Santos Silva e os Espiões no Líbano

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P44

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Santos Silva e os Espiões no Líbano
« em: Agosto 24, 2010, 12:17:10 pm »
"O que o ministro disse é anormal e perigoso."
9:57 Terça feira, 24 de Agosto de 2010

Valença Pinto, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas sobre a entrevista do ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, ontem ao jornal i em que afirmou que Portugal poderá passar a ter uma célula de espiões no Líbano. Correio da Manhã, 24/08/2010

http://aeiou.expresso.pt/o-que-o-minist ... so=f600400

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Defesa
Espiões militares. PCP e CDS criticam declarações de Santos Silva
por Gonçalo Venâncio e Sónia Cerdeira, Publicado em 24 de Agosto de 2010  |  Actualizado há 3 horas

 A possibilidade de Portugal enviar espiões militares para o Líbano anunciada pelo ministro da Defesa Augusto Santos Silva em entrevista na edição de ontem do i, provocou reacções duras da oposição nos extremos parlamentares.

Para o PCP, o ministro da Defesa foi protagonista de uma gafe comparável à de Veiga Simão em 1999 [caso de divulgação de uma lista de agentes do antigo Serviço de Informações Estratégicas de Defesa e Militares] e que levou à demissão do então ministro socialista. "Consideramos de uma grande insensatez o anuncio da natureza da missão, foi no mínimo uma precipitação que faz lembrar a gafe do ministro Veiga Simão" dispara Rui Fernandes da Comissão Política comunista, acrescentando que a missão deveria ser cancelada.

A confirmação de que Portugal vai ter uma célula de informações no Afeganistão já na próxima rotação do contingente em Outubro também mereceu críticas dos comunistas, que pedem o cancelamento da participação portuguesa, onde as forças nacionais destacadas se integram na ISAF (Força Internacional de Assistência e Segurança da NATO).

À direita, o CDS-PP acredita que o anuncio do ministro da Defesa coloca os objectivos da missão portuguesa em causa. "Em matéria de recolha de informação estratégica e militar, uma atitude de prudência, reserva e discrição, é essencial para garantir o bom sucesso dessa missão. São declarações infelizes" sustenta João Rebelo, deputado popular e vice-presidente da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional. "Obviamente que isto dificulta e muito o trabalho dos nossos militares no local mas sobretudo os serviços de informações", sublinha.

Mais moderado que o CDS, o PSD - partido que com populares e socialistas pertence ao "grande consenso português em matéria de Defesa" nas palavras de Santos Silva -, afirma que as opções do titular da Defesa "poderão ter razão de ser" embora exija explicações "mais cabais" do ministro num tema delicado. Em declarações ao i, o deputado Luís Campos Ferreira, ataca uma esquerda que "considera gafe dos países democráticos tudo o que seja combate ao terrorismo" e não coloca entraves à missão se esta estiver "coordenada com as forças internacionais para evitar ataques terroristas." E acrescenta: "o senhor ministro não quer com certeza brincar aos espiões nem ir para sítios em que não seja preciso estar."

Na entrevista ao i, Santos Silva chamou a atenção para a necessidade de combater o terrorismo "fundamentalista islamita" num arco que vai do "norte de África ao Paquistão." E, "sem querer ser precipitado", mostrou-se favorável ao envio de células de informações militares para o Líbano, teatro onde as forças nacionais estão presentes desde 2006. Até à hora de fecho da edição não foi possível conseguir uma reacção do BE, nem do Ministério da Defesa às críticas da oposição


http://www.ionline.pt/conteudo/75059-es ... ntos-silva
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Santos Silva e os Espiões no Líbano
« Responder #1 em: Agosto 24, 2010, 12:31:42 pm »
É só competência... :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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ajlgoncalves

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Re: Santos Silva e os Espiões no Líbano
« Responder #2 em: Agosto 24, 2010, 02:04:31 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
É só competência... :shock:
 

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PereiraMarques

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Re: Santos Silva e os Espiões no Líbano
« Responder #3 em: Agosto 24, 2010, 03:00:43 pm »
Se calhar escusavam de ter criado um tópico novo...mas pronto vamos centrar a discussão desta questão aqui...
viewtopic.php?f=10&t=9148&p=191816#p191816
 

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sergio21699

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Re: Santos Silva e os Espiões no Líbano
« Responder #4 em: Agosto 24, 2010, 08:26:53 pm »
Prá proxima diz onde vão ficar os espiões e até mostra uma foto pra sabermos quem são  :N-icon-Axe:  :N-icon-Gun:
-Meu General, estamos cercados...
-Óptimo! Isso quer dizer que podemos atacar em qualquer direcção!
 

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HSMW

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Re: Santos Silva e os Espiões no Líbano
« Responder #5 em: Agosto 24, 2010, 08:45:19 pm »
Isto já são casos de incompetência crónica e amadorismo...
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Jorge Pereira

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Re: Santos Silva e os Espiões no Líbano
« Responder #6 em: Agosto 24, 2010, 10:04:24 pm »
Sócrates e Santos Silva lutam arduamente para ver quem consegue ser a mais trágica figura destes dois últimos catastróficos governos. Pobre Portugal…
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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AtInf

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Re: Santos Silva e os Espiões no Líbano
« Responder #7 em: Agosto 26, 2010, 09:27:41 am »
Citação de: "P44"
Defesa
Espiões militares. PCP e CDS criticam declarações de Santos Silva
por Gonçalo Venâncio e Sónia Cerdeira, Publicado em 24 de Agosto de 2010 | Actualizado há 3 horas

A possibilidade de Portugal enviar espiões militares para o Líbano anunciada pelo ministro da Defesa Augusto Santos Silva em entrevista na edição de ontem do i, provocou reacções duras da oposição nos extremos parlamentares.

Para o PCP, o ministro da Defesa foi protagonista de uma gafe comparável à de Veiga Simão em 1999 [caso de divulgação de uma lista de agentes do antigo Serviço de Informações Estratégicas de Defesa e Militares] e que levou à demissão do então ministro socialista. "Consideramos de uma grande insensatez o anuncio da natureza da missão, foi no mínimo uma precipitação que faz lembrar a gafe do ministro Veiga Simão" dispara Rui Fernandes da Comissão Política comunista, acrescentando que a missão deveria ser cancelada.

A confirmação de que Portugal vai ter uma célula de informações no Afeganistão já na próxima rotação do contingente em Outubro também mereceu críticas dos comunistas, que pedem o cancelamento da participação portuguesa, onde as forças nacionais destacadas se integram na ISAF (Força Internacional de Assistência e Segurança da NATO).
Importa aqui fazer um pequeno reparo ( sem dúvida que era preferivel ter mantido o assunto em segredo ):
Quando se refere a célula de informações estamos a falar de elementos com capacidade de actuação no terreno ou de analistas?? É pá, é que mandar pessoal para recolher informações de forma "encoberta" não é para qualquer um, é necessário um dominio total da lingua e cultura do país onde se vai actuar, agora a " simples " análise de informações já é um assunto completamente diferente.
Que eu saiba qualquer contigente tem pessoal com essas funções, pode é não ser tão "especializado", mas na estrutura de comando há sempre um nucleo de Informações e Operações ( com mais ou menos aptidões e habilitações para essas funções, mas isso já é outro asssunto ).
 

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nelson38899

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Re: Santos Silva e os Espiões no Líbano
« Responder #8 em: Setembro 22, 2010, 09:54:19 am »
Citar
O SIED, a "secreta" portuguesa virada para as informações estratégicas, já está a trabalhar no Afeganistão, num apoio ao deslocamento e operações das forças militares portuguesas, segundo soube o JN, na sequência da visita do ministro da Defesa ao Parlamento.

O SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) tem, já, também, operacionais no Líbano e no Kosovo, com conhecimento do comando das forças multinacionais e das autoridades locais, e está igualmente previsto o envolvimento do serviço na Somália, um movimento que acompanha o empenhamento das Forças Armadas portuguesas.

A informação está associada, principalmente, aos riscos que envolvem os soldados portugueses, em relatórios enviados regularmente ao ministro da Defesa, Santos Silva, e ao chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, Valença Pinto.

O Afeganistão tem sido a maior aposta do SIED, tendo em conta o cenário de terrorismo e instabilidade naquele país e o maior envolvimento militar português, com a deslocação regular de quadros do serviço e o recrutamento de fontes de informação na área.

É um movimento de natureza secreta e preventiva, mas que acontece pela primeira vez no nosso país, que envolveu também no ano passado e já este ano o apoio do SIED às forças de um serviço congénere libanês e a vinda a Portugal de oficiais de informações afegãos, para formação no serviço português, uma expansão que só está a ser limitada pelas restrições orçamentais, que impedem o empenhamento de mais recursos humanos.

Em causa está a polémica à volta do envolvimento das informações militares (CISMIL - Centro de Informações e Segurança Militares) no Afeganistão, criando, segundo várias fontes contacatadas pelo JN, o risco de redundâncias e de confusão no circuito das informações e a duplicação de gastos, numa altura em que os recursos financeiros são cada vez mais escassos.

Estas foram algumas das razões que levaram o ministro da Defesa, Santos Silva, e Valença Pinto ao Parlamento, à Comissão de Defesa. O debate conduziu os deputados, em particular João Rebelo, do PP, a questionar o porquê do envolvimento das informações militares.

Santos Silva, em resposta, acabou por elogiar o desempenho do SIED e reconheceu a necessidade de o serviço ser acarinhado, confessando que têm sido os relatórios daquele serviço a permitir a tomada de decisões à volta do empenhamento das Forças Armadas portuguesas naquele país e a forma de o fazer.

O ministro da Defesa esclareceu, no entanto, que os elementos do CISMIL a deslocar para o Afeganistão - um movimento apenas previsto para Outubro, uma vez que os elementos ainda não estão formados - apenas vão recolher informação para a segurança dos militares que ali vão dar formação aos congéneres afegãos.

O SIED, no entanto, acaba por estar a desempenhar já essa missão, já com recursos instalados e a operar, e há receios de que Valença Pinto queira criar uma nova DINFO (serviços secretos militares extintos nos anos 90).

www.jn.pt
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva