A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !

  • 5030 Respostas
  • 612853 Visualizações
*

Drecas

  • Investigador
  • *****
  • 1561
  • Recebeu: 499 vez(es)
  • Enviou: 177 vez(es)
  • +313/-191
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3585 em: Março 14, 2023, 07:02:25 pm »
https://www.marinha.pt/pt/media-center/Noticias/Paginas/Informacao0313-121.aspx

>sabiam dos problemas
>mandam o navio na mesma
>desculpam-se dizendo que navios de guerra são complexos e portanto não há problema
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Luso, Stalker79, Subsea7

*

Visitante123

  • Especialista
  • ****
  • 981
  • Recebeu: 339 vez(es)
  • Enviou: 188 vez(es)
  • +48/-139
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3586 em: Março 14, 2023, 07:09:11 pm »
O que os chateia, e se calhar é a única coisa, é que a NATO deve ter pedido a vigilância e nós falhamos. Ou seja, falhamos perante os "estrangeiros" o que é a única coisa que os preocupa. Só querem o mínimo dos mínimos para não parecer mal lá fora. Agora caiu-lhes o véu de forma muito pública e devem de estar a fumegar.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Luso, P44, NVF, Camuflage, oi661114, Stalker79, Drecas

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7493
  • Recebeu: 974 vez(es)
  • +4596/-871
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3587 em: Março 14, 2023, 07:28:19 pm »


Quando os comandos da marinha afirmam que os navios militares têm sistemas redundantes, isso é absolutamente verdade.

O navio tem dois ou quatro motores, e pode operar até mesmo com um só. A redundancia é não apenas uma necessidade dos militares, muitos navios civis têm que cumprir com regras de segurança elevadas, nomeadamente se tiverem que trasportar pessoas de forma comercial (um navio de pesca, tem regras diferentes de um navio de recreio, e de um navio de cruzeiros mesmo pequeno)

A questão é que...

O navio em causa tinha um dos sistemas redundantes avariado (um motor avariado, dependia do outro motor)
No motor que restava, um sistema vital, o de arrefecimento estava avariado... A redundância fixou-se no sistema de incencio que dava para o gasto.

Mas se o sistema de arrefecimento utilizando o sistema de incendio falhasse, qual era a redundancia ?
Um navio pode ir para o mar, quando tem pelo menos um sistema de recurso que lhe possa permitir navegar.

Neste caso, o navio aparentemente estava a navegar nas últimas.
Um carro com os pneus a perder ar, sem pneu suplente, com o motor a aquecer, e sem água para o arrefecer...

O meu problema, é que, se a marinha precisa de enviar um navio nas ultimas, praticamente colado com cuspo para cumprir missões da NATO, para que serve esta marinha.

É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Luso, nelson38899, Camuflage, oi661114, Clausewitz, Stalker79, JohnM, Subsea7, PTWolf

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 8568
  • Recebeu: 3916 vez(es)
  • Enviou: 723 vez(es)
  • +4988/-790
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3588 em: Março 14, 2023, 10:32:50 pm »
Pois, isto é uma barrada enorme mas não creio que a culpa seja dos "amotinados". O Comandante da embarcação é que tem a palavra final, mas se ele deixou a situação chegar muito além do tolerável, não se pode depois pedir suicídios em tempo de paz. Nem é (só) dos políticos, porque a Marinha apesar de tudo tem um orçamento e tem de saber fazer a sua gestão. Podem-se culpar os políticos sobre decisões (ou falta delas) em termos de aquisições, prioridades, etc. mas não são eles que têm de fazer a manutenção dos motores.

O orçamento para a manutenção tem sido, todos os anos, de apenas 60% do que seria necessário, para os meios existentes.
Queres as coisas em condições, tens de orçamentar com o valor devido a sua manutenção e operação. Orçamentas menos do que é necessário, se for uma vez sem exemplo, passa, se for durante 10 anos, o problema agrava-se.

