A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !

  • 5030 Respostas
  • 612825 Visualizações
*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1632 vez(es)
  • +8537/-4167
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1560 em: Maio 22, 2021, 12:44:29 am »
« Última modificação: Maio 22, 2021, 12:52:15 am por typhonman »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: tenente, Fmfg

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 8565
  • Recebeu: 3915 vez(es)
  • Enviou: 722 vez(es)
  • +4988/-790
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1561 em: Maio 22, 2021, 01:15:54 am »
Por acaso acho o contrário, o LPD seria um meio extremamente útil á Marinha, traria capacidades que nunca tivemos, e a verdade é meio militar mais fácil de "vender" ao povo e aos deputados anti-militaristas, já que para lá do seu valor militar tem uma grande vertente civil principalmente para Portugal devido aos seus arquipélagos da Madeira e dos Açores, nos últimos anos temos visto os desastres naturais que têm assolado os arquipélagos desde tempestades, inundações, incêndios e que com as alterações climáticas serão cada vez mais frequentes, temos de ser realistas neste caso um LPD é extremamente necessário para nós tanto na valência militar como civil. Temos o JdW holandês "á mão" e será um erro histórico se não o comprarmos, será de uma incompetência atroz se ele não vier para Portugal, ainda para tem capacidade de comando e de estado Maior, tem hospital com salas de cirurgia, cuidados intensivos e intermédios que é outra valência que não temos e que é bastante necessária a nível militar e civil como vimos nesta pandemia e que é outro factor fácil de "vender" aos políticos.

Creio que o LPD é o meio militar que se fosse hoje ao parlamento para decidir a sua aquisição, de certeza seria aprovada na hora sem contestação e aparecia logo dinheiro para isso aliás esse já aos anos que está na LPM para ser utilizado, e penso que não seria um elefante branco penso sim que seria a "jóia da coroa" da Marinha e seria o pretexto ideal para se fortalecer os meios navais de combate porque teria de ser muito bem protegido sempre que abandonasse as águas portuguesas em missão. Por acaso penso que como é um investimento que é tido como necessário e indispensável por todas as partes creio que iria alavancar mais investimento para a Marinha.

O problema aqui, é que a vinda do LPD, seja o JdW, seja um novo, obrigará a redução das fragatas. E isto é impraticável. Se querem LPD, tudo bem! Que seja dado o devido orçamento para a Marinha!

O LPD faz muita coisa, e se nas missões civis é uma mais valia, nas militares está totalmente dependente de toda uma cadeia de capacidades e meios para que a sua operação seja viável (nem digo bem sucedida, apenas viável). E essas capacidades não temos, e representariam um investimento de, no mínimo, 2 ou 3 mil milhões.

"Ah é mais para missões NATO, com a escolta dos outros países". Para missões NATO um Crossover 139 chega bem, pois tem capacidade anfíbia (mesmo que mais ligeira, condizente com a nossa FFZ), e ainda capacidade de combate, e chega aos 28/30 nós, podendo acompanhar um qualquer Carrier Strike Group em que esteja inserido. Curioso que todos os outros países da NATO com LPD/LHD, têm os meios de escolta adequados... é porque não percebem nada disto!

Conclusão, o LPD é só mesmo para missões civis, e para o ego dos oficiais, tal a grandiosidade do navio, e quando o rei faz anos, poderá ser usado para uma missãozita militar de baixa intensidade, pois a a falta de escoltas não permite mais que isso.
Por falar em missões civis, e capacidade hospitalar e afins, a Marinha com um par de Crossover 139 (que substituiriam 2 das VdG), não estaria muito longe de ter a mesma capacidade, à que se juntava o AOR que, por exemplo o Maud norueguês, tem capacidade para 48 camas. Ter um navio com capacidade de Estado Maior vale zero, se for para comandar o zero naval. No fim, o LPD por maior que seja, nunca será suficiente para responder a uma catástrofe maior, sendo sempre necessário pedir ajuda externa.

Eu até era defensor do JdW, e o único entrave que colocava, era não gostar da ideia de reduzir o número de fragatas para 4, fora isso seria bem vindo. Agora com a conversa de reduzir para 3 ou até 2, muda muita coisa. Existem mais formas de resolver o problema, sem que a Marinha se mutile de um lado para ganhar do outro.

