Apetece-me gritar bem alto, FO...

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2295 em: Agosto 22, 2020, 06:45:53 am »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2296 em: Agosto 24, 2020, 12:02:53 am »
https://mobile.twitter.com/sofia_mota20/status/1296607931237117952

E esta?
Citar
Desfile Gay, em Cuba, foi parado e proibido e alguns participantes da comunidade LGBT foram presos.
Se isto fosse nos EUA, um país governado pela direita, vinham os de esquerda, os grandes defensores das minorias.
Mas como isto foi num país comunista, eles ficaram caladinhos
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2297 em: Agosto 24, 2020, 12:39:56 pm »
Como pai de duas raparigas , os pais dessas miúdas deviam era ter vergonha na cara
Como pai de uma menina, não vi nada de mal no trailer. Como democrata acho que tem direito a ter a sua opinião. Como português digo não gostas, não comas.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2298 em: Outubro 07, 2020, 06:09:34 pm »
A senhora trabalhadora da mais antiga profissão do mundo os pariu!!!

https://observador.pt/especiais/novo-presidente-do-tribunal-de-contas-referido-no-inquerito-das-ppp/
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2299 em: Outubro 07, 2020, 07:51:44 pm »
A senhora trabalhadora da mais antiga profissão do mundo os pariu!!!

https://observador.pt/especiais/novo-presidente-do-tribunal-de-contas-referido-no-inquerito-das-ppp/

Interessa a notícia inteira, porque tem histórias que aferem bem da integridade de parte das pessoas que nos governam!!!!!

Novo presidente do Tribunal de Contas referido no inquérito das PPP

Conselheiro participou na renegociação secreta de contratos que terão lesado o Estado em 3,5 mil milhões de euros. PJ dá José Tavares como muito próximo de ex-secretário de Estado de Sócrates.

O novo presidente do Tribunal de Contas é referido no inquérito das Parcerias Público-Privadas (PPP) como muito próximo do ex-secretário de Estado de José Sócrates, Paulo Campos — um dos principais suspeitos daquele caso onde se investigam prejuízos até 3,5 mil milhões de euros para o Estado, uma alegada prática de corrupção e de outros ilícitos criminais.

Quem atesta essa proximidade é a Polícia Judiciária (PJ), que intercetou emails trocados entre o ex-secretário de Estado de Sócrates e José Tavares, então diretor-geral do Tribunal de Contas, em 2009 e 2010. Um documento referido no processo, e que foi remetido por mail pessoal, foi uma cópia do contraditório a um relatório de auditoria feito pelo próprio tribunal. A PJ enfatiza que existe uma grande proximidade entre os dois, constatou o Observador ao consultar os autos dos inquéritos das PPP.

José Tavares participou inclusivamente em reuniões secretas com o Governo de José Sócrates para tentar contornar o chumbo que os próprios juízes conselheiros do Tribunal de Contas fizeram a quase todos os contratos das subconcessões rodoviárias lançados pelo ministro Mário Lino (que saiu em 2009 tendo sido substituído por António Mendonça) e Paulo Campos. Uma dessas reuniões teria mesmo acontecido num sábado na Presidência do Conselho de Ministros, onde terão estado presentes o secretário de Estado Paulo Campos e José Tavares, então diretor-geral do Tribunal de Contas.

A existência dessas reuniões foi confirmada na comissão parlamentar de inquérito às parcerias público privadas realizada entre 2012 e 2013, mas desde 2010 que se sabia que o Tribunal de Contas tinha colaborado com a empresa para encontrar uma saída jurídica que permitisse executar os contratos.

Apesar de o Tribunal de Contas ter tido um papel relevante no caso que está sob investigação, José Tavares não é considerado suspeito, o mesmo acontecendo com Guilherme d’Oliveira Martins, ex-ministro do PS e então presidente do Tribunal de Contas.

Um dos elementos cruciais desta investigação é uma auditoria do Tribunal de Contas de 2012 que considerou ilegais os contratos reformados para ultrapassar a recusa de visto prévio por parte do Tribunal em 2009, quando José Sócrates estava no final do seu primeiro mandato. Este processo de revisão dos contratos terá sido elaborado, segundo a entidade promotora dos contratos, a Estradas de Portugal (atual Infraestruturas de Portugal), com a colaboração de elementos do próprio Tribunal de Contas, para além do Governo de então.

A participação do então diretor-geral do Tribunal nestes esforços é referida no inquérito criminal pelo testemunho do ex-presidente da Estradas de Portugal.  Almerindo Marques, então presidente da entidade que lançou os concursos das subconcessões rodoviárias) disse mesmo nos autos do inquérito das PPP que foi na sequência dessas reuniões que recebeu instruções sobre como deveria fazer para  conseguir o visto necessário à realização de despesa pública, o que veio a acontecer em 2010. E acrescentou ter recebido instruções (não identificou de quem) para destruir os documentos com essas indicações.

Já na comissão parlamentar de inquérito às PPP, em 2013, o antigo gestor tinha testemunhado sobre o envolvimento de José Tavares na solução que permitiu ultrapassar o impasse criado pela recusa do Tribunal de Contas em dar visto a vários contratos de concessão rodoviária em 2009. “O contrato reformado foi feito pelos serviços da Estradas de Portugal ponto final. Não há qualquer dificuldade em perceber isso. Havia, de facto, um caminho a percorrer, havia procedimentos a adotar e, para isso, sempre que necessário, o Sr. Dr. Tavares dava indicações: «Olhem, aí a abordagem é fazer isto.»

A solução jurídica encontrada passou pela assinatura de contratos paralelos com os bancos financiadores que previam pagamentos contingentes aos privados que, em certas circunstâncias, repunham os valores fixados nos primeiros contratos e que não tiveram o visto prévio do Tribunal de Contas. Estes contratos paralelos vieram mais tarde a ser considerados ilegais numa auditoria do mesmo Tribunal de Contas que é uma peça central na investigação do Ministério Público que já terá levado à constituição de arguidos entre os antigos ministros e secretários de Estado do Governo de José Sócrates.

José Tavares foi indigitado esta terça-feira pela Presidência da República como sucessor de Vítor Caldeira à frente do Tribunal de Contas. A indicação partiu do primeiro-ministro António Costa e foi aceite pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Isto aconteceu depois de, numa decisão inédita, o anterior presidente do Tribunal de Contas não ter sido reconduzido no cargo. A substituição é conhecida depois de um parecer muito crítico da instituição às alterações que o Governo quer fazer no regime de contratação pública para facilitar a execução dos contratos. O Tribunal avisa que as mexidas potenciam os riscos de corrupção e conluio nos contratos do Estado.

Ex-ministros Mário Lino e Teixeira dos Santos terão sido constituídos arguidos

O inquérito às PPP está sob investigação desde 2012 e investiga suspeitas de corrupção, participação económica em negócio, gestão danosa, burla agravada, tráfico de influências, fraude fiscal, branqueamento de capitais e associação criminosa. Ao fim de sete anos de investigações, a PJ concluiu que o Estado terá sido prejudicado em mais de 3,5 mil milhões de euros devido a decisões tomadas pelo Governo Sócrates. Uma parte destas perdas não se concretizou ainda porque os pagamentos contingentes considerados ilegais pelo Tribunal de Contas não estão a ser executados.

Só no início deste ano é que os ex-ministros Mário Lino e Fernando Teixeira dos Santos terão sido constituídos arguidos. Paulo Campos confirmou em março ao Observador que foi chamado mas não quis esclarecer em que qualidade. Desde o início das investigações que Campos é encarado com um dos principais suspeitos do caso.

A grande questão do caso em investigação prende-se precisamente com um ponto em que José Tavares e Guilherme d’Oliveira Martins tiveram um papel fundamental: a renegociação dos contratos das PPP que tinham sido chumbados pelos conselheiros do Tribunal de Contas do departamento do visto prévio.

Explicando a situação. Uma das matérias em investigação no inquérito das PPP está relacionada com os contratos de subconcessões que foram adjudicados pelo Governo de José Sócrates entre 2007 e 2009. Os concursos para sete subconcessões foram lançados numa altura de pré-crise, mas a sua adjudicação foi feita no meio da tempestade financeira que se seguiu à queda do banco americano Lehman Brothers, em setembro de 2008, o que fez disparar os custos financeiros destes projetos. Praticamente todas as propostas que passaram da 1.ª fase para a chamada fase best and final offer (BAFO) sofreram subidas do preço, devido ao aumento dos custos cobrados pelos financiadores.

O grande problema é que a lei dos concursos públicos não permitia que as propostas da BAFO fossem superiores às da 1.ª fase. Tudo porque a fase de negociação final, a BAFO, serve para o Estado negociar diretamente com os dois concorrentes mais bem colocados e conseguir mais vantagens por intermédio da concorrência entre os privados.

Foi precisamente por isso que os peritos financeiros do Ministério Público e da PJ concluíram que a Estradas de Portugal (EP), a entidade pública tutelada por Mário Lino e Paulo Campos que lançou os concursos das subconcessões, tinha todos os motivos para não adjudicar o contrato. Mas não foi isso que a EP fez.

A pressão de Sócrates e o papel de Oliveira Martins e de José Tavares

Sob grande pressão política do então primeiro-ministro José Sócrates e do secretário de Estado Paulo Campos, Almerindo Marques, que estava à frente da Estradas de Portugal, manteve o calendário dos concursos públicos. Com base nos relatórios emitidos por peritos em lei da contratação pública, a PJ considera nos autos do inquérito das PPP que essa opção foi tomada de forma consciente e intencional com o objetivo de desrespeitar os Programas de Concurso e a lei da Contratação Pública.

Por isso mesmo, foi sem surpresa que os conselheiros do Tribunal de Contas chumbaram as subconcessões, recusando o visto prévio (obrigatório por lei) aos primeiros cinco contratos que lhe foram submetidos pela EP — o que teve o efeito de uma bomba no Governo de José Sócrates e levou a uma pressão tremenda sobre Guilherme d’Oliveira Martins, o ex-ministro do Governo Guterres que o próprio Sócrates tinha escolhido em 2005 para liderar a instituição.

