SAS

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dremanu

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SAS
« em: Outubro 20, 2004, 01:29:04 am »
SAS, Special Air Service



Alguem sabe se existe alguma tropa especial portuguesa semelhante a este grupo britânico?
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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OPCOM

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« Responder #1 em: Outubro 20, 2004, 03:20:44 am »
Boas.
Sei que os GOE, embora seja uma força especial policial, tirou as primeiras especializações com SAS, e todo a sua doutrina, equipamento e fardamento, é de inspiração neste corpo Britanico. Actualmente não sei que ligações terão ao SAS.
 

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rjales

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« Responder #2 em: Outubro 20, 2004, 11:55:18 am »
Para haver o mesmo em Portugal tinha que se agrupar as Forças Especiais do Exercito, com o GOE da PSP.

Os SAS são uma especificidade bem britanica, com uma organização pouco logica, mas que funciona :
apesar de ser uma força militar encarregam-se do anti-terrorismo, que noutros paises é confiado a forças policiais.

Se não me engano na Holanda tambem é uma força militar que tem tal atribuição, e que no inicio eram fuzileiros navais. (não me lembro o nome)

O nucleo inicial do GOE (20 ou 30 homens ?) no meio dos anos 80, foi formado no SAS.
Desde antão o GOE desenvolveu seus proprios procedimentos e tecnicas de combate.

Cumprimentos
 

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JNSA

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« Responder #3 em: Outubro 20, 2004, 12:04:27 pm »
Portugal tem várias unidades equivalentes aos SAS. A diferença reside sobretudo no facto de os SAS reunirem várias valências dentro da mesma unidade, ao passo que nós temos várias unidades com missões mais restritas.

As unidades que em Portugal realizam missões atribuídas aos SAS são:
- o GOE, ao nível do contra-terrorismo
- o DAE, que embora seja mais parecido com o SBS, também realiza missões semelhantes aos Boat Troop do SAS
- o CIOE, ao nível da HUMINT e LRRP
 

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RuiMurteira

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« Responder #4 em: Outubro 20, 2004, 03:12:23 pm »
Citar
As unidades que em Portugal realizam missões atribuídas aos SAS são:
- o GOE, ao nível do contra-terrorismo
- o DAE, que embora seja mais parecido com o SBS, também realiza missões semelhantes aos Boat Troop do SAS
- o CIOE, ao nível da HUMINT e LRRP


podem traduzir SBS, HUMINT e LRRP?
 

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Wildcard_pt

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« Responder #5 em: Outubro 20, 2004, 04:06:16 pm »
Se eu n estiver em erro

SBS - Special Boat Service
HUMINT - HUMan INTelligence
LRRP - Long Range Reconnaissance Patrol



JNSA - Quando referes que o CIOE executa missões HUMINT referes-te à obtenção de informação através da colocação de "agentes" no terreno?
Ou a esta definição de HUMINT que encontrei:
"collecting information either by interviewing or tracking a subject of investigation, or by using a combination of 'black' techniques to gain confessions or involuntary disclosure of information. The organization primarily responsible for the collection of HUMINT for the US is the CIA"
Perguntai ao inimigo quem somos
 

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[PT]HKFlash

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« Responder #6 em: Outubro 20, 2004, 05:11:31 pm »
O CIOE é uma espécie de Boinas Verdes (Forças Especiais dos EUA). Estão estacionados em Lamego e são conhecidos pela população por "Rangers".
 

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JNSA

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« Responder #7 em: Outubro 20, 2004, 07:12:57 pm »
Citação de: "Wildcard_pt"
Se eu n estiver em erro

SBS - Special Boat Service
HUMINT - HUMan INTelligence
LRRP - Long Range Reconnaissance Patrol



JNSA - Quando referes que o CIOE executa missões HUMINT referes-te á obtenção de informação através da colocação de "agentes" no terreno?
Ou a esta definição de HUMINT que encontrei:
"collecting information either by interviewing or tracking a subject of investigation, or by using a combination of 'black' techniques to gain confessions or involuntary disclosure of information. The organization primarily responsible for the collection of HUMINT for the US is the CIA"


Wildcard, a fronteira entre as missões de LRRP e de HUMINT é algo ténue, e as definições das duas variam de autor para autor. Eu disse que o CIOE realiza missões de HUMINT (e já agora, também o DAE), enquanto outros talvez discordassem dessa afirmação.

Nos EUA, como disse, o principal responsável pela recolha de Human Intelligence é a CIA. Para isso recorre, quer à infiltração de agentes (aqui numa dimensão mais próxima da espionagem do que da actuação militar pura), quer à recolha de informações com efectivos mais semelhantes aos Green Berets.

Para mim, as missões de LRRP, aquelas para as quais o CIOE está mais vocacionado, correspondem à colocação de grupos reduzidos de forças no terreno, atrás das linhas inimigas, tendo em vista a obtenção de informações táctica ou operacionalmente relevantes. Numa guerra convencional, as unidades encarregues destas acções seriam colocadas sob o comando de uma unidade de escalão superior, recolhendo informações sobre o inimigo, quer como preparação para acções, quer no decorrer destas. Actuariam à frente das unidades de reconhecimento, por exemplo das brigadas e das divisões (isto está muito bem definido no pensamento militar soviético).

