" A perda da capacidade e a sua causa foi confirmada ao CM pelo Estado-Maior da Força Aérea, que, no entanto, não quis adiantar mais pormenores.
A decisão, soube o CM, foi tomada por um dos executivos de António Guterres, que na altura entendeu que o recurso ao aluguer de aviões privados seria melhor solução que aquela que era oferecida pela FAP, e desde então a situação não foi alterada – inclusive pelo Governo de Durão Barroso.
Mas a verdade é que ainda ontem chegaram a Portugal cinco C-130 da Força Aérea marroquina trazendo equipamentos similares aos que antes eram operados pelos C-130 da FAP, agora esquecidos na Base Aérea do Montijo. E, no entanto, a Força Aérea marroquina, assim como os Canadair da Força Aérea italiana e da Força Aérea espanhola foram chamados depois de o Ministério da Administração Interna chegar à conclusão de que os meios aéreos de aluguer existentes no nosso país não eram suficientes para combater as chamas.
Mas mesmo que os equipamentos esquecidos na Base Aérea do Montijo estivessem operacionais, não haveria tripulações para os C-130, uma vez que a decisão governamental de afastar a FAP do combate aos fogos florestais conduziu à perca de qualificação das tripulações para operar neste género de missões.
O que significa que actualmente ninguém da Força Aérea Portuguesa tem treino suficiente para combater fogos florestais, o que obriga a recorer a meios estrangeiros.
MANOBRAS DA NATO FORAM ESQUECIDAS
Até 1996, a Força Aérea tinha, durante a época de fogos, um ou dois C-130 prontos a voar, além de helicópteros em vários pontos do País para o transporte de equipas de bombeiros, mas actualmente é o ‘zero’. Resta o Exército, que entrou no mais alto nível de alerta, o ‘negro’, no âmbito do plano ‘Lira’, mas o Estado-Maior salientou que os militares “apenas podem ser requisitados para situações de rescaldo ou de patrulhamento”, pois “não temos nem nunca tivemos treino para o combate aos incêndios”. Mas a verdade é que a Defesa Nacional – face aos meios humanos existentes – parece estar longe dos incêndios florestais. Ainda em Maio do ano passado Portugal nem sequer quis estar presente num exercício da NATO realizado na Croácia que versava o tema fogos florestais e que congregava militares e civis. No exercício ‘Taiming de Dragon’ participaram 23 países, entre os quais a Espanha, EUA, Reino Unido e Alemanha, mas nada de Portugal."
Boas,
Nesta altura falar sem sabermos o que foi proposto pela FA, no Estudo efectuado, é estar a falar em suposiçoes e em noticias de jornais que as vezes tem pouca credibilidade.
De qualquer das formas, continuo achar que deve ser a FA a combater os fogos, o modelo actual, só serve para alimentar um negocio de milhões de euros, que só interessa ao privados (ninguém me tira da cabeça que muitos fogos são provocados por privados, dado que cada hora de voo de um desses meios aéreos cobram entre 5000 mil a 9000 mil euros)
Tal como na marinha, este também é uma ramo que é de duplo uso ( dado que é a FA que faz salvamentos.. etc ),
pelo que, juntar mais esta valência é uma mais valia, tanto melhor se conseguirem juntar meios, que sirvam para varias funções.
Sobre os meios, pelo que li ( não oficial ), já em 1996 a força área, pretendia ter 6 aviões de combate a fogos, que teriam outras funções fora da época ( não sei quais ).
Como é óbvio, a FA não iria assumir logo a totalidade de operações de combate a fogos, mas penso que um plano, as permitiria a FA assumir gradualmente o combate aos mesmos pelo menos dentro de 5 anos.
Para termos um ideia, só na contracção de 2 Aerotanques anfíbios, 4 heli médios, 7 heli ligeiros e mais dois helis médios h24, foram gastos 13.450 milhões ( fonte relatório de contas da EMA ), contrato para voarem 2345 horas.
Acrescido que a EMA tem custos operacionais no valor de 33647 milhões., alem que o estado tem estado a pagar por serviços o valor de 28 milhoes e euros por serviços, tem injectado tambem todos os anos cerca de 20 milhoes como accionista.
Em 2011 contam-se 30 meios privados a combater fogos, o dinheiro que é gasto nisto todos os anos.
Pelo que, com o pensamento de utilizarem os meios para varias missões, formarem pilotos etc. só os valores anos aqui mencionados dão para equipar a cada ano a força aérea com uma aeronave no mínimo.
acrescento ainda as funçoes da EMA, por despacho do ministro da Admnistração interna.
Empresa de Meios Aéreos: Primeiras aeronaves declaradas do Estado
A Empresa de Meios Aéreos (EMA) criada legalmente em Abril de 2007 mas tendo adquirido ainda em 2006 10 helicópteros, sendo 6 Kamov‑32 de fabrico russo e 4 Ecureuil AS350B3 de fabrico francês viu agora declarados oficialmente aeronaves do Estado estes últimos. Segundo o despacho dos Ministros da Administração Interna e Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, n.º 24 413/2007 de 12 de Outubro, ...a declaração como aeronaves do Estado dos referidos helicópteros cria as condições para que as mesmas comecem a operar de imediato e permite ainda que as aeronaves desempenhem um conjunto de missões de interesse nacional
as seguintes
:
a) Missão de combate a incêndios florestais, que integra, designadamente, as seguintes operações:
i) Lançamento de produtos de extinção directamente sobre os incêndios;
ii) Reconhecimento aéreo, vigilância e detecção de incêndios;
iii) Transporte de grupos especiais de intervenção;
iv) Coordenação aérea;
b) Missão de socorro e assistência aos cidadãos, que integra, designadamente, as seguintes operações:
i) Transporte de equipas de socorro e assistência;
ii) Transporte de carga da protecção civil, interna ou em suspensão;
iii) Evacuações de emergência de vítimas de catástrofes ou sinistros;
iv) Busca de pessoas em terra ou em meio aquático;
c) Missões no âmbito da segurança interna, incluindo, designadamente:
i) Transporte de elementos das forças e serviços de segurança;
ii) Coordenação, controlo e desempenho de operações das forças e serviços de segurança;
iii) Patrulhamento rodoviário.