José Sócrates envolveu-se diretamente nas negociações que decorreram com o Tribunal de Contas e Oliveira Martins recorreu à ajuda de José Tavares. Então diretor-geral do tribunal, Tavares era uma figura influente junto de outros conselheiros. E foi assim que o tribunal aceitou que fossem submetidos novos contratos.

As “compensações contingentes”

Contudo, os novos contratos tinham um grande problema chamado “Compensação Contigente” que fazia parte dos contratos como uma side letter (uma espécie de anexo contratual). E como é que isso se transformou num grande problema? Assim:

    Supostamente, a segunda versão dos contratos submetidos tinham valores mais baixos do que a primeira que tinha sido chumbada. Isto se não se contasse com os valores que faziam parte da “Compensação Contigente”;
    E porquê? Porque a “Compensação Contingente” era precisamente um novo mecanismo de pagamento às concessionarias das PPP;
    Na ótica dos peritos financeiros da PJ, eram pagamentos extra-contratuais que pretendiam compensar as concessionárias por ‘baixarem’ as suas propostas na BAFO e contornar a recusa de visto prévio do Tribunal de Contas;
    Mais: tal mecanismo de remuneração não estava previsto no contrato original, logo não tinha justificação comercial ou contratual. Pior: o compromisso de pagamento não figurava de uma forma clara e explícita e quantificada no Contrato de Subconcessão.

A auditoria realizada em 2012 pelo Tribunal de Contas detetou estes pagamentos contingentes, que considerou ilegais por não terem sido submetidos ao visto prévio dado em 2010. Segundo esta auditoria, estas compensações fora do contrato, também referidas como acordos secretos, representavam encargos adicionais, a preços da altura, de 705 milhões de euros. Esta conclusão teve consequências práticas. A IP (novo nome da Estradas de Portugal) não está a pagar as ditas compensações, porque são ilegais aos olhos do tribunal.

Os peritos financeiros da PJ, contudo, dizem que a soma desses encargos adicionais não está correta. É muito mais: o encargo extraordinário assumido fora das regras do concurso será de cerca 3,13 mil milhões de euros no final dos contratos.

O papel de José Tavares: emails privados trocados com Paulo Campos e reuniões com o Governo a um sábado

Do ponto de vista da investigação, é relevante saber se o Tribunal de Contas sabia ou não das side letters que estipularam as compensações contingentes. Foi precisamente isso que as inspetoras da PJ fizeram, tendo intercetado diversos emails trocados entre o conselheiro José Tavares e o ex-secretário de Estado Paulo Campos

Um dos documentos enviado por mail foi um contraditório a uma auditoria do Tribunal de Contas. Foi Paulo Campos quem enviou uma cópia de um contraditório a um relatório de auditoria do TdC para José Tavares num tom que a PJ interpretou como sendo de uma grande proximidade entre um homem que era o braço direito de Oliveira Martins no Tribunal de Contas e outro que tinha uma grande fidelidade ao primeiro-ministro José Sócrates.

Além dessa proximidade, os autos do inquérito das PPP confirmam uma suspeita que existia nos meios que acompanham o setor das obras públicas: ocorreram diversas reuniões secretas entre José Tavares e outros juízes do Tribunal de Contas e o Governo de José Sócrates. Almerindo Marques confirmou isso mesmo quando depôs em março de 2012/2013 na Comissão Parlamentar de Inquérito às PPP.

Uma dessas reuniões teria mesmo acontecido num sábado na Presidência do Conselho de Ministros, onde terão estado presentes o então ministro Mário Lino, o ex-secretário de Estado Paulo Campos e José Tavares, então diretor-geral do Tribunal de Contas.

O próprio Guilherme d’Oliveira Martins também terá participado nessas reuniões mas, quando depôs nos autos, garantiu que nunca sofreu qualquer tipo de pressão da parte do Executivo de Sócrates para emitir o visto prévio aos contratos das subconcessões e negou ter fornecido documentos ou instruções para a EP reformar os contratos de forma a acomodar as críticas do tribunal.

Os documentos que tinham de ser destruídos após a leitura

Almerindo Marques, ex-presidente da EP, afirmou em fevereiro de 2013 nos autos do inquérito das PPP que foi na sequência dessas reuniões com Oliveira Martins e José Tavares que recebeu instruções sobre como deveria agir para reformar os contratos originais. Tais instruções assentavam em orientações do Tribunal de Contas sobre como ultrapassar o próprio chumbo daquele tribunal e terão sido transmitidas, segundo Almerindo Marques, pelo então secretário de Estado Paulo Campos.

Num depoimento prestado perante o juiz de instrução Carlos Alexandre, tendo valor legal como memória futura, Almerindo Marques foi mais longe e disse mesmo que recebeu textos precisos com soluções jurídicas e financeiras para ultrapassar o chumbo do Tribunal de Contas com uma ordem clara: tinha que destruir tais documentos após os ler. O ex-líder da EP não soube esclarecer se tais textos tiveram origem no Tribunal de Contas.

