A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !

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7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1306 em: Maio 12, 2021, 04:06:35 pm »
Eu proponho este OPV já a pensar na futura componente aérea da GNR.



Esse pode até fazer carreiras turísticas para a Berlenga
 

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tenente

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1307 em: Maio 12, 2021, 05:34:30 pm »
Eu proponho este OPV já a pensar na futura componente aérea da GNR.


Esse pode até fazer carreiras turísticas para a Berlenga

É construir lá um campo de férias para a GNR que já tem um ferryboat excelente para o transporte de Militares e Familiares !!!

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1308 em: Maio 12, 2021, 07:53:32 pm »
Eu proponho este OPV já a pensar na futura componente aérea da GNR.


Esse pode até fazer carreiras turísticas para a Berlenga

É construir lá um campo de férias para a GNR que já tem um ferryboat excelente para o transporte de Militares e Familiares !!!



Abraços

Ainda fazem lá um campo de golf e os Almirantes ficam com inveja
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1309 em: Maio 13, 2021, 10:45:42 pm »
Acordaram:

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Portugal perde “autoridade no mar” com situação “extremamente preocupante” na Marinha, alerta oposição
“Falta de planeamento”, atrasos nos investimentos no Alfeite e na manutenção dos navios de patrulha e os “problemas de segurança” daqui decorrentes: da direita à esquerda, os partidos com assento na comissão parlamentar de Defesa reagem com preocupação à situação da Marinha. Há quem fale em falta de “força política do ministro” da tutela, que estará manietado pelas Finanças, e na escassa prioridade dada à área pelo Governo. O secretário de Estado do Tesouro será ouvido em breve na comissão parlamentar. Até no PS se apela às Finanças...
OPSD quer saber que “impacto têm os constrangimentos” da Marinha de Guerra portuguesa noticiados pelo Expresso na edição da semana passada, e, nesse sentido, enviou seis perguntas ao ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, a pedir esclarecimentos sobre a canibalização da fragata “Vasco da Gama” – usada como fornecedora de sobressalentes para os outros navios – e acerca de outros problemas, como os atrasos quer na manutenção dos Navios de Patrulha Oceânicos (NPO), quer no processo de construção de seis novos navios desta classe em Viana do Castelo. As questões dos deputados sociais-democratas incluem ainda apurar que impacto na manutenção de outros navios tem a permanência do submarino “Arpão” na doca do Arsenal do Alfeite.

https://expresso.pt/politica/2021-05-13-Portugal-perde-autoridade-no-mar-com-situacao-extremamente-preocupante-na-Marinha-alerta-oposicao-f447b3be

Alguém arranja o artigo todo?
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1310 em: Maio 13, 2021, 10:53:50 pm »
Quer lá saber o PS da Marinha.... ::) ::) ::)
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1311 em: Maio 13, 2021, 11:08:18 pm »
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Portugal perde “autoridade no mar” com situação “extremamente preocupante” na Marinha, alerta oposição
“Falta de planeamento”, atrasos nos investimentos no Alfeite e na manutenção dos navios de patrulha e os “problemas de segurança” daqui decorrentes: da direita à esquerda, os partidos com assento na comissão parlamentar de Defesa reagem com preocupação à situação da Marinha. Há quem fale em falta de “força política do ministro” da tutela, que estará manietado pelas Finanças, e na escassa prioridade dada à área pelo Governo. O secretário de Estado do Tesouro será ouvido em breve na comissão parlamentar. Até no PS se apela às Finanças...
OPSD quer saber que “impacto têm os constrangimentos” da Marinha de Guerra portuguesa noticiados pelo Expresso na edição da semana passada, e, nesse sentido, enviou seis perguntas ao ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, a pedir esclarecimentos sobre a canibalização da fragata “Vasco da Gama” – usada como fornecedora de sobressalentes para os outros navios – e acerca de outros problemas, como os atrasos quer na manutenção dos Navios de Patrulha Oceânicos (NPO), quer no processo de construção de seis novos navios desta classe em Viana do Castelo. As questões dos deputados sociais-democratas incluem ainda apurar que impacto na manutenção de outros navios tem a permanência do submarino “Arpão” na doca do Arsenal do Alfeite.

https://expresso.pt/politica/2021-05-13-Portugal-perde-autoridade-no-mar-com-situacao-extremamente-preocupante-na-Marinha-alerta-oposicao-f447b3be

Alguém arranja o artigo todo?

