https://docs.google.com/spreadsheets/d/1NimQQ8Gf7Zr2YmGLBrbj0YU_ou1oi0uiAUXdryzWf5k/edit?usp=drivesdkFicha técnica geral do Guarani, inclusive peso das placas, carregado com as torres...
Na terça-feira passada, dia 07 de fevereiro, foi assinada a Portaria Nº 958 EME/C Ex, em que o Exército Brasileiro (EB) adota o sistema de armas remotamente controlado (SARC) UT30BR, da empresa ARES Aeroespacial e Defesa, integrado à viatura blindada de transporte de pessoal – média sobre rodas (VBTP-MSR) 6X6 Guarani, da IDV.Os estudos para adoção deste sistema se iniciaram junto com Programa Estratégico do Exército (Pgr EE) GUARANI, e visava atender as demandas da nova doutrina de Infantaria Mecanizada (na época em fase de criação) com a adoção de um canhão de tiro rápido e calibre intermediário (30×173 mm), sendo escolhido uma versão nacionalizada da israelense UT30, da Elbit Systems e já bastante consolidada no mercado, surgindo a versão UT30BR.Montado no país, utilizando componentes nacionais e (principalmente) garantindo todo o suporte logístico dentro de nosso território, este sistema de armas, juntamente com o SARC REMAX (este totalmente desenvolvido no Brasil), representou um enorme avanço a capacidade operacional da Força, além de um enorme desafio em termos logísticos, principalmente em capacitação de seus operadores e em sua manutenção, devido aos seus avanços tecnológicos. Porém diversos percalços ocorram o programa foi radicalmente alterado.A previsão inicial era para a aquisição de 214 desses sistemas (conforme publicado no Diário Oficial da União de 31 de dezembro de 2010), mas devido a fatores como readequação das prioridades da Força frente às dificuldades orçamentárias, apenas dois contratos foram feitos e somente 13 sistemas foram adquiridos.Em 2016, em uma nova alteração dos planejamentos da Doutrina de Infantaria Mecanizada, a previsão inicial era para que 35 destes sistemas entrassem em operação.Esta pequena quantidade e a diminuição da prioridade do EB a este sistema houve um grande atraso no processo de integração deste sistema de armas com sua plataforma, bem como em uma criação da doutrina operacional para sua utilização, o que acabou gerando diversos problemas com a formação de operadores, manutenção destes sistemas e desatualização de alguns de seus equipamentos, que gerou uma baixa operacionalidade e especulações equivocadas (principalmente por parte de alguns integrantes da mídia que não acompanhavam o projeto), mas após uma nova série de testes realizadas no Centro de Avaliação do Exército (CAEx), entre março de 2021 e março 2022, o sistema foi considerado apto, homologado e agora finalmente aceito pelo EB e considerado operacional.Agora as versões futurasPara a homologação deste sistema, a ARES realizou a recuperação completa dos SARC UT30BR, com os números de série #04 e #12, que já estão operacionais no EB, e aguarda um contrato para a recuperação das demais, bem como novas encomendas para completar a dotação da força.E este contrato vem em boa hora, já que a empresa entregará, nos próximos meses, 23 UT30 e um simulador para a Indonésia que representa a primeira exportação diretamente pela ARES.Este contrato, assinado em 2019, diretamente com a empresa Indonésia PT PINDAD, foi de grande importância para a empresa e toda a base industrial de defesa do país, pois, permitiu a abertura e o estabelecimento da linha de produção dos SARC de 30 mm, capacitando a fabricação de seus componentes mecânicos, a integração de optrônicos e o desenvolvimento dos softwares de controle, e, com o conhecimento adquirido, capacitou a empresa atender quaisquer cliente deste sistema de armas, seja para fabricar, manter ou aperfeiçoá-lo.O sistema adquirido pelos indonésios é o UT30 Mk2, o mais moderno da família, possuindo uma suíte eletrônica e optrônicos de ultima geração, e estes equiparão as viaturas blindadas 8X8 Pandur II, fabricadas pela empresa austríaca General Dynamics European Land Systems-Mowag e sendo integrados nas instalações da PINDAD, com o suporte logístico da empresa brasileira.Outra novidade que se aguarda para os próximos meses é o desenvolvimento da UT30BR2 e do Kit Antidrone.A UT30BR2 é a atualização de seus sistemas mecânicos e modernização dos seus optrônicos, colocando-a no mesmo patamar das versões mais modernas. Por se tratar de um sistema entregue a cerca de dez anos, e principalmente nas rápidas evoluções nas