O Reapetrechamento da Marinha

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1230 em: Abril 04, 2024, 02:56:09 pm »
O Nemo serve, essencialmente, para proporcionar a embarcações de menor dimensão uma arma de maior calibre para apoio de fogo directo e indirecto, podendo também atacar alvos de superfície. É a arma de maior calibre da Marinha Sueca.

Para Portugal, a situação é bem mais complexa do que "serve/não serve". Portugal tem, na prática, apenas 4 navios operacionais, com canhões capazes de realizar apoio a forças desembarcadas (independentemente destas forças serem desembarcadas com Zebros ou de um grande navio anfíbio).
A/s corveta/s já nem contam para isto e os NPO têm apenas um canhão de 30mm (os que têm!).

Com 4 fragatas (fraquinhas), no máximo terás 3 a operar em simultâneo para desempenhar apoio de fogo a forças em terra. Estas fragatas, usam estes canhões contra alvos de superfície, terrestres e aéreos, logo os navios irão para missão com vários tipos de munição para enfrentar as diferentes ameaças, logo nunca terão grande quantidade de munição dedicada para ataques a alvos em terra. Aqui temos logo um problema, poucos navios, poucos canhões, pouca munição para fazer apoio de forma minimamente consistente.

Ter USVs de 50-70 metros com um canhão deste tipo contentorizado, permitirá colmatar parcialmente esta lacuna, a um custo bastante baixo (em comparação a ampliar a frota de superfície, para ter mais navios com mais poder de fogo, já que tal nunca iria acontecer). Permitindo igualmente que as fragatas se foquem nas restantes missões que têm, ou que se mantenham mais longe da costa.

Até podemos vislumbrar cenários específicos, em que temos uma força anfíbia ligeira, com 2/3 CB-90 (ou equivalente) a desembarcar Fuzos, e ter um ou dois USV com o dito contentor a proporcionar apoio de fogo. Hoje, este mesmo cenário hipotético, obriga-te a ter uma fragata, mesmo que a ameaça seja apenas uma força rebelde.

Era bom começar a pensar nos USV de média/grande dimensão, e que módulos contentorizados poderão ser úteis para expandir as capacidades da Marinha, para que as poucas fragatas que temos não tenham de ser o pau para toda a obra.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1231 em: Abril 04, 2024, 03:29:05 pm »
O Nemo serve, essencialmente, para proporcionar a embarcações de menor dimensão uma arma de maior calibre para apoio de fogo directo e indirecto, podendo também atacar alvos de superfície. É a arma de maior calibre da Marinha Sueca.

Para Portugal, a situação é bem mais complexa do que "serve/não serve". Portugal tem, na prática, apenas 4 navios operacionais, com canhões capazes de realizar apoio a forças desembarcadas (independentemente destas forças serem desembarcadas com Zebros ou de um grande navio anfíbio).
A/s corveta/s já nem contam para isto e os NPO têm apenas um canhão de 30mm (os que têm!).

Com 4 fragatas (fraquinhas), no máximo terás 3 a operar em simultâneo para desempenhar apoio de fogo a forças em terra. Estas fragatas, usam estes canhões contra alvos de superfície, terrestres e aéreos, logo os navios irão para missão com vários tipos de munição para enfrentar as diferentes ameaças, logo nunca terão grande quantidade de munição dedicada para ataques a alvos em terra. Aqui temos logo um problema, poucos navios, poucos canhões, pouca munição para fazer apoio de forma minimamente consistente.

Ter USVs de 50-70 metros com um canhão deste tipo contentorizado, permitirá colmatar parcialmente esta lacuna, a um custo bastante baixo (em comparação a ampliar a frota de superfície, para ter mais navios com mais poder de fogo, já que tal nunca iria acontecer). Permitindo igualmente que as fragatas se foquem nas restantes missões que têm, ou que se mantenham mais longe da costa.

Até podemos vislumbrar cenários específicos, em que temos uma força anfíbia ligeira, com 2/3 CB-90 (ou equivalente) a desembarcar Fuzos, e ter um ou dois USV com o dito contentor a proporcionar apoio de fogo. Hoje, este mesmo cenário hipotético, obriga-te a ter uma fragata, mesmo que a ameaça seja apenas uma força rebelde.

Era bom começar a pensar nos USV de média/grande dimensão, e que módulos contentorizados poderão ser úteis para expandir as capacidades da Marinha, para que as poucas fragatas que temos não tenham de ser o pau para toda a obra.