E não é sequer realista achar que, tendo o LPD, vai haver um incentivo para fortalecer as escoltas. Então se enviamos um NPO desarmado combater a pirataria, e nem isso serviu de incentivo para comprar as Marlin, se nem as notícias do péssimo estado da frota serviu de pretexto para reforçar o orçamento da manutenção ou para comprar meios novos, era um LPD que ia facilitar o investimento de mais de 1000 milhões para reforçar a frota de superfície de combate? Estamos em Portugal.  ::)
« Última modificação: Maio 22, 2021, 01:31:59 am por dc »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: LM, Pescador

*

Red Baron

  • Investigador
  • *****
  • 2869
  • Recebeu: 580 vez(es)
  • Enviou: 355 vez(es)
  • +153/-469
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1562 em: Maio 22, 2021, 10:30:49 am »
Por acaso acho o contrário, o LPD seria um meio extremamente útil á Marinha, traria capacidades que nunca tivemos, e a verdade é meio militar mais fácil de "vender" ao povo e aos deputados anti-militaristas, já que para lá do seu valor militar tem uma grande vertente civil principalmente para Portugal devido aos seus arquipélagos da Madeira e dos Açores, nos últimos anos temos visto os desastres naturais que têm assolado os arquipélagos desde tempestades, inundações, incêndios e que com as alterações climáticas serão cada vez mais frequentes, temos de ser realistas neste caso um LPD é extremamente necessário para nós tanto na valência militar como civil. Temos o JdW holandês "á mão" e será um erro histórico se não o comprarmos, será de uma incompetência atroz se ele não vier para Portugal, ainda para tem capacidade de comando e de estado Maior, tem hospital com salas de cirurgia, cuidados intensivos e intermédios que é outra valência que não temos e que é bastante necessária a nível militar e civil como vimos nesta pandemia e que é outro factor fácil de "vender" aos políticos.

Creio que o LPD é o meio militar que se fosse hoje ao parlamento para decidir a sua aquisição, de certeza seria aprovada na hora sem contestação e aparecia logo dinheiro para isso aliás esse já aos anos que está na LPM para ser utilizado, e penso que não seria um elefante branco penso sim que seria a "jóia da coroa" da Marinha e seria o pretexto ideal para se fortalecer os meios navais de combate porque teria de ser muito bem protegido sempre que abandonasse as águas portuguesas em missão. Por acaso penso que como é um investimento que é tido como necessário e indispensável por todas as partes creio que iria alavancar mais investimento para a Marinha.

O problema aqui, é que a vinda do LPD, seja o JdW, seja um novo, obrigará a redução das fragatas. E isto é impraticável. Se querem LPD, tudo bem! Que seja dado o devido orçamento para a Marinha!

O LPD faz muita coisa, e se nas missões civis é uma mais valia, nas militares está totalmente dependente de toda uma cadeia de capacidades e meios para que a sua operação seja viável (nem digo bem sucedida, apenas viável). E essas capacidades não temos, e representariam um investimento de, no mínimo, 2 ou 3 mil milhões.

"Ah é mais para missões NATO, com a escolta dos outros países". Para missões NATO um Crossover 139 chega bem, pois tem capacidade anfíbia (mesmo que mais ligeira, condizente com a nossa FFZ), e ainda capacidade de combate, e chega aos 28/30 nós, podendo acompanhar um qualquer Carrier Strike Group em que esteja inserido. Curioso que todos os outros países da NATO com LPD/LHD, têm os meios de escolta adequados... é porque não percebem nada disto!

Conclusão, o LPD é só mesmo para missões civis, e para o ego dos oficiais, tal a grandiosidade do navio, e quando o rei faz anos, poderá ser usado para uma missãozita militar de baixa intensidade, pois a a falta de escoltas não permite mais que isso.
Por falar em missões civis, e capacidade hospitalar e afins, a Marinha com um par de Crossover 139 (que substituiriam 2 das VdG), não estaria muito longe de ter a mesma capacidade, à que se juntava o AOR que, por exemplo o Maud norueguês, tem capacidade para 48 camas. Ter um navio com capacidade de Estado Maior vale zero, se for para comandar o zero naval. No fim, o LPD por maior que seja, nunca será suficiente para responder a uma catástrofe maior, sendo sempre necessário pedir ajuda externa.

