As questões relacionadas com o GALE, levam-me a pensar na possibilidade de, mais uma vez, estarmos a tentar utilizar “configurações” tácticas e a adoptar doutrinas de exército grande, num país pequeno.
Durante a nossa história, muitas vezes foi o que fizemos. Mas durante muito tempo, embora a realidade fosse diferente, tentámos fazer figura de grande potência colonial.
Nos dias de hoje, somos apenas um país europeu, com algumas ilhas no Atlântico, que continuam a dar a Portugal uma importância estratégica que por enquanto, e enquanto os Açores forem território português, é importante.
Mas, independentemente disto, o que se passa em termos de forças terrestres?
Já tivemos um exército pensado para combater em África, um para servir de apoio de retaguarda na NATO, e agora... Bom, agora não sei bem o que temos ou o que pretendemos.
Faria sentido, pensar numa reorganização completa das forças armadas?
Será uma reorganização completa das Forças Armadas, qualquer coisa de demasiado complicado e que implica pedir demais a pessoas que foram ensinadas segundo doutrinas, ou formas de pensar que ainda têm muito dos tempos da guerra colonial?
Com umas Forças Armadas, pequenas - cada vez mais pequenas - fará sentido continuarmos a ter Exército, Marinha e Força Aérea, com fronteiras absolutamente definidas, quando concluímos que essas fronteiras já não são as mesmas, sendo que as funções do exército, da Marinha e da F.Aérea acabam ficando inevitavelmente interligadas?
Isto obviamente são apenas hipóteses e ideias, porque sei que seria preciso uma revolução nas mentalidade. No entanto, talvez não fosse má ideia, pensar no que fazem países como a Dinamarca, a Holanda, a Noruega, ou mesmo a Hungria e a República Checa, considerando, claro, que somos um país Atlântico.
Cumprimentos