áreas de eletrônica embarcada e sistemas computacionais, principalmente na aplicação de “inteligência artificial”, a logística para mantê-los fica muito mais complexa (e onerosa), justificando as substituições destes componentes, e isso ainda resulta em um enorme ganho operacional devido à modernidade e evolução tecnológica destes.Já o Kit Antidrone prevê a conexão, através de datalink, com os radares e sistemas de defesa aérea disponíveis, e a instalação de um sistema para permitir o disparo de munições de explosão programável do tipo ABM (“airburst ammunition”), o que faz com que um canhão de baixa cadência (200 TPM) possa engajar e destruir a atual geração de veículos aéreos não tripulados e munições autônomas (“loitering munitions”), mais conhecidas como “Drones Kamikazes”.Junte a isso o fato que, em 12 de janeiro de 2023, foi publicado a Portaria Nº 944 EME/C Ex, que aprova a diretriz de concepção integrada da viatura blindada de combate antiaérea média Sobre Rodas (VBC AAe – MSR), da família Guarani, criando o grupo de trabalho para elaboração dos elementos de definição e do estudo de viabilidade (EB20-D-08.059), que define versões de unidade de tiro (U Tir) e Controle Alerta (Rdr/COAAe), dotadas de radares, que permitiriam, com a UT30BR2 Antidrone, uma excelente solução para enfrentamento a chamada “guerra de drones” dentro das nossas unidades mecanizadas.Estas novas e modernas versões elevariam a capacidade operacional do EB, principalmente dentro dos teatros de operações modernos que vem se destacando nos últimos conflitos, e ampliam ainda mais a possibilidade de exportações de equipamentos de defesa brasileiros, principalmente atreladas ao Guarani, tendo o Exército Argentino anunciado a intenção de adquirir de adquirir 156 exemplares dentro de seu programa viaturas de combate blindadas sobre rodas (VCBR), sendo 27 viaturas de combate de infantaria (VCBR-CI) equipadas com SARC UT30BR2.A UT30BR está equipada com um canhão automático 30×173 mm ATK BushMaster MK44, uma metralhadora coaxial 7,62×51 mm e lançador de granadas fumígenas de 76 mm https://tecnodefesa.com.br/ut30br-e-adotada-e-versao-br2-e-antidrone-devem-sair-do-papel/
Na manhã do dia 10 de março, durante a cerimônia de entrega de material fabricado e revitalizado pelo Arsenal de Guerra do Rio (AGR), o “Arsenal Dom João VI”, subordinado a Diretoria d Fabricação (DF), foi apresentado o protótipo da viatura blindado de transporte pessoal (VBTP) 6X6 Guarani com o kit para de transporte de morteiro 81 mm.Denominado inicialmente de ATMM (Acessório para Transporte do Morteiro e Munições), este sistema foi desenvolvido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), a partir de experiências realizadas pelo 1º Regimento de Cavalaria Mecanizado (1º RC Mec), de Itaqui (RS), nos anos de 2021/22, e de acordo com a diretriz EB20-D-04.012, aprovada em setembro de 2022. Foi totalmente fabricado pelo AGR, com componentes da indústria nacional, e tem como finalidade dotar as frações de tropa responsáveis por prover o apoio de fogo indireto com o morteiro de 81 mm nas brigadas mecanizadas, as “Brigadas Guarani”, em nível de pelotões ou companhias/esquadrões, com a mesma mobilidade e proteção da tropa apoiada.O Guarani com o ATMM transportará um morteiro AGR de 81 mm (Mrt Me Acg 81 mm) e 63 granadas (todas acondicionadas de forma segura), bem como toda a sua guarnição, composta pelo comandante, motorista, atirador, auxiliar do atirador e municiador.Um dos requisitos do projeto foi que a viatura não deveria ter que passar por modificações em sua estrutura (cortes, furos, soldas, etc.), sendo aproveitados os pontos de fixação e ancoragem já existentes (pontos de fixação dos assentos da guarnição embarcada), o que permitirá que sua conversão (e “desconversão”) seja feita nos Parques Regionais de Manutenção ou Batalhões Logísticos, após a capacitação para montagem desmontagem de seus militares pelo AGR, que será o responsável por sua fabricação.Por conta da distribuição de peso, o kit foi desenvolvido para ser utilizado nas VBTP 6X6 Guarani dotadas de torre blindada manual Platt, não influindo em sua flutuabilidade, sendo que a viatura utilizada como protótipo pertence ao 1º Batalhão de Infantaria Mecanizado – Escola (1º BI Mec -Es), do Rio de janeiro (RJ), e este passará por uma colaboração técnica junto ao Centro de Avaliações do Exército (CAEx) nos próximos meses.A demanda do EB para este tipo de viatura é de 180 unidades e a previsão do AGR é de produzir 50 destes kits por ano, sendo que, ainda em 2023, será entregue mais um protótipo pronto para testes e 15 kits, que servirão para a montagem da linha de produção.