Apesar de a posição do Tribunal de Contas de Oliveira Martins e José Tavares ter sido sempre que as side letters com os pagamentos das compensações contigentes foram escondidas do tribunal, há diversos testemunhos de dirigentes da EP nos autos do inquérito das PPP que atestam o contrário. Por exemplo, João Canto e Castro, então diretor do Departamento de Assessoria Legal da EP desde 2008, garantiu que tais documentos faziam parte da segunda versão dos contratos que foram submetidos a visto prévio e que foram acordados previamente com os juízes do Tribunal de Contas.

Artigo corrigido às 19h27. A troca de emails privados entre José Tavares e Paulo Campos ocorreu por iniciativa do então secretário de Estado das Obras Públicas.

https://observador.pt/especiais/novo-presidente-do-tribunal-de-contas-referido-no-inquerito-das-ppp/

Estes senhores, que agora afastam quem lhes faz frente, lesaram o estado em pelo menos 3,5 mil milhões de euros!!!!!! Tudo gente séria!!!!!!!!!
 
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2300 em: Outubro 08, 2020, 06:40:09 am »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2301 em: Outubro 10, 2020, 04:45:13 pm »
Luto por animais deve justificar faltas no trabalho, defende deputada



A deputada não inscrita Cristina Rodrigues defende que o luto por animais de companhia deve permitir a justificação de faltas no trabalho e deu entrada na Assembleia da República de dois projetos de lei que visam a alteração do Código do Trabalho.

"Os animais de companhia estão cada vez mais próximos, muitos deles passando a viver nas nossas casas juntamente com as nossas famílias", lê-se no projeto de lei apresentado pela ex-deputada do PAN, que propõe estender o regime de falta para assistência da família aos animais de companhia e para o direito ao luto por falecimento dos mesmos.

Numa nota enviada às redações esta sexta-feira, Cristina Rodrigues aponta ainda que é "factual a evolução que tem acontecido na relação entre as pessoas e os animais de companhia, sendo que a maioria dos seus detentores considera-os já parte integrante da família e o próprio sistema judicial traduz a crescente importância dos animais nas nossas vidas ao legislar a sua proteção e a criminalização aos maus tratos".

Por isso, defende a deputada, o Código de Trabalho deve acompanhar a realidade e acautelar "o direito ao luto pelos detentores, em caso de falecimento do animal, e ainda o de assistência médica ao mesmo, quando necessário".

"A legislação portuguesa não reconhece ao proprietário de animal de companhia o direito a faltar ao trabalho por motivo de falecimento deste. No entanto, sabemos que a perceção da sociedade em relação aos animais é hoje bastante diferente daquela que era no passado", lê-se ainda no projeto de lei.

"O tratamento dispensado aos animais de estimação nunca foi tão humanizado como nos dias de hoje. As pessoas atribuem-lhes cada vez mais sentimentos e características dos seres humanos", conclui a deputada, citando um estudo da GfK Track.2Pets.

https://www.jn.pt/nacional/luto-por-animais-deve-justificar-faltas-no-trabalho-defende-deputada-12902919.html

Até onde chega a estupidez da Geringonça em União de facto!
Não me admiro que esta estupidez seja aprovada!!!!!!
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2302 em: Outubro 10, 2020, 06:14:34 pm »
Luto por animais deve justificar faltas no trabalho, defende deputada



A deputada não inscrita Cristina Rodrigues defende que o luto por animais de companhia deve permitir a justificação de faltas no trabalho e deu entrada na Assembleia da República de dois projetos de lei que visam a alteração do Código do Trabalho.

"Os animais de companhia estão cada vez mais próximos, muitos deles passando a viver nas nossas casas juntamente com as nossas famílias", lê-se no projeto de lei apresentado pela ex-deputada do PAN, que propõe estender o regime de falta para assistência da família aos animais de companhia e para o direito ao luto por falecimento dos mesmos.

Numa nota enviada às redações esta sexta-feira, Cristina Rodrigues aponta ainda que é "factual a evolução que tem acontecido na relação entre as pessoas e os animais de companhia, sendo que a maioria dos seus detentores considera-os já parte integrante da família e o próprio sistema judicial traduz a crescente importância dos animais nas nossas vidas ao legislar a sua proteção e a criminalização aos maus tratos".

Por isso, defende a deputada, o Código de Trabalho deve acompanhar a realidade e acautelar "o direito ao luto pelos detentores, em caso de falecimento do animal, e ainda o de assistência médica ao mesmo, quando necessário".

"A legislação portuguesa não reconhece ao proprietário de animal de companhia o direito a faltar ao trabalho por motivo de falecimento deste. No entanto, sabemos que a perceção da sociedade em relação aos animais é hoje bastante diferente daquela que era no passado", lê-se ainda no projeto de lei.

"O tratamento dispensado aos animais de estimação nunca foi tão humanizado como nos dias de hoje. As pessoas atribuem-lhes cada vez mais sentimentos e características dos seres humanos", conclui a deputada, citando um estudo da GfK Track.2Pets.

https://www.jn.pt/nacional/luto-por-animais-deve-justificar-faltas-no-trabalho-defende-deputada-12902919.html

Até onde chega a estupidez da Geringonça em União de facto!
Não me admiro que esta estupidez seja aprovada!!!!!!

