A questão, se calhar, é mais "profunda"...
Na prática não existirão tão cedo condições para novas fragatas, da nova geração e, sobretudo, convenientemente armadas. Nem para comprar os navios, nem para os operar.
Assim sendo, as "actuais fragatas" serão isso mesmo... as actuais NRP's.
Que mesmo assim são exigentes em guarnição e custos operacionais.
Se, hipotéticamente, pudermos ultrapassar esta fase de 20 a 30 anos adaptando as actuais e adoptando um tipo de navio mais simples e económico, mas com (pelo menos) as mesmas ou até melhores capacidades militares do que as que agora temos, qual o problema?
Sejamos sinceros, foram 50 anos a enterrar as FA's ( e o país) e salvo um milagre, não há possibilidade de avançar com tudo aquilo que deveríamos e queríamos ter.
São 3 ramos a exigir (e bem) novos equipamentos, mas é só pensar os custos do caça de 5°geração ou das fragatas e facilmente se percebe que faltará para tudo o resto.
Ouçam com atenção quando se fala em "próximas gerações".
É o que é... goste-se ou não.
"Se", "hipoteticamente"... enfim talvez não é? O meu problema é que é factualmente impossível substituir fragatas por porta-drones a menos que estejamos disponíveis para deixar a nossa defesa nacional para os "outros". Por outras palavras o que eu afirmo que é que o CEMA diz são tretas. T-r-e-t-a-s. O que é bom tem um preço, se investimos menos, temos menos meios/capacidades, etc. Não há volta a dar. A única coisa em que concordo com o homem é a questão da robotização (e eventualmente o uso de inteligência artificial), área em que devemos investir já para não ficarmos para trás.
Quanto ao caça de 5ª geração eu considero que encontrar a solução para as fragatas tem mais urgência e mais prioridade.
Quanto ao gostar ou não, eu pessoalmente não vou deixar de dizer o que penso e apontar o dedo quando achar necessário/relevante. E mesmo assim vir para o FD fazê-lo nem é nada de especial, o que falamos aqui não impacto em nada, estamos só a trocar ideias. E mais pela tua ordem de ideias nem comprávamos o KC-390 e continuavamos com o C-130 até cair dos ceús visto que somos uns pobres coitadinhos que temos que nos resignar à miséria.
De forma alguma afirmei que deveriam ou não expressar as suas opiniões, antes pelo contrário.
Relativamente ao KC390 já assumi várias vezes defender a opção tomada tendo em conta a cronologia dos acontecimentos e a suposta mais valia económica do projecto para o nosso país.
No entanto, o que realmente noto neste plano que vamos conhecendo pouco a pouco é a existência de uma estratégia, discutível, mas que não se cinge a este ou aquele projecto, e sim à globalidade deste ramo das FA's.
Pena é, no meu entender, que não se pense da mesma forma o futuro dos restantes ramos.
Corremos o risco de ir "dando umas quecas" ao sabor das marés, cada um por si, umas correndo melhor e outras pior, todas ficando incompletas... sem rumo nem objetivos definidos.
Lampuka, diga-me lá de uma vez por todas onde está a suposta mais valia economica do projecto para o nosso país ??
É que por aqui os defensores do projecto KC390 afirmam a bandeiras despregadas que o país fica a ganhar com este projecto, e eu pergunto mas fica a ganhar oquê, quando pagou o que pagou e vai pagar ?
Parece que ninguém sabe responder, ou será que tem vergonha da resposta ??
É que andar a afirmar isso sem nunca clarificar os tais beneficios, é no minimo estranho, como é revelador quando escreve, suposta é porque não tem a certeza que existe, se não tem a certeza ou não sabe dizer onde para essa mais valia, será muito complicado afirmar isso quando, portugal como parceiro do projecto, desembolsou o que desembolsou por cinco 390 mais um simulador.
fico a aguardar pela sua resposta, aliás como fiquei a aguardar por uma resposta sua no caso do hangar dos AOR, vamos ver se é procedimento padrão.
Do que se lê, terão hangar.
Onde é que se lê que terão hangar ??
Consegue Colocar aqui essa confirmação sff.
Cumprimentos
Um bom Ano
Um bom ano,
Eu posso responder.
O CEIIA era um centro de investigação vocacionado para a Indústria Automóvel.
Nunca fez nada de muito assinalável nessa área.
Mas com o projecto do KC-390 ganhou massa crítica para entrar na Indústria Aeronautica.
Fez dinheiro e formou engenheiros.
Há x componentes do aparelho que são feitos/montados em Portugal.
Está a conceber uma "plataforma submarina de vigilância" que assenta no fundo do mar (já noticiado aqui).
Está a participar no projecto do European Patrol Corvette (já noticiado aqui).
E, a acreditar nas notícias, poderemos vir a ter um avião português concebido e produzido pelo CEIIA.
Eu não devia ter que estar a explicar isto a quem participa assíduamente no Forum Defesa.
E torno agora a bater numa tecla que sei que não gostam;
Se quando entramos no projecto do KC-390 tivéssemos antes encomendado 28 F-35, hoje teriamos F-35 e estaríamos com uma mão á frente e outra atrás em termos de capacidade própria de Engenharia Aeroespacial.
Agora é ter habilidade para continuar no mesmo caminho.