É importante ressaltar que esta versão não é um substituto para o projeto da viatura blindada de combate – morteiro (VBC Mrt) 6X6 Guarani, cuja Consulta Pública para aquisição (“request for quote” – RFQ) está prevista para este ano, que objetiva atender a demanda das brigadas Guarani para uma viatura de combate dotada de um morteiro de 120 mm, a serem empregadas em nível de batalhão/regimento.Este é mais um trabalho que mostra a competência da Força Terrestre em atender as demandas de suas tropas operacionais, com soluções de engenharia confiáveis e de forma autônoma. https://tecnodefesa.com.br/nova-versao-do-guarani-transporte-de-morteiro-de-81-mm/
O Brasil irá fabricar alguns dos componentes das blindadas de transporte de pessoal sobre rodas (VBTP-MSR) 6X6 Guarani, com o objetivo de garantir a exportação para as Filipinas. As informações são da revista Veja. O pacote de exportação é composto por 28 blindados Guarani, fabricados pela Iveco em Sete Lagoas (MG), sendo que cinco unidades estão prontas desde junho de 2022. O contrato é de US$ 46 milhões.Propriedade intelectual do Exército Brasileiro, elas foram vendidas para o Exército das Filipinas pela Elbit Systems.Em janeiro deste ano, a agência federal de controle de exportações da Alemanha vetou a exportação. Os veículos utilizam componentes alemães sujeitos a licenciamento para reexportação. Por isso, é preciso obter o aval do país europeu para que a negociação se concretize.Por isso, o governo escolherá uma empresa nacional para fabricar os componentes que, atualmente, são fabricados pela Alemanha, de forma a driblar o embargo.A viatura blindada foi vendida para Gana, cuja fabricação começa este ano, e corre o risco de ter a exportação também embargada. O Guarani já foi exportado para o Líbano (16 unidades) e a Argentina está negociando a compra de 156 unidades.ProduçãoEm setembro do ano passado, a Iveco Defence Vehicles/Latin America, celebrou a fabricação de 600 unidades da viatura blindada. Dentro do Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas, esse projeto surgiu com o objetivo de contribuir para a transformação das organizações militares de infantaria motorizada em mecanizada e a modernização das organizações militares de cavalaria mecanizada, substituindo a VBTP EE-11 Urutu.Dessa forma, o desenvolvimento da VBTP Guarani teve início no ano de 2007, no antigo Escritório de Projetos do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), no Rio de Janeiro, com a participação ativa dos engenheiros militares da Diretoria de Fabricação (DF), organização militar subordinada ao DCT.Em meados de 2013, a Iveco inaugurou sua planta voltada à produção de veículos de defesa na cidade de Sete Lagoas. Desde então, são produzidos, anualmente, cerca de 60 viaturas destinadas a dotar diversas organizações militares pelo Brasil. O projeto tem caráter inovador, pois agrega sistemas de armas e de comando e controle (comunicações) de ponta em uma plataforma automotiva militar moderna, compondo a Nova Família de Blindados Sobre Rodas (NFBR), em atual implantação na Força Terrestre.Dessa forma, o Programa Forças Blindadas e, em particular, o Projeto Guarani fortalece a base industrial de defesa do Brasil, conquistando autonomia em tecnologias estratégicas para o País, contribuindo para a geração de empregos e capacitando civis e militares em pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de viaturas militares blindadas.FONTE: Portal BIDS https://www.defesaaereanaval.com.br/defesa/guarani-brasil-produzira-pecas-para-garantir-exportacoes
A empresa sueca Saab apresentará, na LAAD 2023, sua solução de defesa antiaérea de baixa altura MSHORAD (“Mobile Short-Range Air Defense”) para ser integrada na futura viatura blindada de combate antiaérea média sobre rodas (VBC AAe-MSR) 6X6 Guarani.A VBC AAe 6X6 Guarani é um projeto do Programa Estratégico do Exército (Prg EE) Forças Blindadas, cuja diretriz de concepção integrada foi aprovada pelo Estado Maior do Exército (EME), em 12 de janeiro deste ano, pela portaria nº 994-EME/C Ex, e que propõe a aquisição de até 62 viaturas, sendo 49 unidades de tiro (U Tir) e 13 radares de controle e alerta (Rdr/COAAe).A solução MSHORAD integra o radar Giraffe 1X e o sistema de armas RBS 70 NG Remote Weapon Station (RWS) ao sistema de comando e controle (C2) da Saab, para identificação e combate, rápido e eficaz, contra ameaças aéreas, detectando qualquer potencial alvo a baixa altura (aviões, helicopteros, drones…), reagindo para o eliminar.Durante a LAAD 2023 será demonstrada esta possibilidade de integração com uma unidade de tiro Guarani, presente no estande da Saab.Mais informações Daily News da LAAD 2023. https://tecnodefesa.com.br/saab-apresenta-sua-solucao-mshorad-para-o-guarani-aae/