Dito isto, a única forma da Marinha desenrascar-se com o dinheiro que "recebe", era cortar nos salários, ou cortar nas aquisições, para canalizar esse dinheiro para a manutenção. Cortar nos salários, ia toda a gente embora (todos os afectados pelo menos), não dá para cortar/reduzir nas aquisições, porque não se adquire nada.

É preciso mais honestidade e humildade, na hora de sentenciar estas situações. Não se pode estar à espera de milagres, para que se faça com 500 euros, aquilo que custa 1000.

Ridículo no meio disto tudo, é que a manutenção destes navios é feita em Portugal, portanto o dinheiro investido neste processo, tem retorno. Só não se faz, porque temos um governo que é um bando de abéculas, e gente na Marinha que nem querem saber do estado da frota.

___

A conversa da redundância é do mais ridículo que há. É suposto haver redundância, face ao meio estar 100% operacional, não é redundância para conseguir operar o meio com metade dos sistemas avariados como se nada fosse. Imaginem voar os C-130, com 2 motores avariados, ou até mesmo removidos. Só não se faz isso, porque as consequências de algo correr mal, seriam ainda piores (queda da aeronave e mortes). É preciso começar a levar estas coisas a sério. Temos deixar de ser um país cujos carros do Estado são topo de gama e actualizados/substituídos com elevada frequência, e depois onde realmente importa, as coisas são mantidas até apodrecerem.
___

Quanto a ser ou não grave a situação de insubordinação dos marinheiros em questão, acho que se deve é apurar responsabilidades a quem foi informado pelos marinheiros, e nada fez para que se tentasse emendar a situação. Ou estamos a falar de toda a cadeia de comando saber da situação, e ninguém ter feito nada, ou esta informação ser silenciada até certo ponto da cadeia de comando, para não incomodar os cargos mais acima. Podemos estar a falar de responsabilizar desde o comandante da embarcação, até mesmo ao CEMA.

A MDN também não estará isenta de culpas, mas também até já mete pena, porque não é só ela, pois acabou por receber uma batata quente nas mãos de ministros anteriores, que só fizeram foi m****.

Uma coisa é certa, tem de acabar esta mentalidade azeiteira de "cumprimos como possível". Já chega de saber que está tudo a dar as últimas, e vir à comunicação social falar como se tudo estivesse cinco estrelas.
 

*

Camuflage

  • Investigador
  • *****
  • 1522
  • Recebeu: 205 vez(es)
  • Enviou: 89 vez(es)
  • +263/-260
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3589 em: Março 14, 2023, 10:45:55 pm »


Quando os comandos da marinha afirmam que os navios militares têm sistemas redundantes, isso é absolutamente verdade.

O navio tem dois ou quatro motores, e pode operar até mesmo com um só. A redundancia é não apenas uma necessidade dos militares, muitos navios civis têm que cumprir com regras de segurança elevadas, nomeadamente se tiverem que trasportar pessoas de forma comercial (um navio de pesca, tem regras diferentes de um navio de recreio, e de um navio de cruzeiros mesmo pequeno)

A questão é que...

O navio em causa tinha um dos sistemas redundantes avariado (um motor avariado, dependia do outro motor)
No motor que restava, um sistema vital, o de arrefecimento estava avariado... A redundância fixou-se no sistema de incencio que dava para o gasto.

Mas se o sistema de arrefecimento utilizando o sistema de incendio falhasse, qual era a redundancia ?
Um navio pode ir para o mar, quando tem pelo menos um sistema de recurso que lhe possa permitir navegar.

Neste caso, o navio aparentemente estava a navegar nas últimas.
Um carro com os pneus a perder ar, sem pneu suplente, com o motor a aquecer, e sem água para o arrefecer...

O meu problema, é que, se a marinha precisa de enviar um navio nas ultimas, praticamente colado com cuspo para cumprir missões da NATO, para que serve esta marinha.

