A malta queixa-se muito do estado das FFAA's — eu próprio me incluo nesse grupo — no entanto, esquecem-se que há 30 ou 40 anos atrás, apesar de números mais impressionantes no papel, estávamos tecnologicamente muito mais distanciados dos nossos aliados do que estamos hoje. Exemplos: 7 fragatas e 10 corvetas sem mísseis nem helicópteros; dezenas de caças ultrapassados e com armamento desadequado; ausência total de mísseis antiaéreos, terrestres ou navais; aviões de patrulhamento marítimo/ASW completamente desadequados; submarinos novos, mas longe de serem 'state of the art', como os actuais; carros de combate e blindados do tempo da guerra da Coreia, artilharia da Segunda Guerra. E a lista podia continuar. Estamos mal, mas já estivemos bem pior.
A revolução tecnológica nas FFAA's iniciou-se com a chegada dos A-7, P-3, radares HADR + SICCAP e M109 nos anos 80 e, posteriormente, com as VdG, F-16, M60A3 nos anos 90. O Exército, como já é habitual, não da saltos tecnológicos tão grandes como a FAP ou Marinha, mas ainda assim também está melhor tecnologicamente do que há 30 ou 40 anos atrás.