Na minha humilde opinião, estaremos perante mais um dos projetos navais de que a marinha Portuguesa já deve ter uma sala completamente cheia, dos quais praticamente nenhum foi completamente cumprido e a maioria nunca passou disso, projeto no papel e muitas vezes, esboço de projeto, que é o que este parece ser.
Assim de viés, fico deveras interessado em saber para que queremos dois navios reabastecedores, para uma marinha constituida por navios de patrulha costeira e patrulhas oceanicos que pelas suas características (reduzida velocidade de deslocamento e baixo consumo) são navios de grande autonomia.
A capacidade logística terá sempre que lá estar e dessa a marinha não pode abrir mão, que quiser chamar-se de Marinha em vez de guarda costeira.
Partilho aqui um comentário que me foi feito sobre aqueles navios do tipo LST, depois de colocar a alguém com algum tipo de conhecimento nestas coisas qual seria a vantagem desses meios.
A resposta foi que, entre as principais desvantagens, está a quase impossibilidade de os utilizad nas ilhas atlanticas, que são na sua maioria constituidas por costa rochosa e ingreme.
Esta é a razão porque os LPD sempre foram referidos e considerados como alternativa, porque pequenas lanchas de desembarque podem com muito mais facilidade efetuar operações de desembarque que um navio pensado para desembarcar tanques ou carros pesados.
Mais recentemente, há aparentemente quem considere que essa opção não precisa de LPD, desde que haja capacidade por parte do meio para desembarcar lanchas de desembarque, mesmo que o navio base não tenha uma doca alagável.
O LPD na sua função tradicional, só serviria para operações NATO, porque para utilização convencional, mesmo lanchas de desembarque pequenas teriam dificuldades em desembarcar meios mecanizados. Assim, o meio poderia ser utilizado para operações conjuntas, sendo uma participação portuguesa de peso, o que também daria ao país uma importância acrescida.
Quanto a este governo, o problema passa pela necessidade de reduzir tanto quanto possível o peso da dívida e o peso dos juros que o país tem que pagar. Há quem pense no governo, que não pode haver lugar a ideias de compras de armas a sério, sem que o peso dos juros baixe.
Aparentemente, com juros atuais, o que Portugal tem que pagar de juros, dava para rearmar as forças armadas em três anos.
Logo, estamos provavelmente perante mais um de muitos planos navais. por muito frustrante que seja dize-lo