Duas fragatas, por muito boas que sejam, é muito pouco. Mesmo contratorpedeiros (como os Arleigh Burke) com o dobro ou o triplo dos VLS e consequentemente o dobro ou o triplo da capacidade anti-aérea, conseguiriam sobreviver por tempo limitado.
A operar sozinhas, estarão sempre à mercê de um ataque. E é por isso que são escoltas, que escoltam navios maiores e mais importantes, como porta-aviões, LHDs, LPDs, etc.
Sozinhas só para cenários de baixa e média intensidade. Por isso é que um Carrier Group em tempo de guerra, leva inúmeros navios de escolta, para conferir várias camadas de defesa. A vantagem de um carrier group, além do número de escoltas, é ter caças e aeronaves AEW embarcados, que permitem detectar e interceptar ameaças longe do grupo, sempre que possível antes de poderem lançar os seus mísseis.
No caso de um país que não tem capacidade de operar porta-aviões, é necessário que essa capacidade de aviso antecipado e de intercepção aérea venha de terra.
Vai ser sempre necessário ter combatentes de superfície modernos, nem que seja para escoltar navios aliados e operações isoladas de baixa e média intensidade. Tal como vai ser sempre necessário ter uma boa frota de submarinos, pela sua eficácia tanto como dissuasor puro, como para fazer frente a uma força de superfície superior à nossa. Também será necessário conferir maior capacidade à FAP para operar no domínio marítimo, sob a forma de, por exemplo, F-16 com mísseis anti-navio, e eventualmente aeronaves de reabastecimento, que permitam "esticar as pernas" dos nossos caças.
Se é verdade que a MGP com 7 submarinos modernos seria muito mais poderosa e teria muito mais capacidade dissuasora, que a MGP actual com 2 submarinos modernos e 5 fragatas obsoletas, também é verdade que teria as suas limitações, já que um potencial inimigo, neste caso, apenas se limitava a usar meios aéreos, contornando o poderio da arma submarina. É preciso ter um equilíbrio.