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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exército Português => Tópico iniciado por: Miguel em Novembro 19, 2016, 10:02:43 am

Título: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Miguel em Novembro 19, 2016, 10:02:43 am
Ricardo Rodrigues, primeiro-sargento do 127º curso de Comandos, é um dos mais visados no despacho da procuradora Cândida Vilar, que promoveu a detenção dos cinco oficiais e dois sargentos.

O instrutor é denunciado por ter recusado água pelo menos quatro vezes, cortado a comida em duas ocasiões e aplicado severos castigos físicos a militares exaustos em cinco situações.

O mais grave, quando pôs areia na boca de Hugo Abreu – um dos dois que acabaram por morrer de golpe de calor. O outro foi Dylan Silva.




 


Diz o despacho que Abreu, confuso pela exaustão, dores e vómitos, "cuspia em seco e afirmava, sem nexo, que estava ‘ali para curar as feridas’". Rodrigues pôs a areia na boca de Abreu e gritou "cospe lá agora".



 
Infografia

Conheça as 24 horas de terror do 127.º Curso de Comandos

Instruendos tratados como "descartáveis". Dois deles morreram.
Os sete detidos - o tenente-coronel diretor do curso; três tenentes; dois sargentos; e o capitão-médico - foram ontem presentes pela procuradora do DIAP de Lisboa a uma juíza de instrução. E saíram todos em liberdade. O médico está suspenso de funções nos Comandos e nas unidades de saúde militares.

Ricardo Rodrigues estava encarregado do grupo de graduados, de Hugo Abreu. O primeiro castigo foi logo pelas 03h00: recusou água a dois militares e ordenou flexões a todos em castigo por um instruendo querer dar da sua água aos camaradas ‘em seco’. Seguiram-se mais "exercícios físicos por castigo" na montagem das tendas. E logo outro: não puderam dormir.

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Sete militares do caso dos Comandos saem em liberdade

Ao pequeno-almoço deu-lhes apenas um dos três pacotes de bolachas e impediu água. Rodrigues voltou a não os deixar beber após a ginástica. Há outras punições que o Ministério Público não lhe imputa mas diz que existiram. O sargento castigou ainda a falha num exercício com o corte do intervalo e a retirada da água. Deu apenas dois minutos para o almoço dos graduados, recusando alimento a três. Depois atacou Hugo Abreu com a areia na boca.

Perante os abusos de autoridade dos instrutores – "praticados com premeditação", diz o Ministério Público –, o diretor da prova nada fez. E tornou-se coautor dos crimes: "Tinha conhecimento de tais atos porque ia observando as instruções."
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 19, 2016, 01:49:30 pm
Citação de: Nuno Rogeiro
SÓ OS FACTOS, POR FAVOR
1. A presunção de inocência também se aplica aqui..
2. O segredo de justiça também se aplica aqui
3. A condenação do circo mediático também se deve aplicar aqui.
3A - O processo tem de seguir o seu curso, com todas as garantias, porque não pode deixar de haver apuramento exemplar de responsabilidades. Mas sem histerias extra-judiciais.
3B - As mortes deviam levar a uma reflexão sobre a instrução, em geral, olhando ainda para exemplos internacionais recentes, especialmente funestos. Queremos militares bem preparados, mas vivos.
4. Se a base do Regimento de Comandos fosse o «ódio irracional e patológico», a unidade não existiria.
5. Nenhuma força especial sobrevive fundada no medo dos seus membros entre si, nem na coacção. O que a une são outros elementos, mas é preciso viver no seu seio para os compreender.
6. Em suma, nada de juízos «morais» (ou murais) a olho. Os factos, só os factos, nada mais do que os factos.
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 19, 2016, 03:06:22 pm
Os militares não são deste tempo?
Helena Matos

á se comparou a polémica que rodeia a morte de militares durante a instrução com o silêncio que acompanha as mortes súbitas de desportistas?

Após a morte dos candidatos a comandos começou uma sequência de declarações, desmentidos e novas declarações que dão conta de como é cada vez mais difícil justificar a instituição militar, como esta divide os partidos que apoiam o Governo e como, em consequência disso, a extinção dos Comandos chegou a ser ponderada.

Escrevo que a extinção dos Comandos chegou a ser ponderada não por Catarina Martins ter vindo pressurosamente exigi-la. É óbvio que o fez e fará sempre, pois para o BE os militares devem ser ou uma milícia ou uma ONG, sendo que para mais os Comandos têm aquele senão de oficialmente terem derrotado a esquerda radical no 25 de Novembro de 1975. (Não desmerecendo no valor dos Comandos, em Novembro de 1975 não foi apenas Jaime Neves quem veio para a rua, também houve, à esquerda, quem ficasse em casa, como Otelo, ou quem não deixasse os seus homens sair, caso de Rosa Coutinho. Afinal, em Novembro de 75, depois de ter feito o que queria em África e de garantir em Lisboa os cargos institucionais e administrativos que por largos anos lhe dariam uma influência que nenhum desaire eleitoral abalaria – qualquer semelhança com os tempos presentes não é coincidência – o PCP já não precisava da extrema-esquerda para nada.)

Mas, e voltando ao facto de a extinção dos Comandos ter sido quase decidida, se aos considerandos de Catarina Martins juntarmos as declarações do porta-voz do Exército anunciando que todas as hipóteses estavam “em cima da mesa” a propósito da suspensão dos cursos de Comandos, percebemos que a líder do BE não falou no vazio. Houve ainda uma fonte oficial do Ministério da Defesa respondendo ao Expresso, quando questionada sobre o fim dos Comandos: “Está tudo em aberto”. Para finalizar, o Presidente da República, por inerência Comandante Supremo das Forças Armadas, achou apropriado ao seu cargo declarar que “será apurado tudo até às últimas consequências”. O português é de facto uma língua traiçoeira e a expressão “até às últimas consequências” não é neutra de modo algum. Note-se que o PR não falou de causas. Falou sim de consequências e só de consequências, num momento em que, acreditávamos nós, se procuravam apurar as causas. Que consequências eram essas?

Entretanto, a roda livre das palavras inverteu o sentido e agora todos, à excepção do BE, garantem que os Comandos não vão ser extintos. Em resumo, extinguir os Comandos chegou a ser ponderado mas essa extinção era ceder demasiado ao BE, que tem manifestado um interesse constante pelo que se passa nos quartéis e já saíra triunfante do caso do Colégio Militar, em que, recorde-se, Marcelo Rebelo de Sousa aceitou, como se isso fosse um mero acto administrativo, o pedido de demissão do Chefe do Estado-Maior do Exército, general Carlos Jerónimo.

Por agora, a não ser que uma nova declaração ou facto alterem substancialmente as circunstâncias, os Comandos continuarão a existir. Mas eles em particular e a instituição militar no seu todo são uma espécie de corpo estranho, pois à força de se se confundir paz com pacifismo (nada mais perigoso) acabámos sem perceber para que servem os militares. E não, este não é um problema que decorra de termos radicais no Governo. Claro que sempre que se fazem alianças com radicais tem de se lhes entregar sectores em que estes, dando asas à fúria inquisitorial que os anima, acabem a ganhar espaço: a polémica em torno dos colégios com contratos de associação é um bom exemplo dessa espécie de fatalidade. Mas a incompreensão em torno dos militares é muito mais profunda. Claro que um destes dias o PAN pode entrar em transe quando ouvir o grito “Mama Sume” dos Comandos, que era também o grito que se fazia ouvir aos jovens Bantu aquando da caça ao leão. E, naturalmente, uma qualquer comissão de género partirá, se tiver luz verde para tal, numa cruzada histérica por causa das referências às namoradas nos hinos militares. Mas, para lá deste folclore, as sucessivas fantasias que alimentamos sobre as forças armadas dão conta de algo que se chamaria decadência caso fossemos capazes de chamar as coisas pelos nomes.

Tivemos a fase das forças armadas enquanto barbudos distribuidores de flores. O resultado foi mais ou menos o caos e a institucionalização da violência. Mas ficámos com belas fotografias. Depois as flores ficaram para as floristas, as barbas para os barbeiros e os militares voltaram aos quartéis. Anos depois, extinguia-se o serviço militar obrigatório – rapar o cabelo e fazer flexões estava ao nível da tortura! – e apostava-se na excelência das forças especiais. Tudo foi feito ao sabor das modas e dos votos: agora que a Europa se debate com o fanatismo de milhares de jovens, questiona-se em países como a França a reintrodução do serviço militar obrigatório, não para que os recrutas combatam os terroristas, mas sim para que a ida à tropa faça aos jovens fanatizados aquilo que fez outrora a milhares de mancebos – integrá-los. Afinal, se do ponto de vista militar o serviço militar obrigatório não é hoje muito interessante há que ter em conta que quando se fecharam os quartéis se fechou também a instituição mais transversal da sociedade.

Mas voltemos à extinção do serviço militar obrigatório. Dava-se então como inquestionável que poderiam e deveriam existir forças especiais. Espantosamente (ou talvez não) dessas forças especiais tínhamos como actuações mediatica e publicamente aceitáveis os desfiles e as missões de paz. Sendo que por missões de paz se entendiam invariavelmente duas coisas: cozinhar bacalhau com couves no Natal, estivessem e estejam os militares onde estiverem, e a distribuição agora não de flores mas sim de medicamentos e comida.

Após o 11 de Setembro, passou a admitir-se que as tropas especiais (nunca as nossas, mas sim as de outros países) poderiam fazer outro tipo de operações além das reservadas à Cruz Vermelha. Chegou até a fantasiar-se que bastaria usar tropas especiais para assegurar a paz no mundo (Como bem se vê no caso da Síria, este tipo de intervenção poupa os militares, poupa os governos mas está longe de poupar os civis). A estas fantasias sobre a natureza e o impacto das operações feitas unicamente por tropas especiais veio juntar-se, em países como Portugal, a particularidade de ser cada vez mais difícil compatibilizar o funcionamento, a hierarquia e os valores das forças armadas, sejam elas constituídas por tropas especiais ou não, com sociedades em que os jovens apenas podem receber ordens se estiverem num programa de talentos culinários. Já a avaliação está reservada aos concursos televisivos. As vicissitudes do clima só as podem enfrentar nos festivais de verão. Desastres e acidentes resultantes do esforço físico só se toleram (e calam) caso os jovens sejam praticantes de um qualquer desporto, de preferência rentável ou medalhável. Já se comparou a polémica que rodeia a morte de militares com o silêncio que acompanha as mortes súbitas de desportistas?