No que esta gentinha perde o tempo no seu trabalhinho de deputada.

Não haveria nenhum assunto com um pouco mais de importância e que interessasse mais aos Portugueses para ser debatido/proposto ?

Luto por animais ??

E se fosse antes maior abrangência dos cuidados paleativos aos Portugueses que deles necessitassem ?

Francamente.

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2303 em: Outubro 11, 2020, 09:19:28 am »
Luto por animais deve justificar faltas no trabalho, defende deputada



A deputada não inscrita Cristina Rodrigues defende que o luto por animais de companhia deve permitir a justificação de faltas no trabalho e deu entrada na Assembleia da República de dois projetos de lei que visam a alteração do Código do Trabalho.

"Os animais de companhia estão cada vez mais próximos, muitos deles passando a viver nas nossas casas juntamente com as nossas famílias", lê-se no projeto de lei apresentado pela ex-deputada do PAN, que propõe estender o regime de falta para assistência da família aos animais de companhia e para o direito ao luto por falecimento dos mesmos.

Numa nota enviada às redações esta sexta-feira, Cristina Rodrigues aponta ainda que é "factual a evolução que tem acontecido na relação entre as pessoas e os animais de companhia, sendo que a maioria dos seus detentores considera-os já parte integrante da família e o próprio sistema judicial traduz a crescente importância dos animais nas nossas vidas ao legislar a sua proteção e a criminalização aos maus tratos".

Por isso, defende a deputada, o Código de Trabalho deve acompanhar a realidade e acautelar "o direito ao luto pelos detentores, em caso de falecimento do animal, e ainda o de assistência médica ao mesmo, quando necessário".

"A legislação portuguesa não reconhece ao proprietário de animal de companhia o direito a faltar ao trabalho por motivo de falecimento deste. No entanto, sabemos que a perceção da sociedade em relação aos animais é hoje bastante diferente daquela que era no passado", lê-se ainda no projeto de lei.

"O tratamento dispensado aos animais de estimação nunca foi tão humanizado como nos dias de hoje. As pessoas atribuem-lhes cada vez mais sentimentos e características dos seres humanos", conclui a deputada, citando um estudo da GfK Track.2Pets.

https://www.jn.pt/nacional/luto-por-animais-deve-justificar-faltas-no-trabalho-defende-deputada-12902919.html

Até onde chega a estupidez da Geringonça em União de facto!
Não me admiro que esta estupidez seja aprovada!!!!!!

No que esta gentinha perde o tempo no seu trabalhinho de deputada.

Não haveria nenhum assunto com um pouco mais de importância e que interessasse mais aos Portugueses para ser debatido/proposto ?

Luto por animais ??

E se fosse antes maior abrangência dos cuidados paleativos aos Portugueses que deles necessitassem ?

Francamente.

Abraços

Essa só deve gostar de touradas, na cama !  :D
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2304 em: Outubro 11, 2020, 02:03:07 pm »
Eu em parte compreendo, chorarei muito mais pelos meus cães do que por certos "familiares", que esses infelizmente não podemos escolher
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2305 em: Novembro 24, 2020, 10:50:45 pm »
Mais uma que foi convenientemente silenciada...

MAMADOU BA quer “matar o homem branco”


O ativista luso-senegalês Mamadou Ba disse este sábado, que “é preciso matar o homem branco, assassino, colonial e racista” de forma a “evitar a morte social do sujeito político negro”. Esperamos que esteja apenas a falar apenas em contexto simbólico e filosófico e não tenha nos seus planos andar a degolar brancos com a catana, mas não deixa de ser uma afronta.

As declarações foram feitas numa videoconferência organizada pelo canal Pensa Africanamente sobre o ao tema “Racismo e Avanço do Discurso de Ódio no Mundo“. Parece que foi exactamente a isso que eles se dedicaram… a PROMOVER o racismo. Desde que não sejam eles o alvo tudo bem.

Para já não há nenhum fundamento genético para essa conversa de serem unidos pela raça. Há mais variações genéticas entre pessoas com o mesmo tom de pelo do que com tons de pele diferentes. E para além disso deviam trabalhar era para que a cor da pele deixasse de ser um assunto.

Já houve um tempo em que se promovia o “todos diferentes, todos iguais”. Agora parece que se está a voltar a uma conversa de “bons e maus”, “nós contra eles” e isso é SEMPRE racista, seja dito pelo grupo maioritário ou minoritário.

Aqui fica o vídeo… demasiado longo para qualquer pessoa com vida ver. O Mamadou fala a partir de 1h13m. Vou incluir abaixo, a começar logo nesse ponto


https://ainanas.com/bizarro-2/mamadou-ba-quer-matar-o-homem-branco/


Se fosse o outro a dizer uma coisa destas era a choradeira do racismo e comparações ao Hitler em todos os canais 24/7!!!!!!!!! ::)

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« Responder #2306 em: Novembro 25, 2020, 07:34:52 am »
Os merdia estão todos comprados...
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« Responder #2307 em: Novembro 27, 2020, 02:34:16 pm »
Na continuidade do que tinha publicado o HSMW, mais um artigo:

O único homem com liberdade em Portugal

Acho bem que Mamadou Ba seja um homem com liberdade para citar Fanon.
O que também acho, no entanto, é que Mamadou Ba não pode continuar a ser o único homem com liberdade em Portugal.


