Deve ainda aprender a preparar cinturões explosivos e cargas explosivas, suficientes, para armadilhar um carro pequeno.

5. Considerações finais

Nos últimos três anos a Al Qaeda falhou a consumação de quatro grandes atentados na Europa: o primeiro destes tinha como alvo a rede de transportes de Londres, a 21 de Julho de 2005, duas semanas depois dos ataques terroristas que provocaram 52 mortos naquela cidade. Um ano depois, foi desmantelada uma rede que se preparava para fazer explodir sete aviões de passageiros, que faziam a ligação entre o Reino Unido, Canadá e EUA, utilizando explosivos líquidos (conhecido como "liquid bomb plot") e levou à imposição de restrições de líquidos na bagagem de mão nas viagens aéreas. A 29 de Junho de 2007, a polícia inglesa localizou dois carros-bomba, prestes a serem accionados na zona dos teatros em Londres e, um dia depois, um veículo suspeito atacou o aeroporto de Glasgow, na Escócia. Dois meses mais tarde, a polícia alemã deteve três homens que preparavam uma série de atentados no país.

Estes e outros atentados falharam, devido a duas razões de natureza diferente. A primeira, foi o reforço das medidas de segurança, internas e externas, implementadas após os atentados de 11 de Setembro de 2001, e que tiveram uma eficácia real contra as organizações pan-islâmicas, a segunda, refere-se à cooperação internacional, principalmente, entre os serviços de informações ocidentais, passando estes a estar mais informados sobre a ameaça terrorista. Contudo, como referiu Gilles de Kerchove, coordenador da luta antiterrorista da União Europeia, apesar de ainda não se ter adoptado uma estratégia conjunta entre os estados membros da União Europeia, para que o combate seja mais eficaz, este responsável, salienta a importância da partilha de informação entre as autoridades policiais da UE e as estruturas comunitárias como a Europol e o Eurojust.

Num mundo em que as ameaças que afectam os interesses dos Estados assumem contornos cada vez mais indefinidos e multifacetados, onde o puro poder militar já não é suficiente para as combater com absoluta eficácia, nem mesmo é possível, o intercâmbio de informações, a nível internacional, e particularmente no quadro europeu, desempenha um papel fundamental na prevenção da multiplicidade de ameaças que afectam as sociedades ocidentais, pelo que as forças e serviços de segurança, em estreita coordenação e colaboração com os serviços de informações, constituem a arma mais poderosa e eficiente no combate a estas ameaças.

Jornal de Defesa

 

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André

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« Responder #162 em: Outubro 18, 2008, 12:43:01 pm »
Uzbequistão, Irão e Paquistão criticados pelo GAFI por financiar terroristas

O GAFI, organismo que reúne 34 países e as grandes instituições financeiras, criticou sexta-feira no Rio de Janeiro o Uzbequistão, o Irão e o Paquistão pelos seus esforços insuficientes na luta contra o financiamento do terrorismo.

"O caso do Uzbequistão é o ponto mais sensível da reunião, o caso mais discutido pelos representantes dos 34 países membros, porque piorou", afirmou Bernardo Motta, adjunto do presidente do Grupo de Acção Financeira (GAFI), após uma reunião deste organismo intergovernamental.

O GAFI publicou uma declaração, na qual se diz "cada vez mais preocupado pela grave ameaça que continua a pesar sobre a integridade do sistema financeiro internacional, devido aos falhanços sucessivos do Uzbequistão no restabelecimento do seu regime de luta contra o branqueamento e o financiamento do terrorismo".

O mesmo organismo apela com insistência a que todos os Estados reforcem as suas medidas preventivas para proteger o seu sector financeiro deste risco.

Uma acção urgente é necessária para fazer frente a esta vulnerabilidade e para que este país da Ásia Central se adapte às normas internacionais, sublinha a declaração.

O GAFI, cuja presidência é exercida pelo Brasil em 2008 e 2009, congratulou-se entretanto pelo "recente compromisso do Irão junto da comunidade internacional em matéria de luta contra o branqueamento", mas continua "particularmente inquieto" com a falta de esforços realizados por Teerão no que diz respeito ao financiamento do terrorismo.

