Enviado por: Cabecinhas em Maio 28, 2007, 11:24:30 am
Ultimamente tem despertado em mim uma grande vontade de conhecer a História de Portugal e fazer parte dela.
Gostaria de lançar um pequeno debate sobre e se Luanda tivesse sido promovida a Capital, o que seria de nós agora, o que seria da Europa que a conhecemos hoje?
Rapidamente chego a uma conclusão, dada à dimensão de Angola e às riquezas naturais que tem, neste momento seria a UE atrás de nós e não o contrário.
Por outro lado podia-mos estar neste momento com graves problemas de coesão em termos nacionais e patrióticos. Nomeadamente pedirem a independência de Portugal em relação a Angola, ou seria a Angola pedir a independência. Eu prefiro acreditar que se desenvolvessemos Angola e Portugal ao mesmo nível seria uma só grande nação, sem termos necessidade andar atrás de quem nos quer "fazer amor" :twisted:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 28, 2007, 12:12:20 pm
Enviado por: Bravo Two Zero em Maio 28, 2007, 12:18:50 pm
Não tem fundamento histórico, afinal os súbditos de Sua Majestade não mudaram a sua capital de Londres para Calcutá ou Boston
Enviado por: Cabecinhas em Maio 28, 2007, 12:22:53 pm
A minha pergunta é só quais as vantagens e desvantagens que esse acto teria no passado, presente e futuro. Só isso!
Enviado por: TOMKAT em Maio 29, 2007, 01:38:09 am
Norton de Matos baptizou a actual cidade de Huambo como Nova Lisboa porque achava que esta cidade reunia condições para ser a capital de todo o Império português, sonho alimentado até meados da década de 50.
Mais tarde foi Henrique Galvão a fazer renascer essa ideia agora com Luanda como capital do Império.
Eram apenas manobras delatórias para adiar o inadiável. A descolonização.
De tanto adiarem,… deu no que deu.
Se porventura essa ideia utópica acontecesse..., utópica porque seria um contracenso um Estado que fazia a cultura de um sacro-santo Império uno e indivisível rebaizar a Pátria-mãe a um estatuto subalterno, ... temos o exemplo Rodésia/Zimbabwe para usar como termo de comparação, ou a África do Sul numa versão mais soft, de qual seria o futuro desse pretenso Império governado pela mesma elite branca a partir de Angola.
Utopias.
Enviado por: comanche em Maio 29, 2007, 02:59:44 pm
Enviado por: Johnnie em Maio 29, 2007, 07:52:14 pm
Enviado por: papatango em Junho 20, 2007, 09:48:53 pm
Tanto que não era que durante muitos anos, a capital esteve no Rio de Janeiro.
De qualquer forma, é uma ideia que não faria sentido, porque essa ideia implicava por um lado a criação de um Estado Federal, num país com uma tradição centralizadora, por outro lado significava inevitavelmente o fim do dominio da «elite» lisboeta como cabeça do império.
Ora já sabemos o que é que aconteceria:
A mesma coisa que com o Brasil.
Na prática quase que foi Portugal que se separou do Brasil, para garantir que cá no burgo mandavam os que cá estão.
Enviado por: zocuni em Junho 30, 2007, 10:28:02 pm
Bem pelo menos as cartas de condução,valeriam nos dois lugares.Rsrsrs.Penso ser ponto aceite,as enormes afinidades entre Portugal e Angola,mas deixemos nossos amigos angolanos traçarem seu próprio destino,se contarem com nós temos de comparecer,se não nos acharem úteis,devemos seguir em frente com outras inúmeras possibilidades.Passado é passado,e não sou museu.
Abraços,
Zocuni
Enviado por: JQT em Julho 04, 2007, 10:10:48 pm
Em 1939, quando a II Guerra Mundial começou, Portugal já tinha a sua estratégia delineada, e acordada com a Inglaterra. Como ao longo do ano de 1939, a Espanha deu mostras de querer invadir Portugal aproveitando o final da guerra civil e a oportunidade da iminência de uma guerra na Europa envolvendo as principais potências (o famoso «Agora, a Lisboa!», em nas ruas de Madrid), o governo de Salazar sabia que a ajuda inglesa com que poderíamos contar seria mínima, que nós não conseguiríamos aguentar uma guerra prolongada por uma Espanha apoiada pela Alemanha, e que a nossa melhor hipótese seria seguir a estratégia seguida nas invasões napoleónicas: retirar para o Império. Luanda tornar-se-ia a nova capital de Portugal, mas o Governo mudar-se-ía para os Açores, estabecendo a sede em Ponta Delgada. O plano (estabelecido com os ingleses) era para mal o primeiro soldado espanhol atravessasse a fronteira a operação fosse iniciada.