Sempre tive curiosidade de conhecer um homem totalmente livre. Livre, não como é costume usar essa expressão hoje em dia, no sentido de uma pessoa independente, mas livre no sentido de isento de quaisquer constrangimentos, legais ou morais, na expressão das suas ideias e sentimentos.
Um homem, enfim, com toda a liberdade para dizer o que lhe apetecer, sem recear consequências.
Esta semana, encontrei esse homem. É Mamadou Ba, um antigo cidadão senegalês, agora com documentos portugueses.
Percebi também porque é que disfruta de tanta liberdade. Esta semana, Mamadou disse que era preciso “matar o homem branco”.
Apelo ao assassinato? Discurso de ódio, pelo menos? Não, nada disso. Uma multidão de voluntários precipitou-se logo a rodear o homem com uma defesa intransponível de muralhas, fossos e campos minados.
Fomos, como nos competia, sujeitos às devidas lições: tratava-se de uma citação; tratava-se, acima de tudo, de uma metáfora.
Citações e sobretudo metáforas não têm mal nenhum, a não ser na torva cabeça da “direita incivilizada”, de que felizmente o regime já obteve a lista com os nomes todos.

Não sei que mais admirar nos desculpadores de Mamadou, se a ignorância, se a má fé.
Falemos da ignorância. Mamadou citava Frantz Fanon? Mas as palavras de Fanon nem no prefácio de Sartre a Os Danados da Terra tinham um sentido meramente simbólico.
Fanon foi um amigo e influência de Holden Roberto, o líder da União dos Povos de Angola, que deve ter ouvido as opiniões de Fanon antes de este as expor em livro.
Em 1961, seguindo as lições do seu mestre, Roberto decidiu iniciar a campanha para a independência de Angola matando os colonos brancos. Matando metaforicamente?
Não, matando literalmente. À catanada.
Em Angola, entre Março e Maio de 1961, aconteceu o maior massacre de população de origem europeia alguma vez cometido em África.
Ao lado de cerca de 1000 brancos, caíram também, sob as catanas dos discípulos de Fanon, milhares de negros de etnias que, no norte de Angola, eram etnias erradas.

Homens, mulheres e crianças – decapitados, mutilados, esventrados. Holden Roberto, o discípulo de Fanon, o amigo de Fanon, não percebeu o que Fanon lhe dizia?
Não sabia o que era uma metáfora?

A metáfora já foi a desculpa de Julius Streicher, o maior propagandista do anti-semitismo na Alemanha nazi, durante o julgamento de Nuremberga.
Entre 1923 e 1945, no seu jornal Der Sturmer, Streicher incitou incansavelmente à morte dos judeus, ao seu extermínio, ao seu desaparecimento.
Mas em Nuremberga, em 1945, perante o Tribunal Militar Internacional, argumentou que tudo aquilo era linguagem simbólica, que de facto nunca concebera a morte literal dos judeus, mas apenas a sua emigração para um simpático Estado judaico, a criar algures num recanto agradável do mundo.
Streicher não matara ninguém pessoalmente. Nem sequer estivera implicado na máquina do extermínio dirigida por Himmler, Heydrich e Eichmann.
Mas o Tribunal de Nuremberga não considerou que as metáforas de Streicher tivessem sido inocentes: percebeu que, sem o ambiente criado por demagogos como Streicher, o extermínio das comunidades judaicas da Europa não teria sido possível.
Os grandes crimes políticos requerem este estádio prévio da metáfora para serem executados, porque é nessa fase metafórica que as futuras vítimas são desumanizadas, transformadas em criminosos ou em simples peças de um sistema odiado, e portanto susceptíveis de serem eliminadas sem escrúpulos, em nome da defesa da comunidade ou do triunfo da justiça.
O anti-semitismo nazi não tem comparação na sua enormidade.
Mas o anti-colonialismo à moda de Fanon tem, com esse movimento de ódio, uma certa sintonia, neste sentido muito preciso: graças às metáforas de Streicher e de Fanon, aqueles que geriram as câmaras de gás ou que empunharam a catana não viram naquela mulher e naquela criança, sozinhas e indefesas, o que elas eram — apenas uma mulher e uma criança –, mas, porque eram judias ou brancas, simples espécimes de raças inimigas e sem direitos, e que era politicamente necessário e legítimo assassinar.
Em Angola, em 1961, foi assim: 1000 portugueses – homens, mulheres e crianças – cortados à catana como colonos que mereciam morrer para o colonialismo acabar.
A metáfora de Fanon, para eles, teve esse sentido sangrento.


Fanon concebeu a chamada relação colonial como uma simples relação de violência do colonizador sobre o colonizado. Justificou assim todas as violências dos colonizados sobre os colonizadores. No entanto, Fanon é ensinado acriticamente em cursos de ciências sociais das nossas universidades, com os seus incitamentos ao homicídio branqueados como metáforas inocentes.
E ai de quem, como esta semana fez André Azevedo Alves, duvide dessas inocências. Foi imediatamente cercado pelos tambores de ódio da esquerda radical, toda muito convenientemente versada em leituras simbólicas de Fanon.