Parece-me óbvio que aquilo que aconteceu neste curso de Comandos tem de ser investigado e corrigido o que tiver de ser corrigido. Mas por trás desta polémica o que temos é o resultado do populismo com que ao longo de anos se tem tratado a instituição militar.

http://observador.pt/opiniao/os-militares-nao-sao-deste-tempo/
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: FoxTroop em Novembro 19, 2016, 09:44:58 pm
Sinceramente já nem sei o que dizer. Esse texto é de um atroz "ideologismo" e de uma total falta de conhecimento da Instituição Militar e das muitas e variadas missões efectuadas ao longo de todos estes anos, especialmente a partir de meados da década de 90.  Certamente que os primeiros batalhões de Páras na BiH assim como nós e os Rangers no Zaire ou quando tivemos de ir até à Guiné fomos lá "comer bacalhau com couves". Em Timor a rapaziada da 1ª missão comeu tanto bacalhau com couves durante os primeiros 3 meses que até deu para perder ao 10, 12 e 14 quilos de tão boa e voluptuosa ementa, assim como do rácio de patrulhas e serviços e intervenções.

E se vamos falar do fim do SMO ou da "perseguição às FA, à cabeça estão rapazinhos como o inenarrável Passos Coelho, só para começar e, se houve partido politico que tem tido uma conduta de responsabilidade sobre o papel das FA na Sociedade Portuguesa, têm sido justamente o PCP (yah yah, já sei que é para instrumentalizar e blá blá blá e com isto meia dúzia já saíram de frente do PC para se irem benzer junto ao retrato do Botas com uma miniatura do Portas de um lado e do Cavaco do outro e eu, agora que falei dessa tríade, tenho de me ir penitenciar frente ao retrato do Estaline enquanto emborco um vodka da minha "botelha" comuna cuja tampa é a esfinge do camarada Lenine para purificar o espírito).


Miguel, não concordo consigo na questão da extinção dos "Comandos", já expliquei o porque e, desde que a Instituição perceba o que tem andado a fazer, corrija o que tem de ser corrigido, puna quem tem de ser punido e crie os mecanismos que evitem este tipo de situações, não coloco essa questão.

Cabeça, factos é justamente o que está a colocar muita gente com os "tins-tins" entalados, para além deste grupo que já está indiciado. Não se vai buscar um Tenente-Coronel sem ter os pés bem assentes no chão, ou seja, com factos e argumentos .
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: paraquedista em Novembro 19, 2016, 10:50:45 pm
E mesmo triste...uma tropa excepcional quando pronta...mas fazem sempre estas grandes estupidezes aquando da instrucao Basica...vao muito alem do limite e do aceitavel. Nao dar agua quando as temperaturas estao nos 40 graus !!! e ainda por cima estao a levar os homens ao limite antes do tiro de combate...e depois obrigar a comer "terra" ou "arreia" e mesmo para doidos...Nunca tal coisa se faria nos Paraquedistas...nem no tempo do meu Pai, na Guerra Colonial....rebolar nas Silvas, sim, isso ja se fez
Tenho um grande amigo Comando e respeito muitas das coisas que os Comandos fizeram...mas estes actos sao inaceitaveis...para mais e algo que ja se repetiu vezes demais e por isso, nao ha desculpas !!!

Concordo que e tempo de acabar com esta tropa de uma vez por todas.
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: perdadetempo em Novembro 19, 2016, 11:10:40 pm
Citar
se comparou a polémica que rodeia a morte de militares durante a instrução com o silêncio que acompanha as mortes súbitas de desportistas?

Só um pequeno detalhe , na morte súbita dos atletas não havia silêncio, porque em vários casos assistiu-se na televisão um Sr. Dr. com um ar muito sério a informar que o atleta em questão não tinha lá feito os testes. Todos os atletas de alta competição são obrigados a fazer uma série de testes e provas de esforço para verificar a sua aptidão a praticarem a modalidade que praticam e existem estudos sobre o síndroma da morte súbita.

Por outro lado ainda me lembro do tempo dos mancebos e do facto de quase todos os anos aparecerem notícias de  pessoal a cumprir o SMO que morria por excesso de voluntarismo/abnegação?  e não me estou a referir aos indivíduos que se punham a brincar com granadas à volta da fogueira. Quem lesse as notícias até podia pensar que fazer a recruta era uma opção e não uma obrigação.

Existe uma prova de equitação o Raide muito dura para os animais em que existe um acompanhamento veterinário ao fim de cada etapa para confirmar o estado físico do animal e se pode ou não continuar em prova, a acreditar nas notícias as forças armadas ainda não chegaram a esse grau de sofisticação mesmo no novo formato profissionalizado.

Quanto às acções do sargento espero que se eventualmente se chegue a alguma conclusão se foi apenas o resultado dum treino muito duro e  com uma componente psicológica ainda pior coordenada por alguém sem a capacidade para reconhecer os efeitos das suas acções ou se se trata de outra coisa. Em relação ao pessoal médico ou serão coniventes ou não têm a autoridade para cumprir as suas obrigações, e seja qual fôr o caso mais vale arranjarem outra actividade.  O Tenente-Coronel que andava por lá tinha obrigação de saber com quem trabalhava e intervir caso fosse necessário em vez de deixar chegar as coisas ao estado a que chegaram, que eu me lembre é supostamente por isso que existe uma hierarquia.

Em relação às declarações polémicas dos betinhos do BE ou outros, é triste mas neste País só quando há broncas destas é que as instituições se sentem obrigadas a limpar os cantos à casa em vez de fazerem de conta que não há nada para ver, é o que se chama escrever direito por linhas tortas

Cumprimentos


Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Novembro 20, 2016, 12:08:13 am
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E digam lá como é possível preparar técnicos com conhecimento superior na área da motricidade sem serem licenciados e em apenas seis meses (Mafra), e com um corpo docente (a maioria) sem creditação universitária? Claro que não é! Mas não venham dizer que não sabiam porque isso não desculpa as 19 mortes de comandos até ao presente! Terá de ser o Ministério da Defesa a equacionar a questão, porque o Estado-Maior do Exército, em 40 anos, foi incapaz de perceber isto, talvez porque a maioria dos membros do Corpo do Estado-Maior”, salvo raríssimas exceções, odiavam a Educação Física na Academia Militar…!

http://ionline.sapo.pt/artigo/532618/porque-morreram-comandos-?seccao=Opiniao_i
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 21, 2016, 02:58:11 pm
Se ainda não perceberam eu coloquei dois artigos sobre este assunto, só para colocar as coisas de várias perspectivas.

Dito isto, depois de ler o artigo que o Sertório colocou aqui, devo dizer que devo ter assustado todos à minha volta... é que devo estar vermelho de tanta raiva. Não, não é contra o Sertório, mas sim da pessoa que escreveu o dito artigo de opinião.

Na minha incorporação os Comandantes de Pelotão que eram RV ou RC era tudo pessoal com o 12.º ano de escolaridade, excepto uma personagem que tinha exactamente o curso de Educação Física feita numa universidade por esse país fora. Esse Oficial foi o que mais porcaria fez na minha recruta, foi o que mais provocou lesões e depois esse senhor pensa que é por ter ou não 3/5 anos de formação numa universidade que fazia diferença?! Não meus senhores, uma coisa é a formação outra coisa é o carácter (ou falta dela) de um individuo. TIve Instrutores que foram excelentes, tive Instrutores que só de os ver o pessoal tremia com medo, tive de tudo!

Algo deve ser feito, mas não é batendo com a mão no peito e dizendo que os Comandos devem continuar assim, ou acabarem com a dita unidade. Deve isso sim, ver-se o que raio é que torna os Comandos um caso tão singular no seio das Forças Armadas, a razão de tantas mortes e lesionados e fazer algo.
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 22, 2016, 02:15:53 pm
Parece que não sou só eu a pensar assim!

OS COMANDOS (OUTRA VEZ) NO CENTRO DO FURACÃO

Por Miguel Machado

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.operacional.pt%2Fwp-content%2Fuploads%2F2015%2F06%2F7-Comandos-DSC_0580-.jpg&hash=10acd8433592ac434e826ca85261161c)
Leitura do “Código Comando” na Parada Major-General “Cmdo”Jaime Neves do Regimento de Comandos, na Serra da Carregueira. As tradições são inerentes aos corpos militares, devem manter-se, mas a perenidade das instituições – e os Comandos não são excepção – dependem da sua abertura à mudança. Por vezes é complexa, mesmo dolorosa, mas inevitável.

Os Comandos, hoje

Os Comandos são credores de um espírito de corpo como há poucos em Portugal, daqueles que vão muito para além do tempo nas fileiras. São uma unidade de elite não apenas pela sua história, mas pelas capacidades do actual Regimento de Comandos. Poucos mas bons, equipados com a disponibilidade que o ramo terrestre consegue, participaram nas Forças Nacionais Destacadas, em Timor-Leste (2004), com uma companhia integrada num batalhão de infantaria e no Afeganistão (entre 2005 e 2010, com interrupções), como força autónoma, com efectivo de companhia reforçada, numa missão também desempenhada por Pára-quedistas. Tinham no teatro de operações um efectivo de cerca de 160 militares, incluindo o Destacamento de Controlo Aéreo Táctico da Força Aérea. Entre 2010 e 2012 com a mudança de figurino da missão portuguesa, os Comandos, assim como outras especialidades do Exército e até da Marinha, continuaram a servir em períodos semestrais, quer em funções de comando e estado-maior quer na chamada “Protecção da Força”. Agora uma “companhia menos”, com cerca de 50 militares. Assim, entre 2005 e 2012, muitos militares Comandos serviram no Afeganistão, em diferentes tarefas, tendo actuado com grande proficiência, sofrido várias emboscadas (eles e os Destacamentos da Força Aérea, que costumam ser esquecidos!), que só a política de comunicação do EMGFA de então ocultou (e mal!) da opinião pública.  Por opção do Exército os Comandos foram mesmo a força portuguesa que mais tempo serviu no Afeganistão, com muitos dos seus militares a cumprir ali várias missões.

Um militar Comando e um Pára-quedista morreram no Afeganistão, em 2005 e 2007, respectivamente.

Em 2015 o Exército iniciou a missão no Iraque com um contingente destinado a ministrar formação, composto 30 militares graduados, a maioria Comandos. Após 6 meses, foram substituídos por outras unidades da Brigada de Reacção Rápida, a qual, agora em 2016, foi rendida pela Brigada Mecanizada.

Em 2016 está previsto o envio de uma Companhia de Comandos – 160 militares – para a Republica Centro Africana. A partida tem sido sucessivamente adiada por motivos estranhos a Portugal e parece agora que será em Janeiro de 2017 o retorno dos Comandos a uma missão de “capacetes azuis”.

