Olha estão a falar do meu tema "favorito", o armamento dos NPOs.
As raízes deste projeto são mais velhas que eu. A República Portuguesa precisa de olhos e mãos na sua enorme ZEE e ainda mais enorme Plataforma Continental Estendida. Mesmo além da defesa desse território, precisa de saber o que lá se faz, fiscalizar a administrar o dito. Fez-se um projeto de um patrulhão barato e simples para lá meter esses olhos e mãos. Finalmente encomendou-se a classe em 2002, utilizando o financiamento europeu do controlo da pesca, já a construção tinha começado e ainda a Marinha discutia afinal o que devia ser o navio, passaram 22 anos, a UE não pagou nada, e temos 4 deles construidos dos 8 originalmente encomendados, entretanto aumentados para 10. A República Portuguesa continua incapaz de administrar sequer a fronteira do seu mar territorial, com barcos de pesca Espanhóis a violarem os termos do acordo bilateral praticamente todos os dias, para não falar do que se passa no alto mar e nunca saberemos. Posto isto, o problema com o projeto dos NPOs é a peça principal e as valências anti-submarino e a capacidade de lançamento de minas. Não é a sua inexistência, porque é melhor um navio que não existe do que um navio que passe a vergonha de andar menos armado que uma Arleigh Burke. Entretanto a Marinha não permite que as outras entidades do estado tenham navios para cumprir as suas funções porque é desperdicio. E daqui a 10 anos cá estaremos a falar do das NPO 2000 mark 5 com drones e inteligência artificial e sei lá mais o quê mas com as mesmas 4 ao serviço.