E a propósito, eis uma das razões pelas quais em Portugal só há extremismos à direita.
De facto, como gracejou Pessoa, tudo é símbolo, tudo se pode interpretar como metáfora.
Mas nem sempre com a mesma complacência. Mamadou Ba pretende “matar o homem branco”? Na realidade, deseja apenas reformar pacificamente um “sistema racista”.
Mas eis um político da direita com um plano para reformar a Segurança Social.
Também o que ele diz será interpretado como metáfora, mas neste sentido: na verdade, o que ele quer é privar violentamente os pobres de qualquer rendimento, e portanto exterminá-los. O Mamadou Ba que anseia por “matar o homem branco” é um cavalheiro culto e gentil que cita Fanon; o político de direita que pretende reformar a Segurança Social é um assassino bárbaro que conspira para assassinar os pobres. Tudo em nome das metáforas.

Ninguém tem o direito de esperar que a esquerda deixe de fazer isto. É o que lhe convém: inocentar os seus, e demonizar os outros.
O que compete a uma direita democrática não é queixar-se e exigir à esquerda que abandone os seus critérios duplos: é não se deixar impressionar, pois se esses critérios funcionam, é apenas porque uma parte da própria direita, por medo ou conveniência, os adopta para distinguir, entre os seus, aqueles que têm direito ao título de “democratas” e os outros, que podem ser tratados como “fascistas”.
A força do esquerdismo não vem da esquerda, mas da cobardia e do oportunismo da direita.
E não, isto não é uma questão tribal, de equilíbrio entre clubes.
É uma questão de pluralismo e de liberdade, porque liberdade e pluralismo não existem onde o debate está tão enviesado.
Nunca chamarei a polícia, como é hábito fazer à esquerda, por causa do que alguém disser.
Acho bem que Mamadou Ba seja um homem com liberdade para citar Fanon ou o que lhe apetecer.
O que também acho, no entanto, é que Mamadou Ba não pode continuar a ser o único homem com liberdade em Portugal.

https://observador.pt/opiniao/o-unico-homem-com-liberdade-em-portugal/
« Última modificação: Novembro 27, 2020, 11:15:08 pm por Viajante »
 
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2308 em: Novembro 27, 2020, 08:07:31 pm »
Viajante desculpa a edição do teu post mas decidi sublinhar algumas partes que são importantes de mais para não serem lidas.

Isto que se passa em Portugal é grave de mais.
Anda tudo distraído com as conspirações para eliminar a população da Terra com a vacina para o covid e deixamos passar a mais iminente ameaça ao nosso país.
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2309 em: Novembro 27, 2020, 08:45:02 pm »
Viajante desculpa a edição do teu post mas decidi sublinhar algumas partes que são importantes de mais para não serem lidas.

Isto que se passa em Portugal é grave de mais.
Anda tudo distraído com as conspirações para eliminar a população da Terra com a vacina para o covid e deixamos passar a mais iminente ameaça ao nosso país.

Interessa que passe em branco, dá jeito a muito FdP.

Vou citar o V. alm rosa coutinho numa carta assinada por ele, enquanto representante de PORTUGAL, em Angola, durante o periodo da descolonização e, dirigida ao sr agostinho neto, lider do MPLA: "... Temos de matar as mulheres, velhos e crianças, para assim abalar a vontade dos mais fortes... ".
Decorei esta passagem que li em Jan76, nunca a esqueci, a carta, essa anexo-a para poderem ler.







Só hoje me chegou às mãos um livro editado em 2007, Holocausto em Angola, da autoria de Américo Cardoso Botelho (Edições Vega). O subtítulo diz: 'Memórias de entre o cárcere e o cemitério'. O livro é surpreendente. Chocante. Para mim, foi. E creio que o será para toda a gente, mesmo os que 'já sabiam'. Só o não será para os que sempre souberam tudo. O autor foi funcionário da Diamang, tendo chegado a Angola a 9 de Novembro de 1975, dois dias antes da proclamação da independência pelo MPLA. Passou três anos na cadeia, entre 1977 e 1980. Nunca foi julgado ou condenado. Aproveitou o papel dos maços de tabaco para tomar notas e escrever as memórias, que agora edita. Não é um livro de história, nem de análise política. É um testemunho. Ele viu tudo, soube de tudo. O que ali se lê é repugnante. Os assassínios, as prisões e a tortura que se praticaram até à independência, com a conivência, a cumplicidade, a ajuda e o incitamento das autoridades portuguesas. E os massacres, as torturas, as exacções e os assassinatos que se cometeram após a independência e que antecederam a guerra civil que viria a durar mais de vinte anos, fazendo centenas de milhares de mortos. O livro, de extensas 600 páginas, não pode ser resumido. Mas sobre ele algo se pode dizer.
O horror em Angola começou ainda durante a presença portuguesa. Em 1975, meses antes da independência, já se faziam 'julgamentos populares', perante a passividade das autoridades. Num caso relatado pelo autor, eram milhares os espectadores reunidos num estádio de futebol. Sete pessoas foram acusadas de crimes e traições, sumariamente julgadas, condenadas e executadas a tiro diante de toda a gente. As forças militares portuguesas e os serviços de ordem e segurança estavam ausentes. Ou presentes como espectadores.