Na Cooperação Técnico-Militar, embora com efectivos muito reduzidos, militares Comandos, graduados, têm tido um importante papel de apoio à política externa portuguesa, mantendo-se actualmente, a pedido de Angola, a assessoria às suas Forças Especiais.

Esta é uma síntese da actividade operacional real desempenhada pelos Comandos desde que em 2002 foram reactivados e o balanço só pode ser considerado positivo.

Passo a passo, com a atribuição de meios e missões, o Regimento de Comandos estava agora a lutar, como o Exército em geral, pela conquista de voluntários. Sem pessoal, sem praças, não pode sequer haver continuidade nas missões. Mesmo que disponha organicamente de um batalhão, se o Regimento o empenhasse numa missão semestral, no período seguinte já não conseguia continuar a cumprir. Não é falta de vontade é impossibilidade!

Alcochete, Setembro de 2016

É neste quadro motivador para os Comandos – com uma missão exterior prevista e pronta a arrancar – que no decurso do 127.º Curso de Comandos, se dão as duas mortes que todos conhecemos e que remetem para acontecimentos anteriores, antes da extinção do Regimento em 1993, mas também para 2015.

Os factos estão a ser apurados como nunca o foram no passado, e não parece que possa haver qualquer encobrimento de eventuais responsabilidades a todos os níveis. Absolutamente inusitado o tratamento dado aos militares Comandos constituídos arguidos pela Procuradora Cândida Vilar, absolutamente desnecessário e manifestamente cruel, quer para os próprios quer mesmo para a Instituição Militar.

O Curso de Comandos vai ter que ser alterado. Não duvido que essa é a condição básica para a continuidade da unidade. Imagino que para muitos seja difícil, mas não há missão atribuível aos Comandos que justifique as consequências do que se possa ter passado em Alcochete.

Todas as missões que os Comandos cumpriram foram também realizadas por outras forças nacionais, como aliás os Comandos podiam perfeitamente ter realizado missões que não fizeram, na Bósnia, Kosovo e em muitos outros locais. Quem não quiser ver isto, não está a contribuir para a perenidade dos Comandos mas a fazer o seu contrário. É uma questão de tempo.

http://www.operacional.pt/os-comandos-outra-vez-no-centro-do-furacao/
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: paraquedista em Novembro 22, 2016, 08:06:09 pm
Noticia do DN, onde esta ainda mais bem explicado, o que se passou...e mostra bem os excessos cometidos e que por isso quanto a mim, os militares em causa, mereceram ser tratados da maneira que foram.

E claro, que concordo plenamente...que algo ira mudar...

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Arguidos nas mortes no curso de Comandos saíram com termo de identidade e residência, juíza aplicou medida mais gravosa a médico. Ministério Público disse que detidos sabiam estar a dar ordens "contrárias ao dever militar"

Passava das 23:00 quando eram divulgadas as medidas de coação decretadas aos sete arguidos no caso das duas mortes no 127º curso dos comandos. Todos saíam em liberdade com termo de identidade e residência, a medida mais gravosa foi aplicada ao capitão médico Miguel Domingues, suspenso de exercer funções em unidade de saúde. Depois das medidas aplicadas pela juíza, os arguidos vão aguardar julgamento fora do presídio de Tomar, para onde foram levados após os mandados de detenção da procuradora do Ministério Público Cândida Vilar.

Nestes, a procuradora acusa os instrutores dos Comandos, detidos na quinta-feira, de privarem os instruendos de beber água numa situação de calor extremo que sabiam ser "absolutamente desaconselhável, conforme resulta de todas as publicações científicas sobre ondas de calor". Com o Presidente da República a declarar que a investigação do MP "deve merecer escrupulosa colaboração, por parte das Forças Armadas" - pois "são a história, o prestígio como elemento estruturante da identidade nacional e o respeito como salvaguarda do Estado de direito democrático que o impõem" -, os sete militares detidos foram ouvidos ontem por um juiz de instrução.

Quanto ao mandado do MP, a que o DN teve acesso, ele parece indicar que a privação de água (ou beber apenas quantidades mínimas) durante horas, aparentemente sem ter em conta o nível de calor existente, seria uma prova a superar pelos instruendos - quando o seu racionamento "não está sequer previsto no guião da prova".

Esta privação de água e outros maus-tratos resultaram em ordens "contrárias aos deveres do militar e disciplina militar" por parte dos cinco instrutores detidos, que o fizeram na presença do médico - que chegou várias horas depois de iniciados os exercícios no Campo de Tiro de Alcochete - e do diretor do 127.º curso dos Comandos (ambos também detidos para interrogatório pela Polícia Judiciária Militar).

O MP indica expressamente que um dos sargentos instrutores "privou os instruendos (...) de beber água, apesar de saber que devia ser garantido alimentação e água, conforme consta do guião" da chamada Prova Zero e que é a primeira do curso de Comandos.

Segundo o documento, os instrutores "bem sabiam que a exposição ao sol a temperaturas tão elevadas e sem que os instruendos se encontrassem hidratados era absolutamente desaconselhável, conforme resulta de todas as publicações científicas sobre ondas de calor". Note-se que no primeiro dia de exercícios do curso, a 4 de setembro, as temperaturas variaram entre os 24 e os 32,4 graus centígrados logo entre as 08.30 e as 10.20 - superando mais tarde os 40º, sem que o curso fosse interrompido e quando, num caso de desmaio em que o médico ainda estava ausente, "a enfermeira nem sequer foi capaz de se aperceber do estado de desidratação em que se encontrava o soldado", indica o MP.

No caso do capitão médico (com o curso da especialidade de comando), chegou ao Campo de Tiro de Alcochete cerca das 11.00 quando o exercício se tinha iniciado por volta das duas da madrugada - assim "violando gravemente os seus deveres funcionais" como clínico.

"Desde as 21.30 do dia 3 de setembro de 2016 [início da Prova Zero, no quartel do Regimento de Comandos na Serra da Carregueira] até às 12.20 do dia 4 de setembro, o grupo de graduados [oficiais e sargentos] bebeu no máximo cerca de dez tampas de água (320 ml - o equivalente a uma garrafa de água de 33 cl), sem terem tido praticamente descanso", indica o MP.

Quanto ao grupo dos instruendos formado apenas por soldados, identificado como P3, "bebeu no máximo um cantil de água (um litro)" no mesmo intervalo de tempo e quando todos já tinham realizado uma marcha de uma hora, exercícios físicos, ginástica educativa, instrução de técnica de combate "com elevado desgaste físico", instrução de tiro de combate com "intensidade física desgastante", ginástica de aplicação militar "com elevado desgaste físico" e a instrução do carrossel "de alta intensidade e de enorme desgaste físico".

As ordens dadas "visavam desgastar fisicamente os instruendos, provocando-lhes elevado estado de exaustão pelo calor, stress emocional e sentimentos de humilhação" - que os instrutores sabiam, repete o MP, que "eram contrárias aos deveres do militar e da disciplina militar".

Para o MP, "há indícios abundantes de terem sido cometidas ofensas à integridade física - simples e graves - dolosas, bem como "prova indiciária, resultante das autópsias médico-legais, que aponta para a imputação da morte dos militares Hugo Abreu e Dylan Silva a essas ofensas à integridade física, no plano objetivo, e aos militares que supervisionaram ao nível subjetivo, em que se exige negligência". Pelo que os instrutores dos Comandos no ativo "estão indiciados" pela prática dos "crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física grave, agravado pela morte das vítimas", e de "omissão de auxílio".

Para o MP "não restam igualmente dúvidas" de que "recaía sobre [os instrutores] o dever pessoal de evitar o resultado - quer a ofensa à integridade física quer a morte dos ofendidos. Tal dever é imposto pelas leis militares e resulta da relação hierárquica existente" entre eles, sustenta o MP.
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 23, 2016, 02:19:08 pm

Citar
The FFI Course is a 5 week program of instruction and will be conducted at the Force Fitness Readiness Center (FFRC) aboard MCB Quantico, VA.

http://www.marines.mil/News/Messages/Messages-Display/Article/936334/force-fitness-instructor-course/

Penso que é desta que os Marines vão começar a cair para o lado... cursos de 5 semanas! :Ups:
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Miguel em Novembro 23, 2016, 03:18:19 pm
O que vai se passar agora é :

Falta de voluntarios para os Comandos e mesmo para o resto do Exercito por causa deste caso.

O que fica na imagem popular é que atualmente os Comandos e uma especie de "club" ou "gang" estilo mafia. Nao vale
a pena lembrar o caso das armas desaparecidas....

Portanto resta 2 opçoes:

1° Deixar morrer por ele proprio o Regimento de Comandos depois de uma limpeza e processo, vai morrer por falta de
voluntarios, se actualmente os efetivos estao a 60% dentro de um ano, estarao a menos de 50%

2° Acabar com os Comandos, passar toda a historia para o museu militar como aconteceu com outras unidades antigas como
os Caçadores os Dragoes Granadeiros etc....
Esta opçao permite reforçar os efetivos do CTOE e os Paras, e dar uma imagem forte que nas forças armadas nao é permitido
algums caids/leaders mafiosos fazerem o que lhes apetece e brincar com os outros.
Sendo alias esta a unica maneira do Exercito sair com as maos menos sujas deste desastre...2 mortes e 20 feridos em diversos graus num dia.
Se é aceite Baixas num acidente como no caso do C130, Baixas por negligencias e torturas isso nao é aceitavél.

Como existe provalvalmente uma mafia "comandos" no Exercito é possivél a primeira opçao ser a escolha...Nesse caso o proprio risco do Exercito esta em causa, e talvez deverao voltar ao SMO, porque os voluntarios vao ser cada vez menos...

Passa por a cabeça de alguém que num dos paises com a pior demografia do mundo, se pode tratar assim de uma recruta ?
Tirar agua ao recruta e ainda por atirar areia ??? Para qué ?

Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 23, 2016, 03:41:51 pm
O que vai se passar agora é :

Falta de voluntarios para os Comandos e mesmo para o resto do Exercito por causa deste caso.

Isso já é a realidade à muitos anos não só no Exército, como em todos os Ramos. As vagas que o governo autoriza são poucas, a qualidade e quantidade dos voluntários também não ajuda à festa.

Portanto resta 2 opçoes:

Citar
1° Deixar morrer por ele proprio o Regimento de Comandos depois de uma limpeza e processo, vai morrer por falta de
voluntarios, se actualmente os efetivos estao a 60% dentro de um ano, estarao a menos de 50%

Qual a diferença entre os Comandos e qualquer outra Tropa Especial? Os 44 catatuas que agora juraram bandeira no Regimento de Paraquedistas ou os 20 e poucos Fuzileiros que acabaram à dias de receberem a sua Boina... queres mais exemplos?


