Caro Tenente, já agora que fala no ATR e na "famosa" ponte LIS-OPO-LIS. Concorda com as critica que em tempos se fizeram à TAP de terminar voos rentáveis a partir de OPO?
E já agora, se não for abusar muito, acha que a TAP deve apostar no HUB-to-spoke ou fazer point-to-point? Ou um mix?
É por estas e outras negociatas para ajudar os amigos e amealhar uns milhões a título pessoal, claro, que a TAP está como está, porque em termos técnicos, competências e de profissionalismo, não brinquemos, temos dos melhores profissionais, entre os melhores, disso não tenho qq dúvida !!!
Não duvido disso, mas o poeta também já dizia: "O fraco rei faz fraca a forte gente."
Abraço
oCastilho, desculpe, só hoje vi o seu post, então vamos lá por partes:
Caro Tenente, já agora que fala no ATR e na "famosa" ponte LIS-OPO-LIS. Concorda com as critica que em tempos se fizeram à TAP de terminar voos rentáveis a partir de OPO?
Acho, e repito, acho que para se fazer uma critica desse tipo a um Operador aéreo, é necessário, saber se esses voos são ou não rentáveis, e não botar faladura como ultimamente os autarcas do Porto o tem feito. Um voo á saída do Porto até pode estar com 100% de ocupação e não ser rentável, e até pode sair do Porto para o mesmo destino e com 50% de ocupação e ser rentável. parece estranho mas pode acontecer, pois depende das taxas de ocupação da perna de retorno. para que se verifique a rentabilidade de uma rota temos de ter todas as variáveis e não pensar apenas num dos voos, mas sim no conjunto dos voos efectuados por uma determinada aeronave desde que sai da base, neste caso o Porto e retorna á base.
Operações há que serão mais rentáveis se a dita aeronave fizer N/S no último voo do dia enquanto que para outro tipo de operações será mais rentável á companhia fazer regressar a aeronave á base, AKA HUB, mesmo com uma ocupação mais ligeira, pois depende dos dias da dita operação.
E já agora, se não for abusar muito, acha que a TAP deve apostar no HUB-to-spoke ou fazer point-to-point? Ou um mix?
A nossa operação enquanto TAP, depende muito dos voos de ligação, com origem/destino no Brasil, Angola e Estados Unidos.
A operação é de tal forma dependente deste tipo de voos que, uma vez que são operados, devido á distância e volume de pax, por aeronaves W/B, obrigou a que se constituísse em Lisboa, mais tarde explicarei o porquê em LIS e não no OPO, o tal HUB.
A escolha de um único aeroporto onde se concentrasse a operação, chegadas/partidas era a única hipotese de viabilizar as ligações, devido ao elevado numero de pax e bagagens em ligação que era necessário processar atempadamente para os seus voos de ligação, desculpe a repetição.
Devido ao horário dos voos de médio curso á saída de LIS para os destinos europeus, com os tais milhares de pax em ligação, os voos intercontinentais, foram obrigados a ter slots aeroportuários muito apertados, juntos, para viabilizar a operação, o que obriga a que os controlos de fronteira sejam sujeitos a uma grande pressão, devido aos tempos de ligação entre os respectivos voos.
Estes foram os dois principais motivos que levaram á escolha de LIS como HUB da TAP, até porque o aeroporto do Porto nunca teria capacidade de receber e despachar no horário, não só o volume de voos intercontinentais que diariamente operavam, mas e também os restantes voos de ligação de médio curso.
Quanto á ponte aérea LIS-OPO-LIS, esta que terá sempre que existir, pois o Porto tem, tinha, muitos pax com destino o Brasil/Africa e América do Norte/Canadá, no entanto o erro foi o de utilizar equipamento que não se coadunava com o volume de pax e suas bagagens. Foi mais um negócio de amigos, para colocar em operação os tais ATR, nos voos de hora a hora, quando o que se deveria ter feito era colocar nessa rota um 319, de duas em duas horas ou mesmo de 2,5 em 2,5 horas, e com apenas uma aeronave teria sido possivel transportar todos os pax, e bagagens.
No entanto como foram escolhidos os ATR, diariamente tinham de ser colocados naquela rota,
quatro ou mais aeronaves,e, no fim do dia lá tinhamos de recorrer a um 319, voo vassoura, para ir buscar as dezenas de bagagens que tinham ficado para trás tal a capacidade dos porões, em miniatura dos ATR, bem, mas isto são outros cinco tostões, pois teríamos de falar não só de planeamento como de outras coisas…....
Castilho espero ter ajudado a clarificar um pouco os seus pontos.
Abraços