Já a HUMINT destina-se à aquisição de informações de carácter estratégico (embora a diferença do que é informação estratégica e táctica também varie de pessoa para pessoa...). Normalmente, os operacionais são inseridos no terreno durante um período mais alargado de tempo, e não necessariamente submetidos a uma unidade/frente específica, mas enviando as informações a um escalão mais elevado de comando. Se quiser, o seu objectivo é obter uma imagem mais ampla das forças do inimigo, do seu moral e do da população, etc, enquanto as patrulhas de LRRP recolhem informação mais específica.

A informação dos LRRP destina-se em primeiro lugar a tomar decisões tácticas; a HUMINT destina-se em primeiro lugar a tomar opções políticas e estratégicas, e só depois tácticas.

Como disse, podem não concordar com esta minha visão... :wink:
 

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[PT]HKFlash

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CIOE
« Responder #8 em: Outubro 21, 2004, 11:16:55 pm »
No site do CIOE que eu encontrei encontra-se lá o seguinte:

Citar

CIOE

Origem

Em 1960, em consequência da reestruturação operada no Exercito, foi extinto o RI9 e criado o CIOE pelo Decreto-lei 42296 de 16 de Abril.

No final da década de 50, a situação internacional pronunciava dificuldades para Portugal nos seus territórios ultramarinos. A guerra despontava no horizonte. Havia que preparar o Exercito para cumprir a sua missão. Um grupo de oficiais foi encarregado dessa tarefa. Frequentaram cursos no estrangeiro, visitaram o teatro de operações Argelino, tiraram conclusões, apresentaram propostas. E nasceu o CIOE nesta cidade de Lamego, devido, como se diz na proposta, à sua situação geográfica, ao seu isolamento, ao rigor do clima, ao terreno difícil, à presença de aldeias em locais ermos, à proximidade de rios de elevado caudal, às características da população e à existência de um aquartelamento. Nasceu em 16 de Abril de 1960. E cumpriu a sua missão. Ainda a guerra não se tinha declarado e já tinham partido para Angola as primeiras Companhias de Caçadores Especiais, nele especificamente preparadas para o novo tipo de guerra que se anunciava.

Em 1962 foi decidido pelo EME nomear um oficial para frequentar o curso Ranger nos EUA (Cap Art. Bacelar Begonha), encarregando-o posteriormente de montar um curso similar no CIOE.

Foi, pois, com base no Curso Ranger dos EUA e tendo como influencia próxima a experiência Argelina e a Formação das Companhias de Caçadores Especiais que foi organizado o 1º Curso de Instrutores e Monitores de Operações Especiais (tipo ranger), que decorreu no período de 29Abr63 a 06Jul63, curso que com as alterações que a experiência de guerra no Ultramar aconselhou, foi ministrado até 1974, e que veio a ser mais conhecido por “Curso Ranger”.

Os militares de Lamego criaram ao longo dos anos uma mística própria que nem mesmo a alteração da sua missão no pós-1974 conseguiu pôr em causa.

No período de 01Ago75 a 01Fev81 a Unidade deu lugar á Escola de Formação de Sargentos, retomando a sua missão a partir da última data.

Hoje, mais próximos em termos de missão das Special-Forces (Green Beretts) dos EUA, continuam os militares do CIOE a ser conhecidos entre a população por «RANGERS».


Encargo Operacional

A evolução previsível do campo de batalha moderno, a existência de conflitos regionais e locais, nomeadamente de baixa intensidade, que podem envolver diversas potências da área, a necessidade do cumprimento de missões de protecção de interesses nacionais fora dos respectivos territórios, ou a intervenção pontual em territórios de países amigos, a pedido destes, têm determinado, actualmente entre outras alterações qualitativas e quantitativas dos sistemas de forças, o desenvolvimento de forças com elevado grau de prontidão e grande capacidade de intervenção, capazes de actuar em situações de elevado grau de risco e sujeitas a grande sacrifício, capazes de executar operações especiais, operações estas particularmente aconselhadas, entre outras, para:

Obter e relatar dados sobre objectivos vitais;

Preparar a área de aterragem de aéreos em zonas não controladas pelas forças que as desejam utilizar;

Sabotar ou destruir instalações vitais para o inimigo, na posse deste;

Preparar a acção de forças convencionais.

Portugal, muito embora fazendo parte da Aliança Atlântica e estando integrado no seu aparelho militar, deve:

Alicerçar a sua defesa numa dissuasão minimamente credível e autónoma de ameaças / agressões de baixos custos militares e políticos e na qual também se inclui a capacidade de recorrer à resistência activa organizada como ultima forma de defesa;

Dispor de sistemas que lhe permita assumir as suas responsabilidades de potência cujas posições geográficas têm grande valor funcional estratégico e a sua configuração territorial, em especial a vasta descontinuidade, lhe impõe problemas específicos de defesa militar e cuja historia e política lhe determinam, ainda, outras tarefas funcionais em que, eventualmente, a acção militar pode ter relevante importância.

