Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5895 em: Hoje às 12:38:53 pm »
Dois despachos, feitos em anos diferentes vi eu para aquisição das 2 Marlin 30mm e dos 2 EO da Leonardo para a 2ª série dos NPO
Não era concurso. Era mesmo o despacho que autorizava e publicado.
No que deu? Nada

Então qual a diferença?
Concursos metem valores improváveis de ter fornecedor, ou arrastam por causa de especificações que parecem nuca estarem completas.
Fora de concurso, com o equipamento devidamente identificado e com despacho de autorização, não a adquirem.

Porque é isto tudo?
E porque é que há casos em que andam aos pulinhos em festa com o fornecedor, ou outros em andam por todo o lado dentro e fora do País a falar nisso como certo, muito antes de qualquer decisão administrativa?

Só anda bem quando "corre" alguma coisa por fora?
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5896 em: Hoje às 03:24:43 pm »
Olha estão a falar do meu tema "favorito", o armamento dos NPOs.

As raízes deste projeto são mais velhas que eu. A República Portuguesa precisa de olhos e mãos na sua enorme ZEE e ainda mais enorme Plataforma Continental Estendida. Mesmo além da defesa desse território, precisa de saber o que lá se faz, fiscalizar a administrar o dito. Fez-se um projeto de um patrulhão barato e simples para lá meter esses olhos e mãos. Finalmente encomendou-se a classe em 2002, utilizando o financiamento europeu do controlo da pesca, já a construção tinha começado e ainda a Marinha discutia afinal o que devia ser o navio, passaram 22 anos, a UE não pagou nada, e temos 4 deles construidos dos 8 originalmente encomendados, entretanto aumentados para 10. A  República Portuguesa continua incapaz de administrar sequer a fronteira do seu mar territorial, com barcos de pesca Espanhóis a violarem os termos do acordo bilateral praticamente todos os dias, para não falar do que se passa no alto mar e nunca saberemos. Posto isto, o problema com o projeto dos NPOs é a peça principal e as valências anti-submarino e a capacidade de lançamento de minas. Não é a sua inexistência, porque é melhor um navio que não existe do que um navio que passe a vergonha de andar menos armado que uma Arleigh Burke. Entretanto a Marinha não permite que as outras entidades do estado tenham navios para cumprir as suas funções porque é desperdicio. E daqui a 10 anos cá estaremos a falar do das NPO 2000 mark 5 com drones e inteligência artificial e sei lá mais o quê mas com as mesmas 4 ao serviço.