O Expresso felizmente continua a pegar continuamente neste assunto, mas a verdade é que estes deputados e esta comissão só vem falar mais por ser mais um motivo para atacar o Governo que por real preocupação com a Marinha e com os meios disponíveis, dúvido que alguém ali tenha os mínimos conhecimentos e interesses militares basta ver que nem referem que a Marinha continua sem AOR o que é gravíssimo, e que não temos um único meio combatente de primeira linha ou que um NPO foi desarmado para o golfo da Guiné entre outras coisas aberrantes que se passam na Marinha. Por isso só vejo aí politiquices que nada resolvem e nem fazem nada para resolver, já que alguns desses partidos já estiveram no poder e a miséria na Marinha e FA era a mesma e os do BE, Verdes, PAN e por aí fora se se fosse investir agora ou mesmo em qualquer altura á séria na Marinha,Força Aérea e Exército caía o Carmo e a trindade.

Agora se realmente estão preocupados com o estado miserável em que se encontra a Marinha façam alguma coisa de relevante, tragam o tema para a praça pública, para as TVs, para os jornais, façam debates a cair em cima e a focar está grave situação, criem uma onda de indignação nas pessoas e um sentimento de que a soberania nacional e o nosso mar(ZEE) estão mesmo seriamente ameaçados e que a situação é muito grave, só assim o Governo se sentiria pressionado a investir o necessário.

 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1312 em: Maio 14, 2021, 07:45:41 am »
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O PSD quer saber que “impacto têm os constrangimentos” da Marinha de Guerra portuguesa noticiados pelo Expresso na edição da semana passada, e, nesse sentido, enviou seis perguntas ao ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, a pedir esclarecimentos sobre a canibalização da fragata “Vasco da Gama” – usada como fornecedora de sobressalentes para os outros navios – e acerca de outros problemas, como os atrasos quer na manutenção dos Navios de Patrulha Oceânicos (NPO), quer no processo de construção de seis novos navios desta classe em Viana do Castelo. As questões dos deputados sociais-democratas incluem ainda apurar que impacto na manutenção de outros navios tem a permanência do submarino “Arpão” na doca do Arsenal do Alfeite.

A notícia sobre o estado da Marinha levou outros grupos parlamentares a classificarem a situação da Armada como “extremamente preocupante”, como disse ao Expresso o deputado António Filipe, do PCP. Para Pedro Morais Soares, do CDS, “é de lamentar esta falta de planeamento”. E, segundo João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda, o Governo “não pode atrasar os investimentos no Arsenal do Alfeite”. Já Diogo Leão, coordenador do grupo parlamentar do PS na comissão parlamentar de Defesa, diz confiar no ministro João Gomes Cravinho para “atuar sobre as preocupações da Marinha, atendentes quer às reparações e manutenções das fragatas, quer às encomendas de navios patrulha, permitindo melhorias e avanços neste domínio, no mais breve espaço de tempo possível”. O deputado socialista chega a dizer que acredita que as Finanças, de quem depende a libertação de verbas, não vão esquecer as funções de soberania.

PAÍS PERDE AUTORIDADE NO MAR. FINANÇAS TRAMAM MINISTRO
A Marinha “não cumpre, hoje, com a extensão da plataforma continental que temos em discussão e com aquela que já existe, as tarefas de patrulhamento”, aponta ao Expresso Carlos Eduardo Reis, deputado do PSD. “Isto leva a uma perda de autoridade no mar e do próprio país, com todos os problemas de segurança que isso acarreta, e esta é a nossa principal preocupação”, sublinha.

