Durão Barroso aceitou o convite para presidir à Comissão

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Tiger22

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« Responder #60 em: Julho 10, 2004, 02:23:53 am »
Não sendo como sabem admirador do PS houve uma altura em que a Ana Gomes tinha a minha simpatia e até achei que fez um bom trabalho. Foi quando era embaixadora na Indonésia. Desde que veio para Portugal transformou-se numa das mais sinistras :bye:
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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JLRC

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« Responder #61 em: Julho 10, 2004, 02:42:29 am »
Citação de: "Tiger22"
Não sendo como sabem admirador do PS houve uma altura em que a Ana Gomes tinha a minha simpatia e até achei que fez um bom trabalho. Foi quando era embaixadora na Indonésia.


Também admirei a senhora nessa altura, mas as afirmações dela a respeito do Presidente da República foram no mínimo, infelizes e pouco políticas. Que falta de chá.
Afinal, Tiger22, sempre concordamos com alguma coisa.....
Cumpts
JLRC
 

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fgomes

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« Responder #62 em: Julho 10, 2004, 11:28:49 am »
Admirei o seu trabalho como diplomata, agora como política é um desastre. O futuro dirigente do PS vai tremer cada vez que esta senhora abrir a boca...
 

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Fábio G.

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« Responder #63 em: Julho 10, 2004, 10:18:19 pm »
DD

Citar
Novo Governo antes do final do mês

O novo Governo, liderado presumivelmente por Pedro Santana Lopes deverá assumir funções ainda antes do final deste mês.

No domingo, Santana reúne a Comissão Nacional do partido para discutir a proposta que irá levar ao Presidente da República.
Num encontro que se prevê ocorrer ainda no domingo, a delegação social-democrata deverá apresentar o nome de Santana Lopes como a escolha do partido para liderar o Governo, que Jorge Sampaio irá naturalmente aceitar.

O jornal Público refere, na sua edição de sábado que a tomada de posse do Governo deverá ocorrer por volta de dia 19 ou 20, de forma a que o actual primeiro-ministro cessante, Durão Barroso, seja exonerado antes de se apresentar ao Parlamento Europeu, como novo presidente da Comissão Europeia, a 21 deste mês.

Por sua vez, a apresentação do programa do Governo deverá ter lugar na Assembleia da República num prazo de dez dias. Ao mesmo tempo, o Governo deverá apresentar uma moção de confiança, adianta o jornal.

10-07-2004 16:10:29
 

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FinkenHeinle

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« Responder #64 em: Julho 11, 2004, 03:30:55 am »
Citação de: "Luso"
Ficaria contente com um Cavaco.
Nunca com um Barroso.

Mas o FinkenHeinle leva um abraço sentido meu.


Às órdens, caro Luso!!! :lol:
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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"Em condições normais, corro para vencer e venço. Em situações adversas, também posso vencer. E, mesmo em condições muito desfavoráveis, ainda sou páreo." (AYRTON SENNA)
 

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JLRC

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« Responder #65 em: Julho 11, 2004, 03:46:24 pm »
Citar
Subject: MIGUEL SOUSA TAVARES, Publico 02-Jul-04

        Vamos começar pela memória, porque esta gente detesta a memória,
como
      todos os que vivem na oportunidade e não na coerência. Há uns anos
atrás,
      quando o seu futuro político não ia além da função de animador sazonal
dos
      congressos do PSD - e onde todo o seu pensamento político se resumia à
      patética reivindicação da herança de Sá Carneiro e do "PPD/PSD" -,
Santana
      Lopes prestou-se (mediante "cachet", presumo) a fingir que era
      primeiro-ministro de Portugal, num programa da SIC chamado "A Cadeira
do
      Poder", genial invenção do animador Albarran. No jogo - onde ele
adoptou
      aquela postura grave de "estadista", que às vezes lhe ocorre sob os
      holofotes da televisão - acabou, aliás, derrotado por Torres Couto.

        Passados uns tempos, e quando os seus diligentes serviços de
propaganda
      pessoal (sustentada pelos contribuintes) nos propunham acreditarmos na
sua
      grande obra política que era a de plantar umas palmeiras na praia da
      Figueira da Foz, o mesmo Santana Lopes, indignado - e justamente,
diga-se
      - com um programa da mesma SIC onde era pessoalmente achincalhado,
pediu uma
      solene audiência a Jorge Sampaio para lhe comunicar, "urbi et orbi",
que
      abandonava para sempre a política portuguesa.

        Não foi preciso esperar muito para constatarmos que aquilo que era
suposto
      ser a sério - o abandono da vida política - tornou-se numa brincadeira
e o
      próprio indignado Santana Lopes acabou a trabalhar para a mesma SIC
que
      tanto o havia ofendido. E se o que era para ser a sério se transformou
numa
      brincadeira, o que não passava de uma brincadeira - Santana Lopes a
      primeiro-ministro - ameaça hoje tornar-se numa coisa séria. Parece um
      pesadelo e, no entanto, é um país: o nosso.

        O que mudou? A progressiva degenerescência do pessoal político, a
      progressiva indisponibilidade dos competentes e dos sérios para
servirem na
      política e habitarem no mesmo mundo onde habitam os Santana Lopes, os
      Jardins, todos aqueles para quem o poder é a única fonte de
legitimidade e o
      único objectivo da política, todos os que, à boca cheia ou à boca
pequena -
      como Paulo Portas ou tantos outros dentro do PSD e do PP -, falavam
dele em
      tom de comiseração e hoje estão dispostos a, sem um estremecimento de
      vergonha, tratá-lo por "Senhor primeiro-ministro" e negociarem com ele
      fatias do grande festim de benesses que sempre acompanhou a carreira
      política do personagem.

        Este é o homem, recordo, que, de todas as vezes que se propunha para
      presidente do PSD, tratava de deixar claro que não seria candidato a
      primeiro-ministro - tamanha era a convicção própria da sua absoluta
      incompetência e descredibilização para o cargo.

        Reza a história que Pedro Santana Lopes e Durão Barroso se
conheceram em
      pleno PREC, nos bancos da Faculdade de Direito de Lisboa. Um era
      protofascista, o outro maoísta - o que para nós, democratas, implica
uma
      quase fatal atracção mútua. Ambos acabaram por encontrar o seu espaço
e o
      seu destino comum nessa nebulosa de ideologias e de gestão de
interesses que
      é o mal-chamado Partido Social Democrata.

        Ao ler a manchete do PÚBLICO do último sábado ("Durão segue para
Bruxelas
      e oferece governo a Santana"),senti que ao país acabava de ser
servido, e
      pronto a consumir, o desenlace de uma história privada de dois
personagens
      que já foram íntimos, já foram desavindos e adversários, e agora são
      cúmplices na forma ligeira como entre si põem e dispõem dos destinos
do
      país.

        E senti-me, como qualquer português que se preze (o que é diferente
de
      andar para aí a passear a bandeirinha...), enxovalhado, abusado e
traído.
      Julgo, salvo melhor opinião, que vivemos ainda em democracia. E, em
      democracia, os governantes são votados e são despedidos pelo voto dos
      eleitores. Alguns dos eleitores votaram em Durão Barroso para
      primeiro-ministro e outros votaram em Santana Lopes para presidente da
      Câmara de Lisboa. Confesso que fiquei espantado, mas foi isso mesmo
que
      aconteceu. Com que legitimidade política o primeiro abandona agora o
cargo
      de primeiro-ministro a meio do mandato e só porque lhe apareceu coisa
melhor
      e mais fácil, e o segundo abandona a câmara da maior cidade do país,
      deixando-a positivamente de pantanas, para receber o lugar vago que o
outro
      lhe ofereceu? É assim que se fazem as coisas - vota-se em Durão para
      primeiro-ministro e leva-se com Santana e vota-se em Santana para a
Câmara
      de Lisboa e leva-se com alguém que ninguém conhece? Porque haveremos
então
      de votar, da próxima vez?

        3. O destino pessoal de Durão Barroso é, de facto, notável. Faz
lembrar o
      Pacheco, do Eça, subindo, subindo sempre, como o "menor denominador
comum".
      Ei-lo que chega ao topo da hierarquia europeia depois de, há umas
semanas
      atrás, ter sido o governante mais derrotado nas eleições europeias e
de ter
      sido, há mais de um ano, o grande factor de desunião da Europa, de
cujo
      futuro fez tábua rasa pelo prazer de poder tratar por "George" aquela
      luminária do lado de lá do Atlântico.. E chega lá porque pertence ao
grupo
      dos governantes do centro-direita europeu (ele, supostamente
      social-democrata), porque fala francês, porque dá garantias de
assegurar uma
      presidência fraca contra os fortes, porque preferiu para si a glória
sem
      interesse nacional de ser presidente da Comissão do que o interesse de
ter
      um português como comissário numa pasta decisiva.
        E porque revelou um respeito pelos eleitores portugueses que lhe
confiaram
      a chefia do Governo em tudo diferente da de outros seus colegas, como
o
      primeiro-ministro do Luxemburgo - todavia, ao contrário de Durão
Barroso,
      recente vencedor das eleições europeias no seu país...

        Lembrem-se: há três semanas atrás, na noite em que vinha de encaixar
a
      maior derrota eleitoral de sempre do centro-direita em Portugal,
Barroso
      olhou-nos olhos nos olhos e disse-nos. "Entendi a mensagem dos
portugueses e
      prometo mais e melhor trabalho."

        Lembrem-se: este era o homem que acusava Guterres de ter fugido,
quando
      este, na sequência de uma derrota em autárquicas bem menor do que a de
      Barroso nas Europeias, se demitiu - como aliás o próprio Durão Barroso
      exigiu - para que o eleitorado dissesse se ainda confiava na maioria
então
      governante.

        Lembrem-se: este era o homem que, há pouco mais de um mês, fez
aplaudir de
      pé, no congresso do partido, a sua ministra das Finanças, cuja
política ele
      defendia como patriótica e que os "big spenders" do partido acusavam
de ter
      grandes perigos eleitorais. E que agora se dispõe a deixar cair
sumariamente
      a mesma ministra, vista como um empecilho para o estilo de governação
do seu
      sucessor e, logo, como um empecilho para o arranjinho que deixou
preparado.

        O "interesse nacional", que ele tanto gosta de invocar a propósito
de tudo
      e de nada e que agora usa como justificação para a sua escandalosa
deserção,
      transforma-se em escárnio quando todos podemos observar como,> desde
sábado
      passado, o primeiro-ministro em fuga anda feliz, contente e aliviado.

        4. E Jorge Sampaio, perguntam todos? Jorge Sampaio tem um problema
que só
      ele próprio conseguiria inventar, com esta fobia dos consensos e de
fugir às
      crises, como se elas não pudessem ser virtuosas, clarificadoras e -
como é o
      caso - higiénicas. Jorge Sampaio não pode descalçar a bota por meios
que a
      Constituição não permita. Mas pode fazê-lo por qualquer meio que a
      Constituição não proíba, e entre esses está o uso das suas convicções
      políticas, dentro do quadro dos seus poderes constitucionais.

        Jorge Sampaio foi eleito com base em determinado programa político e
por
      isso é que uma parte do eleitorado - a esquerda - votou nele e a
direita
      não. Pode e deve continuar a ser Presidente de todos os portugueses no
que
      se refere à salvaguarda da Constituição, do funcionamento das
instituições e
      da garantia de direitos iguais para todos. Mas não deve, mesmo que
possa,
      trair o programa e as ideias políticas com base nas quais uma maioria
de
      portugueses lhe confiou o cargo. Os que votaram Sampaio não aceitam
este
      golpe de Estado palaciano congeminado na Rua de Buenos Aires. O país
não se
      decide assim, em "petit comité" de usufrutuários do poder. Se o
Presidente,
      nesta hora, não vê claro o que há-de fazer, não percebo para que
haveremos
      também de continuar a votar num Presidente. Só faltava agora ficarmos
a
      pensar que, com Cavaco Silva na presidência, Santana Lopes não
chegaria ao
      poder com esta leviandade palaciana.

      Jornalista
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #66 em: Julho 11, 2004, 04:03:55 pm »
A legitimidade que Miguel Sousa Tavares tem para falar de política - ou de qualquer outro assunto de facto - é a mesma que eu tenho para falar de rações de galinha - ou seja: nenhuma.
Ricardo Nunes
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JLRC

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« Responder #67 em: Julho 11, 2004, 04:29:16 pm »
Citação de: "Ricardo Nunes"
A legitimidade que Miguel Sousa Tavares tem para falar de política - ou de qualquer outro assunto de facto - é a mesma que eu tenho para falar de rações de galinha - ou seja: nenhuma.


Ricardo

O que é isso de legitimidade política? Por acaso alguma das citações feitas por Miguel Sousa Tavares não é verdadeira? Para se ter legitimidade tem de se ser a favor do Santana Lopes e do Paulinho das feiras? Eu subescrevo o que o Miguel disse. Passei a não ter legitimidade política? Que frase tão infeliz....legitimidade política. Se ainda falasse em credibilidade política ainda vá que não vá, agora legitimidade!!!! Só que MST limitou-se a apontar factor e a somar 2 + 2. Tal como eu fiz e muitos milhões de portugueses fizeram. Afinal quem teve pavor de eleições? Quem teve medo de perder os tachos, por deixar de ter peso político? Pelos vistos existem dois pesos e duas medidas, ou em português vernáculo, uns são filhos da mãe e outros da pu......
Os mesmos que há dois anos e meio exigiam eleições antecipadas por causa do cartão vermelho que o povo deu ao governo (palavras do PPD/CDS), são os mesmos que exigem agora continuidade governativa apesar do cartão vermelhíssimo, super vermelho, que o mesmo povo deu ao desgoverno PPD/CDS. Isto dá cada volta....
Cordialmente
JLRC
 

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komet

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« Responder #68 em: Julho 11, 2004, 05:10:02 pm »
Estou com o JLRC nesta, e com o Miguel. É uma opinião que vai de cada um, todas as opiniões teem legitimidade, podemos é não concordar com elas...
"History is always written by who wins the war..."
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #69 em: Julho 11, 2004, 05:32:09 pm »
Caro JLRC

Não entendo a sua reacção. Compreendo que talvez a palavra "legitimidade" que usei não tenha sido a ideal, mas mantenho a minha opinião.

Para que fique desde já claro, e para que não me acuse de seguidor de "paulinho" gostava de lhe dizer que, embora concorde com a opinião do presidente, não vejo com bons olhos a presença de Santana Lopes como primeiro ministro.

Em relação à questão de fundo, os comentários de Miguel Sousa Tavares, não lhe atribuo qualquer legitimidade. Por uma série de razões.
Vejo Miguel Sousa Tavares como via Paulo Portas no seu tempo no Independente - um simples jornalista. Com uma diferença: a relativa aspiração política do segundo.

Para mim Miguel Sousa Tavares não passa de mais um comentador de oportunidade que, pensando que a sua opinião é uma verdade universal, diz a alto e bom som aquilo que pensa.
Para mim o jornalista Miguel é um homem competente, mas o comentador Miguel é um homem incapaz de reconhecer as suas próprias falhas - como se viu no caso do seleccionador nacional.

Nunca disse que Miguel Sousa Tavares, e você caro JLRC, não têm direito a opinião. Sabes Deus que eu concordo com algumas das opiniões por ele expressas mas aquilo que quis dizer foi que Miguel Sousa Tavares percebe tanto de política como eu de rações de galinha. Mas está no direito, como pessoa inteligente que é, de expressar as suas opiniões. Eu, por outro lado, também não sou obrigado a concordar e a ter Miguel Sousa Tavares como um paladino comentador de política que, na minha humilde opinião de espectador da vida política do país, considero que não chega aos pés de, dando exemplos, Marcelo Rebêlo de Sousa ou José Magalhães.

Para mim, Miguel Sousa Tavares é apenas mais um treinador de bancada e portanto levo as suas opiniões como as simples opiniões de um cidadão sem lhe atribuir qualquer importância política. Coisa que já não faço com outros comentadores que, considero eu, estão em melhor posição de julgar os acontecimentos da política nacional.

O senhor, guiado pelo constragimento da decisão do presidente, cai no erro de, habilmente devo dizer, mudar a essência do meu post - simplesmente disse que não reconheço em Miguel Sousa Tavares qualquer legitimidade fora do normal para comentar política. O senhor diz-me que eu sou apoiante de Paulo Portas ( meu Deus, nada mais longe da verdade! ) etc etc.
Reconheço aqui que a palavra "legitimidade" ( que curiosamente continuei a usar ) poderá não ser a mais correcta. Dito e feito. Como sugeriu a partir de agora passarei a usar a palavra "credibilidade".
Mas, mesmo assim, não entendi o tão grande ênfase na sua resposta.

com os melhores cumprimentos,
Ricardo Nunes
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JLRC

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« Responder #70 em: Julho 11, 2004, 07:03:02 pm »
Citação de: "Ricardo Nunes"
Mas, mesmo assim, não entendi o tão grande ênfase na sua resposta.


É fácil de perceber, Ricardo. É que eu, embore também não morra de amores pelo MST, reconheço que ele tem razão nas afirmações que fez. Para mim, neste caso, o importante é a justeza da análise e não quem a produziu. O Paulinho, no seu tempo de jornalista, também deve ter acertado algumas (penso eu, não sei) e não vou deixar de lhe dar razão só por ser quem é.
Cumprimentos
JLRC
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #71 em: Julho 11, 2004, 08:03:48 pm »
Oh JLRC,

Seja lá sincero comigo.

Citar
Jorge Sampaio foi eleito com base em determinado programa político e
por
isso é que uma parte do eleitorado - a esquerda - votou nele e a
direita
não. Pode e deve continuar a ser Presidente de todos os portugueses no
que
se refere à salvaguarda da Constituição, do funcionamento das
instituições e
da garantia de direitos iguais para todos. Mas não deve, mesmo que
possa,
trair o programa e as ideias políticas com base nas quais uma maioria
de
portugueses lhe confiou o cargo. Os que votaram Sampaio não aceitam
este
golpe de Estado palaciano
congeminado na Rua de Buenos Aires. O país
não se
decide assim, em "petit comité" de usufrutuários do poder. Se o
Presidente,
nesta hora, não vê claro o que há-de fazer, não percebo para que
haveremos


Mas você acha que esta afirmação faz algum sentido? ( esta de muitas outras no artigo de MST ).

Mas agora, por o presidente ter sido eleito por pessoas de esquerda ( o que, sinceramente, é impossível de avaliar ) significa que ele tem de tomar a decisão tipicamente esquerdista? Mas isto faz-lhe algum sentido? Esta afirmação representa a ignorância de MST em questões políticas.
Jorge Sampaio foi eleito por portugueses ( sejam de esquerda ou direita ) e tem de cumprir o seu mandato segundo a constituição e segundo a sua consciência como pessoa e indíviduo que é. Nunca pode reger o seu mandato pelas mordomias e desejos de uma esquerda que supostamente o elegeu. Mas qual é o raio do sentido da afirmação. Explique-me e eu talvez mude de ideias acerca do sr. Miguel S. Tavares.
Até parece que, segundo a lógica de MST, se a Esquerda portuguesa quer uma coisa o presidente tem de a apoiar por mais absurda que seja.
Isto é absurdo. É a argumentação levada ao limiar da estupidez.