Talvez um módulo passível de instalar num NPO, para essas situações
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1232 em: Abril 04, 2024, 08:06:36 pm »
Segundo li há já bastante tempo atrás, a doutrina sueca é ter estes morteiros em lanchas para apoio de fogo a operações junto à costa. Dado o recorte do litoral sueco, estes podem assim funcionar como fogo indirecto para as forças terrestres, tal como quaisquer morteiros, mas com uma mobilidade acrescida.
O sistema NEMO é muito bom, estão a potenciar o que têm.

Apenas isto, e portanto, completamente diferente de qualquer cenário em Portugal.

NEMO é produzido pela PATRIA.
A PATRIA é maioritáriamente Finlandesa.

Eu apostaria que que a Suécia não tem nenhum NEMO.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1233 em: Abril 04, 2024, 08:11:10 pm »
O Nemo serve, essencialmente, para proporcionar a embarcações de menor dimensão uma arma de maior calibre para apoio de fogo directo e indirecto, podendo também atacar alvos de superfície. É a arma de maior calibre da Marinha Sueca.

Para Portugal, a situação é bem mais complexa do que "serve/não serve". Portugal tem, na prática, apenas 4 navios operacionais, com canhões capazes de realizar apoio a forças desembarcadas (independentemente destas forças serem desembarcadas com Zebros ou de um grande navio anfíbio).
A/s corveta/s já nem contam para isto e os NPO têm apenas um canhão de 30mm (os que têm!).

Com 4 fragatas (fraquinhas), no máximo terás 3 a operar em simultâneo para desempenhar apoio de fogo a forças em terra. Estas fragatas, usam estes canhões contra alvos de superfície, terrestres e aéreos, logo os navios irão para missão com vários tipos de munição para enfrentar as diferentes ameaças, logo nunca terão grande quantidade de munição dedicada para ataques a alvos em terra. Aqui temos logo um problema, poucos navios, poucos canhões, pouca munição para fazer apoio de forma minimamente consistente.

Ter USVs de 50-70 metros com um canhão deste tipo contentorizado, permitirá colmatar parcialmente esta lacuna, a um custo bastante baixo (em comparação a ampliar a frota de superfície, para ter mais navios com mais poder de fogo, já que tal nunca iria acontecer). Permitindo igualmente que as fragatas se foquem nas restantes missões que têm, ou que se mantenham mais longe da costa.

Até podemos vislumbrar cenários específicos, em que temos uma força anfíbia ligeira, com 2/3 CB-90 (ou equivalente) a desembarcar Fuzos, e ter um ou dois USV com o dito contentor a proporcionar apoio de fogo. Hoje, este mesmo cenário hipotético, obriga-te a ter uma fragata, mesmo que a ameaça seja apenas uma força rebelde.

Era bom começar a pensar nos USV de média/grande dimensão, e que módulos contentorizados poderão ser úteis para expandir as capacidades da Marinha, para que as poucas fragatas que temos não tenham de ser o pau para toda a obra.

Não se pode colocar um (actual) contentor NEMO num USV.
O contentor é tripulado.
X munições são colocadas num carrossel que tem que ser municiado á mão após X disparos.
 

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saabGripen

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1234 em: Abril 04, 2024, 08:15:20 pm »
O Nemo serve, essencialmente, para proporcionar a embarcações de menor dimensão uma arma de maior calibre para apoio de fogo directo e indirecto, podendo também atacar alvos de superfície. É a arma de maior calibre da Marinha Sueca.

Para Portugal, a situação é bem mais complexa do que "serve/não serve". Portugal tem, na prática, apenas 4 navios operacionais, com canhões capazes de realizar apoio a forças desembarcadas (independentemente destas forças serem desembarcadas com Zebros ou de um grande navio anfíbio).
A/s corveta/s já nem contam para isto e os NPO têm apenas um canhão de 30mm (os que têm!).

Com 4 fragatas (fraquinhas), no máximo terás 3 a operar em simultâneo para desempenhar apoio de fogo a forças em terra. Estas fragatas, usam estes canhões contra alvos de superfície, terrestres e aéreos, logo os navios irão para missão com vários tipos de munição para enfrentar as diferentes ameaças, logo nunca terão grande quantidade de munição dedicada para ataques a alvos em terra. Aqui temos logo um problema, poucos navios, poucos canhões, pouca munição para fazer apoio de forma minimamente consistente.

Ter USVs de 50-70 metros com um canhão deste tipo contentorizado, permitirá colmatar parcialmente esta lacuna, a um custo bastante baixo (em comparação a ampliar a frota de superfície, para ter mais navios com mais poder de fogo, já que tal nunca iria acontecer). Permitindo igualmente que as fragatas se foquem nas restantes missões que têm, ou que se mantenham mais longe da costa.

Até podemos vislumbrar cenários específicos, em que temos uma força anfíbia ligeira, com 2/3 CB-90 (ou equivalente) a desembarcar Fuzos, e ter um ou dois USV com o dito contentor a proporcionar apoio de fogo. Hoje, este mesmo cenário hipotético, obriga-te a ter uma fragata, mesmo que a ameaça seja apenas uma força rebelde.

Era bom começar a pensar nos USV de média/grande dimensão, e que módulos contentorizados poderão ser úteis para expandir as capacidades da Marinha, para que as poucas fragatas que temos não tenham de ser o pau para toda a obra.


Talvez um módulo passível de instalar num NPO, para essas situações

Não é necessário o contentor.
Pode-se colocar na posição A, substituindo a MARLIN.
Mas tem que se colocar alta para poder fazer fogo directo para a frente (não esquecer).
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1235 em: Abril 04, 2024, 08:19:26 pm »
Era capaz de ser uma proposta interessante para a nossa Marinha (apoio de fogos aos FZ, proteção de bases, combate ao narcotráfico,, etc, etc...)

https://www.defensa.com/otan-y-europa/suecia-encarga-embarcaciones-rapidas-morteros-nemo-para-defender

É um conceito interessante, desde logo pelo poder de fogo que proporciona a uma pequena embarcação. Ainda assim, se até para o Exército, os sistemas de morteiros são sempre dos mais baratos, e se na Marinha nem sequer algo básico como umas lanchas CB-90 compram, é difícil vislumbrar comprar este tipo de sistema...

Excluindo a ideia de ter meios próprios para o Nemo, a opção pela versão contentorizada (e que portanto pode ser instalado em praticamente qualquer navio ou em terra), seria sem dúvida interessante.


CB-90 em Portugal iriam de onde para onde?
Só se fosse para os destacar com os Fuzileiros na Lituânia.
Isso seria um contributo.
 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1236 em: Abril 04, 2024, 11:03:15 pm »
Não se pode colocar um (actual) contentor NEMO num USV.
O contentor é tripulado.
X munições são colocadas num carrossel que tem que ser municiado á mão após X disparos.

Não se pode porquê? Lá porque o contentor tem uma "tripulação" para o sistema, não quer dizer que o resto do navio tenha de ser tripulado. O USV daquele tipo, serve essencialmente de plataforma com espaço relativamente amplo para receber os sistemas contentorizados, que, noutras missões, até podiam ser um módulo hospitalar ou uma roulotte de bifanas ou churros. Complicar para quê.

Não é necessário o contentor.
Pode-se colocar na posição A, substituindo a MARLIN.
Mas tem que se colocar alta para poder fazer fogo directo para a frente (não esquecer).

Não, o Nemo requer perfuração do convés, portanto para substituir a Marlin do NPO, era preciso fazer alterações ao navio em si, e não apenas uma troca por troca. Sai mais barato optar pelo contentor, e colocá-lo no navio quando necessário, e torna-se mais prático na medida em que acrescenta ao navio uma arma extra, sem ter que abdicar de outra.
Se a ideia passasse por ter um maior poder de fogo "permanente" em algum NPO, e sem olhar a custos, mais valia optar pela OM 76mm Sovraponte, que também não precisa de perfurar o convés. Não me chocava se um dia inventassem uma versão contentorizada deste canhão e/ou de outros.

CB-90 em Portugal iriam de onde para onde?
Só se fosse para os destacar com os Fuzileiros na Lituânia.
Isso seria um contributo.

Os CB-90 podem ser usados como meios independentes, desde que estacionados com relativa proximidade da área de operação, e isto tanto pode ser a Lituânia, o Golfo da Guiné para operações contra a pirataria, no Sul de Portugal para combate ao narcotráfico, etc.
Depois ainda terás o PNM, caso venha equipado com gruas capazes de colocar na água uma embarcação daquela dimensão. De acordo com os desenhos da Damen, é possível fazê-lo, desde que venha com alguma grua para lanchas de desembarque pequenas (foto abaixo).



Também pode ser feito de virtualmente qualquer navio (por exemplo um AOR) que possua uma grua capaz de mover uma embarcação daquelas:
 

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Kalil

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1237 em: Abril 04, 2024, 11:58:23 pm »
Segundo li há já bastante tempo atrás, a doutrina sueca é ter estes morteiros em lanchas para apoio de fogo a operações junto à costa. Dado o recorte do litoral sueco, estes podem assim funcionar como fogo indirecto para as forças terrestres, tal como quaisquer morteiros, mas com uma mobilidade acrescida.
O sistema NEMO é muito bom, estão a potenciar o que têm.

Apenas isto, e portanto, completamente diferente de qualquer cenário em Portugal.

NEMO é produzido pela PATRIA.
A PATRIA é maioritáriamente Finlandesa.

Eu apostaria que que a Suécia não tem nenhum NEMO.

Devido ao embargo de armamento e às pessimas relações entre os dois países. Bem visto.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1238 em: Abril 05, 2024, 12:41:23 am »
Duvido que as BD estejam nas condições ideais para proporcionar apoio de fogo, ou o que quer que seja que envolva a OM 76. A situação no Mar Vermelho veio pôr a nu muitas fragilidades das marinhas europeias: munições fora de prazo, no caso das OM 76 dinamarquesas; o número insuficiente de SM-2, do modelo específico para operar com o APAR, que afecta as três marinhas equipadas com esta configuração; e, pior de tudo, a integração do APAR com os mísseis americanos (SM-2 e ESSM) parece estar cheia de bugs, que põem em causa a eficácia e a segurança destas fragatas enquanto plataformas de defesa aérea.

Por outro lado, veio a confirmar-se a eficácia e o poder do Aster e das versões mais recentes da OM 76, quando equipadas com munições dentro do prazo de validade, mesmo nas versões não guiadas -- os franceses não possuem DART e os italianos, aparentemente, não utilizaram este tipo de munição no abate de drones.
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1239 em: Abril 05, 2024, 09:16:45 am »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1240 em: Abril 05, 2024, 11:01:41 am »
Duvido que as BD estejam nas condições ideais para proporcionar apoio de fogo, ou o que quer que seja que envolva a OM 76. A situação no Mar Vermelho veio pôr a nu muitas fragilidades das marinhas europeias: munições fora de prazo, no caso das OM 76 dinamarquesas; o número insuficiente de SM-2, do modelo específico para operar com o APAR, que afecta as três marinhas equipadas com esta configuração; e, pior de tudo, a integração do APAR com os mísseis americanos (SM-2 e ESSM) parece estar cheia de bugs, que põem em causa a eficácia e a segurança destas fragatas enquanto plataformas de defesa aérea.

Por outro lado, veio a confirmar-se a eficácia e o poder do Aster e das versões mais recentes da OM 76, quando equipadas com munições dentro do prazo de validade, mesmo nas versões não guiadas -- os franceses não possuem DART e os italianos, aparentemente, não utilizaram este tipo de munição no abate de drones.

Como todos sabem eu disto pouco ou nada percebo, mas tenho alguma reticência em acreditar que o APAR usado por tantas Marinhas à décadas para guiar misseis norte-Americanos como o ESSM e o SM-2 tenha esse tipo de problemas. Acredito isso sim, que haja algum problema com o CMS usado nas fragatas Dinamarquesas (Terma C-Flex).
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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LM

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1241 em: Abril 05, 2024, 12:37:17 pm »
Pelo o que eu li aqui (em tradução automática para inglês, note-se)  => https://marineschepen.nl/nieuws/Deens-fregat-werd-aangevallen-in-Rode-Zee-maar-kanon-en-radar-werkten-niet-goed-020424.html o problema era do "CMS usado nas fragatas Dinamarquesas (Terma C-Flex)"; e, pior, já se sabia. As munições parecer-me ter sido quando foram necessárias...

Entretanto já "rolaram cabeças"... 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1242 em: Abril 05, 2024, 12:45:03 pm »
Tantas? Assim de repente só me ocorrem três, mas eu não passo de um leigo.

E, já agora, o problema que afectou a fragata alemã também se deveu ao CMS, no caso concreto o TACTICOS? É um facto que o binómio APAR—Standard/ESSM é utilizado cerca de duas décadas, com muitos sucesso em testes, mas esta é a primeira vez que é empregue num cenário real e, para já, o resultado não é, de todo, satisfatório.

Até poderá dar-se o caso de dois CMS, de fabricantes distintos, terem falhado em momentos cruciais — não sabemos todos os detalhes, especialmente no caso alemão —, mas a ilação mais óbvia é considerar o denominador comum nos dois casos e só me ocorre o APAR e os mísseis americanos, que são de uma versão especificamente desenvolvida para ser guiada pelo APAR.
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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1243 em: Abril 05, 2024, 02:35:34 pm »
Mas porque é que se assume que o problema está associado aos mísseis, e não ao VLS? Porque não o problema estar entre o APAR e o CMS? Quer-me parecer que os mísseis aqui estão isentos de culpa, até porque se o problema fosse dos mísseis, estaríamos a falar de um lançamento correr mal (explosão dentro do VLS, o míssil sair desorientado, o booster não activar) ou do voo até ao alvo não (falha no guiamento até ao alvo, o míssil ter uma falha no percurso).

Ainda ia questionar se o problema seria da versão Block I do ESSM, com radar semi-activo e que portanto precisa de iluminação por parte dos radares do navio, e haver uma falha neste processo devido ao APAR, e aí ia dizer que o ESSM Block II não teria esses problemas. Mas dado que o problema foi antes do lançamento de qualquer míssil, e que pelo menos um ESSM acabou por ser lançado e guiado com sucesso, utilizando o director de tiro Ceros, o problema há-de estar entre o APAR e o CMS.

Quando no artigo publicado pelo LM, aparecem a dizer que o APAR do navio dinamarquês só devia ser utilizado para "busca e rastreamento de alvos", então percebemos que o problema poderá estar neste sistema ou em alguma falha entre ele e o CMS.

O problema alemão pelos vistos foi diferente, onde os mísseis aparentemente terão falhado (e portanto foram lançados com sucesso, ao contrário do caso dinamarquês), e aí sim, podemos considerar que haverá um problema com o radar APAR para guiar os mísseis. Era preciso saber se os holandeses enfrentaram algum destes problemas ou não.

Quanto aos canhões de 76mm, considera-se então que o problema é a idade das munições? Ou que tem a ver com o uso da espoleta programável associada a uma munição instável, sendo que munições antigas terão forçosamente que ser usadas com espoletas de impacto? Ou independentemente da espoleta, a munição é demasiado instável para ser usada em segurança? Sabemos que o envelhecimento (e reduzido número) das reservas de guerra é um problema, inclusive (e em especial) cá.

Suponho que os franceses e italianos usem a espoleta 3A-Plus nos seus OM 76mm, e portanto é bom saber que se confirma que este tipo de sistema funciona contra drones.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1244 em: Abril 05, 2024, 04:15:06 pm »
Não se pode colocar um (actual) contentor NEMO num USV.
O contentor é tripulado.
X munições são colocadas num carrossel que tem que ser municiado á mão após X disparos.

Não se pode porquê? Lá porque o contentor tem uma "tripulação" para o sistema, não quer dizer que o resto do navio tenha de ser tripulado. O USV daquele tipo, serve essencialmente de plataforma com espaço relativamente amplo para receber os sistemas contentorizados, que, noutras missões, até podiam ser um módulo hospitalar ou uma roulotte de bifanas ou churros. Complicar para quê.

Não é necessário o contentor.
Pode-se colocar na posição A, substituindo a MARLIN.
Mas tem que se colocar alta para poder fazer fogo directo para a frente (não esquecer).

Não, o Nemo requer perfuração do convés, portanto para substituir a Marlin do NPO, era preciso fazer alterações ao navio em si, e não apenas uma troca por troca. Sai mais barato optar pelo contentor, e colocá-lo no navio quando necessário, e torna-se mais prático na medida em que acrescenta ao navio uma arma extra, sem ter que abdicar de outra.
Se a ideia passasse por ter um maior poder de fogo "permanente" em algum NPO, e sem olhar a custos, mais valia optar pela OM 76mm Sovraponte, que também não precisa de perfurar o convés. Não me chocava se um dia inventassem uma versão contentorizada deste canhão e/ou de outros.

CB-90 em Portugal iriam de onde para onde?
Só se fosse para os destacar com os Fuzileiros na Lituânia.
Isso seria um contributo.

Os CB-90 podem ser usados como meios independentes, desde que estacionados com relativa proximidade da área de operação, e isto tanto pode ser a Lituânia, o Golfo da Guiné para operações contra a pirataria, no Sul de Portugal para combate ao narcotráfico, etc.
Depois ainda terás o PNM, caso venha equipado com gruas capazes de colocar na água uma embarcação daquela dimensão. De acordo com os desenhos da Damen, é possível fazê-lo, desde que venha com alguma grua para lanchas de desembarque pequenas (foto abaixo).



Também pode ser feito de virtualmente qualquer navio (por exemplo um AOR) que possua uma grua capaz de mover uma embarcação daquelas:


Era preciso que a versão escolhida fosse essa, ou  a outra com a tal "rampa". Mas parece bem que não, é a mais curta para zebros e pouco mais(talvez aquela coisa porta moto quatro com motor fora de borda)