Lá está o Papatango a lançar maus agoiros sobre a nossa Marinha
Não são maus agoiros, é realismo.
A qualidade de uma marinha, mede-se pela sua capacidade de fazer coisas e de cumprir objectivos propostos.
Como já referi anteriormente, eu entendo a nossa presença em forças da Nato, como uma necessidade que tem ligação com a presença de comandos da Nato em Portugal. É uma necessidade estratégica.
Mas eu não sei o que andam as forças da Nato a fazer nos mares, à procura de submarinos de uma potência que ja nem existe.
Enquanto issso, um dos problemas dos países europeus, o trafico de drogas por navio, continua em grande medida por controlar.
A marinha portuguesa deve preocupar-se com a presença de força no oceano atlântico, através de navios de patrulha, e está no caminho correcto, com um numero considerável de navios relativamente baratos, de manutenção reduzida, pequena tripulação, grande autonomia e capacidade de expansão.
A manutenção destes navios, além disso, cria empregos nacionais, ao contrário do que aconteceu com outros navios.
Nós não podemos pensar em reconstruir a marinha do século XV para controlar oceanos inteiros.
A nossa capacidade de projecção de forças estará limitada a:
1 LPD.
1 Fragata de defesa anti-aérea.
1 Corveta com capacidade anti-submarina.
1 navio reabastecedor.
É isto o que podemos ter, de uma forma realista.
Considerando os cenários, poderemos operar com o 2 LPD em vez de um.
A inclusão de um segundo LPD não implica a necessidade de mais navios de escolta, desde que não existe uma ameaça naval.
Parto do principio de que a nossa capacidade se restringe a pequenas e limitadas operações de manutenção de paz.
O que quer que seja, acima destas capacidades, tem que ser complementado com navios de outras forças, pelo que só será possível em operações internacionais.
Portanto, a nossa marinha deveria ter (do meu ponto de vista) dois ou três contratorpedeiros, três corvetas para luta ASW, dois LPD's e o numero esperado de patrulhas oceânicos e costeiros, além de um reabastecedor de esquadra.
Esta é a marinha realista, que podemos pagar, e mesmo assim precisamos de limpar muitos dos gastos actuais com pessoal e despesas correntes.
A fragata que precisamo, por isso, não é uma fragata é um contratorpedeiro de defesa aérea, e pessoalmente acredito que o numero devería ser de três. E estes seriam, com três corvetas (eventualmente baseadas nos NPO's) os únicos navios realmente armados da marinha (se consideramos canhões e misseis).
Neste momento, não temos capacidade para projectar esse navio. O que podemos fazer, é programar a modernização das Vasco da Gama.
Cumprimentos