A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !

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dc

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1380 em: Maio 17, 2021, 10:28:53 pm »
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e a construção de um navio que funcionará como plataforma multiusos de presença no Atlântico, num valor estimado de 94,5 milhões de euros.

Alguém sabe que tipo de navio se trata?

Quanto à ideia de deslocar a maior parte da capacidade naval para a terceira... questiono, em primeiro, há infraestruturas (portos e docas) para os navios todos da Marinha (não são muito é certo, mas ainda assim...)? E haverá infraestruturas para receber todos os militares que seriam deslocados do continente para aquela ilha?

É que esta ideia esbarra em alguns problemas, por um lado, não imagino que haja vontade de deslocar tantos militares para os Açores, e isto certamente seria uma machadada na atractividade da Marinha. Depois temos aqueles problemas do costume: não havendo infraestruturas, com que dinheiro é que se cria uma nova base naval no meio do Atlântico? Acho mais fácil de realizar, uma base conjunta com algum/alguns dos países membros do Centro do Atlântico, uma base de dimensão razoável, talvez capaz de receber um PA e o respectivo Strike Group. Esta base provavelmente conseguiria ser financiada pela NATO, e não precisa de ser especificamente na Terceira.

Agora, arranjar dinheiro numa nova base naval para a Marinha, criada praticamente a partir do zero, quando nem para coisas básicas há, não me parece fazer grande sentido.

As ideias da Cristas do CDS para o futuro da marinha de guerra portuguesa.

Citar
Se não conseguimos estar em todo o lado, então que estejamos, e bem, onde temos mais interesses e podemos fazer maior diferença. Por isso seria bom ouvir uma discussão em torno da decisão de deslocar para o centro do Atlântico a maior parte da nossa capacidade naval e ter um horizonte realista sobre manutenção e renovação dos navios da Marinha.

https://www.dn.pt/opiniao/forcas-armadas-quais-sao-as-prioridades-13726911.html

"Centro de Operações e de Defesa do Atlântico e a construção de um navio que funcionará como plataforma multiusos de presença no Atlântico, num valor estimado de 94,5 milhões de euro"

Que navio é este, o LPD ? E o resto ? As fragatas nada?

Por aquele valor, não é de certeza um LPD.
 

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typhonman

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1381 em: Maio 17, 2021, 10:32:23 pm »
Ou seja deve ser um navio xpto, civil,  e que para os pensantes nos dará "capacidade de vigilância", substituindo as fragatas. :bang: :bang: :bang: :bang:
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1382 em: Maio 17, 2021, 10:37:19 pm »
A mim está-me a parecer mais algo na ordem de um navio de comando, e não num navio de combate.
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1383 em: Maio 17, 2021, 10:39:03 pm »
A mim está-me a parecer mais algo na ordem de um navio de comando, e não num navio de combate.

Deve ser o Johan de Witt ou algum em 2º mão dos US...ou UK.
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1384 em: Maio 17, 2021, 10:53:15 pm »
No artigo fala-se na construção de um navio, por isso, terá de ser um navio novo. Se for de facto uma espécie de navio de comando (e/ou capacidade hospitalar), isto elimina desde logo a necessidade de um LPD "típico", podendo a Marinha finalmente optar por um tipo de navio mais pequeno, barato, com guarnição reduzida e que sirva as necessidades dos Fuzos.
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1385 em: Maio 17, 2021, 10:59:08 pm »
No artigo fala-se na construção de um navio, por isso, terá de ser um navio novo. Se for de facto uma espécie de navio de comando (e/ou capacidade hospitalar), isto elimina desde logo a necessidade de um LPD "típico", podendo a Marinha finalmente optar por um tipo de navio mais pequeno, barato, com guarnição reduzida e que sirva as necessidades dos Fuzos.

Ou seja, lá se vai o LPD e a capacidade anfíbia...
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1386 em: Maio 17, 2021, 11:17:04 pm »
A única hipótese que vejo de termos um LPD convencional, é comprando o JdW. Mas dada a situação actual, e dado que o JdW depressa será sondado por outras marinhas, torna-se difícil de vislumbrar a compra do dito para a MGP. Não vindo o JdW, era seguir o caminho que já venho a apregoar há muito tempo: ter capacidade anfíbia, sem precisar de adquirir um elefante branco de 300 milhões como um LPD novo.

Existem N opções no mercado que oferecem capacidade anfíbia, sem as limitações de um LPD. Tens os Crossover XO que são meio fragata meio LPD, tens os LSTs, o conceito do "Light Amphibious Warship", etc. Se este navio de 94.5 milhões já cobrir as necessidades de navio hospital e/ou de navio de comando/Estado Maior, deixa de haver necessidade de uma besta como um LPD "estilo Rotterdam"
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1387 em: Maio 17, 2021, 11:19:03 pm »
A única hipótese que vejo de termos um LPD convencional, é comprando o JdW. Mas dada a situação actual, e dado que o JdW depressa será sondado por outras marinhas, torna-se difícil de vislumbrar a compra do dito para a MGP. Não vindo o JdW, era seguir o caminho que já venho a apregoar há muito tempo: ter capacidade anfíbia, sem precisar de adquirir um elefante branco de 300 milhões como um LPD novo.

Existem N opções no mercado que oferecem capacidade anfíbia, sem as limitações de um LPD. Tens os Crossover XO que são meio fragata meio LPD, tens os LSTs, o conceito do "Light Amphibious Warship", etc. Se este navio de 94.5 milhões já cobrir as necessidades de navio hospital e/ou de navio de comando/Estado Maior, deixa de haver necessidade de uma besta como um LPD "estilo Rotterdam"

Engraçado que toda a gente fala aqui nos LPD, mas quando aparece uma notícia de um investimento novo, já qualquer coisa serve, qualquer dia se anunciarem NPO musculados, já servem para substituir as MEKO.
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1388 em: Maio 17, 2021, 11:36:46 pm »
O que é que uma coisa tem a ver com outra? 94.5 milhões de euros (114 milhões de dólares), não é propriamente um navio barato, por isso à partida não será um chaço qualquer. O que é que o navio vai fazer? Não sei. Quais as suas capacidades e características? Não sei. Sei é que a designação de "navio multiusos" está mais próxima de "navio polivalente logístico" do que qualquer outra coisa, portanto o mais provável é que muitas das missões que outrora seriam cumpridas por um LPD como o Rotterdam, serão cumpridas por este navio.

Se esta missões ficarem asseguradas por este navio, nomeadamente comando e hospital de campanha, deixa de fazer sentido o LPD estilo "casco com prédio em cima", e se calhar faz mais sentido ou um conceito mais barato (LST) ou um Crossover ou até um navio que tenha mais foco na operação de meios aéreos (e todas estas opções garantiriam capacidade anfíbia).
 

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redkukulkane

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1389 em: Maio 17, 2021, 11:49:17 pm »
tem 10.000 t e de vigilancia oceânica e investigação oceanografica c56x1

https://dados.gov.pt/s/resources/documentacao-do-prr/20210502-190338/19-20210421-componente-c10vf.pdf
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1390 em: Maio 17, 2021, 11:54:12 pm »
Assenta na construção de uma plataforma (estimativa inicial de aproximadamente 10.000 toneladas) para operar 365 dias por ano, de arquitetura complexa, recorrendo à utilização de novos materiais (compósitos, ligas, estruturas, etc.), conjugando diversas tecnologias inovadoras (quer soluções de propulsão amigas do ambiente, quer para a gestão do navio até à gestão de dados e missão), sistemas de comunicações, redes digitais e software (Big Data/Inteligência Artificial); sistemas de produção e gestão de energia verde a bordo. Para além da capacidade de realizar a monitorização de várias grandezas subaquáticas, atmosféricas, de campanhas batimétricas ou de amostras do solo ou subsolo, exigirá que seja equipado com sensores de diversa ordem (óticos, eletromagnéticos, acústicos, de temperatura, de humidade, de pressão), bem como com sistemas de posicionamento para permitir operar equipamentos específicos para as missões, por exemplo um Rov Drill (para recolher amostras biológicas ou minerais). Deverá ainda ser equipado com diversos tipos de gruas para operação a partir de um convés intermédio, os quais servirão para colocar/retirar instrumentos ou laboratórios científicos na água, embarcações e carga até 30 toneladas. Como se pretende operar no Atlântico, pelo menos uma das gruas ou dos “A-frame” deverá ter um sistema de compensação de ondas, podendo também existir uma baía de desembarque submersível e sistema de guinchos para potenciar outras valências (tais como a recolha de plásticos). Deverá ainda ter em conta que existe o ROV Luso, e que seria potenciador da função poder operar em simultâneo o ROV Luso, o ROV DRILL e outros sistemas complementares existentes nas diversas instituições portuguesas que se dedicam a investigar e operar no Mar. Em situação de emergência ou de acidente ambiental, poderá ser dotado da capacidade de mitigar as consequências do acidente (derrames de petróleo ou outras substâncias químicas perigosas, “blooms” de macro plásticos ou “blooms” de algas ou “jellyfish”). Terá a capacidade de embarcar módulos de emergência médica para acudir a populações vítimas de desastre extremos. Em termos de operações de emergência deverá possuir a capacidade de dar suporte à recolha de lixo marinho (incluindo macro plásticos) e outros elementos nocivos ao meio, servindo de base ao lançamento de sistemas robóticos inovadores para a localização e recolha. Da mesma forma, deve possuir um centro de operações e comunicações de suporte aos meios navais no terreno e aos sistemas robóticos para as operações de busca e salvamento. A função de vigilância deverá endereçar as ações de uso ilegal do Oceano, tendo em conta os crimes económicos (como a pesca ilegal ou a recolha ilegal de informação sobre o Mar português), ambientais e sociais. Deverá ser a base de um conjunto de equipamentos que permita a realização da mais avançada investigação científica e tecnológica sobre o oceano, das mais eficazes operações de vigilância e monitorização.


Mais um meio civil....  ::)
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1391 em: Maio 18, 2021, 12:00:33 am »
o que já para aqui vai de conjecturas.......sonhem, meus senhores, sonhem !!! ;)

Abraços
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1392 em: Maio 18, 2021, 12:21:19 am »
10000 toneladas.  :o

Ao menos fica esclarecido que não substitui nem fragatas, nem NPOs, nem LPDs nem nada.

No entanto (página 33 do pdf):
Citar
Em situação de emergência ou de acidente ambiental, poderá ser dotado da capacidade de mitigar as
consequências do acidente (derrames de petróleo ou outras substâncias químicas perigosas, “blooms” de macro
plásticos ou “blooms” de algas ou “jellyfish”). Terá a capacidade de embarcar módulos de emergência médica
para acudir a populações vítimas de desastre extremos.

Sobre o dito navio, ler das páginas 33 a 35. Sem duvida um navio que terá capacidade de fazer um pouco de tudo, no que diz respeito a missões não-militares.

Interessante que há relativamente pouco tempo, assistimos ao episódio do NPO a descarregar pacotes de leite e bilhas de gás com recurso a um Zebro, e os comentários todos eram que "faltava um LPD". Agora, com este navio, teremos um meio que tem tudo para responder a este tipo de missão, e sem precisar de um LPD convencional. Quanto a mim isto abriria caminho para a Marinha investir num navio com capacidade anfíbia, mais "militar" que um LPD, e se calhar com metade do custo e 1/3 da guarnição.
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1393 em: Maio 18, 2021, 12:29:22 am »
Deixem-me rir

Pilar III - Academia do Arsenal do Alfeite (Academia 4.0)

 :rir: :rir: :rir: :rir:

Abraços
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1394 em: Maio 18, 2021, 12:34:13 am »
A mim está-me a parecer mais algo na ordem de um navio de comando, e não num navio de combate.

às tantas....

http://www.arsenal-alfeite.pt/index.php?id=157

Abraços
« Última modificação: Maio 18, 2021, 12:35:20 am por tenente »
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