Eu até era defensor do JdW, e o único entrave que colocava, era não gostar da ideia de reduzir o número de fragatas para 4, fora isso seria bem vindo. Agora com a conversa de reduzir para 3 ou até 2, muda muita coisa. Existem mais formas de resolver o problema, sem que a Marinha se mutile de um lado para ganhar do outro.

E não é sequer realista achar que, tendo o LPD, vai haver um incentivo para fortalecer as escoltas. Então se enviamos um NPO desarmado combater a pirataria, e nem isso serviu de incentivo para comprar as Marlin, se nem as notícias do péssimo estado da frota serviu de pretexto para reforçar o orçamento da manutenção ou para comprar meios novos, era um LPD que ia facilitar o investimento de mais de 1000 milhões para reforçar a frota de superfície de combate? Estamos em Portugal.  ::)
Porquê?
 

*

Pescador

  • Investigador
  • *****
  • 4074
  • Recebeu: 2649 vez(es)
  • Enviou: 2195 vez(es)
  • +5704/-2814
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1563 em: Maio 22, 2021, 11:03:19 am »
Bastava isto....





Para não esquecer...

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/24379/1/07_CMG%20Sobral%20Domingues%20%28doc%20pdf%29.pdf


 ::) ::)

Pensando só em fragatas, parece o caminho obvio da substituição das VDG. Mais tarde outras na linha da T31 para substituir as BD.
Isto ao invés das tais EPC, que correm depois o risco de serem as únicas.

Ou como é também dito, o crossover, que faz de fragata e do tal meio de desembarque e apoio que tanto se fala. E sem ilusões e grandezas de força que depois falta em tudo o mais.
Aliás, com isto tudo que se passa e dada a escassez em tudo, seria se calhar a melhor maneira de resolver dois problemas mais urgentes com um único tipo de meio, adquirindo dois exemplares e mais tarde 3 fragatas para substituir as BD.   
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Charlie Jaguar, dc, JohnM

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 8565
  • Recebeu: 3915 vez(es)
  • Enviou: 722 vez(es)
  • +4988/-790
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1564 em: Maio 22, 2021, 12:21:29 pm »
Porquê?

Porque não há dinheiro nem pessoal para tudo, e se há capacidade que a Marinha parece não ter problemas em abdicar para ter um LPD, é precisamente nas fragatas. Aliás, já no tempo do Siroco, a sua aquisição era condição para o MLU das VdG se ficar por algo mais ligeiro. Se sem LPD as coisas já estão caóticas, imagino com o dito navio.

E mesmo que por algum milagre conseguíssemos manter as 5 fragatas em operação, a qualidade delas limita os cenários onde o LPD pode ser usado. Agora imaginem ter uma frota reduzida a 3 fragatas dos anos 90, para defender a "jóia da coroa"...

Bastava isto....





Para não esquecer...

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/24379/1/07_CMG%20Sobral%20Domingues%20%28doc%20pdf%29.pdf


 ::) ::)

Pensando só em fragatas, parece o caminho obvio da substituição das VDG. Mais tarde outras na linha da T31 para substituir as BD.
Isto ao invés das tais EPC, que correm depois o risco de serem as únicas.

Ou como é também dito, o crossover, que faz de fragata e do tal meio de desembarque e apoio que tanto se fala. E sem ilusões e grandezas de força que depois falta em tudo o mais.
Aliás, com isto tudo que se passa e dada a escassez em tudo, seria se calhar a melhor maneira de resolver dois problemas mais urgentes com um único tipo de meio, adquirindo dois exemplares e mais tarde 3 fragatas para substituir as BD.   


Meko A200, AH140, Sigma 11515, etc. Como fragatas puras, opções não faltam, e o programa grego demonstrou isso mesmo.
3 fragatas + 2 Crossover 139, e ficávamos despachados.

Agora claro que a pseudo-grandiosidade do LPD, mete um entrave nisto. É preferível ter um flagship, mas não ter escolta, do que ter uma Marinha minimamente equilibrada.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: LM

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 5578
  • Recebeu: 5566 vez(es)
  • Enviou: 3667 vez(es)
  • +10067/-2645
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1565 em: Maio 22, 2021, 12:29:08 pm »
PS: Obrigado cães de fila, que andam a meter o meu karma no fundo do saco, seus lambe botas, ide jogar golf ! 8)

"Dá-les" forte e feio. Em 1 mês passei de -176 para -510, obrigado pessoal da Marinheca e outros infiltrados que por aqui andam. :mrgreen:


Porquê?

Por questões orçamentais, tomando como exemplo as verbas disponibilizadas nos recentes anos. Com a aquisição de um LPD a lógica ditaria a aquisição de mais fragatas, ou pelo menos ter mais das actuais disponíveis, de modo à projeção deste meio poder ser feita com a devida escolta, com um melhor guarda-chuva por assim dizer. Como as coisas estão (e como aparentemente estarão a ser pensadas para o futuro), a aquisição de um LPD implicaria certamente o desvio de verbas para este navio em detrimento da compra de mais e/ou novas fragatas. Caso, repito, caso o ridículo orçamento atribuído à Marinha não seja aumentado para valores realmente condizentes com as necessidades, o que muito sinceramente me parece altamente improvável.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: typhonman, NVF, tenente, dc, Stalker79

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10366
  • Recebeu: 5670 vez(es)
  • Enviou: 4363 vez(es)
  • +8478/-1842
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1566 em: Maio 22, 2021, 12:55:37 pm »
Bastava isto....





Para não esquecer...

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/24379/1/07_CMG%20Sobral%20Domingues%20%28doc%20pdf%29.pdf


 ::) ::)

Excelente escolha mas tem de ter o armamento principal montado !!! :mrgreen:

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10366
  • Recebeu: 5670 vez(es)
  • Enviou: 4363 vez(es)
  • +8478/-1842
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1567 em: Maio 22, 2021, 01:06:35 pm »
PS: Obrigado cães de fila, que andam a meter o meu karma no fundo do saco, seus lambe botas, ide jogar golf ! 8)

"Dá-les" forte e feio. Em 1 mês passei de -176 para -510, obrigado pessoal da Marinheca e outros infiltrados que por aqui andam. :mrgreen:


Porquê?

Por questões orçamentais, tomando como exemplo as verbas disponibilizadas nos recentes anos. Com a aquisição de um LPD a lógica ditaria a aquisição de mais fragatas, ou pelo menos ter mais das actuais disponíveis, de modo à projeção deste meio poder ser feita com a devida escolta, com um melhor guarda-chuva por assim dizer. Como as coisas estão (e como aparentemente estarão a ser pensadas para o futuro), a aquisição de um LPD implicaria certamente o desvio de verbas para este navio em detrimento da compra de mais e/ou novas fragatas. Caso, repito, caso o ridículo orçamento atribuído à Marinha não seja aumentado para valores realmente condizentes com as necessidades, o que muito sinceramente me parece altamente improvável.

já te dei mais um +++++

Quanto ao LPD, tanta conversa para quê sobre eese meio naval ?
Quando foi a últimas vez que o António, jogo de cintura, Costa veio a terreiro dizer que o iamos ter ??
Foi em 2018, no mesmo momento que se falou dos restantes NPO ?s.
E, o que é que aconteceu ?
Nada de nada !!!
Nem esse nem os NPO, foram mandados construir, e já passaram três anos!

Eu só acredito que vamos ter mais NPO's quando se iniciar a construção e depois disso continuo a afirmar que 10 são demais e que nem serão todos construidos!
No entanto, a verba alocada irá desparecer por debaixo da mesa como tem desaparecido verbas anteriores alocadas a projectos que nunca saíram da gaveta !
LPD, MLU's, MNT, etc, etc........

Meus senhores estes politicozecos são uns aldrabões encartados e do melhor que há, quantas vezes essa gentalha falou/prometeu que iamos adquirir  N equipamentos e nada de novo aconteceu ??
Muitas vezes, vezes demais até, e, é por isso mesmo que as FFAA estão como estão, nas lonas, sem homens e material, e em risco de desaparecer !!

Querem melhor exemplo, de mentiras e incompetências, do que a última intervenção do tritoneta, quando disse que a Marinha está muito bem equipada e ainda vai ficar melhor ???

Abraços
« Última modificação: Maio 22, 2021, 01:08:58 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: NVF, Charlie Jaguar

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1632 vez(es)
  • +8537/-4167
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1568 em: Maio 22, 2021, 02:05:54 pm »
Em 2019 o Calado falava isto:


http://www.apracas.pt/article/view/27/marinha-vai-modernizar-g3-e-desiste-de-ter-novas-armas-para-fuzileiros

"Novas fragatas no final da década de 20, pois não vale a pena fazer o MLU as MEKO", agora a questão é se esta notícia é antes ou depois dos 120 milhões para o MLU das MEKO.
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 8565
  • Recebeu: 3915 vez(es)
  • Enviou: 722 vez(es)
  • +4988/-790
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1569 em: Maio 22, 2021, 02:15:05 pm »
Independentemente de ser antes ou depois, não está prevista verba nenhuma para novas fragatas. O facto da notícia ser pré-Covid, pré abate do Bérrio sem substituição e antes dos escândalos mais recentes da situação do Alfeite, canibalização da VdG e todas as outras coisas que têm vindo a piorar gradualmente, torna a própria afirmação do CEMA irrelevante.

E foi publicada a 23/1/2019, portanto foi dois meses antes da aprovação da LPM, que passou a incluir o "MLU ligeiro das VdG". Nos discursos mais recentes, apenas se fala em NPOs, LPDs e AORs. Nunca mais se tem falado de substituir fragata nenhuma. Portanto a iniciar-se qualquer programa nesse sentido, talvez em 2028/29 comecem a falar nisso, com o primeiro navio a chegar ao Alfeite em 2035.

PS: depois temos esta frase:
Citar
Esta foi a segunda das audições parlamentares aos chefes militares sobre a proposta de LPM, no valor de quase cinco mil milhões de euros até 2030 - mais de 1000 milhões destinados à Marinha, cujas necessidades apresentadas inicialmente triplicavam aquele valor.

Vejam lá quais eram as necessidades que foram colocadas de lado!

E esta:
Citar
reconhecendo depois que o NPL representa um investimento elevado "mas útil" para vigorar 40 a 50 anos e "capaz de colocar" Portugal noutro patamar de autonomia e respeitabilidade.

Sabem que mais colocava Portugal noutro patamar de "respeitabilidade"? Não enviar NPOs desarmados combater pirataria, não enviar fragatas obsoletas para missões NATO, não ficar sem AOR, não ter metade da frota encostada por falta de manutenção, não estar há mais de um ano sem hélis navais, e por aí em diante.

Quando convém, importa dar uma boa imagem do país.
« Última modificação: Maio 22, 2021, 02:39:25 pm por dc »
 

*

RABN

  • Membro
  • *
  • 161
  • Recebeu: 170 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +39/-32
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1570 em: Maio 22, 2021, 02:41:19 pm »
Independentemente de ser antes ou depois, não está prevista verba nenhuma para novas fragatas. O facto da notícia ser pré-Covid, pré abate do Bérrio sem substituição e antes dos escândalos mais recentes da situação do Alfeite, canibalização da VdG e todas as outras coisas que têm vindo a piorar gradualmente, torna a própria afirmação do CEMA irrelevante.

E foi publicada a 23/1/2019, portanto foi dois meses antes da aprovação da LPM, que passou a incluir o "MLU ligeiro das VdG". Nos discursos mais recentes, apenas se fala em NPOs, LPDs e AORs. Nunca mais se tem falado de substituir fragata nenhuma. Portanto a iniciar-se qualquer programa nesse sentido, talvez em 2028/29 comecem a falar nisso, com o primeiro navio a chegar ao Alfeite em 2035.
Não vejo qualquer hipótese de nos próximos anos avançarmos para um programa de novas fragatas. Neste momento parece me que a única forma de mantermos alguma capacidade nos próximos anos era com a compra de fragatas usadas.
 

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1632 vez(es)
  • +8537/-4167
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1571 em: Maio 22, 2021, 02:49:32 pm »
Independentemente de ser antes ou depois, não está prevista verba nenhuma para novas fragatas. O facto da notícia ser pré-Covid, pré abate do Bérrio sem substituição e antes dos escândalos mais recentes da situação do Alfeite, canibalização da VdG e todas as outras coisas que têm vindo a piorar gradualmente, torna a própria afirmação do CEMA irrelevante.

E foi publicada a 23/1/2019, portanto foi dois meses antes da aprovação da LPM, que passou a incluir o "MLU ligeiro das VdG". Nos discursos mais recentes, apenas se fala em NPOs, LPDs e AORs. Nunca mais se tem falado de substituir fragata nenhuma. Portanto a iniciar-se qualquer programa nesse sentido, talvez em 2028/29 comecem a falar nisso, com o primeiro navio a chegar ao Alfeite em 2035.

PS: depois temos esta frase:
Citar
Esta foi a segunda das audições parlamentares aos chefes militares sobre a proposta de LPM, no valor de quase cinco mil milhões de euros até 2030 - mais de 1000 milhões destinados à Marinha, cujas necessidades apresentadas inicialmente triplicavam aquele valor.

Vejam lá quais eram as necessidades que foram colocadas de lado!

E esta:
Citar
reconhecendo depois que o NPL representa um investimento elevado "mas útil" para vigorar 40 a 50 anos e "capaz de colocar" Portugal noutro patamar de autonomia e respeitabilidade.

Sabem que mais colocava Portugal noutro patamar de "respeitabilidade"? Não enviar NPOs desarmados combater pirataria, não enviar fragatas obsoletas para missões NATO, não ficar sem AOR, não ter metade da frota encostada por falta de manutenção, não estar há mais de um ano sem hélis navais, e por aí em diante.

Quando convém, importa dar uma boa imagem do país.

O que se pode inferir, que o CEMA, até pode ter apresentado um plano com AOR novo, LPD novo e eventualmente fragatas novas, no entanto a tutela mandou baixar a ambição abaixo dos 1000 milhões...
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 8565
  • Recebeu: 3915 vez(es)
  • Enviou: 722 vez(es)
  • +4988/-790
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1572 em: Maio 22, 2021, 04:51:02 pm »
Os tais 1000 milhões da LPM, já contemplavam o dinheiro para o AOR novo (150 milhões), mais o dinheiro para o LPD novo (300 milhões), os NPOs e mais alguns programas de pequena e média dimensão. De fora ficavam as VdG. Depois veio o PSD falar das VdG, que a Marinha não podia ficar com apenas 2 fragatas, e então retirou-se metade do orçamento do LPD para o seu MLU, e mais uns milhões para a ciberdefesa. A verba de "mais de 1000 milhões" falada no link, mantém-se.

O que ficou de fora em ambos os casos, e que faria chegar o valor total aos 3000 milhões, foi certamente a substituição das VdG. Não sei se ia tudo para as substitutas das VdG, quase 2000 milhões, ou se haveria mais algum programa à mistura. Se eram só as fragatas, se calhar pode-se atribuir as culpas à obsessão pelas FREMM, que 3 custariam quase 2000 milhões, quando seria perfeitamente exequível arranjar 3 fragatas modernas por 1500/1600 milhões. Na mesma medida que a obsessão da FAP pelo F-35 faz com que na presente LPM não haja sequer contemplação de modernizar os F-16 para o padrão V. No fim, em 2030 resolve-se tudo.

Não vejo qualquer hipótese de nos próximos anos avançarmos para um programa de novas fragatas. Neste momento parece me que a única forma de mantermos alguma capacidade nos próximos anos era com a compra de fragatas usadas.

Eu também não me acredito nisso, especialmente enquanto o interesse continuar a ser um LPD puro, e NPOs a pontapé, desarmados. Existem alternativas que poderiam dar alguma esperança de resolver parte destes problemas, mas estas alternativas implicam perder o grandioso flagship por algo mais realista, e reduzir a frota de NPOs civis.

Quanto a navios em segunda-mão, as opções não são muitas (até são, mas dependem da disponibilidade dos países as venderem).
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: typhonman, LM

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1632 vez(es)
  • +8537/-4167
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1573 em: Maio 22, 2021, 04:55:45 pm »
Sim a obsessão mantem-se (FREEM), mas quando for para avançar, em 2030 já estarão ultrapassadas, isto se não vier a banca rota de novo.
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18299
  • Recebeu: 5542 vez(es)
  • Enviou: 5957 vez(es)
  • +7166/-9542
Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1574 em: Maio 22, 2021, 07:58:35 pm »
Para recordar, chegada da BD a Den Helder para iniciar o seu MLU de "18 meses"... Em 30 de Abril de 2018:

https://mobile.twitter.com/kon_marine/status/990885359256064000

(A internet é lixada)
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: NVF, Charlie Jaguar