A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !

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papatango

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3570 em: Março 14, 2023, 02:57:15 pm »

Bom ... Eu nem digo nada sobre o que penso sobre este assunto, porque ainda me excedia ...

Seria interessante um comentário do senhor Comandante em Chefe, perante - tanto quanto me recordo - o primeiro motim na marinha desde o último, que aconteceu exactamente por causa da revolta na Madeira.

Os motins na marinha, normalmente são sinal de qualquer coisa muito mais podre.
No entanto, tentemos manter o sangue frio ...

Gostaria de saber qual era o estado do motor que ainda funcionava ...

Uma coisa é sair para o mar, para uma simples operação de vigilância, com apenas um motor, outra coisa, é sair para o mar numa missão de acompanhamento de um navio de uma potência hostil, com um navio a meter água e há muito tempo a ultrapassar os limites de operacionalidade, por conta de atrasos de milhares de horas nas revisões.

Um navio de guerra não é como um carro, que se for possível evitar ir à inspeção, continua a utilizar-se até dar.

Será interessante saber quem são e ter detalhes exactos sobre quais as razões, uma a uma  que levaram parte da guarnição a não sair para o mar.

É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3571 em: Março 14, 2023, 03:07:57 pm »
Uma vénia aos 13 tripulantes do Mondego, que mostraram ter tomates ao contrário dos medalhados chupistas

"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3572 em: Março 14, 2023, 03:14:28 pm »
Então, os marinheiros amutinaram-se por razões de segurança ou por razões ideológicas?....

:o :o :o :o :o :o :o :o :o :o

 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3573 em: Março 14, 2023, 03:20:03 pm »
Não conheço o navio em questão, mas suponho que terá duas MP e igualmente 2 grupos geradores. 
Estando apenas 1 de cada operacionais poderia não ser impeditivo se, e agora entra o se, a missão não fosse para desenvolver no meio do Atlântico.  Uma coisa é patrulha costeira,  outra é este tipo de navegação.  Aliás, já é por si só vergonhoso terem permitido este navio ser comissionado para estar no arquipélago da Madeira nestas condições.
Só o trânsito até lá já tem que se lhe diga, e sendo um navio de pequenas dimensões como este e de inverno...
A questão é simples,  se falhar a única MP disponível ou se ficarem sem energia a bordo com consequente falha de sistemas ficariam à deriva a muitas horas de qualquer auxílio,  à mercê do oceano.
Assim sendo é simples,  que vão para lá aqueles que dizem estar em condições.
A situação do risco de incêndio derivada da acumulação de resíduos é simplesmente surreal. Deveria dar cadeia a quem o permitiu...
João Pereira
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3574 em: Março 14, 2023, 03:23:31 pm »


Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3575 em: Março 14, 2023, 03:45:11 pm »
Um navio de guerra não é como um carro, que se for possível evitar ir à inspeção, continua a utilizar-se até dar.
Pá, um bocado off-topic, mas recomendo que também não façam isso com o carro.  :mrgreen:
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3576 em: Março 14, 2023, 03:51:19 pm »
Uma achega.

Os membros da Guarnição filmaram em vídeo as questões referidas, para a recusa em zarparem.

Tudo confere.

https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2023/03/militares-da-marinha-portuguesa-se-negam-a-acompanhar-navio-russo-por-questoes-de-seguranca.ghtml

Citar
Ainda de acordo com os oficiais, o próprio comandante do navio português "assumiu, perante a guarnição, que não se sentia confortável" com as limitações técnicas — entre elas, o fato de que um motor e um gerador de energia elétrica estavam inoperacionais.

Os 13 militares também disseram que o navio "não possui um sistema de esgoto adequado para armazenar os resíduos oleosos a bordo", o que faz com que fiquem acumulados nos porões, "aumentando significativamente o risco de incêndio".

https://www.sabado.pt/video/detalhe/militares-que-recusaram-missao-da-marinha-mostram-alagamentos-dentro-do-navio-mondego

Vergonhoso. É só o que tenho a dizer. :-X

Cumprimentos

Aquilo no inicio é água ou óleos?
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3577 em: Março 14, 2023, 04:48:07 pm »
De um grupo do Facebook

Citar

A VERDADE, QUE NADA TEM A VER COM O JORNALIXO! É LONGO, MAS DIZ TUDO E NÃO DESCULPA NADA! À ATENÇÃO DOS QUE MANDAM!!!