A Ares e Exército Brasileiro assinam hoje na LAAD Defence & Security, um contrato de atualização tecnológica do Sistema de Armas Remotamente Controlado (SARC) UT30BR.O sistema UT30BR é resultado da experiência de anos no desenvolvimento de sistemas de tiro, aquisição e rastreamento automático de alvos em plataformas giro-estabilizadas.Estão em exibição também na LAAD o aparelho de pontaria SPOTIM (Sistema de Pontaria para Tiro Indireto de Morteiros), equipamento óptico empregado nos morteiros produzidos pela AGR (Arsenal de Guerra do Rio) e desenvolvido pela Ares em parceria com o Centro Tecnológico do Exército Brasileiro. https://www.defesaaereanaval.com.br/defesa/laad-exercito-e-ares-assinam-contrato-de-atualizacao-da-ut30
No dia 27 de abril, o Governo da Ucrânia, através de seu Gabinete de Adidância da Defesa junto à Embaixada da Ucrânia, protocolou junto ao Ministério da Defesa do Brasil, uma solicitação de exportação das viaturas blindadas 6X6 Guarani para emergência humanitária.No documento, endereçado ao ministro da Defesa José Múcio Monteiro, é solicitada a aquisição de até 450 viaturas Guarani, na versão ambulância, destinados ao Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia (Derzhavna sluzhba Ukrayiny z nadzvychaynykh sytuatsi), pintados nas cores laranja e amarelo e destinados a evacuação de civis das zonas de conflito e transporte de feridos das zonas de combate até os hospitais.Para o Brasil, esta venda seria de grande importância, pois garantiria o desenvolvimento da versão ambulância (sem ônus para o Exército Brasileiro), permitiria ampliar a linha de produção da IDV, em Sete Lagoas/MG (gerando mais empregos), além que seus royalties poderiam ser revertidos para o desenvolvimento de outras versões, tão necessárias para a Força Terrestre. Outra vantagem é que a Ucrânia esta disposta a adquirir a viatura com um novo sistema de comando e controle (C2) nacional, aumentando ainda mais a participação da base industrial de defesa brasileira.As viaturas seriam pagas por aliados do Brasil e da Ucrânia, à vista, e teriam a garantia que não seriam utilizadas diretamente nas tarefas de combate, mas para questões humanitárias.O texto de solicitação abre dizendo que a “Ucrânia é uma nação soberana e que desde fevereiro de 2022 está enfrentando uma ameaça existencial, após ter seu território invadido pela Federação Russa”.O Brasil, mesmo signatário da Carta das Nações Unidas de 1945, que condena a “ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial”, manteve-se neutro perante a agressão russa (uma clara violação a este documento), negando outra solicitação de exportação de viaturas Guarani, essa de 100 até 1.500 unidades da versão transporte de tropas para o Exército Ucraniano, feita em 23 de setembro de 2022. A própria IDV, fabricante do Guarani, também solicitou a autorização para iniciar as negociações, mas esta foi negada.Segundo fontes militares consultadas por T&D, oficialmente a carta ainda não chegou às mãos do ministro, apesar de ter sido protocolada há mais de dez dias.Uma nova negativa do Itamaraty, como a ocorrida anteriormente, pode comprometer ainda mais a imagem do Brasil perante a opinião publica mundial, pois não se trata da venda de um sistema de armas, mas de um equipamento para proteger a vida da população ucraniana, que é indiscriminadamente bombardeada por forças russas que não respeitam os protocolos internacionais de evacuação de civis das zonas de conflito.Esta é uma chance que não pode ser perdida, pois vai dar grande visibilidade aos produtos da indústria brasileira e mostrar as boas intenções do novo governo para a proteção e pelo direito internacional dos cidadãos.Com a palavra, o governo da República Federativa do Brasil! https://tecnodefesa.com.br/ucrania-solicita-compra-de-ate-450-guarani-ambulancia/