Foram estes os conceitos enquadrantes que levaram, na altura, o Gen. MÁRIO FIRMINO MIGUEL a criar a Companhia de Elementos de Operações Especiais. A sua organização, a flexibilidade de articulação do comando, a adaptação da logística e o elevado nível de instrução dos seus elementos permitem-lhe cumprir uma larga variedade de missões, quer actuando independentemente quer em apoio a outras forças.

Os Elementos de Operações Especiais podem actuar quer isolados quer integrados em sub-unidades, cujo escalão dependerá da missão, da força opositora, do terreno, dos meios e do tempo disponível. Contudo, a missão é o factor mais importante a ditar o efectivo a empregar

A CEImOpEsp inclui um comando, uma secção de comando, uma secção de transmissões e cinco pelotões de operações especiais cada um com uma equipa de comando e quatro equipas de elementos de Operações Especiais.

Por razões meramente Estruturais, a CEImOpEsp a partir do despacho do Gen. CEME de 25Out93 está integrada no batalhão de Elementos de Operações Especiais do CIOE.

As possibilidades de actuação são:

Executar Acções Directas Tácticas (Reconhecimentos e Acções Ofensivas):

-Em apoio de acções convencionais, em proveito do Teatro de Operações e do Grupo de Exército;

-Em conflitos de baixa intensidade, em zonas politicamente sensíveis na dependência de um comando criado para o efeito.

Empregar os seus efectivos com uma articulação flexível em missões de Operações Especiais;

Garantir a ligação até cinco grupos de escalão pelotão actuando independentemente;

Atribuir um ou mais grupos de escalão pelotão em reforço das GU constituídas ou a constituir;

Através do mesmo despacho do Gen. CEME de 25out93, foram também criados dois grupos de operações Especiais constituídos cada um por 12 elementos (oficiais e sargentos do QP). As possibilidades de actuação são:

Executar Acções directas (Operações como, ou com, Forças Irregulares):

-Apoiar / Orientar a resistência activa no interior do território nacional;

- Provocar / Apoiar / Enquadrar / Orientar a insurreição no interior do território força opositora ou por

ela ocupado, em conflito convencional;

Executar Operações Directas Estratégicas (Operações de Combate, Psicológicas, Reconhecimento Estratégico, Flagelação) na zona de Comunicações / Zona do Interior do Inimigo;

Cumprir outras missões que superiormente lhe forem determinadas.

 

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OPCOM

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« Responder #9 em: Outubro 22, 2004, 12:35:50 am »
Boas.
Alguem me confirma isto:
Nos EUA, estes tipos de missões entregues ao SAS são:
- SWAT para contraterrorismo e operações especiais internas.
- Força DELTA para contraterrorismo, operações de resgate de refens e captura de elementos no exterior.
- Operações especiais (Green Barrets)  para o género de missões entregues ao nosso COE.
Actualmente o nosso equivalente aos Rangers Americanos em termos de missões será o Corpo de Comandos?
 

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[PT]HKFlash

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« Responder #10 em: Outubro 22, 2004, 07:26:28 pm »
Exacto OPCOM os nossos comandos são equivalentes aos rangers americanos e os nossos rangers aos boinas verdes americanos.
 

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dremanu

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« Responder #11 em: Outubro 22, 2004, 10:53:38 pm »
Obrigado pelas explicações!!!! :D

É bom que temos várias tropas especiaís com capacidades semelhantes aos dos SAS.

Em relação às perguntas do OPCOM:

- Creio que SWAT é policia, e não tem nada haver com militares.

Para contraterrorismo não creio que sejam os Delta, mas sim um destacamento especial dos "navy seals". E acho que tb a CIA tem um grupo qualquer para-militar que se ocupa de várias operações especiaís de contraterrorismo.

Acho que os DELTA se inserem em operações especiaís, que involvam o exército Americano, enquanto os "seals" têm funções mais abrangentes.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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[PT]HKFlash

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« Responder #12 em: Outubro 22, 2004, 11:07:22 pm »
Para quem não sabe:

SEAL - SEa Air Land

 :wink:
 

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JNSA

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« Responder #13 em: Outubro 22, 2004, 11:11:48 pm »
Citação de: "dremanu"
Para contraterrorismo não creio que sejam os Delta, mas sim um destacamento especial dos "navy seals". E acho que tb a CIA tem um grupo qualquer para-militar que se ocupa de várias operações especiaís de contraterrorismo.

Acho que os DELTA se inserem em operações especiaís, que involvam o exército Americano, enquanto os "seals" têm funções mais abrangentes.


Os Delta também realizam missões de contraterrorismo. Aliás, são a unidade do Exército Americano mais vocacionada para essa missão.

Quanto aos SEAL's, suponho que se deva estar a referir ao DEVGRU, unidade da qual se sabe muito pouco, mas que também está ligado ao contraterrorismo.
 

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NotePad

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« Responder #14 em: Outubro 22, 2004, 11:19:46 pm »
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