Esta situação constitui "uma ameaça grave e persistente para a integridade do sistema financeiro internacional", segundo a mesma declaração.

O GAFI reiterou que o Paquistão e São Tomé e Príncipe "representam riscos de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo".

Para além dos representantes de 34 países do GAFI participaram ainda na reunião do Rio de Janeiro, o FMI, o Banco Mundial e a OCDE.

Lusa

 

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André

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« Responder #163 em: Outubro 23, 2008, 07:49:49 pm »
Redes terroristas no Magrebe preocupam Europeus

As redes terroristas no Magrebe e a crescente influência da Al-Qaeda na região de Sahel preocupam especialistas dos serviços de inteligência ocidentais, hoje reunidos em Berlim, que temem o alastrar destas ameaças à Europa.

"A perigosa Al-Qaeda está em crescimento no Norte de África", assegurou hoje o chefe dos serviços secretos germânicos, Ernst Uhrlau, durante um simpósio internacional em Berlim sobre a temática, acrescentando que "a Europa corre o risco de estar exposta a terroristas imigrantes oriundos do Magrebe".

"Existe na Europa um importante círculo de simpatizantes originários da imigração magrebina", possíveis membros da organização terrorista Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) - organização anteriormente conhecida como Grupo Salafista para a Pregação e Combate (GSPC) -, sublinhou Ernst Uhrlau.

"A AQMI não está só geograficamente próxima da Europa (...)constitui o grupo mais dinâmico inserido na nebulosa Al-Qaeda neste exacto momento", prosseguiu.

Esta organização está "bem organizada e assume-se como uma organização transnacional no norte de África com as suas próprias instalações de treino. As suas ramificações estendem-se do Sahel (um vasto território a sul do deserto do Saara) a uma parte ocidental de África e Europa", disse.

O perigo para a Europa "deriva não só da intensificação das suas actividades terroristas e da sua localização geográfica, mas também por ser um grupo particularmente atraente para os voluntários da Jihad que procuram liderança", acrescentou.

De acordo com o coordenador de luta anti-terrorista da União Europeia (UE), Gilles de Kerchove, o Norte de África representa actualmente um "cocktail explosivo", em especial pelo ressurgimento da violência na Argélia e pelo envolvimento da guerrilha rural em operações terroristas - que visam os interesses ocidentais.

Gilles de Kerchove estima ainda que a Al-Qaeda pretende "tecer laços com a diáspora magrebina que viva na Europa", evidenciado pelas recentes detenções em Espanha, França e Itália.

Lusa

 

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André

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« Responder #164 em: Novembro 01, 2008, 12:24:24 pm »
Comandante egípcio da Al Qaeda morto por mísseis norte-americanos



Um dos homens da Al Qaeda mais procurados pelos Estados Unidos foi morto na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.

O comandante da Al Qaeda, de nacionalidade egípcia, foi morto sexta-feira num ataque norte-americano na zona noroeste do Paquistão, perto da fronteira com o Afeganistão, anunciou este sábado um responsável paquistanês sob anonimato.

O homem, que tem aparecido em vídeos difundidos pela organização terrorista de Osama bin Laden, conhecido pelo nome de Abu Jihad al-Masri, foi morto quando dois mísseis terra-terra atingiram um camião com rebeldes no distrito tribal do Waziristão do Norte.

Dois ataques realizados sexta-feira à noite contra as zonas tribais paquistanesas, com algumas horas de intervalo, causaram 32 mortos, na sua maioria talibãs e combatentes da Al Qaeda, segundo responsáveis das forças de segurança.

Os Estados Unidos tinham oferecido um milhão de dólares de recompensa pela morte ou captura de Al-Masri.

Dois ataques com mísseis visaram sexta-feira à noite as zonas tribais paquistanesas, nos distritos do Waziristão do Sul e Waziristão do Norte, onde se encontram talibãs afegãos e combatentes da al-Qaeda.

Washington e Cabul afirmam que tais grupos, apoiados pelos talibãs paquistaneses, utilizam estas regiões como retaguarda para lançarem ataques em território afegão contra as forças internacionais.

TSF