A impotência ou a passividade cúmplice são uma coisa. A acção deliberada, outra. O que fizeram as autoridades portuguesas durante a transição foi crime de traição e crime contra a humanidade. O livro revela os actos do Alto-Comissário Almirante Rosa Coutinho, o modo como serviu o MPLA, tudo fez para derrotar os outros movimentos e se aliou explicitamente ao PCP, à União Soviética e a Cuba. Terá sido mesmo um dos autores dos planos de intervenção, em Angola, de dezenas de milhares de militares cubanos e de quantidades imensas de armamento soviético. O livro publica, em fac simile, uma carta do Alto-Comissário (em papel timbrado do antigo gabinete do Governador-geral) dirigida, em Dezembro de 1974, ao então Presidente do MPLA, Agostinho Neto, futuro presidente da República. Diz ele: 'Após a última reunião secreta que tivemos com os camaradas do PCP, resolvemos aconselhar-vos a dar execução imediata à segunda fase do plano. Não dizia Fanon que o complexo de inferioridade só se vence matando o colonizador? Camarada Agostinho Neto, dá, por isso, instruções secretas aos militantes do MPLA para aterrorizarem por todos os meios os brancos, matando, pilhando e incendiando, a fim de provocar a sua debandada de Angola. Sede cruéis sobretudo com as crianças, as mulheres e os velhos para desanimar os mais corajosos. Tão arreigados estão à terra esses cães exploradores brancos que só o terror os fará fugir. A FNLA e a UNITA deixarão assim de contar com o apoio dos brancos, de seus capitais e da sua experiência militar. Desenraízem-nos de tal maneira que com a queda dos brancos se arruíne toda a estrutura capitalista e se possa instaurar a nova sociedade socialista ou pelo menos se dificulte a reconstrução daquela'.

Estes gestos das autoridades portuguesas deixaram semente. Anos depois, aquando dos golpes e contragolpes de 27 de Maio de 1977 (em que foram assassinados e executados sem julgamento milhares de pessoas, entre os quais os mais conhecidos Nito Alves e a portuguesa e comunista Sita Valles), alguns portugueses encontravam-se ameaçados. Um deles era Manuel  Ennes Ferreira, economista e professor. Tendo-lhe sido assegurada, pelas autoridades portuguesas, a protecção de que tanto necessitava, dirigiu-se à Embaixada de Portugal em Luanda. Aqui, foi informado de que o vice-cônsul tinha acabado de falar com o Ministro dos Negócios Estrangeiros. Estaria assim garantido um contacto com o Presidente da República. Tudo parecia em ordem. Pouco depois, foi conduzido de carro à Presidência da República, de onde transitou directamente para a cadeia, na qual foi interrogado e torturado vezes sem fim. Américo Botelho conheceu-o na prisão e viu o estado em que se encontrava cada vez que era interrogado.

Muitos dos responsáveis pelos interrogatórios, pela tortura e pelos massacres angolanos foram, por sua vez, torturados e assassinados. Muitos outros estão hoje vivos e ocupam cargos importantes. Os seus nomes aparecem frequentemente citados, tanto lá como cá. Eles são políticos democráticos aceites pela comunidade internacional. Gestores de grandes empresas com investimentos crescentes em Portugal. Escritores e intelectuais que se passeiam no Chiado e recebem prémios de consagração pelos seus contributos para a cultura lusófona. Este livro é, em certo sentido, desmoralizador. Confirma o que se sabia: que a esquerda perdoa o terror, desde que cometido em seu nome. Que a esquerda é capaz de tudo, da tortura e do assassinato, desde que ao serviço do seu poder. Que a direita perdoa tudo, desde que ganhe alguma coisa com isso. Que a direita esquece tudo, desde que os negócios floresçam. A esquerda e a direita portuguesas têm, em Angola, o seu retrato. Os portugueses, banqueiros e comerciantes, ministros e gestores, comunistas e democratas, correm hoje a Angola, onde aliás se cruzam com a melhor sociedade americana, chinesa ou francesa.

Para os portugueses, para a esquerda e para a direita, Angola sempre foi especial. Para os que dela aproveitaram e para os que lá julgavam ser possível a sociedade sem classes e os amanhãs que cantam.

Para os que lá estiveram, para os que esperavam lá ir, para os que querem lá fazer negócios e para os que imaginam que lá seja possível salvar a alma e a humanidade. Hoje, afirmado o poder em Angola e garantida a extracção de petróleo e o comércio de tudo, dos diamantes às obras públicas, todos, esquerdas e direitas, militantes e exploradores, retomaram os seus amores por Angola e preparam-se para abrir novas vias e grandes futuros. Angola é nossa! E nós? Somos de quem?

António Barreto - Sociólogo


Abraços
« Última modificação: Novembro 27, 2020, 09:39:15 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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