Citar
Passa por a cabeça de alguém que num dos paises com a pior demografia do mundo, se pode tratar assim de uma recruta ?
Tirar agua ao recruta e ainda por atirar areia ??? Para qué ?

Não eram recrutas, eram formandos no primeiro dia do Curso de Comandos, que já eram militares "prontos" que vieram de outras unidades militares do Exército Português, que passarem por várias semanas de estágio, antes do curso em si.
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 23, 2016, 03:55:15 pm
Engenharia de Segurança Operacional

Texto : Dr. Mário Vaz, Dr. Santos Baptista, Dra. Joana Guedes e TCor Mário Álvares

http://assets.exercito.pt/SiteAssets/JE/Jornais/JE661_Ago_Set16.pdf

pág. 31 à 33.

Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Novembro 25, 2016, 06:44:12 am
 
Citar
24.11.2016

Mais de 50 oficiais do serviço de saúde militar estiveram reunidos esta quinta-feira num jantar em Lisboa, uma demonstração de apoio ao médico dos Comandos que foi indiciado por homicídio por negligência no caso da morte de dois recrutas.

Os oficiais garantem que clínico será o menos responsável pelo que aconteceu e sublinham que as condições em que decorrem os cursos favorecem a existência de incidentes graves.

Ainda assim, lembram que os comandos são uma força de elite que atua em cenários muito difíceis e que só uma formação que leva os recrutas ao limite os pode preparar para as situações que vão encontrar.

Por essa razão, criticam o ministro da Defesa por se ter apressado em garantir que iriam ser encontrados os culpados, uma declaração que entendem que só pode ser feita por alguém que não saiba o que é um curso do género.

Veja-se no video da SIC a breve entrevista com um médico do exercito, antes do jantar de solidariedade, em que este realça a falta de condições atualmente existente no exercito a nivel de assistencia médica a este tipo de cursos

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-11-24-Militares-reunidos-em-jantar-de-apoio-ao-medico-indiciado-de-homicidio-por-negligencia
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Alvalade em Novembro 25, 2016, 07:46:39 am
Citar
24.11.2016

Mais de 50 oficiais do serviço de saúde militar estiveram reunidos esta quinta-feira num jantar em Lisboa, uma demonstração de apoio ao médico dos Comandos que foi indiciado por homicídio por negligência no caso da morte de dois recrutas.

Os oficiais garantem que clínico será o menos responsável pelo que aconteceu e sublinham que as condições em que decorrem os cursos favorecem a existência de incidentes graves.

Ainda assim, lembram que os comandos são uma força de elite que atua em cenários muito difíceis e que só uma formação que leva os recrutas ao limite os pode preparar para as situações que vão encontrar.

Por essa razão, criticam o ministro da Defesa por se ter apressado em garantir que iriam ser encontrados os culpados, uma declaração que entendem que só pode ser feita por alguém que não saiba o que é um curso do género.

Veja-se no video da SIC a breve entrevista com um médico do exercito, antes do jantar de solidariedade, em que este realça a falta de condições atualmente existente no exercito a nivel de assistencia médica a este tipo de cursos

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-11-24-Militares-reunidos-em-jantar-de-apoio-ao-medico-indiciado-de-homicidio-por-negligencia

Já foi médico do exército, agora é do Sporting.

(parte final)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi.imgur.com%2FiAK6bHy.jpg&hash=ff01a05be4696c80e1253c47eab23581)
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Novembro 25, 2016, 10:13:21 am
Citar
Comandos. Juíza de instrução diz que MP usou argumentos “rebuscados”

O parecer da juíza que ouviu os sete militares detidos diz que a investigação apresentou provas “claramente subjetivas”

http://ionline.sapo.pt/artigo/535610/comandos-juiza-de-instrucao-diz-que-mp-usou-argumentos-rebuscados-?seccao=Portugal_i
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Camuflage em Novembro 25, 2016, 08:14:36 pm
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/processo/comandos-juiza-responsabiliza-apens-medico-pelas-mortes
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 26, 2016, 10:16:58 am
Juíza do caso dos Comandos critica MP e responsabiliza médico pelas mortes

Despacho de juíza de instrução vai em sentido contrário ao da investigação do Ministério Público (MP) e da PJ Militar no caso das mortes dos instruendos Hugo Abreu e Dylan Silva: magistrada aponta para penas mais leves do que as pedidas pelo MP, mas considera que o médico do Exército “não prestou atenção ao agravamento” do estado de saúde dos dois militares e “desinteressou-se do seu destino”. O 127.º curso dos Comandos termina esta sexta-feira apenas com 23 instruendos dos 67 iniciais

http://expresso.sapo.pt/dossies/diario/2016-11-24-Juiza-do-caso-dos-Comandos-critica-MP-e-responsabiliza-medico-pelas-mortes
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Novembro 28, 2016, 01:05:23 am
Vítor Brito, de 20 anos, foi um dos nove instruendos do curso 125 dos Comandos a ser internado nos cuidados intensivos, em outubro do ano passado. Um ano depois, o soldado continua de baixa médica e já foi operado seis vezes ao joelho no Hospital das Forças Armadas.

No processo de averiguações aberto na altura pelos Comandos, e a que o Expresso teve acesso, o jovem militar revela num interrogatório (realizado um mês após os factos) ter sido alvo de agressões durante a Prova Zero. Vítor Brito disse aos investigadores que um socorrista o empurrou para o chão e apertou-lhe o joelho dorido quando se deslocavam para o posto. O soldado afirmou ainda durante o interrogatório que um cabo lhe "dirigiu ameaças" e o agrediu "com chapadas na cara".

http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-11-27-Militar-dos-Comandos-internado-no-curso-de-2015-continua-de-baixa

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-11-27-Oito-militares-dos-Comandos-internados-em-2015-por-lesoes-causadas-durante-as-provas
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Dezembro 16, 2016, 11:00:13 am
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Relatório
Exército proíbe racionamento de água nos comandos


O Exército decidiu travar o racionamento de água no curso de comandos, segundo a Inspeção Técnica Extraordinária ao Curso de Comandos.

Mas foi igualmente verificada a necessidade do curso se adaptar à nova doutrina de formação do Exército, definida em 2013. Na prática, o relatório constitui uma forte crítica à forma como tem sido realizada a formação de comandos e obriga a um maior controlo sobre o curso.

http://www.jn.pt/justica/interior/exercito-proibe-racionamento-de-agua-nos-comandos-5554728.html
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 17, 2016, 10:35:24 am
INSPEÇÃO TÉCNICA EXTRORDINÁRIA AO CURSO DE COMANDOS

Na sequência da morte de dois formandos do 127º Curso de Comandos e conforme Despacho nº 121/CEME/16, de 08 de setembro, a Inspeção Geral do Exército (IGE) realizou uma Inspeção Técnica Extraordinária ao Curso de Comandos entre os meses de setembro e novembro do corrente.
Esta inspeção extraordinária foi determinada com o propósito específico de avaliar os processos relativos às Provas de Classificação e Seleção e aos Referenciais de Curso do Curso de Comandos, limitando-se estritamente a este âmbito e não devendo ser confundida com outros procedimentos ou investigações em curso relativamente a acontecimentos relacionados com o 127º Curso de Comandos.
O objetivo último desta inspeção consistiu na apresentação de recomendações para a correção de eventuais deficiências ou insuficiências detetadas. O trabalho foi desenvolvido durante cerca de dois meses por uma equipa multidisciplinar de inspetores com experiência nas diferentes matérias em análise, tendo reunido especialistas em medicina, educação física, psicologia e em metodologias de formação em contexto militar.
O relatório foi concluído em 5 de dezembro e submetido a despacho do General Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), que prontamente deu conhecimento do mesmo e da sua decisão ao Ministro da Defesa Nacional.
Do Relatório da Inspeção Técnica Extraordinária ao Curso de Comandos, destacam-se as seguintes conclusões:
- No âmbito das provas de classificação e seleção, foi identificada a necessidade de se proceder à revisão dos procedimentos relativos às entrevistas clínicas, ajustamento da bateria de exames médicos e melhor partilha da informação clínica;
- No âmbito da preparação para o Curso de Comandos, foi apontada a necessidade de aprofundar e reforçar a formação de formadores e comandantes em socorrismo para permitir uma melhor identificação de sinais de alerta nos formandos e em formas de atuação preventiva;
- No âmbito da análise dos referenciais do Curso de Comandos, foi identificada a necessidade de rever e adaptar os programas de formação em conformidade com a metodologia estipulada pela nova doutrina de formação do Exército definida em 2013;
- No âmbito ainda da aplicação dos referenciais de curso, foi identificada a necessidade de se proceder a uma análise mais aprofundada da conjugação do treino físico militar com as restantes atividades de formação com características físicas, com vista a otimizar-se a relação carga física/período de recuperação, bem como relativamente à compensação alimentar adequada ao esforço físico, sendo desaconselhado o racionamento de água;
- No âmbito da gestão do risco, foi identificada a necessidade de reforçar a preparação de formandos e formadores em matérias de saúde, permitindo-lhes uma melhor identificação dos sinais de alerta de sintomas de falência física e formas de mitigação da sua ocorrência.
- No âmbito da reestruturação do quadro orgânico de pessoal do Regimento de Comandos em curso, designadamente no que respeita à sua Seção de Formação, foi preconizada a necessidade de se proceder a reforço do pessoal;
- No âmbito do controlo das atividades formativas, foi identificada a necessidade de se reforçar controlo por parte do Comando do Pessoal com base nos relatórios finais de curso;
- No âmbito do sistema clínico de apoio, foi identificada a necessidade de rever e melhorar o apoio e a evacuação médico-sanitária.
Apreciadas as conclusões e recomendações expressas no relatório de inspeção, o Chefe do Estado-Maior do Exército determinou:
1. A realização com caráter de urgência de uma avaliação do sistema de informação clínica, cujos resultados lhe deverão ser apresentados até 20 de janeiro de 2017;
2. A reavaliação das provas de classificação e seleção para as tropas especiais, cujos resultados lhe deverão ser apresentados até 27 de janeiro de 2017;
3. A continuação da elaboração com caráter de urgência dos referenciais do Curso de Comandos.
Informa-se ainda que os próximos cursos de comandos se mantêm cancelados até à conclusão das tarefas agora determinadas.
Informa-se por último que o Relatório da Inspeção Técnica Extraordinária ao Curso de Comandos encontra-se disponível para consulta por parte dos Órgãos de Comunicação social mediante solicitação.
De tal facto se dá conhecimento aos Órgãos de Comunicação Social.