Creio que isto é o que deve transparecer para a população civil e não a retórica literal do dever da condição militar:

Citar
Artigo 11.º
Deveres gerais
1 - O militar deve estar sempre pronto a defender a Pátria, mesmo com sacrifício da própria vida, o que afirma solenemente perante a Bandeira Nacional, em cerimónia pública.
3 - O militar deve ainda:
a) Aceitar com coragem os riscos físicos e morais decorrentes das suas missões de serviço;

É nisto que muita malta está assentar praça, não estão acostumados à insurreição e acham que as pessoas em tempo de paz são todas descartáveis ou podem tratar os mesmos como tolinhos. Tempo da tropa macaca acabou, com pessoas cada vez mais qualificadas, mais questionamento haverá da autoridade, correndo o risco de não terem ninguém para cumprimento do dever.

O que diz a lei sobre a insubordinação:

Citar
Artigo 87.º - Insubordinação por desobediência


       1 - O militar que, sem motivo justificado, recusar ou deixar de cumprir qualquer ordem que, no uso de atribuições legítimas, lhe tenha sido dada por algum superior é punido:

              a) Com pena de prisão de 15 a 25 anos, em tempo de guerra, se a desobediência consistir na recusa de entrar em combate;
              b) Com pena de prisão de 8 a 16 anos, em tempo de guerra e na área de operações, fora do caso referido na alínea anterior;
              c) Com pena de prisão de 5 a 12 anos, em tempo de guerra, em ocasião a bordo de veículo, navio ou aeronave, que afecte a segurança dos mesmos;
              d) Com pena de prisão de 2 a 8 anos, em tempo de guerra, fora dos casos referidos na alínea anterior;
              e) Com pena de prisão de 2 a 8 anos, em tempo de paz, se for na ocasião referida na alínea c);
              f) Na pena de 1 a 4 anos de prisão, em tempo de paz e em presença de militares reunidos;
              g) Com pena de prisão de 1 mês a 1 ano, em todos os demais casos.

       2 - Quando a recusa ou incumprimento forem cometidos por dois ou mais militares a quem a ordem tenha sido dada, as penas são agravadas de um quarto do seu limite máximo.
       3 - Havendo recusa, seguida de cumprimento voluntário da ordem, as penas são reduzidas a metade na sua duração máxima e mínima.


Há muito que defendo que se façam homens e sejam insubordinados sempre que se justifique. O comando só manda em quem é mandado. A revolução fez-se através da insubordinação ao comando.
 

*

Drecas

  • Investigador
  • *****
  • 1561
  • Recebeu: 499 vez(es)
  • Enviou: 177 vez(es)
  • +313/-191
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3590 em: Março 14, 2023, 10:52:17 pm »
Essa parte de perceber se a informação acerca do estado do navio foi abafada ou assim levanta uma questão interessante, mas extremamente triste.

Sobre as forças armadas russas é bem sabido os 1001 casos de corrupção, e uma coisa frequentemente apontada é a forma como muitas vezes equipamento é dado como operacional porque ninguém está para perder tempo para ver se funciona, ou porque rublos foram postos nos bolsos de alguém, ou porque alguém quer mostrar ao seu superior um relatório bonito a mostrar que ele é muito bom mesmo, e ver se ganha uma promoção.

E isto leva-nos a pensar algo, será que, infelizmente chegamos a este ponto? Sem dúvida não estamos a um nível russo, mas será que estamos mesmo a ver sinais e sintomas semelhantes??

Espero bem que não
 

*

Subsea7

  • Investigador
  • *****
  • 1804
  • Recebeu: 1686 vez(es)
  • Enviou: 2545 vez(es)
  • +5502/-2918
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: NVF

*

Subsea7

  • Investigador
  • *****
  • 1804
  • Recebeu: 1686 vez(es)
  • Enviou: 2545 vez(es)
  • +5502/-2918
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3592 em: Março 14, 2023, 11:25:46 pm »
Mais vale fechar portas.
 

