Sem dúvida, e dado os "conhecimentos " técnicos, RPG7, e morteiros de 81, e 120 mm, conjugados com os Katiuska a que eles estão tão habituados..
Eu fico com a impressão de que os rebeldes não sabem para que servem os RPG's.
Já vi vários casos em que eles atiram para cima, para utilizar o RPG como se fosse um morteiro, Como sabemos, isso é tão util como os tiros para o ar que eles atiram.
No máximo um tiro para o ar só pode atingir alguém quando o projectil cai em cima da cabeça.
Os Katiusha do meu ponto de vista são um dos problemas que eles parecem ter.
Vemos nas imagens da televisão, que no seguimento de disparos dos Katiusha, normalmente há uma debandada porque começam a chover projecteis de morteiro.
Isto quer dizer que os mercenários do Kadafi têm algum treino militar e sabem como fazer fogo de contra-bateria.
Presentemente os rebeldes parecem juntar-se todos à volta do lançador para ver o fogo de artificio, quando o que deveriam fazer era enviar um pequeno grupo com o lançador, efectuar os disparos e fugir do local imediatamente, para evitar os efeitos inevitáveis da resposta.
Logo, na minha opinião:
RPG's : Estão a ser utilizados ineficientemente, porque eles não se aproximam das viaturas para poderem utiliza-los
Katiusha : São imans para o fogo das forças do Kadafi.
O problema do flanqueamento
A guerra no deserto do norte de África apresenta hoje o mesmo problema que apresentou durante a II guerra mundial. As forças motorizadas porem flanquear uma posição defensiva e ataca-la por trás.
Os britânicos durante a última ofensiva do Rommel, fortificaram-se na posição de El-Alamein, exactamente porque a sul, havia um obstáculo intransponível, conhecido como «depressão de Qatara», uma área de areias de baixa densidade, onde os tanques se podiam afundar ou atolar.
Mas entre Sirte e Benghazi não há nenhuma depressão de Qatara.
A minha opção passaria por criar pelotões independentes que pudessem ser colocados em pontos fortificados, de forma a que pudessem bater uma área do deserto e apoiar-se umas às outras.
Embora no deserto seja quase impossível fazer emboscadas.
Bulldozers e protecções em cimento armado, poderiam servir para que os rebeldes não fugissem com a mesma facilidade.
A mobilidade das forças é da maior importância e em África os conflitos transformaram-se em guerras de exércitos de pickups japonesas e coreanas.
O veículo militar mais eficaz parece ser a Toyota Hilux armada com uma metralhadora pesada de 12.7mm (e algumas de 14.5mm).
Eles também parecem precisar são camiões para transporte, porque não se pode fazer uma guerra montado em viaturas civis.
A juntar a estas considerações:
- Segundo os dados disponíveis os rebeldes estão em desvantagem numérica e apenas compensam essa desvantagem com a moral mais elevada.
- Para chegarem mais além, eles precisam de pelo menos algumas viaturas blindadas e o stock parece estar a esgotar-se.
- O problema da logistica parece atingir os dois lados. As forças de Kadafi parecem não ter capacidade para atingir Benghazi e os rebeldes são incapazes de atingir Sirte.
Logo, a situação parece que atingiu um ponto de impasse, que leva à necessidade de uma intervenção europeia em favor dos rebeldes.
Entre as questões a colocar está a seguinte:
Onde encontrar as armas necessárias, já que terão que ser armamentos de origem russa ou chinesa ?