Lisboa, 15 de dezembro de 2016
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Dezembro 20, 2016, 09:31:57 am
Citar
Falhas no curso dos Comandos não são de agora

Inspeção feita em 2009 já falava num "vazio grave". Curso de Comandos não tem aprovado documento que permite, por exemplo, responsabilizar alguém em "caso de acidentes graves".

http://www.tsf.pt/sociedade/interior/feriados-e-regras-que-nao-existem-anteciparam-curso-dos-comandos-para-o-verao-5562106.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+TSF-Ultimas+%28TSF+Online+-+Ultimas+%28RSS%29%29
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Camuflage em Dezembro 20, 2016, 09:26:52 pm
Inspecções feitas e até agora 0 pessoas demitidas, é só inocentes. Mais descredibilidade se dá à instituição.
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Janeiro 13, 2017, 10:33:44 pm
As coisas estão a azedar dentro do Exército.

Caso dos Comandos. General mandou cancelar a Prova Zero mas os exercícios continuaram
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-01-13-Caso-dos-Comandos.-General-mandou-cancelar-a-Prova-Zero-mas-os-exercicios-continuaram

General terá mandado suspender Prova Zero mas Comandos ignoraram ordem
http://observador.pt/2017/01/13/general-tera-mandado-suspender-prova-zero-mas-comandos-ignoraram-ordem/

Comandante das Forças Terrestres acusado por médico de ignorar conselho para suspender curso
http://observador.pt/2016/12/13/comandos-comandante-das-forcas-terrestres-acusado-por-medico-de-ignorar-conselho-para-suspender-curso/

Comandos ignoraram ordem para suspender curso fatal
https://www.publico.pt/2017/01/13/sociedade/noticia/chefe-militar-mandou-parar-prova-dos-comandos-mas-esta-prosseguiu-na-manha-seguinte-1758108

Comandos terão ignorado ordem para suspender o curso
http://rr.sapo.pt/noticia/73327/comandos_terao_ignorado_ordem_para_suspender_o_curso

Comandos terão ignorado ordem de general para suspender curso
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2017-01-13-Comandos-terao-ignorado-ordem-de-general-para-suspender-curso
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Janeiro 17, 2017, 03:45:50 am
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fquinto-canal.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2014%2F09%2FSexta-%C3%A0s-9.jpg&hash=09ee393d1bcfa23bef7d83fb9ec91731)

Programa de 13 de Janeiro, com mais algumas informações inesperadas sobre o caso da morte dos 2 instruendos

http://www.rtp.pt/play/p3138/sexta-as-9
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: HSMW em Janeiro 17, 2017, 08:33:34 am
Não tenho paciência para essa jornalista...
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Miguel em Janeiro 17, 2017, 10:09:27 am
As coisas estão a azedar dentro do Exército.

Caso dos Comandos. General mandou cancelar a Prova Zero mas os exercícios continuaram
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-01-13-Caso-dos-Comandos.-General-mandou-cancelar-a-Prova-Zero-mas-os-exercicios-continuaram

General terá mandado suspender Prova Zero mas Comandos ignoraram ordem
http://observador.pt/2017/01/13/general-tera-mandado-suspender-prova-zero-mas-comandos-ignoraram-ordem/

Comandante das Forças Terrestres acusado por médico de ignorar conselho para suspender curso
http://observador.pt/2016/12/13/comandos-comandante-das-forcas-terrestres-acusado-por-medico-de-ignorar-conselho-para-suspender-curso/

Comandos ignoraram ordem para suspender curso fatal
https://www.publico.pt/2017/01/13/sociedade/noticia/chefe-militar-mandou-parar-prova-dos-comandos-mas-esta-prosseguiu-na-manha-seguinte-1758108

Comandos terão ignorado ordem para suspender o curso
http://rr.sapo.pt/noticia/73327/comandos_terao_ignorado_ordem_para_suspender_o_curso

Comandos terão ignorado ordem de general para suspender curso
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2017-01-13-Comandos-terao-ignorado-ordem-de-general-para-suspender-curso

Estas confirman aquilo que temos dito neste forum.

O atual Regimento Comandos, atua como uma especia de gang/mafia dentro do Exercito e prejudica a totalidade das FFAA.

Sem falar do roubo de armas tempo atraz, e quem sabe se os assaltos que tem havido por o pais fora, com uso de armas e explosivos nao tem a ver com isso?
Depois ainda soube recentemente que varias unidades de segurança privadas sao dirigidas por pessoas que passaram pelos comandos...

Eu se tivesse poderes ja tinha acabado com essa unidade, que foi uma grande unidade durante as guerras do ultramar igualmente como os Caçadores durante as guerras Napoleonicas.

O pessoal atual do Regimento de Comandos, passagem para a reserva.

Antes do atuais comandos, durante uma decada as FFAA estiveram envolvidas em varias missoes no estrangeiro, Bosnia/Kosovo/Timor etc... E nao tivemos problemas graves.

Com os meios financeiros e humanos do Regimento de Comandos, reforçamos o CTOE e os Paras.

E para boinas vermelhas ja temos o pessoal da cruz vermelha que usa essa cor ou parecida.

Os Comandos devem ficar na historia como uma grande unidade de um passado historico bom ou mal de Portugal. E nao acabar no lixo da historia.
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Janeiro 17, 2017, 08:01:03 pm
Depois ainda soube recentemente que varias unidades de segurança privadas sao dirigidas por pessoas que passaram pelos comandos...

São suspeitos de algum crime? É que eu saiba ter uma empresa de segurança privada é legal.
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Crypter em Janeiro 17, 2017, 10:03:07 pm
Não tenho paciência para essa jornalista...

Pensava que era o único..
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: carlospires em Janeiro 17, 2017, 11:26:02 pm
As coisas estão a azedar dentro do Exército.

Caso dos Comandos. General mandou cancelar a Prova Zero mas os exercícios continuaram
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-01-13-Caso-dos-Comandos.-General-mandou-cancelar-a-Prova-Zero-mas-os-exercicios-continuaram

General terá mandado suspender Prova Zero mas Comandos ignoraram ordem
http://observador.pt/2017/01/13/general-tera-mandado-suspender-prova-zero-mas-comandos-ignoraram-ordem/

Comandante das Forças Terrestres acusado por médico de ignorar conselho para suspender curso
http://observador.pt/2016/12/13/comandos-comandante-das-forcas-terrestres-acusado-por-medico-de-ignorar-conselho-para-suspender-curso/

Comandos ignoraram ordem para suspender curso fatal
https://www.publico.pt/2017/01/13/sociedade/noticia/chefe-militar-mandou-parar-prova-dos-comandos-mas-esta-prosseguiu-na-manha-seguinte-1758108

Comandos terão ignorado ordem para suspender o curso
http://rr.sapo.pt/noticia/73327/comandos_terao_ignorado_ordem_para_suspender_o_curso

Comandos terão ignorado ordem de general para suspender curso
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2017-01-13-Comandos-terao-ignorado-ordem-de-general-para-suspender-curso

Estas confirman aquilo que temos dito neste forum.

O atual Regimento Comandos, atua como uma especia de gang/mafia dentro do Exercito e prejudica a totalidade das FFAA.

Sem falar do roubo de armas tempo atraz, e quem sabe se os assaltos que tem havido por o pais fora, com uso de armas e explosivos nao tem a ver com isso?
Depois ainda soube recentemente que varias unidades de segurança privadas sao dirigidas por pessoas que passaram pelos comandos...

Eu se tivesse poderes ja tinha acabado com essa unidade, que foi uma grande unidade durante as guerras do ultramar igualmente como os Caçadores durante as guerras Napoleonicas.

O pessoal atual do Regimento de Comandos, passagem para a reserva.

Antes do atuais comandos, durante uma decada as FFAA estiveram envolvidas em varias missoes no estrangeiro, Bosnia/Kosovo/Timor etc... E nao tivemos problemas graves.

Com os meios financeiros e humanos do Regimento de Comandos, reforçamos o CTOE e os Paras.

E para boinas vermelhas ja temos o pessoal da cruz vermelha que usa essa cor ou parecida.

Os Comandos devem ficar na historia como uma grande unidade de um passado historico bom ou mal de Portugal. E nao acabar no lixo da historia.

" Sr. Miguel" ,  com este comentário só mostra que é um ressabiado  que levou no focinho com fartura do pessoal dos Comandos...
Tem mas é respeito pela especialidade e nao digas asneiras.
Quem tiver que ser castigado, que seja, mas não digas asneiras dessas meu triste.

MAMA SUMAE
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Alvalade em Janeiro 17, 2017, 11:56:51 pm
Não tenho paciência para essa jornalista...

Pensava que era o único..

Toda a gente já percebeu o objectivo dela .
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Miguel em Janeiro 18, 2017, 12:50:50 pm
As coisas estão a azedar dentro do Exército.

Caso dos Comandos. General mandou cancelar a Prova Zero mas os exercícios continuaram
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-01-13-Caso-dos-Comandos.-General-mandou-cancelar-a-Prova-Zero-mas-os-exercicios-continuaram

General terá mandado suspender Prova Zero mas Comandos ignoraram ordem
http://observador.pt/2017/01/13/general-tera-mandado-suspender-prova-zero-mas-comandos-ignoraram-ordem/

Comandante das Forças Terrestres acusado por médico de ignorar conselho para suspender curso
http://observador.pt/2016/12/13/comandos-comandante-das-forcas-terrestres-acusado-por-medico-de-ignorar-conselho-para-suspender-curso/

Comandos ignoraram ordem para suspender curso fatal
https://www.publico.pt/2017/01/13/sociedade/noticia/chefe-militar-mandou-parar-prova-dos-comandos-mas-esta-prosseguiu-na-manha-seguinte-1758108

Comandos terão ignorado ordem para suspender o curso
http://rr.sapo.pt/noticia/73327/comandos_terao_ignorado_ordem_para_suspender_o_curso

Comandos terão ignorado ordem de general para suspender curso
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2017-01-13-Comandos-terao-ignorado-ordem-de-general-para-suspender-curso

Estas confirman aquilo que temos dito neste forum.

O atual Regimento Comandos, atua como uma especia de gang/mafia dentro do Exercito e prejudica a totalidade das FFAA.

Sem falar do roubo de armas tempo atraz, e quem sabe se os assaltos que tem havido por o pais fora, com uso de armas e explosivos nao tem a ver com isso?
Depois ainda soube recentemente que varias unidades de segurança privadas sao dirigidas por pessoas que passaram pelos comandos...

Eu se tivesse poderes ja tinha acabado com essa unidade, que foi uma grande unidade durante as guerras do ultramar igualmente como os Caçadores durante as guerras Napoleonicas.

O pessoal atual do Regimento de Comandos, passagem para a reserva.

Antes do atuais comandos, durante uma decada as FFAA estiveram envolvidas em varias missoes no estrangeiro, Bosnia/Kosovo/Timor etc... E nao tivemos problemas graves.

Com os meios financeiros e humanos do Regimento de Comandos, reforçamos o CTOE e os Paras.

E para boinas vermelhas ja temos o pessoal da cruz vermelha que usa essa cor ou parecida.

Os Comandos devem ficar na historia como uma grande unidade de um passado historico bom ou mal de Portugal. E nao acabar no lixo da historia.

" Sr. Miguel" ,  com este comentário só mostra que é um ressabiado  que levou no focinho com fartura do pessoal dos Comandos...
Tem mas é respeito pela especialidade e nao digas asneiras.
Quem tiver que ser castigado, que seja, mas não digas asneiras dessas meu triste.

MAMA SUMAE

Esta sua resposta, mostra o fraco nivel das pessoas que passam pelos comandos, hoje precisamos de pessoas cultas e com controlo emotivo para servir as FFAA, e nao de pessoas destabilizadas e sem um minimo de educaçao e cultura.

E por acaso nao levei no "focinho" de nenhum "comando".

Estude, leia, discute com pessoas com ideias advesas para fazer sua propria opiniao e deixe de pensar que tudo se resolve "a pancada" o bofetadas.

Nunca se esqueça que as FFAA sao nada mais que um instrumento politico.

Sobre o envio de Comandos para a RCA, apenas vai servir o novo presidente Guterres.
Se algums diziam que durante a IWW Portugal tinha vendido soldados, agora estamos pior porque vendemos soldados para manter tachos em administraçoes internacionais a antigos Boys do PS.

Isto é politica sr "carlos pires"

Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 18, 2017, 02:31:44 pm
Miguel, o contingente Português que foi enviado para a RCA foi a pedido do Estado Maior do Exército Francês. Para isso foram enviados a Portugal representantes, que reunirem-se com os nossos. A dita reunião até foi anunciada cá no forum e apareceu no site do Exército Português. Foi tudo às claras, não houve manobras de bastidores e foi feito muito antes do António Guterres ter chegado a secretário Geral da ONU.
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: HSMW em Janeiro 18, 2017, 05:37:37 pm
Não tenho paciência para essa jornalista...

Pensava que era o único..

Toda a gente já percebeu o objectivo dela .

E digo jornalista para não dizer gaja.
O drama... O horror...
O que sabe esta florzinha sobre a instrução militar?


Miguel.
Não consigo compreender esse ódio de estimação.

Extinga-se também o futebol do Sporting pelos resultados que tem tido!! E com os jogadores que sobram reforça-se o futsal e o atletismo!!!

Instituições militares passam por altos e baixos e as pessoas estão só de passagem e por isso renovam-se e regeneram-se.
Título: Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Janeiro 25, 2017, 06:32:45 am
Depois da Sandra Felgueiras da RTP, foi agora a vez da TVI examinar pormenorizadamente os depoimentos dos instruendos e arguidos no processo em curso.

Citar
Recrutas dos Comandos revelam que beberam água às escondidas

No caso das duas mortes num curso de Comandos, o médico que é arguido disse à juíza que até mandou reforçar a hidratação dos recrutas. Mas nos depoimentos de todos os envolvidos no processo, aos quais a TVI teve acesso, quase todos os candidatos reconhecem tiveram de beber água às escondidas

http://www.tvi24.iol.pt/videos/sociedade/recrutas-dos-comandos-revelam-que-beberam-agua-as-escondidas/5887ced40cf29b86082d7364
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Março 25, 2017, 12:01:17 am
Continuam as revelações potencialmente incómodas, baseadas na consulta dos depoimentos dos instruendos no DIAP

Citar
Dois recrutas do 127º curso de Comandos garantem ter sido impedidos pelos seus superiores de abandonar a recruta quando manifestaram a sua intenção de desistir. Um dos militares que integrava a formação em que morreram Hugo Abreu e Dylan Araújo da Silva disse ao Ministério Público ter-se sentido “um prisioneiro“, obrigado a prosseguir com os exercícios contra a sua vontade. Outros militares sentiram-se “humilhados” por superiores que “desprezavam a vida humana“.

Os depoimentos constam do processo em que o Ministério Público, coadjuvado por inspetores da Polícia Judiciária Militar, investigam os acontecimentos que levaram à morte de dois recrutas de 20 anos, em setembro do ano passado. À procuradora Cândida Almeida e ao major Vasco Brazão, um dos recrutas relata que, na semana que se seguiu à morte do segundo recruta — Dylan Araújo da Silva, a 10 de setembro, vítima de falência hepática na sequência de um golpe de calor –, manifestou a sua vontade de desistir do curso.

http://observador.pt/2017/03/24/comandos-recrutas-desistentes-foram-obrigados-a-continuar-no-curso/


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.atelevisao.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2013%2F01%2FSEXTA_AS_9_0413_0001.jpg&hash=2901c89169393591904ba63b36198543)

Entretanto a Sandra Felgueiras voltou à carga no seu programa da RTP. O tenente coronel arguido no processo terá acusado o comandante do regimento de ter enviado um guião de prova falso para o DIAP.

A parte relativa aos comandos começa aos 12minutos e 50 segundos
http://www.rtp.pt/play/p3138/e280250/sexta-as-9

Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: saojorgexercito em Março 26, 2017, 07:10:14 pm

Entretanto a Sandra Felgueiras voltou à carga no seu programa da RTP. O tenente coronel arguido no processo terá acusado o comandante do regimento de ter enviado um guião de prova falso para o DIAP.
Ainda estou para perceber como um oficial do estado-maior do regimento de comandos pode ser acusado do que seja relativamente à execução de um curso de comandos. Quem sabe o funcionamento de uma unidade sabe que a responsabilidade da secção de formação/instrução, órgão de estado-maior de uma unidade escalão regimento, é fazer guiões e eventualmente horários e levar os mesmos a aprovar ao comandante da unidade. Acabam aqui as suas responsabilidades. A execução é da responsabilidade da cadeia de comando, nunca do seu estado-maior. Este orgao, quanto muito, apoia o comandante na supervisão, mais nada.

Só em casos bastante excecionais (o que não me parece o caso) um oficial do estado-maior tem autoridade funcional sobre um comandante de uma unidade subordinada.
Assim, estranho assim como só agora o comandante de companhia é "chamado à frente" e continuam a perseguir um TCor (na altura Major) oficial do estado -maior da unidade. Fica a ideia que este ultimo foi escolhido por alguém para ser o bode expiatório.

Digo eu, que sei pouco. Quem souber mais do que eu entao que me corrija.
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Março 27, 2017, 04:00:52 pm
A maioria dos candidatos não reunia as condições fisicas minimas para a frequencia do curso?

Citar
Quando confrontado pelo oficial que conduziu o processo, coronel Siborro Reis, de que “no respeitante à parte física, todos [os recrutas] tinham superado as provas físicasde acesso” ao curso, o capitão “disse que durante o estágio” de preparação, nas quatro semanas antes do início do curso, “o desempenho na generalidade do grupo foi aquém do que seria de esperar de um grupo de graduados”.

http://expresso.sapo.pt/revista-de-imprensa/2017-03-27-Comandos.-Capitao-do-curso-diz-que-grupo-era-de-medio-e-baixo-nivel
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Camuflage em Março 27, 2017, 07:56:54 pm
Não reuniam as condições físicas mas também não os expulsaram, nem deixaram sair, o curso foi avante só porque sim.
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 27, 2017, 10:31:46 pm
Eu que tirei a quarta classe à noite e recebi o diploma na farinha Amparo, preciso que citem exactamente a linha onde o dito oficial disse que a rapaziada era de tal maneira frouxa que não tinha passado no estágio. É que para mim sabe-me a desculpa de mau pagador, especialmente porque um dos militares que faleceu é apontado pelos seus camaradas como um dos mais fortes do curso.

Já agora, alguém leu o que o saojorgeexercito escreveu?
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Março 27, 2017, 11:39:51 pm
Citar
Na diligência realizada no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) em Lisboa, o capitão Rui Monteiro foi constituído arguido e, nessa qualidade, utilizou a prerrogativa concedida aos arguidos de não prestar declarações que o possam incriminar.

http://www.dn.pt/portugal/interior/comandante-dos-comandos-indiciado-por-abuso-de-autoridade-remete-se-ao-silencio-5752837.html

http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-03-27-Caso-dos-Comandos-vai-ter-14-arguidos
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Março 28, 2017, 01:44:08 am
Acho muito estúpido aquela conversa "não os deixei sair porque eram fracos", aí prova mesmo que só os queria fazer sofrer, se ainda dissesse "não os deixei sair porque eram fortes e acreditava que eles iam conseguir".

Se a pessoa já não tem condições de completar o curso vai embora para a tropa normal, é que com  este tratamento a pessoa ou morre, ou sai com problemas físicos para o resto da vida, ou sai a odiar aquilo. Mas se a pessoa sair normalmente, ainda pode servir noutras funções, até parece que o exército não tem falta de pessoal.
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Março 31, 2017, 01:37:56 pm
Oficiais admitem que curso de Comandos não reunia condições

Citar
Altas patentes do Exército nas áreas da saúde e psicologia e dois majores que inspeccionaram curso, em que morreram dois recrutas, foram interrogados. Dizem que instrução não devia ter começado.

https://www.publico.pt/2017/03/31/sociedade/noticia/curso-127-nao-tinha-condicoes-para-ser-ministrado-dizem-oficiais-superiores-do-exercito-1767072

Agora é fácil dizer que não devia ter começado, depois de 2 mortos, se tivessem cancelado o curso antes é que era de valor.
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Março 31, 2017, 11:46:02 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.atelevisao.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2013%2F01%2FSEXTA_AS_9_0413_0001.jpg&hash=2901c89169393591904ba63b36198543)

Sandra Felgueiras volta a dedicar o seu programa Sexta ás Nove ao caso dos Comandos. São lidos mais alguns depoimentos  prestados pelos instruendos no DIAP e é feita uma entrevista a um instruendo que tentou desistir do curso. Não o tendo conseguido, provavelmente já perturbado, optou por fugir do quartel durante a noite, refugiando-se em casa dos pais. Após um telefonema do regimento, foi acompanhado de regresso ao quartel pelos pais.

https://www.rtp.pt/noticias/pais/jovem-denuncia-agressoes-e-humilhacoes-no-curso-dos-comandos_v992500
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 01, 2017, 10:40:41 am
Comandos. Próximo curso tem novos instrutores com formação específica

Exército vai implementar "múltiplas medidas de controlo" sistemático à evolução do curso e do estado de saúde dos recrutas.