Convém dizer que era altamente falível porque mesmo que o nosso Exército conseguisse travar a invasão por terra e lançar um contra-ataque (e em 1939 tínhamos boas capacidades para o fazer), a Marinha espanhola era muito superior à nossa, e também a nossa marinha mercante era na altura diminuta.
Mas isto é só para dizer que a ideia não é tão tresloucada assim.
JQT
Enviado por: zocuni em Julho 04, 2007, 10:21:27 pm
Pelo que entendi não me ensinaram história na escola,ora meu amigo não sendo professor de história,o que sei dá para o gasto.E sei muito bem dessa episódio.Mas isso aconteceu em 1939.Estamos em 2007,não temos mais império colonial,e foi nessa perspectiva que inseri meu comentário e que por sinal consolido.Angola,não é mais nossa colónia e que siga seu rumo,se precisarem que nos chamem.Não tenho convicções neo-colonialistas,só isso.Assim como gosto de respeito com nosso país,tenho de respeitar o dos outros.
Abraços,
Enviado por: PereiraMarques em Julho 04, 2007, 10:22:50 pm
Citar
História de Brasília
A primeira sede administrativa do Brasil foi São Salvador (atualmente Salvador), onde funcionou de 1578 até 1763, transferida posteriormente para o Rio de Janeiro. Mas desde o início da colonização a idéia de uma capital no interior esteve sempre presente. Apesar da falta de evidências, credita-se a originalidade da idéia ao Marquês de Pombal (1699-1782), que desejaria, então, uma capital inexpugnável, não apenas para a colônia, mas de todo o reino português.
[...]
Em 1808, a corte portuguesa refugiou-se no Rio de Janeiro. Em 1809, William Pitt, primeiro-ministro do Reino Unido recomenda, por motivos de segurança, a construção de uma Nova Lisboa no Brasil central.
A partir de 1813, Hipólito José da Costa, em repetidos artigos de seu Correio Braziliense, reivindicava "a interiorização da capital do Brasil, próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste".
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3 ... s%C3%ADlia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Bras%C3%ADlia)
Enviado por: Yosy em Julho 04, 2007, 11:50:52 pm
Citação de: "JQT"
Convém dizer que era altamente falível porque mesmo que o nosso Exército conseguisse travar a invasão por terra e lançar um contra-ataque (e em 1939 tínhamos boas capacidades para o fazer)
Desculpe lá mas isto que está a dizer é uma barbaridade. Até entrarmos na NATO, o Exército não estava preparado para NADA.
Enviado por: Cabecinhas em Julho 10, 2007, 12:25:31 pm
Enviado por: SSK em Julho 10, 2007, 06:18:34 pm
Citação de: "Yosy"
Citação de: "JQT"Convém dizer que era altamente falível porque mesmo que o nosso Exército conseguisse travar a invasão por terra e lançar um contra-ataque (e em 1939 tínhamos boas capacidades para o fazer)
Desculpe lá mas isto que está a dizer é uma barbaridade. Até entrarmos na NATO, o Exército não estava preparado para NADA.
O nosso amigo yosi gosta de usar expressões um tanto ou quanto "agressivas"
Enviado por: JQT em Julho 14, 2007, 02:37:35 am
Citação de: "zocuni"
Tudo bem,
Pelo que entendi não me ensinaram história na escola,ora meu amigo não sendo professor de história,o que sei dá para o gasto.E sei muito bem dessa episódio.
Não foi uma crítica a si nem aos seus professores de História, mas apenas ao facto do sistema de ensino omitir factos importantes da nossa História.
JQT
Enviado por: JQT em Julho 14, 2007, 02:40:07 am
Citação de: "Yosy"
Citação de: "JQT"Convém dizer que era altamente falível porque mesmo que o nosso Exército conseguisse travar a invasão por terra e lançar um contra-ataque (e em 1939 tínhamos boas capacidades para o fazer)
Desculpe lá mas isto que está a dizer é uma barbaridade. Até entrarmos na NATO, o Exército não estava preparado para NADA.
Atenção como fala.
Sugiro-lhe o livro 'Portugal e a NATO', do Prof. António José Telo.
JQT
Enviado por: zocuni em Julho 14, 2007, 12:41:24 pm
JQT,eu nasci um 1966 e realmente sofri muito com essa "revolução" do ensino.Dei história de Portugal de uma forma muito ligeira no ciclo preparatório e depois até o 9º ano,sómente o ciclo das grandes navegações.Com a divisão por áreas e por não seguir letras,seguir cientifico-naturais nunca mais vi história.Penso que após isso,o cenário foi ainda pior,na minha opinião a história de Portugal tem de ser matéria obrigatória,e vou mais longe latim também,que infelizmente também tinha saído do curriculum académico.Mas dei um jeito por minha conta,e comecei a ler livros dedicados ao tema,e como gostei até hoje faço por hobbie.
Abraços,