*

Kalil

  • Especialista
  • ****
  • 987
  • Recebeu: 302 vez(es)
  • Enviou: 216 vez(es)
  • +87/-463
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3593 em: Março 14, 2023, 11:39:02 pm »
Quem lá anda há 30 anos e, mesmo sem grande coisa a perder, continua a dizer que "sim Sr.Ministro", é que está a afundar a Marinha.
A ministra deve ter descoberto hoje que há navios com o nome de rios de Portugal...
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: P44, NVF, Subsea7

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 8568
  • Recebeu: 3916 vez(es)
  • Enviou: 723 vez(es)
  • +4988/-790
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3594 em: Março 15, 2023, 12:55:42 am »
Entretanto, para acrescentar à situação do Mondego:
https://expresso.pt/politica/2023-03-14-Marinha-com-defice-de-120-milhoes-em-manutencao-nos-ultimos-cinco-anos-c61c8f7a

Alguém com acesso à notícia toda?

23.8 milhões é tão pouco dinheiro, que até dá vontade de rir. Só em salários de Generais, gasta-se mais de metade desse valor (13 milhões) anualmente.
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4295
  • Recebeu: 2429 vez(es)
  • Enviou: 1400 vez(es)
  • +7378/-4454
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3595 em: Março 15, 2023, 02:34:11 am »
Portanto, o que diz a Ministra da igualdade de coiso, é que a culpa do estado lastimável a que chegou a Marinha é culpa da mesma!
Sim senhor(a), uma pessoa que assume a responsabilidade por ser a principal culpada pelo facto da Marinha nem ter dinheiro para a manutenção do pouco que tem!
Somos governados por irresponsáveis e sem nenhuma vergonha na cara!

Se falta dinheiro para a Marinha, FA, Exército (caso do estado dos Leopard e a falta de munições), de quem é a culpa senão da Ministra e deste Governo!?

E já agora que eu não tenho facebook, o que dizem os mesmos do costume que mandam beijinhos, abraços e mar chão, em cada notícia, sobre esta vergonha?  :mrgreen:

Vai haver 13 pessoas que vão ser sacrificadas para todos vermos o estado lastimável a que chegaram as FA!

Mas há também um Comandante Supremo das FA, o que diz desta vez o senhor comentador? Também vai dizer que o problema é da Marinha e da indisciplina interna?
« Última modificação: Março 15, 2023, 02:35:25 am por Viajante »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: tenente, Subsea7

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18299
  • Recebeu: 5542 vez(es)
  • Enviou: 5957 vez(es)
  • +7166/-9542
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3596 em: Março 15, 2023, 06:44:18 am »
Citar

Ao contar que a guarnição está “cansada” depois de quase seis meses dentro do “navio com avarias”, nomeadamente entrada de água na zona das máquinas e uma avaria num dos dois motores, o militar explicou que a decisão foi tomada para “proteger os militares”. “Recusámo-nos a navegar apenas porque não tínhamos condições de segurança”, explicou ao salientar que a guarnição nunca se recusou a reparar as avarias.


https://multinews.sapo.pt/noticias/militares-que-recusaram-missao-no-navio-mondego-dizem-que-estao-a-ser-ameacados-com-prisao/
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10366
  • Recebeu: 5670 vez(es)
  • Enviou: 4363 vez(es)
  • +8478/-1842
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3597 em: Março 15, 2023, 07:10:18 am »
MAIS PALAVRAS PARA QUÊ ?

Quando os ditos Irresponsaveis pela defesa, sejam eles Militares ou Civis, NÃO ASSUMEM as suas responsabilidades, inerentes aos Comandos e pastas que exercem, as conclusões são muitos simples, pura e simplesmente SÃO INCOMPETENTES !!


Marinheiros do Mondego que recusaram missão vão ser substituídos
Entre as deficiências do navio está um dos dois motores operacionais. Também um dos três geradores não funciona deste Outubro de 2022.

Os marinheiros do navio-patrulha Mondego vão ser substituídos, após se terem recusado na noite de sábado a acompanhar um navio russo no Atlântico, soube o PÚBLICO. As razões do protesto foram enviadas ao chefe de gabinete do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo, na manhã de segunda-feira, menos de 48 horas após a recusa de largar. Até esta quarta-feira, os 13 militares permanecem retidos no navio, sem licença de saída, tendo começado a ser ouvidos pela Polícia Judiciária Militar.

Naquele documento, a que o PÚBLICO teve acesso, datado de 11 de Março, sábado, o dia em que a guarnição se recusou a largar, são referidas várias insuficiências. Segundo os marinheiros, o Mondego, que tem feito destacamentos sucessivos em operações de soberania na Madeira e no Frontex, está há 500 dias em prontidão para busca e salvamento. O que impediu a paragem para manutenção.

Tal situação levou à inoperação de um dos dois motores — o de estibordo —, e de um dos três geradores, estando o número um de estibordo inoperacional deste Outubro de 2022. Para além destes problemas, o Mondego apresenta outras falhas, de alagamentos a fugas de óleo e, inclusivamente, de risco de incêndio.

“O Mondego apresenta limitações técnicas graves que comprometem a segurança do pessoal e do material e o cumprimento da respectiva missão”, anotam. Asseguram que, “em formatura na ponte, o próprio comandante (…) assumiu perante a guarnição que não se sentia confortável em largar com as limitações técnicas que o navio apresenta”. E concluem: “Pelo (…) descrito, e por entendermos que a segurança do pessoal e do material está séria e gravemente comprometida, decidimos, de livre vontade e em consciência, não cumprir a ordem de largada e formar no cais.”

No entanto, o comandante do barco, o Comando Naval, a cadeia hierárquica e a Superintendência de Material consideraram que o navio estava em condições de cumprir a missão de acompanhamento de um navio da Marinha Russa. Pelo que os marinheiros recorreram a uma figura simbólica – a formação no cais. “Estamos aqui” é o significado daquela iniciativa, que equivale a destacar que não desertaram.

A substituição que está em preparação é de toda a guarnição de 29 homens e não apenas dos 13 – quatro sargentos e nove praças — que recusaram zarpar —, à excepção do comandante do navio.

Na nota de informação do Estado-Maior da Armada, entretanto divulgada, é salientado que “foi dada liberdade ao comando do navio para abortar a mesma [missão] no caso de necessidade superveniente.”

A Marinha invoca dois artigos do Regulamento de Disciplina Militar — o 12.º, dever de obediência, e o 15.º, dever de tutela, relativo a quem tem a responsabilidade de definição de quais os navios que estão em condições para cumprir com as missões atribuídas, cuja penalidade pode ir da repreensão à privação de liberdade, com evidentes consequências no desenvolvimento nas carreiras dos que vierem a ser condenados. A figura de apoio jurídico é admitida com o recurso a juristas nomeados pela instituição, mas existe a possibilidade de recurso a advogados privados.

É preciso recuar mais de dez anos para encontrar episódios que levaram à instrução de processos disciplinares na Marinha. Então, por terem expressado verbalmente mal-estar pelas condições em que operavam. O foco está, agora, sobre o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo.


https://www.publico.pt/2023/03/14/politica/noticia/marinheiros-mondego-recusaram-missao-vao-substituidos-2042313

Abraços
« Última modificação: Março 15, 2023, 07:15:49 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: NVF

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18299
  • Recebeu: 5542 vez(es)
  • Enviou: 5957 vez(es)
  • +7166/-9542
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3598 em: Março 15, 2023, 07:18:32 am »
O picas vai continuar a fingir-se de morto

Desde que não aprovaram o mega holistico fez birrinha e amuou
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: NVF

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10366
  • Recebeu: 5670 vez(es)
  • Enviou: 4363 vez(es)
  • +8478/-1842
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3599 em: Março 15, 2023, 07:20:45 am »
O picas vai continuar a fingir-se de morto

Desde que não aprovaram o mega holistico fez birrinha e amuou

O homem está a fazer um projecto para redigir o discurso, depois de pronto falará !  ::)

Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: P44, NVF