[CristiFer]

Antes de mais e, dado ser esta a minha primeira intervenção neste fórum, queria começar por dar os meus parabéns aos seus criadores e impulsionadores bem como a todos os que de alguma forma têm contribuído para o seu enriquecimento, através das suas intervenções. :?:
A este respeito existem teorias bastante diversas. Se por um lado há uma corrente que defende uma participação activa do Estado, como principal investidor e dinamizador da Economia, por outro temos os defensores da iniciativa privada como principal motor de uma Economia, considerando que a chamada "mão invisível" se mostra já perfeitamente incapaz de assumir o comando do estímulo económico.

Se olharmos para o caso português e tomarmos como exemplo a nossa Administração Pública seremos provavelmente incitados a um certo cepticismo quanto à capacidade da máquina do Estado assumir o comando de certos e determinados sectores chave da nossa Economia, atendendo a toda a estrutura burocrática, pesada, pouco funional e pouco produtiva que tem caracterizado as empresas e serviços públicos do nosso país.

Contudo, optar pela liberalização completa de certos sectores da nossa Economia à iniciativa privada pode também ser um passo arriscado, uma vez que certos bens/serviços considerados chave podem ficar dependentes unica e exclusivamente de interesses como a maximização do lucro dos seus detentores.

Parece-me então que a solução ideal assenta numa posição intermédia em que o Estado chamaria a si unica e exclusivamente o controlo dos sectores chave da Economia, nos quais os objectivos privados poderiam colocar em causa a prestação de um serviço de qualidade à comunidade ou até a sua inexistência pelo facto de não serem apelativos para o interesse privado.

Contudo, na minha opinião não se pode / deve perpetuar o erro de assumir que o mau para não dizer péssimo funcionamento da Administração Pública, é uma fatalidade, à qual já todos nos habituámos e com a qual todos temos que nos conformar.

É preciso mudar o "Estado" das coisas e compete-nos a todos contribuir para que tal aconteça, tornando-nos mais exigentes connosco e com os outros. A atitude facilitista e derrotista com que muitas vezes encaramos as coisas funciona como um pesado travão à projecção da nossa Economia e globalmente do nosso país.

Pensem nisso...

[JNSA]

Antes do mais, gostaria só de dar as boas vindas à primeira representante do sexo feminino a juntar-se a este fórum    

Não leve a mal se hoje não responder ao tema que propôs, mas discutir teorias keynesianas versus monetaristas, e o "soft budget constraint" das empresas públicas, à meia noite e depois de MUITAS aguardentes velhas e "minis pretas" não dá muito bom resultado...

[Ricardo Nunes]

Seja muito bem-vinda Cristina.

Também eu, mais tarde, voltarei a este topic.

Cumprimentos,

[Luso]

Olá Cristina!



Seja bem-vinda!

Permita-me discordar numa coisa:

Já não me acredito muito na ideia que a nossa postura individual mude muito as coisas. Há-de haver sempre alguém que também INSPIRE e sirva de exemplo para determinados comportamentos e não apenas os exija ou legisle. Em suma alguém que se dê ao respeito a sério.
Repare que os políticos estão dispostos sempre a dizer que sim na sua frente e depois a ignorá-la ou esquecer aquilo que lhes diz e apenas fazem o que melhor lhes convier. Ponto final.
Ser péssimista?
Eu sou o REI dos péssimistas. Se dizem que a situação está má então esperem um par de anos...

O que me entristece é que não temos uma estrutura interessada em governar mas sim em governar-se. Quando é que as pessoas vão aceitar isso e deixar de vivem em ilusões?
Se calhar é mais cómodo. E não aceito aquela desculpa da falta de informação porque o que há mais é isso (e bastante desinformação também).
Falam de retoma. Com que bases? Porquê? O que é que se fez/faz para isso?
"Sejam optimistas". Viver na ilusão? Não trabalhar para mudar as coisas?
Não se aborreçam e vão pagando os seus impostos para nós irmos mantendo o "aparelho". Serviço prestado face ao € empregue? Miserável!
A máquina é pesada? Não funciona?
Claro! Quem é que nomeia as chefias?
Quem controla os funcionários?

E são as chefias - que chegaram a esse lugar por nunca contradizer o seu superior e nunca tomar medidas firmes, corajosas e competentes que se chega ao poleiro. NÃO é por competência mas por aparência.
E depois a máxima é esta: Quem trabalha erra. Quem trabalha pouco erra pouco. Quem não trabalha é promovido.
Porque os chefes não querem errar para se manterem no seu posto. E por isso não tomam medidas e limitam-se a ser bem-falantes. E são os bem-falantes que em vez de tomar medidas e não apenas legislar (legisla-se mas depois não se aplica a Lei) vêem-nos dizer para ser óptimistas e que tudo está bem.

O Estado é uma entidade que impõe a cobrança por serviços que não efctua ou executa deficientemente. É uma entidade extorcionária, dominada por vigaristas.
Eleições?

PS e PSD pertencem a um único partido: O Bloco Central.
Considerem-nos como apenas duas tendências no mesmo partido. Afinal, na prática as únicas que os destinguem são a cor e o facto de um deles possuir mais uma letra.
É uma partidocracia de... partido único onde a excelência não reina mas sim a aparência.

E acham que esses partidos estão interessados em mudar?
Pois pois...

[komet]

Bemvinda ao nosso humilde espaço, CristiFer  

[fgomes]

Seja bem vinda Cristifer !

Luso, estou de acordo consigo, no que respeita à administração pública e às suas chefias o problema é mesmo o que refere. Como já tem referido em outros posts, há ainda a acrescentar que muitos dirigentes superiores da administração pública, vulgo os "boys", normalmente devendo os lugares às suas carreiras nas "jotas" dos respectivos partidos, exercem uma influência particularmente perniciosa, pois normalmente são gente incompetente, que nunca fez trabalho nenhum, nem na administração pública nem no sector privado.
Quanto à máxima que refere também a conheço, mas numa forma ligeiramente diferente:
" Quem trabalha muito, erra muito, quem trabalha pouco, erra pouco, quem não trabalha, não erra. E quem não erra é promovido  

[dremanu]

Bem vinda Cristifier!!!

[Luso]

Estive no privado. Fartei-me de trabalhar e tinha bastantes clientes... caloteiros. Tinha os meus impostos em ordem. A maioria dos meus concorrentes não. Tinha o meu software registado. Os meus concorentes não e nada de problemas para eles. Ganhei casos em tribunal contra caloteiros. Os caloteiros (ricos a farta) não pagavam na mesma. Os tribunais demoravam e demoram a responder e sugeriam que renogocia-se essas dívidas. Fi-lo. Nada. Gozos. E tudo com a apatia da minha Ordem profissional, e com o seu conluio com esses "clientes".
Entretanto tinha que pagar o IVA das facturas enviadas a esses "clientes que nunca pagaram!
Houve uma abertura na função pública e podem crer que a aproveitei. Já não ganho as dezenas milhares que ganhava mas ao menos sei que pelo menos posso poupar alguns € ao fim do mês, porque dantes havia meses que nada se recebia e quando tal acontecia era para pagar as dívidas dos meses anteriores.
Agora sou funcionário público. E sou BOM (demonstrado)!
E HONESTO (demonstrável)!
- Por enquanto!
O sistema cansa muito, sabem...
Mói muito lentamente, mas mói.

Desculpem o meu desabafo, mas isto serve apenas para reforçar a ideia da ineficiencia do Estado que mais contribui para desgraça da economia deste país.

[[PT]HKFlash]

Bem só falto eu!

Cumprimentos

[Luso]

Ahhhhh...
Christina...
*suspiro*

Ah, não! É Cristina! Sem "h"!
- Desculpe-me!
 

[Guilherme]

A Milla vai ficar com ciúme, Luso.

[Luso]

Chhhhh! Não falem alto!
Em todo caso ninguém ficaria mal!

(gaba-te cesto!)

[Spectral]

Bem vinda!  

[Spetznaz]

Bem. Para vcs revitalizarem a economia, olhem para o Brasil.
Tudo oq nós fizermos, vcs fazem o contrário. garanto q se darão bem!