ForumDefesa.com

Economia => Mundo => Tópico iniciado por: Pantera em Dezembro 18, 2005, 05:25:06 pm

Título: China pode tornar-se a 4ª maior economia mundial
Enviado por: Pantera em Dezembro 18, 2005, 05:25:06 pm
A China vai publicar terça-feira os resultados da análise à actividade económica e poderá rever em alta a riqueza gerada internamente, tornando-se a quarta maior economia mundial.

 

O estudo sobre os três principais sectores de actividade (agricultura, indústria e serviços) e sobre as empresas deve permitir acertar o Produto Interno Bruto (PIB) de 2004 e corrigir os dados históricos, segundo o gabinete de recenseamento da economia, que está encarregue do documento.
O governo recusou adiantar se o estudo vai alterar os números do PIB que tinham sido divulgados anteriormente, mas vários analistas prevêem que este recenseamento económico permita avaliar melhor o contributo dos serviços para o crescimento da economia (tem estado subavaliado).

Em 2004, o valor da riqueza produzida internamente na China somou 1,65 biliões de dólares (1,38 biliões de euros), num ano em que o país registou a maior taxa de crescimento em sete anos (9,5%).

O economista-chefe da Morgan Stanley, Andy Xie, diz que lhe foi dito que o PIB chinês de 2004 deve ser revisto para dois biliões de dólares (1,67 biliões de euros), a que corresponde uma revisão em alta de 20%.

A confirmar-se esta previsão, a China torna-se a quarta potência mundial em termos de riqueza produzida, três lugares acima do lugar que ocupa actualmente.

Vários analistas políticos têm dito que esta análise mais profunda da economia chinesa tem também como objectivo permitir ao governo justificar a necessidade de reduzir o investimento público e melhorar a confiança dos investidores internacionais nas estatísticas chinesas.

Além disso, pode ser um passo importante para reduzir a corrupção e a fraude fiscal, num contexto em que as autoridades chinesas têm demonstrado muita dificuldade na cobrança de impostos, sobretudo no sector dos serviços.

Os valores do PIB de 2005 só serão conhecidos em Janeiro próximo.

 
Penso que a china é a segunda maior economia do mundo,atrás dos EUA,basta ir ao WorldFactBook da CIA para ver isso.Seja como for,apesar das implicações economicas,é bom ver que isto vai permitir um poder militar bem maior à china Comunista.
Título: Re: China pode tornar-se a 4ª maior economia mundial
Enviado por: Johnnie em Dezembro 25, 2005, 01:01:49 pm
Citação de: "Pantera"
china Comunista.
Tás a brincar comigo certo Pantera?  :lol:
Título: Re: China pode tornar-se a 4ª maior economia mundial
Enviado por: FinkenHeinle em Janeiro 08, 2006, 01:10:44 am
Citação de: "Pantera"
Penso que a china é a segunda maior economia do mundo,atrás dos EUA,basta ir ao WorldFactBook da CIA para ver isso.Seja como for,apesar das implicações economicas,é bom ver que isto vai permitir um poder militar bem maior à china Comunista.

A questão é: até onde isso é favorável?!
Título:
Enviado por: sierra002 em Janeiro 08, 2006, 08:00:53 am
Citar
Sendo assim, Portugal por via de Macau devia era desde já aproveitar a oportunidade para explorar (no bom sentido) o mercado de importação de produtos de fabricação chinês e comercializa-los na Europa, não acham  ou será "muita areia para nossa camioneta"


Con esas ideas tan buenas, Portugal no fabricará nunca nada más que "vinho verde".

Eso sin contar con que a influencia portuguesa en Macao a día de hoy es similar a la que tiene en el planeta Marte. Macao ya es China y del pasado portugues sólo queda la arqueología.
Título:
Enviado por: NVF em Janeiro 08, 2006, 04:16:05 pm
Tens enlaces para justificar essa afirmacao?
Título:
Enviado por: sierra002 em Janeiro 08, 2006, 06:56:53 pm
Macao pertenece hoy día a un país, más poderoso que Portugal, con una mayor economía que Portugal, que está más cerca que Portugal, que tiene una cultura más antigua que Portugal y que no admite la disidencia. Macao hoy día es China, como Goa es de la India, y más si cabe. Quedan edificios de la época Portuguesa, pero ya está. Quizá tristemente para los habitantes de Macao.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 08, 2006, 09:13:47 pm
Citação de: "sierra002"
Con esas ideas tan buenas, Portugal no fabricará nunca nada más que "vinho verde".