O 128º curso dos Comandos vai ser conduzido por instrutores diferentes e sujeitos a formação específica prévia na Escola Preparatória de Quadros do Exército, disse o porta-voz do ramo ao DN.

O apoio ao médico presente no local do curso também passa a ser permanente, pois haverá outro clínico na retaguarda - em princípio no Centro de Saúde Militar de Coimbra - com quem, em caso de necessidade e via telefone ou ligação vídeo, poderá tirar dúvidas ou aconselhar-se sobre a melhor decisão a tomar, explicou o tenente-coronel Vicente Pereira.

Quanto à formação prévia que os instrutores vão passar a receber, ela envolve especialistas em várias áreas oriundos do Centro de Saúde Militar de Coimbra, da Academia Militar e do Centro de Psicologia Aplicada do Exército, adiantou Vicente Pereira.

O próximo curso dos Comandos inicia-se no dia 7 de abril e o Exército recebeu pouco mais de uma centena de candidaturas, tanto de civis (recrutamento externo) como de militares do ramo, que já estão a prestar provas de seleção.

"Queremos quebrar o mito de que a instrução dos militares Comandos tem de ir ao limite e sem rede" de suporte, sem no entanto retirar autonomia aos instrutores ou aligeirar o rigor da instrução, até porque "as provas físicas não mudaram", enfatizou o porta-voz do ramo.

Recorde-se que o 127º curso, iniciado em setembro, ficou marcado por duas mortes - uma no primeiro dia e outra uma semana depois - e múltiplos internamentos, que levaram à suspensão de novas edições. O sucedido levou à abertura de vários inquéritos internos e a uma investigação criminal que nesta altura já tem uma dezena de arguidos, bem como à revisão de alto a baixo a todos os procedimentos relativos ao curso.

Fazer com que a instrução dada aos mancebos seja dada da mesma forma, independentemente de quais os monitores envolvidos, e que eles estejam habilitados a detetar sintomas de excesso de esforço por parte dos instruendos são objetivos da formação a dar aos instrutores, indicou Vicente Pereira.

A aprovação do chamado referencial dos cursos foi um dos aspetos centrais dos trabalhos de revisão feitos pelo Exército, os quais envolveram, entre múltiplos aspetos, a definição dos procedimentos adequados ao desenvolvimento e organização do curso; a sua necessidade, âmbito, natureza ou duração - que passa de 12 para 16 semanas e de três para quatro fases, sendo a primeira dedicada a preparar os recrutas para as etapas seguintes (treino individual, de equipa e em grupo).

Ainda no plano do acompanhamento clínico dos instruendos, onde a gestão do esforço que lhes é pedido passou a ter importância crítica, o porta-voz do Exército realçou que o controlo sistemático dos níveis de toxicidade na urina passará a ser constante ao logo do curso e com especial incidência nos primeiros dias.

Relativamente às condições físicas dos instruendos, fontes do ramo envolvidas neste processo admitiram ao DN que possa ser alargado aos cursos de Comandos uma medida já em aplicação na Academia Militar.

O objetivo é reduzir as chamadas "taxas de atrição" - desistências - de candidatos nas fases iniciais do curso por falta de preparação adequada, deixando-os prosseguir de "forma condicional" mais algumas semanas, preparando-se adequadamente, para voltarem a repetir, já com caráter eliminatório, os mesmos testes e ou exercícios.

Vicente Pereira escusou-se a dar pormenores sobre essa possibilidade, argumentando que o importante é aplicar as medidas corretivas definidas e avaliar os resultados para consolidar todo o processo formativo.

Recorde-se que as alterações aprovadas foram basicamente cinco: um novo sistema de informação clínica (onde há acesso aos dados existentes no Hospital das Forças Armadas); provas de acesso, classificação e seleção mais específicas e exigentes; o citado referencial de curso; o aumento do controlo dos riscos ao longo do tempo - número máximo de horas de treino ou de litros de água em função dos diferentes níveis de temperatura e humidade locais - e também a referida formação adicional e específica dada aos instrutores.

http://www.dn.pt/portugal/interior/comandos-proximo-curso-tem-novos-instrutores-com-formacao-especifica-5758978.html
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Abril 02, 2017, 12:46:56 am
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.atelevisao.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2013%2F01%2FSEXTA_AS_9_0413_0001.jpg&hash=2901c89169393591904ba63b36198543)

Sandra Felgueiras volta a dedicar o seu programa Sexta ás Nove ao caso dos Comandos. São lidos mais alguns depoimentos  prestados pelos instruendos no DIAP e é feita uma entrevista a um instruendo que tentou desistir do curso. Não o tendo conseguido, provavelmente já perturbado, optou por fugir do quartel durante a noite, refugiando-se em casa dos pais. Após um telefonema do regimento, foi acompanhado de regresso ao quartel pelos pais.

https://www.rtp.pt/noticias/pais/jovem-denuncia-agressoes-e-humilhacoes-no-curso-dos-comandos_v992500

O Coronel Duarte Costa, porta voz do exercito à data de inicio do ultimo curso de Comandos, reage no facebook ao tratamento dado ao caso no ultimo programa de Sandra Felgueiras.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.operacional.pt%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F05%2F14-lancamento-livro-do-bcp21.jpg&hash=6bbcb55700b63216c13167ab4856a534)

Citar
“Statement” inicial: sinto-me profundamente insultado pela comunicação social, nomeadamente por aquela que sob a manto da designação de jornalismo de investigação, se permite insinuar, sugestionar, instigar, em suma, bacorejar sobre o que pretensamente investigam. Mas investigam mal, de maneira deturpada, insidiosamente provocando o erro fácil de vender com o intuito de promover não a verdade factual mas a perceção errónea da realidade.
Passo a explicar.

https://pt-pt.facebook.com/AOFA.Oficiais.das.Forcas.Armadas/posts/1416641928355875
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Abril 05, 2017, 01:50:45 pm
Oficial do curso 127 acusa Comandos de falsificar documento da prova

Citar
O tenente-coronel Mário Maia defende que a hierarquia militar alterou o guião da Prova Zero já depois da morte dos dois instruendos. Comandos admitem ter havido mudanças no documento, mas antes das mortes.

http://expresso.sapo.pt/dossies/diario/2017-04-04-Oficial-do-curso-127-acusa-Comandos-de-falsificar-documento-da-prova
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lusitano89 em Abril 06, 2017, 11:56:41 am
Arguido no processo da morte de dois Comandos condecorado


Um dos arguidos no caso da morte de dois instruendos do 127.º curso de Comandos, o capitão-médico Miguel Domingues, foi condecorado esta quarta-feira com a medalha de comportamento exemplar no grau prata.

Miguel Domingues, um dos 18 arguidos no inquérito, é condecorado com a medalha que premeia “a exemplar conduta moral e disciplinar”.

Uma situação confirmada à Renascença pelo porta-voz do Exército, tenente coronel Vicente Pereira, que explicou tratar-se de um procedimento automático. Vicente Pereira explicou que o procedimento foi activado antes do 127.º curso de Comandos.

“É bom referir que, de acordo com o regulamento, esta medalha é concedida a todos os militares que completem 15 anos de serviço efectivo sem qualquer pena disciplinar ou criminal até ao momento em que ela é conferida”, diz. "Em Setembro de 2016 ele completou os tais 15 anos sem qualquer pena disciplinar e ao serviço do Exército com competência e demonstração das suas capacidades. Como tal é de toda a justiça que ele, em Setembro de 2016, ao completar os 15 anos, que receba a medalha".

O Exército "não teme" eventuais más interpretações da condecoração. "Não há motivo nenhum legal, nem seria correcto da parte do Exército criar um motivo artificial para que o militar não receba a medalha", diz. "E esperamos que o militar continue a servir o Exército com a mesma dedicação."
Convidado do programa Carla Rocha – Manhã da Renascença , o tenente-coronel Vicente Pereira revelou ainda novos detalhes sobre o curso 128.º de Comandos, que começa esta sexta-feira.

Em Setembro de 2016, no decorrer do 127.º curso de Comandos, morreram dois militares na sequência de um golpe de calor. O curso registou também o maior número de desistências dos últimos quatro, com 27 dos 67 formandos iniciais a decidirem abandonar a formação.

O processo sobre a morte dos recrutas dos comandos Hugo Abreu e Dylan Araújo Silva tem agora 18 arguidos, faltando ainda ouvir o tenente-coronel Mário Maia, director do curso e destacado em missão em Angola, que informou o Ministério Público estar apenas disponível para vir a Portugal em Junho.


>>>>>>  http://rr.sapo.pt/noticia/80488/arguido_no_processo_da_morte_de_dois_comandos_condecorado?utm_source=rss
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 06, 2017, 12:55:40 pm
Comandos atraem jovens, apesar das mortes e falhas

Alguns dos 106 candidatos ao 128.º curso, que começa amanhã, ainda aguardam resultados clínicos ou repetem provas físicas.

O renovado curso dos Comandos, na sua 128ª edição e agora sob a direção do major Rui Moura, começa amanhã com várias mudanças e fortes medidas de controlo da sua aplicação. Quanto ao número inicial de recrutas, ainda é desconhecido porque alguns dos 106 candidatos ainda vão realizar esta quinta-feira exames médicos complementares ou repetir provas físicas.

"Há candidatos que já passaram e outros que já chumbaram, mas ainda há" alguns cuja decisão final está dependente dos "resultados clínicos complementares e de provas físicas de segunda oportunidade", explicou ontem ao DN o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstatic.globalnoticias.pt%2Fstorage%2FDN%2F2017%2Fmedium%2Fng8434518.jpg&hash=3327ed416ac2844f9e9aa258095447fb)

As mudanças foram aprovadas após as duas mortes e múltiplos internamentos que marcaram o curso anterior, iniciado em setembro de 2016 sob temperaturas acima dos 40 graus centígrados e que levaram à suspensão dos cursos posteriores - mas sem que o impacto público do caso diminuísse o interesse dos potenciais candidatos, cujo número se manteve "em linha" com os registados nos anos anteriores, observou há dias o ministro da Defesa.

Duas das novas medidas são um novo corpo de duas dezenas de instrutores com formação específica prévia e o apoio permanente ao médico do curso, dado por outro clínico - de serviço no Centro de Saúde Militar de Coimbra - com quem, em caso de necessidade, o primeiro poderá tirar dúvidas ou aconselhar-se sobre a melhor decisão a tomar.

Quanto à formação prévia dada aos instrutores, ela envolveu especialistas oriundos do Centro de Saúde Militar de Coimbra, da Academia Militar e do Centro de Psicologia Aplicada do Exército, adiantou Vicente Pereira. Fazer com que a instrução dada aos mancebos seja dada da mesma forma e que os formadores estejam habilitados a detetar sintomas de excesso de esforço por parte dos instruendos são objetivos a atingir.

Ainda no plano do acompanhamento clínico dos instruendos, onde a gestão do esforço que lhes é pedido passou a ter importância crítica, Vicente Pereira informou que o controlo sistemático dos níveis de toxicidade na urina passará a ser constante ao logo do curso e com particular incidência nos primeiros dias.

A aprovação do chamado referencial dos cursos foi outro aspeto central dos trabalhos de revisão feitos pelo Exército, os quais envolveram, entre múltiplos aspetos, a definição dos procedimentos adequados ao desenvolvimento e organização do curso; a sua necessidade, âmbito, natureza ou duração - que passa de 12 para 16 semanas e de três para quatro fases, sendo a primeira dedicada a preparar os recrutas para as etapas seguintes (treino individual, de equipa e em grupo).

Ao longo do curso, que termina a 28 de julho, os instruendos vão receber treino e formação em múltiplas áreas: técnicas de combate, navegação terrestre, treino físico militar, sobrevivência, armamento e tiro, socorrismo, operações, transmissões ou sapadores (manusear explosivos).

Essa preparação particularmente exigente em termos físicos e psicológicos visa habilitar os futuros membros daquela força especial do Exército para executar, entre outras, operações de combate ofensivo em condições de "elevado risco e exigência". Não será por acaso que um antigo comandante das forças da NATO no Afeganistão, o general britânico David Richards, disse dos Comandos (citado num documento interno do ramo) que eram "verdadeiros heróis, uma tropa excelente, corajosa e destemida, um exemplo a nível estratégico".

O mesmo general, que teve uma companhia de Comandos às suas ordens em Cabul, acrescentou mesmo que "todos os generais em qualquer palco de guerra precisam de uma força de reserva, pronta para qualquer imprevisto. No início, a NATO não me deu ninguém. Até que, por fim, os bravos portugueses ofereceram esta companhia [cujos soldados] são as minhas forças preferidas no Afeganistão".

http://www.dn.pt/portugal/interior/comandos-atraem-jovens-apesar-das-mortes-e-falhas-5774110.html
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 06, 2017, 12:57:58 pm
É interessante ver o gráfico... dá para perceber-se muitas coisas.
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: saojorgexercito em Abril 06, 2017, 10:29:45 pm
É interessante ver o gráfico... dá para perceber-se muitas coisas.
Dá para perceber o quê? Mais eliminações do foro médico? Estás a visualizar outras leituras?
Abrc
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 07, 2017, 10:18:50 am
É interessante ver o gráfico... dá para perceber-se muitas coisas.
Dá para perceber o quê? Mais eliminações do foro médico? Estás a visualizar outras leituras?
Abrc

Só posso fazer uma certa comparação com a realidade que eu conheço. Na minha recruta antes da semana de campo a brigada do reumático eram menos de 20 e eram todos acompanhados pelo médico e já se sabia que em principio não continuariam, excepto a galinha que de vez enquanto engrenava nesse grupinho. Depois da semana de campo entramos nas duas semana de adaptação ao Curso de Pára-quedismo e ao mesmo tempo preparávamos para o juramento de Bandeira. Aí o pessoal sentiu que já não tinha que arranhar porque uma boa parte queria mesmo era desistir. Por isso de repente tínhamos por vezes mais de meia Companhia na "brigada do reumático". As lesões eram a desculpa que arranjaram para não arranhar as sessões de toros, calestenias, crosses, pista de cordas e pista em circuito. Quando finalmente chegamos ao Curso como era esperado para aí metade do pessoal desistiu, incluindo um Cabo do arremacho que só tinha que fazer o Curso para ganhar a Boina Verde (segundo ele tinha arranhado mais naquelas 2 semanas do que em todo o tempo de Instrução militar que tinha anteriormente).

Olhando para o gráfico dá para perceber que a partir de uma certa altura deixa de haver desistentes... eu também tive dois casos assim e sei o que a casa gasta. Verdade seja dita depois que fizeram a sub-especialidade já não quiseram ir embora e ficaram nos Páras vários anos. É claro que quando não "há" desistentes o número de "lesionados" aumenta e muito. Também aposto que muitos que foram eliminados por aptidão técnica eram pessoal que queria desistir à muito...
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 07, 2017, 10:26:58 am
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"O 128º Curso de Comandos será ministrado por uma equipa de 19 formadores (5 Oficiais e 14 Sargentos) e constituído por 67 formandos, sendo 4 Oficiais, 15 Sargentos (3 deles ainda condicionais) e 48 Praças – 15 Internos e 33 Externos (15 deles ainda condicionais). Os militares “condicionais” carecem de confirmação dos resultados de Provas Físicas a realizar imediatamente antes do início do curso", diz o comunicado.

Outra coisa é certa: nenhum dos formadores do curso 127 vai integrar as equipas de formação do 128. Onze deles são, aliás, arguidos no inquérito-crime em curso.

O rácio entre os Formadores e os Formandos vai ser uma coisa anormal, ou estou a ver mal? :o

Citar
O ministro da defesa, Azeredo Lopes, garantiu recentemente que na selecção haveria “exames médicos muito mais completos e transversais do que aqueles que até agora eram realizados aos candidato” e também “indicações muito claras sobre os limites que devem ser aplicados na formação”.

E isto vai ser transversal às Tropas Especiais ou é só para os Comandos? E vai continuar ou é apenas para Inglês ver...

Já agora, alguém sabe porque é que ele meteram o estágio no curso, passando o mesmo de 12 para 16 semanas?
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Abril 07, 2017, 11:21:59 am
E isto vai ser transversal às Tropas Especiais ou é só para os Comandos? E vai continuar ou é apenas para Inglês ver...

O porta-voz do Exército, no sexta às 11, disse as alterações na selecção, pelo menos as médicas, vão ser apliacadas a todas as tropas especiais do exército.

Citar
Já agora, alguém sabe porque é que ele meteram o estágio no curso, passando o mesmo de 12 para 16 semanas?

Eu também já estava para perguntar isso aqui, então já não existia um estágio de preparação para o curso de comandos?

Citar
Estágio de preparação

Após realizarem com sucesso os pré-requisitos, os candidatos ao Curso de Comandos terão de frequentar um estágio de preparação, com duração de 3 semanas, que tem como finalidade preparar e dotar o militar, a nível físico e técnico, para que este consiga iniciar o Curso de Comandos com as condições consideradas necessárias.
https://www.exercito.pt/pt/recrutamento/tropas-especiais/comandos

Ou só aumentaram uma semana ao estágio e "inseriram-no" oficialmente no curso, ou agora há dois estágios, um antes do curso e outro no inicio do curso?
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 07, 2017, 11:52:53 am
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Ao i, o Exército explicou que a duração deste estágio foi alargada de três para quatro semanas em 2014 após se verificarem elevadas taxas de desistências.

https://ionline.sapo.pt/525132

Citação de: Coronel INF CMD Marco Serronha
Nós sabemos que em Cursos desta natureza, de grande exigência física como o Curso dos Comandos, a sua duração não pode ser de um ano. O Curso de Comandos, está provado, tem que andar em períodos que oscilam entre as 12 e as 14 semanas, para que todo aquele ritmo e aquela insistência que nós queremos dar, permitam que não tenhamos taxas de desistência elevada. Este é portanto o período indicado; contudo como o número de horas não estica e a carga horária na minha opinião é superior aquilo que deveria ser, tendo uma média de 12 horas de instrução por dia, o período de descanso acaba por ser bastante curto, e isso é uma questão que me preocupa.

Isto foi em 2008.
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lusitano89 em Abril 07, 2017, 07:12:02 pm
Em Resumo

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimgur.com%2FLa37KZb.jpg&hash=757eff2e4dda8f6629b199cf9cb4b876)
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Sertorio em Junho 14, 2017, 11:02:23 pm
Citar
Eu disse claramente aos instrutores que, se não me deixassem sair, eu ia embora, eu avisei-os”, garante o instruendo. “Eles acharam que eu ia prejudicar o meu corpo só porque eles queriam, mas não”.

Entretanto, os exercícios continuavam. “Vi que a conversa com o sargento não resultou e fui falar com um alferes”, diz Tiago. Era obrigatório percorrer a cadeia hierárquica. Mas a segunda conversa também não teve o resultado esperado: “Disse-me que a minha situação estava a ser resolvida e para voltar para a instrução”. A mesma instrução de que queria desistir ministrada por instrutores que já tinham essa informação.

http://observador.pt/especiais/comandos-a-historia-do-recruta-que-fugiu-do-curso-fatal/
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Camuflage em Junho 15, 2017, 11:01:47 am
Eu espero que o Exército tenha uma atitude exemplar nesta matéria de deixe de andar a abafar este tipo de casos. Quem viola a lei e as regras deve ser severamente punido em vez de passaram o paninho quente.
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Junho 21, 2017, 10:17:55 am
Comandos. 19 militares acusados de 489 crimes

http://observador.pt/2017/06/20/comandos-19-militares-acusados-de-489-crimes/
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 21, 2017, 11:03:34 am
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Para dar um exemplo de como o universo de crimes chegou a um número tão elevado, é preciso ter em conta que o Ministério Público, na investigação às mortes, recolheu provas de que, entre outros factos, vários dos instrutores do curso 127 lançaram instruendos para as silvas.

Essa prática, que não consta do guião da Prova Zero, foi multiplicada por cada um dos recrutas e pelos vários instrutores que repetiram essa ação. Há seis militares — Pedro Fernandes, Gonçalo Fulgêncio, Tiago Arsénio, Fábio António, Joel Gonçalves e José Pires — que têm entre 50 e 59 crimes. Só aqui estão contabilizados 352 crimes, o grosso das acusações.

A sério?!... Este pessoal não sabe o que são as Tropas Especiais, nem o que isso implica, pois não?! Eu fiz isso na semana de campo da recruta e até a posição de elefante pensante fiz em cima das silvas.
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: LM em Junho 21, 2017, 02:44:25 pm
Não sou formado em direito nem tenho experiência em treino de TE... mas atrás já tinha referido o meu receio com a falta de "sensibilidade" do MP em um caso destes - iriam ver todas as acções dos instrutores pela sua referencias pessoais, pelas regras "civis" usuais. Esta das silvas é um exemplo.   
Título: Re: Mortes nos Comandos em Portugal!
Enviado por: Lightning em Abril 05, 2022, 11:59:27 pm
https://sicnoticias.pt/pais/ministerio-publico-acusa-coronel-de-falsificacao-de-documento-no-caso-dos-comandos/