Presente e futuro da Marinha de Guerra Portuguesa

  • 327 Respostas
  • 75632 Visualizações
*

migbar2

  • Perito
  • **
  • 334
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #255 em: Maio 27, 2009, 01:16:50 am »
luis filipe silva escreveu:
"AAW é sempre de longo alcance. De médio alcance temos os Seasparrow."





Caro folega , os misseis Seasparrow não são de defesa de ponto e sim de área é verdade, mas de qualquer das formas são de curto alcance. Se fossem de defesa de ponto seriam de muito curto alcance. Julgo que para se considerar que um missil é de médio alcance deveria têr uma capacidade de intercepção de um avião rápido em voo rasante pelo menos perto dos 30 Km (o Aster 15 por exemplo). Ora os Seasparrow vão a uns 15 Km no caso de aviões rápidos em voo rasante e talvez a uns 23/24 Km no caso de helicopteros.
 

*

luis filipe silva

  • Investigador
  • *****
  • 2049
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-1
(sem assunto)
« Responder #256 em: Maio 27, 2009, 02:28:56 am »
Migbar escreveu:
Citar
Caro folega , os misseis Seasparrow não são de defesa de ponto e sim de área é verdade, mas de qualquer das formas são de curto alcance. Se fossem de defesa de ponto seriam de muito curto alcance. Julgo que para se considerar que um missil é de médio alcance deveria têr uma capacidade de intercepção de um avião rápido em voo rasante pelo menos perto dos 30 Km (o Aster 15 por exemplo). Ora os Seasparrow vão a uns 15 Km no caso de aviões rápidos em voo rasante e talvez a uns 23/24 Km no caso de helicopteros.
Obrigado pelo esclarecimento Migbar. Eu referia-me à citação do colega Legionário:
Citar
Devido ao perigo de ataque pela aviaçao inimiga , ou para dissuadir um ataque desta natureza, conviria que a nossa força naval tivesse AAW...de curto, médio e até longo alcance , nao ?

Neste caso eu referi-me a navios AAW, e não considero o Seasparrow nem os ESSM e Aster 15 um míssil de defesa de área, mas de defesa pontual ou seja médio alcance. Defesa de área considero um missil como o Standard MR/ER, o Sea Dart, e o Aster 30.
Mistral, Stinger, Chaparral, como CIWS.
-----------------------------
saudações:
Luis Filipe Silva
 

*

sivispacem

  • Perito
  • **
  • 587
  • Recebeu: 168 vez(es)
  • Enviou: 27 vez(es)
  • +42/-11
(sem assunto)
« Responder #257 em: Maio 27, 2009, 10:24:27 am »
Citação de: "P44"


penso que o contrário seria melhor (substituir  as CL 100mm pelas OM 76mm, nas VdG)

Segundo li, as OM 76mm são mais modernas, eficientes e possuem uma maior cadência de tiro.

além de que, em matéria de idade, as CL 100mm são de meados da década de 70 e as OM da década de 90!


Será mesmo? A versão das CL instalada nas VdG é a mais recente, creio.... embora seja certo que o desenho original remonta aos anos 60, sim.

E numa altura em que cada vez mais se equaciona o aumento do calibre das peças de artilharia naval (há experièncias com 155mm, por exemplo) não sei se em termos teóricos essa seria a melhor opção

A OM é uma boa peça, ao que dizem os entendidos, mas também tem as suas limitações - por exemplo,  em situações de bombardeamento de alvos terrestres parece-me que não deverá ser muito eficaz...

Mas isto é mesmo 'pensar alto', admito estar errado...

Cpmts
Carlos Ferreira

Mas
 

*

Instrutor

  • Investigador
  • *****
  • 1309
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #258 em: Maio 27, 2009, 10:32:23 am »
Citação de: "luis filipe silva"
Legionário escreveu:
Citar
Um outro regime toma o poder na Indonésia . O novo governo decide de provocar incidentes fronteiriços com Timor e de destabilizar a situaçao interna para justificar uma invasao e recuperar o pais.
Tomara nós termos forças armadas para nos defendermos (exército e força aérea) , quanto mais defender Timor a milhares de quilómetros.

Citar
Devido ao perigo de ataque pela aviaçao inimiga , ou para dissuadir um ataque desta natureza, conviria que a nossa força naval tivesse AAW...de curto, médio e até longo alcance , nao ?
AAW é sempre de longo alcance. De médio alcance temos os Seasparrow.

Citar
Volto a dizer, que se o papel da Marinha ( o das fragatas mais exatamente) for o que tem sido até hoje : Otan, Otan e Otan, ... é pa, entao acho que nem vale a pena sequer ter tantos navios. Uns patrulhas e uns avioes como tem a Irlanda, e ja da muito bem .
E sabe quem pagou 60% das três fragatas VG? A OTAN.

Lightning escreveu:
Citar
Nem é necessário tanto, basta apenas que a Nigéria envie uma das suas fragatas para essa àrea que São Tomé e Principe não tem capacidade de a expulsar.
A Nigeria só tem uma fragata. A Aradu. Com o dinheiro do petróleo, S. Tomé e Principe que se arme.