Eso sin contar con que a influencia portuguesa en Macao a día de hoy es similar a la que tiene en el planeta Marte. Macao ya es China y del pasado portugues sólo queda la arqueología.



Com estas depois venham-se queixar das censuras...
Título:
Enviado por: NVF em Janeiro 08, 2006, 10:27:27 pm
Citação de: "sierra002"
Macao pertenece hoy día a un país, más poderoso que Portugal, con una mayor economía que Portugal, que está más cerca que Portugal, que tiene una cultura más antigua que Portugal y que no admite la disidencia. Macao hoy día es China, como Goa es de la India, y más si cabe. Quedan edificios de la época Portuguesa, pero ya está. Quizá tristemente para los habitantes de Macao.


Tal como diz o outro: e os enlaces? Ainda nao vi nenhum.

Para sua informacao, nao ficaram so' os edificios, tambem ficaram la' portugueses, muitos milhares. E isto posso dize-lo por conhecimento pessoal.
Título:
Enviado por: NotePad em Janeiro 08, 2006, 10:27:39 pm
...
Título:
Enviado por: pedro em Janeiro 08, 2006, 10:30:12 pm
Caro Note pad nao se esqueca das filipinas.
cumprimentos
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 08, 2006, 10:33:18 pm
Filipinas e uns atóis no Pacífico...
Título:
Enviado por: pedro em Janeiro 08, 2006, 10:35:19 pm
Caro luso as Filipinas sao bem grandes.
cumprimentos
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Janeiro 15, 2006, 12:55:06 pm
Citar
CHINA uma potencia economica atipica

Segundo as ultimas estatisticas, a economia chinesa esta em vias de se tornar a quarta potencia do planeta, mas deve ainda resolver muitos problemas antes de esperar destronar os Estados Unidos.
(...) em 20 de Dezembro passado a China reavaliou em 16,8%, ou seja 241 bilioes de euros o seu PIB para 2004.Esta revisao resulta do primeiro recenseamento da economia chinesa, segundo o qual, o crescimento do sector de serviços tem estado a ser fortemente subavaliado.A titulo de comparaçao, esta diferença de 241 bilioes de €, representa a totalidade da economia de TAIWAN ou 40% da economia da INDIA.
Depois desta correcçao, a CHINA ultrapassa a Italia, e também em breve, segundo numerosos analistas, a França e o Reino Unido (5° e 4° respectivamente), graças ao seu forte crescimento economico, a revalorizaçao do 'yuan' e, com efeito____  se os dados economicos de Hong-Kong fossem considerados juntamente com o continente___ a economia chinesa seria ja a 4° potencia economica mundial.
(...)No entanto, estes dados macroeconomicos, por impressionantes que sejam, nao revelam a natureza complexa e contraditoria do sucesso do pais, onde o crescimento desigual, o peso da divida, a pobreza e a burocracia continuam a entravar o sistema.A desigualdade de rendimentos é das mais importantes a nivel mundial, e se nada for feito para  remediar essa situaçao, podera desencadear-se forte agitaçao social até 2010.
Como exemplo,  em vilas como Guojiayao, a tres horas de estrada de Pequim, as casa centenarias feitas em adobe tem ainda janelas em papel por falta de vidraças, e nos bons anos - quando nao ha seca - o rendimento médio dos lares variam entre 1500 e 2000 yuans (160-210 €).
(...)A China bem pode ser a 6° potencia economica mundial em 2004, mas o seu PIB/hab de 1106 € coloca-a ao mesmo nivel de outras economias menos florescentes, como  Indonésia, Honduras ou Sri-Lanka.
Os Chineses pagam também caro, muito caro, a ineficacia do seu crescimento economico.

A CHINA produziu
 
4,4% da riqueza mundial em 2004, mas para tal precisou de consumir

__ 7,4% da produçao mundial do petroleo
__ 31% da produçao mundial do carvao
__ 40% idem do cimento
(...)
 Neste sentido a CHINA é uma potencia aparte, como o mundo nunca conheceu até aos dias de hoje.E um pais com uma influencia crescente a nivel mundial mas sendo ainda efectivamente pobre, e como tal ainda se devendo manter por alguns anos ( 5 a 10).
Depois sera a vez da India.