A outra preocupação dos sociais-democratas tem a ver com o Arsenal do Alfeite, o que já motivou um projeto de resolução a recomendar ao Governo o uso de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nomeadamente, €20 milhões para as obras necessárias. “Não há uma estratégia e, pior do que isso”, diz Carlos Eduardo Reis, “não se vislumbra um horizonte de resolução”. O secretário de Estado do Tesouro – e não o ministro das Finanças, como o PSD pediu no requerimento – será ouvido na comissão parlamentar de Defesa “em princípio no dia 25, mas a data ainda não está fechada”, diz o deputado ao Expresso.

“Com todos os problemas que a Defesa Nacional hoje enfrenta, tanto de recrutamento como de efetivos e de investimento também das Forças Armadas, há aqui uma inversão de prioridades ou alguma estratégia política à mistura que não concorre para isto correr bem”, critica Carlos Eduardo Reis. “Toda a nossa atividade parlamentar tem sido no sentido de puxar pela ideia de que é preciso investir no mar, investir na relação do Arsenal do Alfeite com a Marinha, olhar para o que aconteceu nos Estaleiros Navais de Viana e não repetir para não ficarmos dependentes apenas da iniciativa privada”, acrescenta.

O deputado do PSD diz tomar o ministro Cravinho como “uma pessoa séria”, que “tem tentado junto das Finanças, sem sucesso, garantir este conjunto de verbas”. Carlos Reis supõe que tenha a ver “com a força política do ministro dentro do próprio Governo” e “também pode ter a ver com a falta de prioridade do Governo em relação às Forças Armadas”.

MARINHA? SÓ COM ALFEITE
“O maior problema da Marinha de Guerra hoje reside precisamente no estado de degradação a que os governos deixaram chegar o Arsenal do Alfeite”, diz ao Expresso António Filipe, o deputado mais decano da comissão parlamentar de Defesa. A notícia da degradação dos equipamentos da Armada “reflete uma realidade que não sendo propriamente uma surpresa é extremamente preocupante”, afirma. E projeta uma solução, que também responsabiliza mais o ministro das Finanças, João Leão, do que o próprio João Gomes Cravinho: “Se não houver um investimento sério das Finanças no Arsenal, o colapso pode ser uma realidade a curto prazo com consequências trágicas para a Marinha.”

Ainda assim, sobra uma crítica para o próprio ramo. “Acresce uma ausência incompreensível de planeamento por parte da Marinha, que deixou abater o navio reabastecedor sem ter equacionado sequer a necessidade de uma alternativa na Lei de Programação Militar”, aponta o deputado comunista.

João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda, concorda que “a Marinha não vive sem o Arsenal e o Arsenal não vive sem a Marinha”, e critica a alteração do modelo de gestão da empresa decidido em 2009, no Governo do PS, que levou à “degradação” do estaleiro, que “hoje está numa situação calamitosa”.

“Não deixa de ser dramático termos só uma fragata operacional ao serviço”, diz o bloquista, embora não lhe agrade o emprego nas missões da NATO, e espera que o Estado possa continuar a investir nos NPO, mais conhecidos como “patrulhões”.

Pelo lado do CDS, Pedro Morais Soares recorda que o partido foi fazendo “sucessivos alertas” e responsabiliza o Governo pela calendarização da modernização das fragatas na LPM. “Devia ter sido feito com tempo e de outra forma. O calendário por parte do Governo foi muito infeliz”, diz ao Expresso. “Não basta falar do mar como vocação estratégica, quando nada acontece. O mar é estratégico e depois, na prática, é zero”.

PS ACREDITA QUE AS FINANÇAS NÃO SE ESQUECEM DA ÁREA DE SOBERANIA
Diogo Leão, deputado do PS, admite que “nunca faltam desafios na gestão da coisa pública”, mas perspetiva que haja diversas questões “transversais à última década” neste sector. Embora manifeste confiança no ministro da Defesa e sublinhe a “vontade política para encontrar as melhores soluções”, o socialista diz acreditar que as Finanças “não se esquecem que as áreas de soberania são centrais e fundamentais”. O deputado manifesta “confiança de que serão encontradas as soluções financeiras para atender a ações, opções e decisões já esboçadas ou mesmo tomadas pela Defesa Nacional”. Ou seja, Cravinho tem manifestado boas intenções, mas estas ficam na gaveta do ministro João Leão na Praça do Comércio.

“O que é fundamental é assegurar que as missões da Armada não ficam por cumprir, o que tem sido sempre conseguido”, desdramatiza o coordenador do PS na comissão de Defesa. Isto, apesar de os dias e horas de navegação terem caído cerca de 30% na última década.
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1313 em: Maio 14, 2021, 08:11:20 am »
Nojo do PS
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1314 em: Maio 14, 2021, 10:20:47 am »
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O PSD quer saber que “impacto têm os constrangimentos” da Marinha de Guerra portuguesa noticiados pelo Expresso na edição da semana passada, e, nesse sentido, enviou seis perguntas ao ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, a pedir esclarecimentos sobre a canibalização da fragata “Vasco da Gama” – usada como fornecedora de sobressalentes para os outros navios – e acerca de outros problemas, como os atrasos quer na manutenção dos Navios de Patrulha Oceânicos (NPO), quer no processo de construção de seis novos navios desta classe em Viana do Castelo. As questões dos deputados sociais-democratas incluem ainda apurar que impacto na manutenção de outros navios tem a permanência do submarino “Arpão” na doca do Arsenal do Alfeite.

A notícia sobre o estado da Marinha levou outros grupos parlamentares a classificarem a situação da Armada como “extremamente preocupante”, como disse ao Expresso o deputado António Filipe, do PCP. Para Pedro Morais Soares, do CDS, “é de lamentar esta falta de planeamento”. E, segundo João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda, o Governo “não pode atrasar os investimentos no Arsenal do Alfeite”. Já Diogo Leão, coordenador do grupo parlamentar do PS na comissão parlamentar de Defesa, diz confiar no ministro João Gomes Cravinho para “atuar sobre as preocupações da Marinha, atendentes quer às reparações e manutenções das fragatas, quer às encomendas de navios patrulha, permitindo melhorias e avanços neste domínio, no mais breve espaço de tempo possível”. O deputado socialista chega a dizer que acredita que as Finanças, de quem depende a libertação de verbas, não vão esquecer as funções de soberania.

PAÍS PERDE AUTORIDADE NO MAR. FINANÇAS TRAMAM MINISTRO
A Marinha “não cumpre, hoje, com a extensão da plataforma continental que temos em discussão e com aquela que já existe, as tarefas de patrulhamento”, aponta ao Expresso Carlos Eduardo Reis, deputado do PSD. “Isto leva a uma perda de autoridade no mar e do próprio país, com todos os problemas de segurança que isso acarreta, e esta é a nossa principal preocupação”, sublinha.

A outra preocupação dos sociais-democratas tem a ver com o Arsenal do Alfeite, o que já motivou um projeto de resolução a recomendar ao Governo o uso de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nomeadamente, €20 milhões para as obras necessárias. “Não há uma estratégia e, pior do que isso”, diz Carlos Eduardo Reis, “não se vislumbra um horizonte de resolução”. O secretário de Estado do Tesouro – e não o ministro das Finanças, como o PSD pediu no requerimento – será ouvido na comissão parlamentar de Defesa “em princípio no dia 25, mas a data ainda não está fechada”, diz o deputado ao Expresso.

“Com todos os problemas que a Defesa Nacional hoje enfrenta, tanto de recrutamento como de efetivos e de investimento também das Forças Armadas, há aqui uma inversão de prioridades ou alguma estratégia política à mistura que não concorre para isto correr bem”, critica Carlos Eduardo Reis. “Toda a nossa atividade parlamentar tem sido no sentido de puxar pela ideia de que é preciso investir no mar, investir na relação do Arsenal do Alfeite com a Marinha, olhar para o que aconteceu nos Estaleiros Navais de Viana e não repetir para não ficarmos dependentes apenas da iniciativa privada”, acrescenta.

O deputado do PSD diz tomar o ministro Cravinho como “uma pessoa séria”, que “tem tentado junto das Finanças, sem sucesso, garantir este conjunto de verbas”. Carlos Reis supõe que tenha a ver “com a força política do ministro dentro do próprio Governo” e “também pode ter a ver com a falta de prioridade do Governo em relação às Forças Armadas”.

MARINHA? SÓ COM ALFEITE
“O maior problema da Marinha de Guerra hoje reside precisamente no estado de degradação a que os governos deixaram chegar o Arsenal do Alfeite”, diz ao Expresso António Filipe, o deputado mais decano da comissão parlamentar de Defesa. A notícia da degradação dos equipamentos da Armada “reflete uma realidade que não sendo propriamente uma surpresa é extremamente preocupante”, afirma. E projeta uma solução, que também responsabiliza mais o ministro das Finanças, João Leão, do que o próprio João Gomes Cravinho: “Se não houver um investimento sério das Finanças no Arsenal, o colapso pode ser uma realidade a curto prazo com consequências trágicas para a Marinha.”

Ainda assim, sobra uma crítica para o próprio ramo. “Acresce uma ausência incompreensível de planeamento por parte da Marinha, que deixou abater o navio reabastecedor sem ter equacionado sequer a necessidade de uma alternativa na Lei de Programação Militar”, aponta o deputado comunista.

João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda, concorda que “a Marinha não vive sem o Arsenal e o Arsenal não vive sem a Marinha”, e critica a alteração do modelo de gestão da empresa decidido em 2009, no Governo do PS, que levou à “degradação” do estaleiro, que “hoje está numa situação calamitosa”.

“Não deixa de ser dramático termos só uma fragata operacional ao serviço”, diz o bloquista, embora não lhe agrade o emprego nas missões da NATO, e espera que o Estado possa continuar a investir nos NPO, mais conhecidos como “patrulhões”.

Pelo lado do CDS, Pedro Morais Soares recorda que o partido foi fazendo “sucessivos alertas” e responsabiliza o Governo pela calendarização da modernização das fragatas na LPM. “Devia ter sido feito com tempo e de outra forma. O calendário por parte do Governo foi muito infeliz”, diz ao Expresso. “Não basta falar do mar como vocação estratégica, quando nada acontece. O mar é estratégico e depois, na prática, é zero”.

PS ACREDITA QUE AS FINANÇAS NÃO SE ESQUECEM DA ÁREA DE SOBERANIA
Diogo Leão, deputado do PS, admite que “nunca faltam desafios na gestão da coisa pública”, mas perspetiva que haja diversas questões “transversais à última década” neste sector. Embora manifeste confiança no ministro da Defesa e sublinhe a “vontade política para encontrar as melhores soluções”, o socialista diz acreditar que as Finanças “não se esquecem que as áreas de soberania são centrais e fundamentais”. O deputado manifesta “confiança de que serão encontradas as soluções financeiras para atender a ações, opções e decisões já esboçadas ou mesmo tomadas pela Defesa Nacional”. Ou seja, Cravinho tem manifestado boas intenções, mas estas ficam na gaveta do ministro João Leão na Praça do Comércio.

“O que é fundamental é assegurar que as missões da Armada não ficam por cumprir, o que tem sido sempre conseguido”, desdramatiza o coordenador do PS na comissão de Defesa. Isto, apesar de os dias e horas de navegação terem caído cerca de 30% na última década.

Obrigado N. Eu ia aqui pôr, mas chegaste primeiro (e bem). ;)

Estas guerras intestinas por causa da LOBOFA estão a desviar as atenções daquilo que é efectivamente vital e fundamental. Há uma emergência em literalmente salvar as Forças Armadas da irrelevância e possível extinção, e a preocupação principal no momento é alterar a lei para que o CEMGFA se torne de facto no superior hierárquico dos Chefes de Estado-Maior dos 3 ramos. Algo não está bem no que diz respeito a prioridades com efectivo interesse nacional.

E ainda querem o alargamento da ZEE para quê? ::)
« Última modificação: Maio 14, 2021, 10:22:15 am por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1315 em: Maio 14, 2021, 01:49:49 pm »
Acordaram:

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Portugal perde “autoridade no mar” com situação “extremamente preocupante” na Marinha, alerta oposição
“Falta de planeamento”, atrasos nos investimentos no Alfeite e na manutenção dos navios de patrulha e os “problemas de segurança” daqui decorrentes: da direita à esquerda, os partidos com assento na comissão parlamentar de Defesa reagem com preocupação à situação da Marinha. Há quem fale em falta de “força política do ministro” da tutela, que estará manietado pelas Finanças, e na escassa prioridade dada à área pelo Governo. O secretário de Estado do Tesouro será ouvido em breve na comissão parlamentar. Até no PS se apela às Finanças...
OPSD quer saber que “impacto têm os constrangimentos” da Marinha de Guerra portuguesa noticiados pelo Expresso na edição da semana passada, e, nesse sentido, enviou seis perguntas ao ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, a pedir esclarecimentos sobre a canibalização da fragata “Vasco da Gama” – usada como fornecedora de sobressalentes para os outros navios – e acerca de outros problemas, como os atrasos quer na manutenção dos Navios de Patrulha Oceânicos (NPO), quer no processo de construção de seis novos navios desta classe em Viana do Castelo. As questões dos deputados sociais-democratas incluem ainda apurar que impacto na manutenção de outros navios tem a permanência do submarino “Arpão” na doca do Arsenal do Alfeite.

https://expresso.pt/politica/2021-05-13-Portugal-perde-autoridade-no-mar-com-situacao-extremamente-preocupante-na-Marinha-alerta-oposicao-f447b3be

Alguém arranja o artigo todo?

O Expresso felizmente continua a pegar continuamente neste assunto, mas a verdade é que estes deputados e esta comissão só vem falar mais por ser mais um motivo para atacar o Governo que por real preocupação com a Marinha e com os meios disponíveis, dúvido que alguém ali tenha os mínimos conhecimentos e interesses militares basta ver que nem referem que a Marinha continua sem AOR o que é gravíssimo, e que não temos um único meio combatente de primeira linha ou que um NPO foi desarmado para o golfo da Guiné entre outras coisas aberrantes que se passam na Marinha. Por isso só vejo aí politiquices que nada resolvem e nem fazem nada para resolver, já que alguns desses partidos já estiveram no poder e a miséria na Marinha e FA era a mesma e os do BE, Verdes, PAN e por aí fora se se fosse investir agora ou mesmo em qualquer altura á séria na Marinha,Força Aérea e Exército caía o Carmo e a trindade.

Agora se realmente estão preocupados com o estado miserável em que se encontra a Marinha façam alguma coisa de relevante, tragam o tema para a praça pública, para as TVs, para os jornais, façam debates a cair em cima e a focar está grave situação, criem uma onda de indignação nas pessoas e um sentimento de que a soberania nacional e o nosso mar(ZEE) estão mesmo seriamente ameaçados e que a situação é muito grave, só assim o Governo se sentiria pressionado a investir o necessário.


parece que temos aqui outra Odemira.

Ninguém sabia, nunca ninguém percebeu.
E agora é tudo a dar-lhe.

Mas então foi o Ministro que escondeu isso dos politicos?

A sério??? Qual foi o grupo parlamentar ou o governo que se interessou a sério e quis cumprir a Lei de programação e até cumprir a percentagem do PIB com as FA?

Foi preciso chegar a este ponto.

Agora até os bloquistas se espantam. Também se espantaram uma vez com as falhas de orçamento na FS. dava jeito o espanto.

"Patrulhões" dizem.
desarmados claro ou com uma fisga. Mais que isso é abusar, basta ver os comentários do site esquerda net sobre a aquisição das duas Marlin iniciais "Os brinquedos para a Marinha".

Mas então dizer que os NPO tem a complexidade de fragatas também não contribui para deixar andar a coisa?
E dizer que se faz com o que se tem ignorando o verdadeiro estado das coisas???
E mostrar os meios desactualizados como coisas extraordinárias?
E vir imberbes criaturas desfazer das justas criticas aqui feitas?

Ninguém tem culpa.
Aconteceu por acaso.
Presos ainda era pouco 
« Última modificação: Maio 14, 2021, 02:00:55 pm por Pescador »
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1316 em: Maio 14, 2021, 02:19:28 pm »
Foi a mulher da limpeza
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1317 em: Maio 14, 2021, 03:11:54 pm »
Há poucos meses, vinha o BE a dizer que se devia retirar verba da Defesa para colocar na Saúde, por causa da pandemia. Agora queixam-se do estado a que as coisas chegaram, imaginem se cortassem ainda mais o orçamento da Defesa.

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As questões dos deputados sociais-democratas incluem ainda apurar que impacto na manutenção de outros navios tem a permanência do submarino “Arpão” na doca do Arsenal do Alfeite.

Querem ver que a culpa é do Arpão? Os submarinos realmente servem de bode expiatório sempre surgem problemas.

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“O maior problema da Marinha de Guerra hoje reside precisamente no estado de degradação a que os governos deixaram chegar o Arsenal do Alfeite”, diz ao Expresso António Filipe, o deputado mais decano da comissão parlamentar de Defesa. A notícia da degradação dos equipamentos da Armada “reflete uma realidade que não sendo propriamente uma surpresa é extremamente preocupante”, afirma. E projeta uma solução, que também responsabiliza mais o ministro das Finanças, João Leão, do que o próprio João Gomes Cravinho: “Se não houver um investimento sério das Finanças no Arsenal, o colapso pode ser uma realidade a curto prazo com consequências trágicas para a Marinha.”

Não é bem assim. Mesmo que tivéssemos o Alfeite a funcionar a todo o gás, com o pessoal e equipamento necessário, e até a dar lucro, a MGP continuava a ser obsoleta, com falta de pessoal, com lacunas enormes e com situações caricatas, como navios com meio século de idade e NPOs desarmados. Quem acha que espetar dinheiro no Alfeite resolve milagrosamente todos os problemas, desengane-se. Salvar o Alfeite, é apenas uma parte do processo. Se o AA desaparecesse, continuariam a haver estaleiros (estrangeiros) capazes de realizar manutenção a toda a frota portuguesa, só que lá está, para isso é preciso pagar a horas, algo que por cá é difícil. O fim do AA, a acontecer, é apenas devido à péssima gestão que é feita e o desinvestimento, tanto no estaleiro, como na Marinha para pagar a manutenção no dito.

Num país decente, o AA não teria problemas de pagamentos/falta de pessoal, a Marinha não teria um orçamento para manutenção tão baixo, e os tais 20 milhões que se falam para injectar no Alfeite, não seriam para salvar, mas sim expandir capacidades, e/ou incentivar a construção de novos navios/lanchas.

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“O que é fundamental é assegurar que as missões da Armada não ficam por cumprir, o que tem sido sempre conseguido”, desdramatiza o coordenador do PS na comissão de Defesa. Isto, apesar de os dias e horas de navegação terem caído cerca de 30% na última década.

E pronto, conclui-se com uma boa dose de desinformação/tangas. Metade da frota inoperacional, e conseguem cumprir com as missões? Só se for por milagre, ou desgastando os poucos navios operacionais, por terem de fazer do dobro das missões. Mas também, quando veio a notícia da aquisição das Lanchas para a GNR, justificavam esta compra pela indisponibilidade das lanchas da Marinha, que metade delas estava encostada... Afinal em que ficamos?
 

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Stalker79

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1318 em: Maio 14, 2021, 03:13:27 pm »
"E ainda querem o alargamento da ZEE para quê? ::)"
Deve ser pra quando as frotas dos chineses começarem a subir o atlantico terem mais por onde nos roubar o pescado....
(E quem pensar que eles não vem ai, engane-se)
 >:(
 

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NVF

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1319 em: Maio 14, 2021, 03:44:07 pm »
Tanto quanto sei, não é a ZEE que vai ser, eventualmente, alargada, mas sim a soberania do fundo marinho. Ou seja, nas novas áreas, qualquer país pode exercer actividades à superfície, incluindo pescas, mas não podem extrair recursos do fundo (ou subsolo) marinho — por exemplo, minérios ou hidrocarbonetos — sem autorização nacional. Pelo andar da carruagem, vamos ver os chineses a extrair gás natural do fundo marinho e ninguém vai fazer nada por que não há Marinha nem Guarda Costeira.
Talent de ne rien faire
 
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