Muito bem Luis Filipe, afinal nós somos Pais de de alguém? quer dizer nem se quer me vou prelongar para nao ferir suceptibilidades nem criar aqui algum incidente diplomático :lol:  :lol: deveremos dar apoio sim agora enviar militares ou outro tipo de equipamento para defender os interesses de outra nação a solo?????? Não concordo nem 99.9% da população, dentro dos parametros NATO/ONU tudo muito bem em missoes de manutenção de paz agora ir para a guerra com outro país por causa de interesses que não estamos a usufruir em nada, nao me parece sensato. Ja estamos ajudar em muito com os protocolos tecnico-militares com os Palops e especialmente com a patrulha de aguas de cabo verde com uma corveta para combater a imigração ilegal e com um aviocar, de resto que se armem e se defendam.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18013
  • Recebeu: 5407 vez(es)
  • Enviou: 5715 vez(es)
  • +7061/-9428
(sem assunto)
« Responder #259 em: Maio 27, 2009, 10:33:19 am »
Citar
Será mesmo? A versão das CL instalada nas VdG é a mais recente, creio.... embora seja certo que o desenho original remonta aos anos 60, sim.


pois, mas pelo que percebi, a sua sugestão era aproveitar as CL das Baptista de Andrade, certo?  :wink:  e essas são de meados da década de 70.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

Instrutor

  • Investigador
  • *****
  • 1309
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #260 em: Maio 27, 2009, 10:39:43 am »
Citação de: "sivispacem"
Citação de: "P44"


penso que o contrário seria melhor (substituir  as CL 100mm pelas OM 76mm, nas VdG)

Segundo li, as OM 76mm são mais modernas, eficientes e possuem uma maior cadência de tiro.

além de que, em matéria de idade, as CL 100mm são de meados da década de 70 e as OM da década de 90!

Será mesmo? A versão das CL instalada nas VdG é a mais recente, creio.... embora seja certo que o desenho original remonta aos anos 60, sim.

E numa altura em que cada vez mais se equaciona o aumento do calibre das peças de artilharia naval (há experièncias com 155mm, por exemplo) não sei se em termos teóricos essa seria a melhor opção

A OM é uma boa peça, ao que dizem os entendidos, mas também tem as suas limitações - por exemplo,  em situações de bombardeamento de alvos terrestres parece-me que não deverá ser muito eficaz...

Mas isto é mesmo 'pensar alto', admito estar errado...

Cpmts
Carlos Ferreira

Mas


Contra alvos terrestres poderemos sempre contar com os misseis Harpoon com um alcançe superior a 120km. o alcance das peças de 100mm e 76mm varia ente os 16 a 18km.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

*

luis filipe silva

  • Investigador
  • *****
  • 2049
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-1
(sem assunto)
« Responder #261 em: Maio 27, 2009, 10:46:08 am »
Caro Instrutor. Todos esses países quizeram a independência, e parte dos seus povos lutaram por isso. Concordo que haja ajuda na formação de pessoal técnico, mas só isso. Nino Vieira quando da crise (uma delas) da Guiné, desconfiou sempre das intenções portuguesas, e dificultou bastante a nossa acção na recolha de refugiados. No entanto para lhe dar asilo já servimos. Porque não pediu asilo ao Senegal ou à França?
Arrumemos a nossa casa primeiro, e depois se os outros pedirem, sim senhor.
Quanto a navios de defesa de área, claro que gostava que a MGP os tivesse, gostava que a MGP tivesse dez navios de combate e três submarinos. Ou acha que cinco fragatas e dois submarinos defendem alguma coisa? Apenas no contexto OTAN e em conjunto, que é a tendência de quase todas as marinhas europeis mais pequenas.
-----------------------------
saudações:
Luis Filipe Silva
 

*

Instrutor

  • Investigador
  • *****
  • 1309
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #262 em: Maio 27, 2009, 11:10:46 am »
Concordo plenamente consigo, caro Luis Filipe, as pertenções do caro Legionário eu nao discordo delas tomara eu que o governo compresse 2 ou 3 fragatas AAW e entrassem mais militares para a marinha para as guarnecerem, tomara eu que o governo comprasse em vez de 2, 3 submarinos, tomara eu que os MLU das VdG passassem por equipalas com mais celulas de Seasparrow ou algo mais moderno, mas como não termos muitos recursos financeiros pelo menos que contemplem a defesa, temos de nos preocupar no que realmente necessitamos e que sejam muito urgentes e isso agora devemo-nos focar nos NPO/NPC as LFC e o NAVpol.

Relativamente a questão que o caro Luis frizou, de facto concordo plemamente consigo contudo penso que no fundo os Palops ainda olham com certa desconfiança para Portugal e para os Portugueses, tenho amigos a trabalharem em Cabo Verde e Angola e la encontra-se de tudo pelo que nos dizem, uns gostam de ter la os portugueses a trabalhar e a contribuirem para o desenvolvimento do país outros ainda olham com uma certa discripancia para nós, contudo de uma forma geram são bem recebidos e tratados, penso que a geração mais actual e apos guerra são os que mais aceitam a nossa presença, contudo os paises (Palops) deveriam investir um pouco mais na sua defesa e nao defendo a compra de material muito sofisticado nem em grandes numeros, contudo alguma capacidade militar para defender os seus interesses. Claro que não gostava, mas aceito que se algum dia algum dos PALOps pedirem ajuda militar a Portugal nalgum acto de agressão de algum país, Portugal deverá ajudar mas somente e defendo somente a nível de ONU e com ajuda técnico-militar, agora o envio de avioes blindados vasos de guerra e princicpalemnte militares isso não concordo.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

*

Instrutor

  • Investigador
  • *****
  • 1309
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #263 em: Maio 27, 2009, 11:14:09 am »
Off. topic..........P.S. uma pergunta?

Será que os acordos firmados pelo Tratado da Criação da CPLP, inclui alguma clausula ou aliança militar, que quando algum dos paises membros for atacado os outros paises membros deverao ir em seu auxílio???
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

*

Instrutor

  • Investigador
  • *****
  • 1309
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #264 em: Maio 27, 2009, 11:42:19 am »
Eu sei que é uma pergunta off-topic, estupida sem cabimento mas com alguma probabilidade de poder acontecer, como aconteceu recentemente com dois submarinos nucleares de França da classe Triunphant e da classe inglesa Vanguard, mas imaginemos hipotéticamente este cenário, imaginemos um treino da marinha portuguesa ou treinos/manobras militares da NATO no qual são lançadas cargas anti-submarinos e/ou torpedos, imaginemos que num desses exercícios temos um subamrino russo algures a vigiar e que uma dessas cargas anti-submarinas ou torpedos atingem o dito submarino e o destroi, o que poderia acontecer??? Retaliação russa ou a diplomacia resolveria o problema??
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

*

sivispacem

  • Perito
  • **
  • 587
  • Recebeu: 168 vez(es)
  • Enviou: 27 vez(es)
  • +42/-11
(sem assunto)
« Responder #265 em: Maio 27, 2009, 01:06:42 pm »
Citação de: "P44"
Citar
Será mesmo? A versão das CL instalada nas VdG é a mais recente, creio.... embora seja certo que o desenho original remonta aos anos 60, sim.

pois, mas pelo que percebi, a sua sugestão era aproveitar as CL das Baptista de Andrade, certo?  :N-icon-Axe:
 

*

legionario

  • Investigador
  • *****
  • 1443
  • Recebeu: 319 vez(es)
  • Enviou: 338 vez(es)
  • +224/-4411
(sem assunto)
« Responder #266 em: Maio 27, 2009, 01:52:42 pm »
Citação de: "Instrutor"
Off. topic..........P.S. uma pergunta?

Será que os acordos firmados pelo Tratado da Criação da CPLP, inclui alguma clausula ou aliança militar, que quando algum dos paises membros for atacado os outros paises membros deverao ir em seu auxílio???


Nao ha, mas deveria haver. Assim como o reforço das nossas relaçoes com o mundo hispanico em geral e com a Espanha em particular.

Lusofonia, on avant toute !
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18013
  • Recebeu: 5407 vez(es)
  • Enviou: 5715 vez(es)
  • +7061/-9428
(sem assunto)
« Responder #267 em: Maio 27, 2009, 02:29:41 pm »
Citação de: "luis filipe silva"
Caro Instrutor. Todos esses países quizeram a independência, e parte dos seus povos lutaram por isso. Concordo que haja ajuda na formação de pessoal técnico, mas só isso. Nino Vieira quando da crise (uma delas) da Guiné, desconfiou sempre das intenções portuguesas, e dificultou bastante a nossa acção na recolha de refugiados. No entanto para lhe dar asilo já servimos. Porque não pediu asilo ao Senegal ou à França?
Arrumemos a nossa casa primeiro, e depois se os outros pedirem, sim senhor.


muito bem!  :Palmas:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

luis filipe silva

  • Investigador
  • *****
  • 2049
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-1
(sem assunto)
« Responder #268 em: Maio 27, 2009, 02:41:08 pm »
Instrutor escreveu:
Citar
hipotéticamente este cenário, imaginemos um treino da marinha portuguesa ou treinos/manobras militares da NATO no qual são lançadas cargas anti-submarinos e/ou torpedos, imaginemos que num desses exercícios temos um subamrino russo algures a vigiar e que uma dessas cargas anti-submarinas ou torpedos atingem o dito submarino e o destroi, o que poderia acontecer??? Retaliação russa ou a diplomacia resolveria o problema??

Primeiro os russos tentavam abafar o caso, assim como o Ocidente. Se a coisa transpirasse, haveria um protesto diplomático. Quando há exercícios, eles são sempre divulgados, assim como a área de fogos reais. Se lá estava, não deveria estar. c34x
-----------------------------
saudações:
Luis Filipe Silva
 

*

Instrutor

  • Investigador
  • *****
  • 1309
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #269 em: Maio 27, 2009, 06:26:31 pm »
Obrigado pela explicação caro Luis Filipe, nao me apetecia nada ter ao largo da nossa costa nenhum typhoon carregado de misseis nucleares.
Livra.......
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C