Chua Chin Hon
The Straits Times (Singapura- http://straitstimes.asia1.com.sg (http://straitstimes.asia1.com.sg) )


(Traduçao da minha responsabilidade)


Penso que o artigo acima (de um jornal de referencia na Asia) nos da uma contribuiçao interessante em relaçao ao tema em discussao, merecendo ser analisada, pois diz respeito, e  cada vez mais, a todos nos.
Cumprimentos
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 10, 2006, 01:24:20 am
Boas,

             pois, eu tive lá em 2004, e conheço gente de lá, mas cada vez são menos, e mais decada menos decada será somente a nossa arquitectura que restará em conjunto com a história. Penso que se disser que 5% fala ou entende português acho que já estou a ser muito generoso. Com os milhares de emigrantes chineses que entraram ( sim, porque a vida em Macau era e é acima da média de muitas regiões de China), e uma boa parte dos portugueses a regressarem, especialmente os novos, tal como o nuestro amigo espanhol afirmou...será somente edificios.

      Felizmente ainda existem uns bons restaurantes e cafés portugueses por lá, mas penso que contam-se pelas mãos.

       Saudações
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Abril 13, 2006, 03:30:37 pm
'A China é um modelo de desenvolvimento económico'
"A China está em vias de adoptar o seu XI° plano quinquenal, que lhe permitirá o seguimento daquilo que será, provávelmente, a mais impressionante transformação económica da História, melhorando simultâneamente o bem-estar de um quarto da população mundial.
Nunca e nesta dimensão o Mundo tinha visto um crescimento tão sustentado nem uma tão forte redução da pobreza.(...)
Uma das chaves deste sucesso chinês consiste numa combinação quase única de pragmatismo e visão."
Este elogio da economia chinesa, nao veio da própria China, ou de algum dos admiradores pelo Mundo fora do PC chinês, mas de um Prémio Nobel
de Economia, o professor  Joseph Stieglitz, que nas páginas do jornal inglês 'The Guardian' fez um elogio destacado à adaptação da China comunista à mundialização.
O antigo director de economia do Banco Mundial, destaca que este desenvolvimento se faz 'desafiando o consenso de Washington'( não os EU própriamente entenda-se... mas a sede das grandes organizações financeiras internacionais, como o FMI ou BM), cujo dogma impõe a 'busca quimérica de um  PIB cada vez maior'.Por seu lado a China fez compreender de uma forma clara que procura uma subida duràvel e mais equilibrada dos níveis de vida reais".Para isso ela inclui no seu Plano Quinquenal limitar a factura ambiental do seu desenvolvimento.E ao mesmo tempo atacar de frente os problemas de agravamento das desigualdades.
Se a China se virou para a economia de mercado,  nao está contudo disposta a ser comandada pelo sistema que ela mesmo quer adoptar para atingir os seus objectivos.Segundo Stiglitz, porém, há uma condição
para o sucesso chinês:abrir o debate sobre a politica económica com vista a expor os seus erros, facilitando assim o aparecimento de um conjunto de soluções originais aos desafios encontrados".
Stieglitz conclui "as economias de mercado não são auto-reguladas, nem devem funcionar em 'piloto automático', especialmente se querem ter a certeza que os seus benefícios serão largamente partilhados, mas dirigir uma economia de mercado não é tarefa fácil.É um jogo de equilibrio que tem de responder constantemente às mudanças económicas.O Plano Quinquenal chinês indica um guia como solução.O Mundo observarà com receio e esperança a transformação da vida quotidiana de  1 300 000 000
de pessoas
"
minha traduçao de um texto, de 13/4/06, do 'C.International'.

As observaçoes de Stieglitz não trazem nada de verdadeiramente  novo, mas o facto deste economista excepcional, vir com palavras simples confirmar uma visão que muitos políticos e opiniões públicas tentam escamotear, não deixa de ser um índice precioso.
As relações económicas entre Portugal e a China, (Portugal é o pais europeu com maior, crescente e mais visível impacto do comércio de consumo chinês no seu dia-a-dia corrente, segundo me apercebo) para lá do quadro interno projectam-se também no exterior.  
Como exemplo próximo entre nós, a vistosa e alargada comitiva oficial portuguesa a Angola, e o relato superficial  que, pelo menos de meu conhecimento, foi feito pela comunicaçao (PÚBLICO excluído) e as inevitáveis e inócuas declarações oficiais, que púdicamente deixaram de lado uma outra realidade,... a de que os  acordos económico-políticos chineses vieram dar uma totalmente nova dimensão às relações com África. Algo de que neste Forum já me fiz eco e que espero continuar a poder acompanhar...
Título:
Enviado por: Luso em Abril 13, 2006, 05:24:03 pm
JoséMFernandes,
Obrigado pelo interessante texto, todavia permita-me que coloque uma questão que espero que não o ofenda: :wink:

- Onde está a novidade?
- Qual é a novidade que o prémio Nobel nos trás?

Uma economia de mercado precisa de um regulador para evitar as suas falhas (fenómeno mais que documentado).
É essa a função dos orgãos com legitimidade legal para o fazer: os governos.
O problema é fazer com que os governos assumam essa função que constitui a sua essência. Regular o mercado é regular as actividades humanas.
A China pode estar a fazer o que é "dos livros" fazer-se.
Nós por cá é fazer de conta que se faz ou piorar a situação criando desiquilíbrios e mais falhas de mercado.
É outra cultura.
E lá as balas são pagas pelos condenados...

A novidade é que os ex-comunistas aprenderam bem a lição e pelos vistos vão ser capitalistas de primeiríssima ordem, enquando por cá ainda se está a sonhar em ir para "paraísos" que outros com esforço e talento se esforçam por abandonar.
Título:
Enviado por: Azraael em Abril 13, 2006, 06:04:49 pm
Citação de: "Luso"
A novidade é que os ex-comunistas aprenderam bem a lição e pelos vistos vão ser capitalistas de primeiríssima ordem, enquando por cá ainda se está a sonhar em ir para "paraísos" que outros com esforço e talento se esforçam por abandonar.

Que paraisos?
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Abril 13, 2006, 08:02:14 pm
Citação de: "Luso"
JoséMFernandes,
Obrigado pelo interessante texto, todavia permita-me que coloque uma questão que espero que não o ofenda: :wink:. Stieglitz disse o que era óbvio (mas  o que diz um 'guru' em Economia e ainda por cima Nobel, acaba por ter um destaque que no  mínimo, como foi o meu caso, se pode  aproveitar para voltar a discutir, senão insistir, na busca de soluções ou saídas).
A resposta da Europa,  mal ou bem, lá se vai fazendo 'ensarilhada' entre os acordos comerciais mundiais e algumas medidas restritivas que a custo vai tentando a impor (normas específicas, acordos de contrapartidas  na abertura de mercados...).
O que me atrai especialmente a atenção é o caso português, pois como disse raramente vejo noutros europeus uma 'impregnaçao' comercial chinesa ao nível da existente no nosso país.Que as grandes cidades estejam saturadas de cadeias comerciais chinesas... já sabemos e encolhemos os ombros, mas mais interessante e intrigante (para não dizer preocupante) é o incremento de 'lojas exclusivamente chinesas'  nas vilas e grandes freguesias  do interior, onde precisamente o pequeno comércio vai tendendo a desaparecer, com os custos que todos imaginamos.Sei isso porque vi...ao longo das margens do meu Douro.Esta politica comercial,  poderá ser um presságio para o que poderá vir num futuro próximo.Quiçá talvez nao seja por acaso essa 'ocupação de espaço'...hum?
No Natal passado, quando fui a Portugal falei com um conhecido meu, bem sucedido importador de peixe congelado da China, ( em quantidades industriais e a preços indescritívelmente baixos,... mas não reflectidos no consumidor comum :cry:  'of course'! ) e que conhece bem o seu sistema economico pois se deslocou lá várias vezes, que prevê a médio prazo o fim da importaçao directa, e mesmo que muito temporariamente com algumas parcerias, o exclusivo das empresas de capitais chineses que  irão dominar plenamente todo o circuito económico, da origem à comercializaçao directa(ja estao escolhendo agora o seu próprio transporte  p.ex.) ... e não os poderemos censurar!... e isso irá acontecer certamente  nos ramos de negocio onde eles se encontrem, e que sao praticamente todos...!
E agora...?  o que acontecerá depois... ?... o 'despertar' chinês ainda mal começou, e temos(devemos)  ter opções.Assim hajam ideias crediveis para discutir...pois o nosso futuro economico (e de sociedade?)  queiramos ou nao, e era aonde eu queria chegar no meu 'post' anterior, fará irremediávelmente parte do nosso futuro!
Cumprimentos
Título:
Enviado por: Luso em Abril 13, 2006, 10:31:08 pm
De acordo, JM Fernandes! :mrgreen:
(é um seu homónimo)