Dúvida sobre a capacidade de navegação oceânica (vs NPO), no entanto para operações costeiras e entre as ilhas serve perfeitamente.
Eu gosto desses navios mas para navegar nos Açores é bom que tenha boa capacidade oceanica, senão de nada serve durante calamidades naturais, vai estar meio ano no cais à espera do verão.
Certamente terão melhor capacidade oceânica que os Tejo e sobretudo qualquer LDG que se pudesse adquirir. Resta a dúvida (provavelmente só respondível pelo fabricante) se faz o mesmo que, por exemplo, um NPO.
Por causa disso é que se está a apostar nos NPO, é que a extensão da plataforma continental tem que ser aceite na ONU, não é um dado adquirido, e é política do governo que qualquer navio para a Armada tem que ser construído em Portugal, NPO, AOR, LPD, etc, mesmo que seja mais caro que se for construído na Coreia ou Indonésia, o dinheiro não é para sair do país, é para ficar cá, mantendo empregos, além que parte desse dinheiro regressa ao estado na forma de impostos.
O problema é que tanta coisa para construir em Portugal, que até quando beneficia a economia portuguesa e a criação de empregos, conseguem arranjar pretextos para adiar e até cancelar.
Há quantos anos estamos à espera das LFCs, dos restantes NPOs, do AOR, do LPD, de novas fragatas?
Querem elevar a construção naval nacional? Façam como a Espanha então, e vão ver que num ápice a Marinha começa a receber os navios que precisa. Em 2025 já tinham ao serviço 8 dos 10 NPOs, 2 ou 3 LFCs, 1 AOR, 1 LPD e já se ia bem adiantado na construção de novas fragatas, enquanto as BD com MLU já estariam totalmente operacionais. Com jeitinho, e usando o truque espanhol, ainda sobrava orçamento para o 3º Tridente, e construíam as 2 LSTs que falei em estaleiros nacionais.
Querem a extensão da plataforma continental? Apoio a 100%, mas demonstrem rigor e determinação, demonstrando capacidades adequadas a essa ambição. Só assim a ONU vai aceitar, porque se querem soberania sobre tanto mar, aprendam a defendê-lo antes que outros se proponham a fazê-o por nós.