Os 13 militares da guarnição do NRP Mondego que formaram no cais, não cumprindo a ordem de largada para missão de acompanhamento de um navio russo, afirmam o seguinte:
• O NRP Mondego, estando atracado no cais de pesca do Funchal, recebeu ordem para fazer o acompanhamento de um navio russo a norte do Porto Santo;
• As previsões meteorológicas apontavam para ondulação de 2,5mt a 3mt, com período de 7 segundos;
• O NRP Mondego apresenta limitações técnicas graves, que comprometem a segurança do pessoal e do material e o cumprimento da respetiva missão;
• Em formatura na ponte, o próprio Comandante do NRP Mondego assumiu perante a guarnição que não se sentia confortável em largar com as limitações técnicas que o navio apresenta;
• Passamos a identificar as graves limitações técnicas que levaram à decisão incumprimento da ordem de largada:
o O navio possui dois (2) motores estando um (1) deles, o de Bombordo, INOP;
o Motor de Bombordo aquando do seu funcionamento, apresentava diversas fugas no coletor de admissão, no coletor de evacuação, nos turbos do motor, estando constantemente com arrastamento de óleo e tendo que se purgar constantemente. Este motor necessita de uma manutenção W4 há cerca de 2000 horas de funcionamento;
o Motor de Estibordo com fugas diversas, em tudo idênticas às fugas identificadas no motor de Bombordo, com consumo de óleo. Este motor necessita de uma manutenção W4 há cerca de 2000 horas de funcionamento;
o Após ser servido o jantar a bordo, às 19h, foi detetada uma franca entrada de água através da bomba de refrigeração do espaço de máquinas, tendo sido tamponada, limitando assim o seu funcionamento;
o Com a falta da bomba de refrigeração do espaço de máquinas, tinha que se pôr o circuito de emergência em cima através do circuito de incêndios, limitando em muito a capacidade do navio para o combate a incêndios numa situação de emergência;
o O navio possui três (3) geradores de energia elétrica, estando o gerador nº 1 Estibordo, INOP desde outubro de 2022;
o O gerador nº 2 Bombordo, quando entra ao barramento entra em alarme havendo o risco de o navio ficar sem energia elétrica a bordo. Apresenta fugas de gases, fugas de óleo, parte elétrica degradada. Manutenção W5 deveria ter sido feita há mais de 4000 horas de funcionamento;
o O gerador nº3 Ré, apresenta diversas fugas, consome cerca de 18Lt de óleo lubrificante (a capacidade máxima de óleo são 28lt) a cada 24 horas de funcionamento;
o Devido ao facto de, tanto os geradores como os motores PP não terem a devida manutenção, impossibilitada pelos cerca de 500 dias de missão atribuída com 2 horas de prontidão SAR, estes equipamentos apresentam imensas fugas de óleo, aumentando o risco de incêndio a qualquer momento, comprometendo a segurança do pessoal, do material e o cumprimento da missão;
o Quanto ao Sistema de Gestão da Plataforma, funciona apenas a 30%, sendo que é necessário recorrer constantemente aos rondas;
o Lemes, CPP, Caixas Redutoras apresentam fugas diversas, sendo necessária atenção constante aos níveis antes da largada e durante a navegação;
o No trânsito de regresso ao Funchal, durante a missão de rendição nas Selvagens, entre 08MAR2023 e 10MAR2023, o navio teve uma franca entrada de água pelo compensador de gases de escape do motor PP de Bombordo. O pessoal técnico de bordo solucionou esta avaria em 48H, tendo trabalhado noite e dia, honrando, mais uma vez, os seus compromissos para com a Marinha;
o Devido à muito elevada taxa de empenhamento e operacionalidade, sem que se consiga fazer a adequada manutenção, o navio apresenta inúmeras fugas de óleo que se acumulam nos porões, aumentando significativamente o risco de incêndio, comprometendo a segurança do pessoal, do material e o cumprimento da missão. Prova disso mesmo é a quantidade de vezes que são requisitados três (3) isocontentores de cada vez, para fazer esgoto aos resíduos oleosos acumulados nos porões;
o O navio não possui um sistema de esgoto adequado para armazenar os resíduos oleosos a bordo, ficando estes acumulados nos porões, aumentando significativamente o risco de incêndio. Apesar de o navio possuir dois (2) tanques de armazenamento de resíduos oleosos, os mesmos não são utilizados, devido ao facto de o navio estar limitado ao circuito de emergência, havendo apenas a possibilidade de esgotar todos os resíduos para o mar, não cumprindo a Convenção MARPOL;
o Apesar do vasto leque de meios do navio, que poderiam contribuir para a segurança do pessoal e do material, estes não são utilizados porque, desde que o NRP Mondego foi aumentado ao efetivo, estes meios nunca ficaram operacionais;
o Mesmo com a elevadíssima taxa de empenhamento e operacionalidade do navio, o espírito da guarnição sempre foi de sã camaradagem, entreajuda, brio profissional e lealdade perante o Comando do navio e a Marinha, de forma a cumprir todas as missões atribuídas.
o Apesar da elevadíssima taxa de empenhamento e operacionalidade, os militares que prestam serviço a bordo no NRP Mondego, sempre foram dedicados, empenhados, rigorosos e profissionais, mesmo com grande sacrifício para as suas vidas pessoais e familiares, de forma a que o navio estivesse disponível e operacional.
• Pelo acima descrito, e por entendermos que a segurança do pessoal e do material está séria e gravemente comprometida, decidimos, de livre vontade e em consciência, não cumprir a ordem de largada e formar no cais.
Bordo, 11 de março de 2023



Fonte
https://www.facebook.com/groups/171295294376/permalink/10162459590364377/
« Última modificação: Março 14, 2023, 06:22:04 pm por P44 »
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3578 em: Março 14, 2023, 05:43:37 pm »
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3579 em: Março 14, 2023, 05:45:01 pm »
Uma achega.

Os membros da Guarnição filmaram em vídeo as questões referidas, para a recusa em zarparem.

Tudo confere.

https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2023/03/militares-da-marinha-portuguesa-se-negam-a-acompanhar-navio-russo-por-questoes-de-seguranca.ghtml

Citar
Ainda de acordo com os oficiais, o próprio comandante do navio português "assumiu, perante a guarnição, que não se sentia confortável" com as limitações técnicas — entre elas, o fato de que um motor e um gerador de energia elétrica estavam inoperacionais.

Os 13 militares também disseram que o navio "não possui um sistema de esgoto adequado para armazenar os resíduos oleosos a bordo", o que faz com que fiquem acumulados nos porões, "aumentando significativamente o risco de incêndio".

https://www.sabado.pt/video/detalhe/militares-que-recusaram-missao-da-marinha-mostram-alagamentos-dentro-do-navio-mondego

Vergonhoso. É só o que tenho a dizer. :-X

Cumprimentos

O vídeo será de uma das corvetas (não me recordo agora do nome) que não tinha duches a funcionar?
Uma parte parece-me similar á foto dessa corveta, com os baldes, mas posso estar bem enganado
 

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papatango

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3580 em: Março 14, 2023, 05:46:18 pm »
Após ler o acima postado …
E tentando manter a calma, porque é a melhor coisa que se pode fazer nestes casos, noto só uns detalhes que me chamaram à atenção ...

Um dos dois motores do navio estava inoperacional, o de bombordo.
Até aqui, enfim, um navio pode operar com apenas um motor …

O outro motor do navio, naturalmente o de estibordo, mostrava sinais de sofrer dos mesmos problemas do motor inoperacional.

Mas aquilo que me deixou perplexo, foi que as bombas de refrigeração dos motores também deixaram de funcionar.
Do que conheço dos navios civis, a (ou as) bombas de refrigeração utilizam água do mar, que depois é expelida. Podem em alguns casos ser um problema, se por acaso a água que é suposto refrigerar o motor inundar o navio.

Para conseguir refrigerar o único motor operacional, foi utilizado um artificio.
Eu sei que em alguns casos, é teoricamente possível e numa situação de emergência, tentar a refrigeração do motor mesmo com a água potável, se o navio tiver um sistema de dessalinização, mas isto é numa situação de absoluta emergência e com o navio sendo necessariamente forçado a voltar para o porto e só funciona durante umas horas.

Foi utilizado aparentemente o sistema de controlo de incendios. Do que conheço, a maior parte dos navios mais pequenos não tem isto, mas deduzo que seja um sistema que retira água do mar, tendo a água sido redirecionada para a refrigeração do motor.

Isto são medidas de recurso, típicas do desenrascanço portuga, que podem ser levadas a cabo numa situação de emergência em qualquer navio em alto mar ou mesmo perto da costa, mas com o intuito de permitir o governo do navio, sem necessidade de chamar reboque até ao porto mais próximo.

A ser verdade, este simples facto, seria mais que razão, para que o comandante do NRP Mondego informasse os seus superiores de que o navio, não só não estava em condições de navegar, como aparentemente era um risco ambiental flutuante.

As outras afirmações, revestem-se de igual gravidade.

O navio estava a utilizar o porão como vazadouro e não podia sequer utilizar as bombas de porão, porque isso implicava um risco ambiental, dado o porão não poder ser vazado sem recorrer aos dispositivos do porto.
( É normal o porão se inundar ligeiramente e todo o navio tem uma bomba de porão, normalmente acionada por sensor de nível)

Normalmente, o navio vaza os depósitos de águas de esgoto no porto, a não ser que tenha incinerador próprio (o que não aparenta ser o caso) a água de porão, é normalmente água salgada que resulta de pequenas infiltrações, desde o sistema de refrigeração, ao veio da hélice, juntas do sonar ou sonda de profundidade e por aí fora...

Um navio que precisa continuamente de vazar o porão no porto, é porque é um perigo ambiental ambulante.

O que me pergunto, é como estaria a Vasco da Gama para ter ficado parada...
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3581 em: Março 14, 2023, 06:02:54 pm »
Esta situação é uma vergonha, o Almirante deveria ter pedido a demissão, incompetente.

Infelizmente são os marinheiros que vão sofrer com este incompetente.

UMA VERGONHA
« Última modificação: Março 14, 2023, 06:03:23 pm por nelson38899 »
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3582 em: Março 14, 2023, 06:12:26 pm »
https://www.publico.pt/2023/03/14/politica/noticia/marinheiros-mondego-recusaram-missao-vao-substituidos-2042313

Continua a vergonha

O Gouveio e Melo não diz nada porquê?????

Começo a perceber o fascínio de certos militares com a russia.... parece que estamos ao nivel deles (ou pior)!

 :bang:
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3583 em: Março 14, 2023, 06:23:27 pm »
https://www.publico.pt/2023/03/14/politica/noticia/marinheiros-mondego-recusaram-missao-vao-substituidos-2042313

Continua a vergonha

O Gouveio e Melo não diz nada porquê?????

Começo a perceber o fascínio de certos militares com a russia.... parece que estamos ao nivel deles (ou pior)!

 :bang:

Se nos meios civis (leia-se empresas) vigora o fascínio pelo chicote, imagino nos meios militares
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #3584 em: Março 14, 2023, 06:44:20 pm »
Relativamente à refrigeração dos motores e geradores (que também têm motores),  existem bombas que aspiram água do exterior, neste caso salgada, que circula em permutadores onde retiram calor ao refrigerante dos motores e voltam a ser devolvidas ao exterior. São aqueles águas que vemos a sair pela lateral.
Normalmente cada motor, seja ele uma MP ou de um gerador, tem o seu próprio sistema de refrigeração e a sua bomba.
Nos navios também existem bombas para esgoto de emergência (e não só), bem como de combate a incêndios.
No caso em concreto não sei a configuração nem o número de bombas de esgoto ou combate a incêndios,  pois  por vezes existe redundância.
O que normalmente está previsto é, em caso de emergência por alguma das bombas de refrigeração ficar INOP, utilizar uma das outras disponíveis para substtui-la.
Por vezes nem é necessário desmontar nada porque a própria tubagem e sistema de válvulas prevê a situação,  sendo apenas necessário colocá-las nas posições corretas.
No entanto, e salvo raras excepções, perde-se a capacidade prevista pela bomba que se utiliza.
No caso do Mondego, utilizaram a bomba de combate a incêndios para refrigeração e perderam a capacidade de... combate a incêndios.
João Pereira