O que a UE está fazendo com essa pobre gente que chega desesperada e faminta é completamente desumano e digno de governos tiranos.Justamente a UE que sempre se colocou como paladina dos direitos humanos. Bem, parece que a máscara caiu. O que pouco se vê é a discussão de quem são realmente os culpados. Mas, isto também é óbvio. Podemos colocar essa situação na conta de quem tirou o Saddam, Kadafi e apoiou a primavera árabe dando passe livre para a ISIL. Vocês que também querem derrubar o Assad serão os culpados, porque se ele cair ISIL tomará conta da Síria e o número de refugiados vai aumentar muito. Parabéns a toda essa gente por seu ótimo trabalho de destruir a vida desses coitados que vivem nesses país.
E a "pobre gente" que vêm do Irão, Afeganistão, Paquistão, Eritreia, Kososovo, Sérvia e até Rússia, tendo em conta os 840 876 que pediram asilo na EU só em 2014? A culpa é de quem?

E as centenas de mortes nas outras zonas fora do mediterrâneo em 2015 (Até Setembro) que toda a gente ignorou são da responsabilidade de (fora as cerca de um milhar de mortes em 2014)?
A propósito, qual o comentário que v.exma fez aos países árabes que ao contrário dos Europeus, receberam 0 refugiados, são mais ricos e têm enviado carradas de armas para os movimentos que combatem na Siria e que combateram na Libia? Talvez devesse ter começado por eles não?
2. Se a Turquia (0,8 milhões), o Líbano (1,2 milhões) e a Jordânia (0,6 milhões) — Estados com fronteiras directas com a Síria — já receberam um número elevado de refugiados do conflito sírio, o mesmo não se pode dizer da Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Qatar, Kuwait, Omã e Bahrein. Todos estes Estado estão, em termos geográficos, relativamente próximos da Síria, embora sem fronteiras directas. Mas, mais importante do que isso, estão entre os mais ricos do mundo — mais até do que muitos dos países mais prósperos da União Europeia como veremos em seguida. Estão, certamente também, como já referimos, muito mais próximos em termos culturais, religiosos e linguísticos. Importa notar que estes são objectivamente factores que tendem a facilitar a integração nas sociedades de acolhimento. Um olhar para as estatísticas do Banco Mundial (2014) não deixa grandes dúvidas sobre a riqueza e meios materiais destes países para acolherem muitos dos refugiados. Olhando para o topo, para os primeiros vinte e cinco lugares do ranking mundial do PIB per capita — ou seja dos países mais ricos do mundo —, encontramos o seguinte quadro. Seis Estados árabe-islâmicos encontram-se nesse ranking, por esta ordem: em 1º lugar o Qatar (à frente dos países europeus mais ricos, como o Luxemburgo e a Noruega); em 4º lugar o Kuwait (à frente, da Noruega, frequentemente considerada o país com mais qualidade de vida); em 8º lugar os Emiratos Árabes Unidos (à frente da Suíça); em 11º lugar a Arábia Saudita (à frente de países europeus como a Holanda, Áustria, Suécia, Dinamarca ou Alemanha); em 17º lugar Omã (à frente da Suécia, Dinamarca e Alemanha); em 23º lugar o Bahrein (à frente da Bélgica, Finlândia, Reino Unido e França). Note-se ainda que, todos eles, à excepção de Omã, se encontram classificados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), na categoria mais elevada, o desenvolvimento humano muito elevado. No ranking do PIB, as estatísticas do Banco Mundial (2014) confirmam também o já mencionado. A Arábia Saudita 19º lugar (à frente, por exemplo, de economias como a Suíça, a Suécia, a Bélgica ou Áustria); os Emiratos Árabes Unidos em 30.º lugar (à frente da Dinamarca e Finlândia); o Qatar em 50.º, à frente da República Checa; o Kuwait, em 56.º lugar, à frente da Hungria, onde temos visto algumas das imagens mais desesperadas de refugiados em solo europeu.
http://www.publico.pt/mundo/noticia/crise-dos-refugiados-a-hipocrisia-dos-paises-arabesislamicos-ricos-1706985

Cumprimentos