Portugal "sem fronteiras"

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TOMKAT

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Portugal "sem fronteiras"
« em: Maio 09, 2006, 01:32:56 am »
Notícia do JN...

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“Fronteiras escancaradas”

Dirigentes do Sindicato dos Profissionais da Polícia estão numa guerra de palavras com o Governo. Apontam as “fronteiras escancaradas”, factor que relacionam com a criminalidade. O ministro já pediu responsabilidades, mas os sindicalistas negam ser racistas.
O presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia rejeitou ontem a acusação de xenofobia feita pelo Ministério da Administração Interna, e considerou que o pedido realizado pela tutela no sentido de exigir o apuramento de responsabilidades disciplinares e criminais pelas declarações que alguns dirigentes daquele sindicato proferiram constitui uma forma de intimidação. Depois de o ministério ter solicitado à Direcção Nacional da PSP a tomada de medidas de responsabilização disciplinar, criminal e contra-ordenacional em relação a dirigentes do SPP por declarações que considerou “xenófobas”, e que foram proferidas na sequência de um protesto contra a pena aplicada na passada sexta-feira a Marcus Fernandes, um cidadão luso-brasileiro condenado a 25 anos de prisão pela morte de dois agentes da PSP e pela tentativa de homicídio de um terceiro, o presidente do sindicato disse que o pedido ministerial traduz “uma forma de intimidar o SPP”, esclarecendo que, “para avançar com um processo-crime, é preciso que a pessoa lesada apresente queixa”.
Em causa estão declarações feitas por António Ramos no último domingo, em que o líder do sindicato disse aos órgãos de Comunicação Social que “o aumento da criminalidade em Portugal deu-se depois da abertura das fronteiras”, alegando que “o Governo não devia deixar entrar tanta gente”. Na mesma ocasião, o secretário-geral do SPP, Luís Filipe Maria, disse que “antes de haver imigrantes brasileiros não havia assaltos nos semáforos”. Na reacção ao pedido do Ministério da Administração Interna, António Ramos disse não ver qualquer racismo, e reafirmou tudo o que ambos os sindicalistas tinham afirmado. “Não retiro nem uma vírgula”, vincou o presidente do SPP. “Fizemos reuniões com as várias comunidades nos bairros críticos. Criámos um observatório no Bairro da Bela Vista, em Setúbal, e não temos tido problemas. Queríamos fazer o mesmo na Amadora, mas quando pedimos apoio ao ministério, porque não temos dirigentes a tempo inteiro, não nos dispensaram essa ajuda”, criticou.
O responsável acrescentou ainda que a estrutura sindical “tem dirigentes de cor” e “já trouxe colegas de Cabo Verde para apoiarem a mediação. Não somos racistas. As declarações terão sido incómodas para o Governo, porque as nossas fronteiras estão escancaradas e as redes criminosas sabem que entram cá à vontade”, frisou.
António Ramos acusou a PSP de funcionar “como há vinte anos”, alertando para a falta de efectivos, pistolas e coletes que, “apesar de terem sido prometidos, ainda não foram disponibilizados”. Entretanto, uma fonte da direcção nacional da PSP confirmou à Agência Lusa que já foram accionados os meios legais pedidos pelo Ministério da Administração Interna para apurar responsabilidades relativamente às declarações dos sindicalistas.


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Rui Elias

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« Responder #1 em: Maio 09, 2006, 10:57:31 am »
Entretanto o Ministério da Administração Interna já avançou com processos disciplinares contra os dirigentes sindicais, por considerar que as afirmações por eles proferiadas revelam sentido de xenofobia e racismo, o que fica mal numa polícia do "1º mundo".
 

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Pantera

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« Responder #2 em: Maio 09, 2006, 02:54:51 pm »
mas que liberdade de expressão que existe.
Faz lembrar o programa de ontem prós e contras onde se verificou que não existe contras apenas prós,isso é a outra liberdade de expressão que não existe

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Azraael

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« Responder #3 em: Maio 09, 2006, 04:08:46 pm »
Citação de: "Pantera"
Faz lembrar o programa de ontem prós e contras onde se verificou que não existe contras apenas prós,isso é a outra liberdade de expressão que não existe

Liberdade de expressao implica que possas dizer o que bem entendas... nao implica que o possas fazer onde bem entendas, nem que nao sofras as consequencias do que disseste (no caso de racismo, ofensas pessoais, etc...)
 

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Rui Elias

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« Responder #4 em: Maio 10, 2006, 10:35:00 am »
As Polícias têm uma responsabilidade acrescida na segurança dos cidadãos e portanto não podem de maneira nenhuma dizer em público aquilo que possam pensar em privado.

Ou então teriamos um policia xenófoba e populista, com discurso fácil.

Nem há estudos científicos que suportem as afirmações desse representante sindical.

Se é certo que muita da criminalidade tem sido da responsabilidade de alguns grupos de imigrantes, o facto é que não competiria ao sindicato da Policia colocar em causa a livre circulação de pessoas, bens e capitais, colocando essim em causa um dos princípios basilares da União Europeia.
 

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ricardonunes

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« Responder #5 em: Maio 10, 2006, 11:00:32 am »
A resposta do Ministério da Administração Interna


http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Go ... om_PSP.htm
Potius mori quam foedari
 

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superbuzzmetal

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« Responder #6 em: Maio 10, 2006, 10:15:52 pm »
Citação de: "Pantera"
mas que liberdade de expressão que existe.
Faz lembrar o programa de ontem prós e contras onde se verificou que não existe contras apenas prós,isso é a outra liberdade de expressão que não existe


Viste o programa todo ? É que contras até houve, entre eles o receio do choque civilizacional e a argumentação que a imigração não aumenta a população no interior do país nem faz aumentar a natalidade a longo prazo, devem ter dito mais contras contudo não me lembro de todos  :wink:
Peace through superior firepower.