É por estas e por outras que eu penso que, credibilidade política com MST é equivalente a 0.

Cumprimentos,
Ricardo Nunes
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papatango

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« Responder #72 em: Julho 11, 2004, 09:37:48 pm »
Os deputados são eleitos para periodos de quatro anos.

É o povo que elege os deputados, e numa democracía representativa, são eles que representam o povo.

O eleitorado vota nos deputados, embora na maioría dos casos as pessoas não saibam.

Em 2002 os cidadãos elegeram os deputados e constituiram uma maíoria que tem legitimidade para governar Portugal por quatro anos e para  votar nos governos que lhe foram apresentados.

As eleições legislativas servem para eleger deputados
As eleições para o parlamento europeu servem para eleger representantes portugueses para a União Europeia.

De outra forma, eu pergunto.

O actual presidente da Câmara de Setubal, do Partido Comunista, foi eleito com 55% dos votos nas eleições autarquicas. Nas ultimas eleições europeias o partido comunista teve 16% dos votos. Deve o Presidente da Câmara apresentar a demissão, perante tão desastrosa derrota?

Claro que não, porque a legitimidade tem-na porque os cidadãos estabeleceram este tipo de diferênças e sabem em quem votam e para que votam. Cada eleição tem um objectivo claro, e implicar que não é assim, é deitar areia para os olhos dos cidadãos e chamar-lhes parvos.

Misturar as coisas e dizer que o governo foi derrotado, é baixa politica e acima de tudo é uma demonstração de que os nossos políticos tomam o povo por parvo, acreditando que somos todos imbecis. Tem tanta legitimidade o PS ou o PC para pedirem eleições agora como tinha o PSD ou o PP para pedirem eleições há dois anos atrás.

Pessoalmente não critico os partidos por fazerem política, mas critico-os quando fazem demagogia.

E o que mais me irrita, é que este tipo de comportamento é sempre o mesmo. Vejam a nossa história de 1880 a 1926. É a mesma m#####. Os politicos estão apenas interessados em eleições á primeira oportunidade para ficarem ministros, e para passarem o dia a telefonar para os amigos a dar a boa nova.

Se não fosse trágico, dava-me vontade de rir. A incompetência aliada ao fraco conhecimento da História e á incapacidade de ler um livrito de História e tirar ilações, é em si mesma uma tragi-comédia lusitana.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Tiger22

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« Responder #73 em: Julho 11, 2004, 10:29:00 pm »
Citação de: "Ricardo Nunes"
Para mim Miguel Sousa Tavares não passa de mais um comentador de oportunidade que, pensando que a sua opinião é uma verdade universal, diz a alto e bom som aquilo que pensa.


Errado Ricardo.

O Miguel Sousa Tavares é um “tachista oportunista” que diz os mais incríveis disparates para gerar polémica e confusão, o que por sua vez lhe permite obter a “notoriedade” que necessita para ser convidado a participar em jornais e telejornais com gabarito “mundial”  :nice:

Só isso, não passa de um oportunista gerador de polémicas para vender essas mesmas polémicas. Nem ele próprio acredita nas estupidezes que diz.

É uma pessoa para não levar a sério, alem de estar sempre com esse ar de frustrado e de paladino da treta.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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Spectral

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« Responder #74 em: Julho 11, 2004, 11:12:01 pm »
Citar
O Miguel Sousa Tavares é um “tachista oportunista” que diz os mais incríveis disparates para gerar polémica e confusão, o que por sua vez lhe permite obter a “notoriedade” que necessita para ser convidado a participar em jornais e telejornais com gabarito “mundial”  como os da TVI.  

Só isso, não passa de um oportunista gerador de polémicas para vender essas mesmas polémicas. Nem ele próprio acredita nas estupidezes que diz.


O MST é obviamente um dos que come criancinhas ao pequeno-almoço  :nice:
« Última modificação: Julho 11, 2004, 11:18:12 pm por Spectral »
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman