Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo

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perdadetempo

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #210 em: Outubro 02, 2017, 01:03:50 am »
Num país com o estado prepotente e aldrabão que sempre tivemos, e onde a politica dos factos consumados é um dado adquirido, não é um ou dois estudos de impacto ambientais ou até uma mera questão de bom senso que vão impedir seja o que for. Esses "entraves" no caminho do progresso só funcionam quando algum partido/entidade decide jogar com o assunto para estampar o oponente ou quando é necessário fundos externos para pagar a conta.

Como nas relações entre as entidades do próprio estado a cultura é exactamente a mesma, a parte mais fraca o melhor que pode fazer é tentar obter o melhor preço que conseguir pela sua colaboração forçada nesta situação. A Força Aérea sempre vincou bem a sua posição em que achava que o uso da BA6 pela aviação comercial era incompatível com a sua operação pelos militares a partir de um certo nível, logo torna-se inevitável a saída da FAP da BA6. O melhor que a FAP pode fazer é tentar obter o maior preço possível pela sua saída e pelos vistos aproveitar para facturar também com o campo de tiro de Alcochete.

Não deixa de ser irónico/(ou talvez outra expressão) ver o património publico ser tão facilmente posto em causa ao serviço de entidades privadas, e não me estou a referir aos futuros passageiros do Montijo, mas a verdade é que estamos em Portugal.

Esquecendo o que acabei de dizer e passando a assuntos mais práticos acabei de ver os voos com partida de Lisboa do terminal 2 para amanhã da RYANNAIR/EASYJET/TRANSAVIA e dava um total de 53 voos e provavelmente outras tantas chegadas o que deverá dar um total diário de 100/120 voos se contarmos com algum outro operador mais pequeno.
 
Mesmo partindo do principio que se mudem todos os lowcost para o Montijo, e é melhor esperarem sentados, a verdade é que  esses voos concentram-se num certo numero de horas do dia ( à falta de melhor expressão horas de ponta) havendo uma série de horas do dia  em que haverá pouca utilização da pista.

E já agora alguém pode fazer o favor de arranjar um link/informação com  os futuros corredores aéreos para os dois aeroportos a operarem em simultâneo? É que a história do campo de tiro de Alcochete só me parece fazer sentido com a utilização da pista 08/26 como pista principal mas a verdade é que nisto sou na melhor das hipóteses um curioso.

Cumprimentos,

PS: Se alguém quiser investir num terreno para um construir um hotel junto ao futuro aeroporto do Montijo não se acanhem, são só 350.000,00€ :D
]https://www.imovirtual.com/anuncio/terreno-p-construcao-de-hotel-junto-ao-futuro-aeroporto-do-montijo-IDaPfr.html#gallery[1]
 
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #211 em: Outubro 02, 2017, 05:34:58 pm »
Há muitos milhares de milhões de interesses em jogo e a FAP neste caso é o elo mais fraco, mas, se as sua chefias quisessem os meios Aéreos da BA6 poderiam ali permanecer e continuar a operar normalmente!

Acho que um dos problemas da FAP é que ela não quer simplesmente aterrar/descolar e ir para qualquer lado, por exemplo os voos de teste de aviões que saem de inspecção são por cima da base, os pilotos fazem muitos toca-e-anda nos seus voos de treino regulares. Devem querer mais tempo por cima da pista, o que com aviões civis a querer aterrar e descolar deve ser complicado de organizar.
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #212 em: Outubro 04, 2017, 10:16:27 am »


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A Força Aérea apresenta o livro "Base Aérea de Tancos 1921-1994", da autoria do Tenente-coronel Aires Marques, no dia 21 de outubro, pelas 11h15, na ex-Base Aérea N.º3 em Tancos.
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #213 em: Novembro 11, 2017, 06:48:49 pm »
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Governo quer ANA a pagar 130 milhões para Força Aérea sair do Montijo
Bruno Simões brunosimoes@negocios.pt
10 de novembro de 2017 às 13:18

A base aérea do Montijo vai começar a ser utilizada para voos civis a partir de 2022 e para atingir os 24 movimentos por hora que estão planeados será necessário que a Força Aérea abandone estas instalações militares. Essa operação foi quantificada por este ramo das Forças Armadas: em causa está um custo de 130 milhões de euros para deslocalizar para outras bases aéreas as operações que estão actualmente baseadas no Montijo. O Governo está convencido que será possível passar esse custo para a ANA, que gere os aeroportos nacionais. Durante a audição que decorre esta manhã no Parlamento para apresentação do orçamento da Defesa para 2018, o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, disse acreditar que esse custo não recaia sobre o Estado. "Estamos convencidos que é possível que os ganhos futuros da operação civil do Montijo sejam suficientes para suportar os encargos com as alterações que é preciso fazer", afiançou o governante, que acompanha o ministro da Defesa Azeredo Lopes.
 
O que seria previsível é que fosse o Estado a pagar essa verba, mas o Ministério do Planeamento e Infraestruturas (MPI) tem estado a negociar com a gestora aeroportuária. Em resposta ao deputado do CDS João Rebelo, o governante disse que "o que está consagrado no contrato de privatização da ANA é que os encargos com o aumento da operação competem ao Estado, não competem à ANA". "O esforço do MPI é de encontrar uma solução em que a operação civil – no fundo a ANA – acabe por suportar os encargos que sejam necessários".
 
A base do Montijo é considerada a maior da Força Aérea e alberga quatro esquadras distintas. É na base aérea 6 que estão localizadas as seis aeronaves "C-130 Hercules para a execução de missões de transporte", os 12 aviões C-295M "para efectuar missões de transporte, vigilância marítima e busca e salvamento", os três jactos Falcon 50 "para o transporte aéreo especial (por exemplo de altas entidades ou de órgãos)" e ainda os 12 helicópteros EH-101 Merlin para "transporte, busca e salvamento e vigilância e reconhecimento". Nas instalações da base aérea do Montijo funciona também o "Centro de Treino de Sobrevivência da Força Aérea (CTSFA) que tem por missão ministrar cursos de sobrevivência e salvamento individual, incluindo em ambientes de natureza nuclear, radiológica, biológica ou química (NRBQ), bem como ainda no domínio do reconhecimento e inactivação de engenhos explosivos". Dentro da base, com mil hectares de terra plana, estão ainda estacionados os helicópteros Lynx da Marinha.
 
Custos totais podem chegar aos 370 milhões
 
No estudo que foi entregue ao Governo, a Força Aérea colocou "duas hipóteses em cima da mesa: uma de convivência entre função militar e civil e outra de saída da Força Aérea daquela base e deslocação para outras bases", recordou Marcos Perestrello. Em causa está a deslocação dos helicópteros EH-101 "para a Base Aérea 1, em Sintra", a deslocação da componente de formação para Beja, e "a asa fixa" que opera no Montijo, isto é, as esquadras de C-295 e C-130 "passariam para a base de Tancos".
 
Mas os custos não ficarão por aqui, porque será igualmente necessário abandonar a operação no campo de tiro de Alcochete. A Força Aérea entende que, quando forem atingidos os 24 movimentos por hora (aterragens ou descolagens) não será possível compatibilizar as operações de tiro com a operação aérea. A deslocalização dessas operações deverá ocorrer apenas em 2023 ou 2024, antecipou o Chefe do Estado Maior da Força Aérea, Manuel Teixeira Rolo, em Julho. Manuel Teixeira Rolo também afirmou nessa altura que o Estado poderia negociar esses custos de deslocação com a ANA, aproveitando o facto de a gestora ir cobrar mais taxas aeroportuárias com a abertura do terminal civil do Montijo.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/defesa/detalhe/governo-quer-ana-a-pagar-130-milhoes-para-forca-aerea-sair-do-montijo
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #214 em: Novembro 17, 2017, 03:42:12 pm »
Já agora, porque não acabar de uma vez por todas com a própria Força Aérea se esta causa sempre assim tantos empecilhos?  ::)

https://www.dinheirovivo.pt/economia/ana-quer-partilhar-espaco-aereo-com-militares-para-fazer-crescer-a-portela/
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #215 em: Novembro 17, 2017, 06:30:19 pm »
Já agora, porque não acabar de uma vez por todas com a própria Força Aérea se esta causa sempre assim tantos empecilhos?  ::)

https://www.dinheirovivo.pt/economia/ana-quer-partilhar-espaco-aereo-com-militares-para-fazer-crescer-a-portela/

Porque é que metem Alverca ao barulho? Não só tem muito pouco movimento, como provavelmente quem tem problemas de interferência na sua utilização é Alverca e não a Portela. Senão estou em erro foi por causa das interferência no acesso em simultâneo às pistas dos dois aeródromos em simultâneo que Alverca foi descartado como local alternativo para um aeroporto de apoio à Portela?

Cumprimentos,

PS: E como o presidente da ANA de aviação só deve saber quais as companhias aéreas que têm o software da SAP e a sua experiência como passageiro, talvez não se deva levar as suas palavras muito à letra.
« Última modificação: Novembro 17, 2017, 06:42:27 pm por perdadetempo »
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #216 em: Novembro 17, 2017, 06:57:18 pm »
Já agora, porque não acabar de uma vez por todas com a própria Força Aérea se esta causa sempre assim tantos empecilhos?  ::)

https://www.dinheirovivo.pt/economia/ana-quer-partilhar-espaco-aereo-com-militares-para-fazer-crescer-a-portela/

Porque é que metem Alverca ao barulho? Não só tem muito pouco movimento, como provavelmente quem tem problemas de interferência na sua utilização é Alverca e não a Portela. Senão estou em erro foi por causa das interferência no acesso em simultâneo às pistas dos dois aeródromos em simultâneo que Alverca foi descartado como local alternativo para um aeroporto de apoio à Portela?

Cumprimentos,

PS: E como o presidente da ANA de aviação só deve saber quais as companhias aéreas que têm o software da SAP e a sua experiência como passageiro, talvez não se deva levar as suas palavras muito à letra.

Ai os assessores, ai os assessores é o que é !!!

Pergunto eu na minha santa Ignorância, mais espaço aéreo para quê se não temos posições de estacionamento, portas de embarque, balcões de check-in, etc, etc suficientes sequer para o trafego que agora vai operando no Aeroporto de Lisboa ????

Será que já estão a pensar no Montijo, epá porque se estão então pensem nos corredores de aproximação/saída das duas pistas que estarão de serviço quando os dois aeroportos estiverem a operar mas, nesse caso, podemos e devemos ver as suas orientações e as tais necessidades de mais espaço Aéreo ?????





Já estou como o CJ, acabem mas é com a FAP, mas que chatice, e façam a ANA ir fazer os combates aéreos aos FF, já agora !

PS os terrenos do CTA fazem tanta comichão a muita gente que só pensa em encher os bolsos, lembra-me o que aconteceu nos terrenos perto da OTA !!!



Abraços
« Última modificação: Novembro 17, 2017, 07:18:48 pm por tenente »
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #217 em: Novembro 21, 2017, 07:00:32 pm »
Com o passar dos anos vamos ficar como as FA da Irlanda...

Esqueçam F-35 e semelhantes...
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #218 em: Novembro 21, 2017, 07:17:31 pm »
Mas se fosse necessario qual o impedimento de construir uma base militar neste local!?
Tem mais que espaço e penso que não interferiria com as operações dos aeroportos.
(Ver box)


 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #219 em: Novembro 21, 2017, 08:55:37 pm »
Mas se fosse necessario qual o impedimento de construir uma base militar neste local!?
Tem mais que espaço e penso que não interferiria com as operações dos aeroportos.

Não sei se não interferia com os aviões a operar para sul do aeroporto do Montijo...
Outras razões talvez o tipo de terreno, ai não é muito arenoso tipo praia? E logo a sul do quadrado tem uma lagoa...

Mas porque é que se haveria de construir uma base ai e do zero? Há várias instalações militares já com terreno e pista feitas capazes de receber os meios da BA6, talvez precisem só de algumas obras, temos Tancos, Beja, Ovar, na loucura Ota.
« Última modificação: Novembro 21, 2017, 08:58:54 pm por Lightning »
 
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #221 em: Março 18, 2018, 12:04:11 pm »
Nova versão, mantendo agora parte da operação militar no Montijo diminuindo assim os custos envolvidos.

Citar
FAP entregou nova proposta ao Governo para reorganização da operação da base do Montijo
16/3/2018, 19:36

O chefe do Estado-Maior da Força Aérea entregou ao Ministério da Defesa um plano alternativo para a reorganização da sua operação, face à instalação de um aeroporto civil na base do Montijo.

O chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Teixeira Rolo, entregou esta sexta-feira ao Ministério da Defesa um plano alternativo para a reorganização da sua operação, face à instalação de um aeroporto civil na base do Montijo. O novo plano prevê um custo inferior ao que foi estimado no estudo da FAP de julho passado, confirmou à Lusa o general Teixeira Rolo, que não quis, para já, adiantar mais detalhes sobre a proposta entregue. Segundo fontes ligadas à Defesa, o plano alternativo admite que uma parte da operação da Força Aérea possa manter-se na base aérea nº6, Montijo, reduzindo dessa forma os custos globais da relocalização da operação.

O relatório entregue pela FAP em junho passado previa uma reorganização de toda a operação do ramo, propondo que se mantivesse na base do Montijo apenas o Centro de Treino existente e um aeródromo de trânsito. O novo plano permite manter na base n.º 6 a operação dos helicópteros Lynx, da Marinha, e a dos aviões da FAP de transporte tático, atualmente os C-130 que serão substituídos futuramente pelos KC-390, entre outras alterações. Em julho passado, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea estimou que se gastem 130 milhões de euros, nos próximos cinco anos, na deslocalização de atividade militar para transformar a base do Montijo em aeroporto complementar civil.

A base aérea n.º 6 conta hoje com as frotas C-130 para as missões de transporte, os C-295M para as missões de transporte, vigilância marítima e busca e salvamento, com os FALCON 50 para o transporte aéreo especial (por exemplo de altas entidades ou de órgãos), e helicópteros EH-101 para transporte, busca e salvamento e vigilância e reconhecimento. No estudo entregue em julho passado, a FAP considera previsível que a construção de um aeroporto civil complementar ao da Portela no Montijo implique um rápido aumento do tráfego aéreo, tornando inviável manter a operação no Montijo, tal como está, a partir de 2023/24.

https://observador.pt/2018/03/16/fap-entregou-nova-proposta-ao-governo-para-reorganizacao-da-operacao-da-base-do-montijo/
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #222 em: Março 18, 2018, 12:45:53 pm »
Nova versão, mantendo agora parte da operação militar no Montijo diminuindo assim os custos envolvidos.

Citar
FAP entregou nova proposta ao Governo para reorganização da operação da base do Montijo
16/3/2018, 19:36

O chefe do Estado-Maior da Força Aérea entregou ao Ministério da Defesa um plano alternativo para a reorganização da sua operação, face à instalação de um aeroporto civil na base do Montijo.

O chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Teixeira Rolo, entregou esta sexta-feira ao Ministério da Defesa um plano alternativo para a reorganização da sua operação, face à instalação de um aeroporto civil na base do Montijo. O novo plano prevê um custo inferior ao que foi estimado no estudo da FAP de julho passado, confirmou à Lusa o general Teixeira Rolo, que não quis, para já, adiantar mais detalhes sobre a proposta entregue. Segundo fontes ligadas à Defesa, o plano alternativo admite que uma parte da operação da Força Aérea possa manter-se na base aérea nº6, Montijo, reduzindo dessa forma os custos globais da relocalização da operação.

O relatório entregue pela FAP em junho passado previa uma reorganização de toda a operação do ramo, propondo que se mantivesse na base do Montijo apenas o Centro de Treino existente e um aeródromo de trânsito. O novo plano permite manter na base n.º 6 a operação dos helicópteros Lynx, da Marinha, e a dos aviões da FAP de transporte tático, atualmente os C-130 que serão substituídos futuramente pelos KC-390, entre outras alterações. Em julho passado, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea estimou que se gastem 130 milhões de euros, nos próximos cinco anos, na deslocalização de atividade militar para transformar a base do Montijo em aeroporto complementar civil.

A base aérea n.º 6 conta hoje com as frotas C-130 para as missões de transporte, os C-295M para as missões de transporte, vigilância marítima e busca e salvamento, com os FALCON 50 para o transporte aéreo especial (por exemplo de altas entidades ou de órgãos), e helicópteros EH-101 para transporte, busca e salvamento e vigilância e reconhecimento. No estudo entregue em julho passado, a FAP considera previsível que a construção de um aeroporto civil complementar ao da Portela no Montijo implique um rápido aumento do tráfego aéreo, tornando inviável manter a operação no Montijo, tal como está, a partir de 2023/24.

https://observador.pt/2018/03/16/fap-entregou-nova-proposta-ao-governo-para-reorganizacao-da-operacao-da-base-do-montijo/

Parece-me que é o que eu venho defendendo já há uns meses, esta Base é de fundamental importância para muitas operações da FAP, haja alguém que veja também a importância desta base e dê um murro na mesa.
Continuo a afirmar que há espaço, mais que suficiente para todos operarem, até porque, o Montijo nunca será Aeroporto principal de Lisboa, pois como sabemos, não tem muito por onde crescer, vai ser mais uma improvisação onde se vão enterrar muitos milhões para que quando estiver pronto, e ao fim de uns quinze anos esgotadas as suas capacidades, tenha que ser substituído por outro, o tal construído de raiz, e com áreas de servidão que permitam o seu crescimento, mas fico-me por aqui, cala-te boca !! 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #223 em: Março 18, 2018, 05:28:59 pm »
Até lá, já devemos ter um OE com superavits de 15 ou 20% e não vai haver falta de dinheiro para construir um aeroporto decente com dinheiros públicos. Posteriormente, pode entregar-se a concessão a privados, para que os seus acionistas possa beneficiar dos dividendos. Isso da FAP e dos restantes ramos das FFAA não passam de pequenos transtornos que, daqui a 15 ou 20 anos, já se devem ter extinguido naturalmente devido ao continuado desinvestimento, falta de recursos humanos e obsolescência de equipamentos.
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #224 em: Março 18, 2018, 06:13:12 pm »
Até lá, já devemos ter um OE com superavits de 15 ou 20% e não vai haver falta de dinheiro para construir um aeroporto decente com dinheiros públicos. Posteriormente, pode entregar-se a concessão a privados, para que os seus acionistas possa beneficiar dos dividendos. Isso da FAP e dos restantes ramos das FFAA não passam de pequenos transtornos que, daqui a 15 ou 20 anos, já se devem ter extinguido naturalmente devido ao continuado desinvestimento, falta de recursos humanos e obsolescência de equipamentos.

Nem mais, quem fala assim não é gago, depois também se pode oferecer aos privados a defesa do País, desde que a empresa, Portugal, esteja em bolsa, com os superavits esperados vai ser fácil arranjar comprador....... estamos mesmo entregues aos bichos !!!!

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