Zimbabwe: Um exemplo de totalitarismo de esquerda

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Mueda

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« Responder #30 em: Janeiro 02, 2008, 05:32:58 pm »
Caro amigo,

Na Africa dos nossos dias não existe verdadeiramente esquerda ou direita e por seu turno as motivações dos seus dirigentes e das suas populações são muito pouco ideológicas.

Talvez apenas Cabo Verde seja uma excepção.

MUEDA
 

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ShadIntel

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« Responder #31 em: Janeiro 02, 2008, 07:06:40 pm »
Citação de: "Mueda"
Caro amigo,

Na Africa dos nossos dias não existe verdadeiramente esquerda ou direita e por seu turno as motivações dos seus dirigentes e das suas populações são muito pouco ideológicas.

Talvez apenas Cabo Verde seja uma excepção.

MUEDA

Mueda, o partido de Mugabe assume-se ele próprio como um partido nacionalista de inspiração marxista-leninista. A repressão e o desrespeito da liberdade de expressão e dos direitos humanos existem em qualquer estado totalitário, seja ele de esquerda ou de direita, mas a reforma agrária levada a cabo por Mugabe com as consequências desastrosas que todos conhecemos é típica dos regimes de extrema-esquerda.
Quanto às motivações do próprio Mugabe, estou plenamente de acordo, têm pouco de ideológicas e tudo de sede de poder e fortuna pessoal.

Cumprimentos.
 

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Mueda

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« Responder #32 em: Janeiro 03, 2008, 09:39:19 am »
O Sr. Mugabe e o seu "Partido" podem assumir o que bem entenderem, mas tal não pode como que por osmose vir classificar esse Estado Africano como possuindo verdadeiras alas esquerda e direita, é necessário muito, mas muito mais para se poder classificar correctamente o espectro partidário de um Estado como tendo verdadeiramente uma esquerda e uma direita.

Em relação ao Partido de Mugabe o facto de ter havido uma "reforma agrária" não o torna comunista visto que em muitos aspectos possui coisas verdadeiramente capitalistas, na verdade penso que a melhor classificação é que se trata do "Partido Mugabe" :)

MUEDA
« Última modificação: Janeiro 03, 2008, 02:05:38 pm por Mueda »
 

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Luso

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« Responder #33 em: Janeiro 03, 2008, 12:21:09 pm »
Citação de: "Mueda"
Em relação ao Partido de Mugabe o facto de ter havido uma "reforma agrária" não o torna comunista visto que em muitos aspectos possui coisas verdadeiramente capitalistas, na verdade penso que a melhor classificação é que se trata do "Partido Mugabe" :)

MUEDA


Eu prefiro os termos "bando" ou "quadrilha".
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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André

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« Responder #34 em: Janeiro 20, 2008, 05:23:36 pm »
Mediador Thabo Mbeki perde credibilidade quando data das eleições se aproxima

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O Presidente sul-africano Thabo Mbeki, mediador mandatado pela Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) para aproximar governo e oposição no Zimbabué, é alvo de críticas crescentes no seu país pelo aparente falhanço da sua missão.

Depois de regressar da sua última viagem a Harare, na quinta-feira, onde, com muita fanfarra, se encontrou com o seu homólogo Robert Mugabe e com dirigentes da oposição (MDC), Mbeki tem-se mantido no mais absoluto silêncio sobre os resultados da jornada negocial.

No início da semana, o mediador havia confidenciado ao primeiro-ministro irlandês, Bertie Ahern, que estava iminente um acordo total entre governo e oposição do Zimbabué sobre questões constitucionais que permitiria a realização, em Março, de eleições gerais «incontestadas».

Para a maioria dos partidos políticos sul-africanos e órgãos de comunicação, o silêncio do Presidente Mbeki equivale à admissão tácita de um falhanço.

E, com ele, a confirmação não só de que as promessas de sucesso do Presidente eram vãs, como de que qualquer normalização democrática no Zimbabué parece impossível enquanto Robert Mugabe detiver o poder.

O porta-voz para os Negócios Estrangeiros da Aliança Democrática, a maior força da oposição sul-africana, acusou Mbeki de estar a «ganhar tempo» para Robert Mugabe, uma estratégia que se vem repetindo desde que se começou a acentuar, em 2000, a profunda crise política, social e económica do Zimbabué.

Tony Leon e a Aliança Democrática afirmam suspeitar de que as promessas de Mbeki de um «acordo iminente no Zimbabué» não passam de mais uma «promessa vã numa longa lista elaborada em anos recentes».

«Para que se verifique progresso real no Zimbabué e eleições livres tenham lugar é necessário que o Presidente Mbeki obtenha garantias de que as missões de observadores estrangeiros sejam autorizadas a monitorizar de perto o acto eleitoral e que ele tenha lugar num quadro de alterações constitucionais aceites pelas duas partes».

Para o porta-voz da oposição, se Mbeki não concretizar as suas promessas será um dia severamente julgado pela História e pelas comunidades internacional e africana.

Ao cabo de um encontro de quatro horas com o Presidente Mugabe e de outros menos demorados com os líderes das duas facções do MDC em Harare, Mbeki limitou-se a garantir, antes de regressar a Pretória, que «se verificaram progressos e que o trabalho da mediação prosseguirá».

Mas para todos os observadores, que lutam contra o «black-out» do mediador e dos protagonistas envolvidos, todos os sinais apontam para um afastamento gradual entre o governo da Zanu-PF de Mugabe e a oposição.

Parecendo evidente que o MDC se recusa terminantemente em participar em eleições sem que uma nova Constituição entre em vigor - condição rejeitada por Mugabe, segundo os analistas - e a marcação para quarta-feira de uma manifestação da oposição nas ruas de Harare que poderá resultar em nova vaga de repressão policial, a tarefa do mediador não parece estar em vias de dar frutos.

Mais dura para com o Presidente tem sido a comunicação social sul-africana. Enquanto o diário Star garantia na sua edição de sexta-feira, com base numa «fonte diplomática em Harare», que Mbeki falhou na sua missão de aproximar Mugabe e a oposição, hoje o Sunday Times ironiza sobre a viagem da semana passada a Harare afirmando que os jornalistas fizeram um esforço tremendo para não desatarem a rir com as declarações optimistas de Mbeki após o seu encontro com Mugabe.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #35 em: Fevereiro 13, 2008, 07:28:51 pm »
Líder da oposição pede "coragem" ao presidente sul-africano

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O líder da maior facção do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), na oposição no Zimbabué, apelou hoje em Joanesburgo ao presidente da África do Sul a que demonstre maior coragem, exigindo a Robert Mugabe eleições livres e justas.

Falando no decorrer de uma visita a Joanesburgo, Morgan Tsvangirai afirmou ser chegada a hora de o presidente Thabo Mbeki abandonar a sua política de "diplomacia silenciosa" e a permanente recusa em criticar o líder da Zanu-PF e presidente do seu país, Robert Mugabe.

"É preciso que Thabo Mbeki demonstre um pouco de coragem. É preciso que ele quebre a sua política de apoio silencioso à ditadura no Zimbabué. Ele deveria juntar a sua voz à dos que exigem eleições livres e justas no Zimbabué", afirmou Tsvangirai, que terça-feira, com a sua comitiva, foi vítima de um assalto à mão armada em Joanesburgo.

Tsvangirai recordou que Mbeki - que há um ano é o mediador mandatado pela SADC entre Mugabe e a oposição - não corre, se criticar o regime de Mugabe, os riscos que a oposição zimbabueana corre.

"Ele não seria preso, forçado a respirar gás lacrimogéneo, agredido, acusado de traição, nem veria os seus apoiantes assassinados", disse o líder da oposição, que em 29 de Março vai disputar as eleições presidenciais zimbabueanas.

Para o dirigente - que afirma ter perdido as eleições de 2002 porque o regime de Mugabe as viciou -, da parte de Thabo Mbeki apenas se exige um pouco de coragem.

"A coragem de dizer a desagradável verdade, a coragem de ver o que está à sua frente", concluiu.

Para Morgan Tsvangirai, a mediação de Mbeki, que dura há um ano, não produziu quaisquer resultados. O dirigente oposicionista insiste que "nada mudou durante o ano em que decorreram conversações tripartidas entre o mediador, o regime de Robert Mugabe, a oposição e associações cívicas.

"Nada mudou. As alterações às leis, negociadas pelo presidente Mbeki, não alteraram o comportamento da ditadura. Campanhas políticas democráticas continuam a não ser permitidas no Zimbabué", disse Tsvangirai.

Em contraste, Mbeki disse sexta-feira passada perante o parlamento sul-africano que o governo zimbabueano e a oposição chegaram a acordo em todas as "matérias de substância" sob a sua mediação.

O Zimbabué enfrenta uma crise económica profunda que se reflecte num índice de inflação de 26 mil por cento, em 80 por cento de desemprego e na fuga de pelo menos quatro milhões dos seus cidadãos para os países vizinhos.

Organizações não-governamentais e opositores do regime da Zanu-PF queixam-se de que os militantes ou simpatizantes da oposição são frequentemente alvos de cargas policiais, detenções, tortura e agressões.

Simba Makoni, um ex-ministro das Finan��as do governo de Robert Mugabe, foi esta semana expulso formalmente da Zanu-PF por ter anunciado que se candidatará às eleições de Março contra o velho líder, que está no poder desde 1980.

Lusa

 

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comanche

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« Responder #36 em: Março 29, 2008, 01:32:18 pm »
Mugabe é o favorito mesmo com a inflação em 150 000%


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OZimbábue realiza hoje as primeiras eleições conjuntas da sua história, um acto em que os observadores internacionais foram escolhidos a dedo, tendo o presidente Robert Mugabe justificado que "ninguém dos países que o querem derrubar terá entrada no país".

Assim, para além dos observadores dos países africanos, só estarão presentes representantes do Brasil, Venezuela, Nicarágua, Jamaica, Rússia, China, Índia, Malásia, Indonésia e Irão numa consulta em que serão eleitos o presidente, os deputados e os autarcas de um país que vive uma crise política e económica sem precedentes.

Robert Mugabe, no poder desde a independência em 1980, é candidato à reeleição presidencial e deverá continuar no lugar, mau grado o seu adversário ser um político que fazia parte da classe política que rodeia o líder.

Simba Makoni, ex-ministro das Fiananças, decidiu abandonar o partido do Governo, a União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (Zanu-PF), não tanto - segundo os especialistas - para derrubar Mugabe mas para marcar terreno para o futuro.

Além de Mugabe e Makoni, está também na corrida Morgan Tsvangirai, líder do Movimento para Mudança Democrática (MDC), partido já derrotado por Mugabe em 2002.

As sondagens no Zimbábue não têm grande valor científico mas, mesmo assim, apontam para a possibilidade de sérias dificuldades quer do presidente quer do seu Governo.

Se aplicada ao Zimbábue a filosofia ocidental, dir-se-ia que Mugabe terá de prestar contas pela grave crise de um país cuja inflação é de 150 000%.

"Apesar de algumas melhorias formais nas leis eleitorais, os zimbabueanos não têm liberdade para votar no candidato da sua escolha", afirma Georgette Gagnon, directora da Human Rights Watch.

No início deste mês, o comandante das Forças de Defesa, general Constantine Chiwenga, afirmou que os militares só estavam prontos para aceitar Mugabe, e o chefe da Polícia, Augustine Chihuri, declarou que não aceitaria que o país fosse governado por "marionetes apoiadas pelo Ocidente".  
 
 
 

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André

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« Responder #37 em: Março 29, 2008, 02:34:23 pm »
Oposição acusa firma israelita de «cozinhar» processo eleitoral para Mugabe

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O secretário-geral do principal movimento da oposição no Zimbabué, o MDC, acusou hoje o governo do presidente Robert MUgabe de ter contratado uma empresa israelita especializada em viciar o processo eleitoral.

 Tendai Biti disse à comunicação social que o seu Movimento para a Mudança Democrática (MDC) possui provas de que a Cogniview PL tem estado a trabalhar sob contrato para o governo na elaboração dos cadernos eleitorais, processo de votação e apuramento de resultados nas eleições presidenciais, legislativas e locais de sábado.

«Mugabe e seus capangas têm a intenção de roubar estas eleições através da utilização de software sofisticado fornecido pela empresa israelita que tem ligações à Mossad», acusou Biti.

Aquele responsável político do movimento do candidato presidencial Morgan Tsvangirai afirmou que «a ZEC (a comissão eleitoral zimbabueana) não está a gerir estas eleições, estando, ao invés, a ser gerida por Mudede (conservador dos registos civis) e pelos serviços secretos nacionais CIO, com a ajuda dos israelitas».

A guerra de acusações de fraudes eleitorais tem subido de tom nos últimos dias da campanha eleitoral, com o presidente Mugabe a rejeitar todas as acusações da oposição e insistindo que só ele poderá vencer o acto eleitoral uma vez que, em sua opinião, é o único verdadeiro patriota e nacionalista entre os quatro candidatos.

Nas ruas de Harare, o ambiente que se respira é de relativa normalidade, embora a esmagadora maioria dos comentadores não ligados ao governo do Zimbabué continuem a prever uma manipulação em larga escala do processo eleitoral e sérias consequências para o Zimbabué e para a região.

O cidadão comum parece vergado pelo fardo de uma crise económica que lançou para a miséria grande parte da população e por uma brutal e sistemática repressão das forças de segurança que não tem poupado ninguém em anos recentes.

O medo de falar, de expressar opiniões e favoritismos é visível em todo o lado, sendo muito difícil «arrancar» prognósticos eleitorais ou sobre o futuro imediato do país às pessoas com quem nos cruzamos.

Mugabe a o seu partido - a Zanu-PF - perdem tradicionalmente as eleições nas grandes cidades, como Harare e Bulawayo - mas vence por larga margem nas zonas rurais, onde, aliás, reside a maioria da população.

Nos últimos dias, fruto de um ligeiro afrouxamento da repressão policial face à presença de observadores regionais e jornalistas estrangeiros, o principal candidato da oposição, Morgan Tsvangirai, tem levado a cabo grandes comícios em algumas zonas rurais, o que leva muitos a antever possíveis ganhos, mesmo que modestos, de Tsvangirai nos bastiões tradicionais de Robert Mugabe.

Lusa

 

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André

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« Responder #38 em: Março 30, 2008, 11:46:28 pm »
Rice diz que Mugabe é «uma desgraça para o seu povo»

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A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, declarou hoje em Jerusalém que o presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, é «uma desgraça» para o seu povo e para África.
No Zimbabué foram realizadas sábados eleições gerais, cuja vitória já foi reivindicada pela oposição, embora não tenham sido ainda publicados os resultados oficiais do escrutínio, aos quais observadores africanos já apontaram fraudes.

«Nesta altura, já não temos dúvidas: seria necessário um milagre [a favor do presidente Robert Mugabe] para não ganharmos estas eleições.

Para nós, estão ganhas», declarou o secretário-geral do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Tendai Biti.

Partidários da oposição saíram hoje de madrugada às ruas, cantando e dançando, para festejar a previsível vitória.

O líder do Movimento para a Mudança Democrática, Morgan Tsvangirai, também já proclamou a vitória nas eleições de sábado.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #39 em: Abril 01, 2008, 09:43:44 pm »
Zimbabué/Eleições: Presidente Robert Mugabe pronto a deixar o poder - Diplomatas ocidentais
01 de Abril de 2008, 20:03

HARARE, 01 Abr (Lusa) - O presidente zimbabueano, Robert Mugabe, está pronto a deixar as suas funções, afirmaram hoje um alto responsável do partido no poder e fontes diplomáticas ocidentais.

"Ele está pronto a deixar o poder porque não quer sujeitar-se à humilhação de disputar uma segunda volta" na eleição presidencial, declarou este alto responsável da União nacional africana do Zimbabué-Frente patriótica (Zanu-PF), a coberto do anonimato.

"Só uma pessoa o impede ainda, o chefe do Exército Constantine Chiwenga", acrescentou.

Dois responsáveis diplomáticos europeus em Harare confirmaram a conclusão de um acordo de princípio entre a oposição e os colaboradores próximos de Mugabe. "Tudo vai no sentido de uma partida airosa do presidente Mugabe", declarou um deles.

Estes dois responsáveis precisaram que o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, previa uma conferência de imprensa em Harare às 20:00 (19:00 de Lisboa). "Isso indica, pelo menos, que Tsvangirai se sente em segurança e que tem qualquer coisa a dizer", sublinhou um diplomata.

Várias fontes disseram antes que responsáveis do Movimento para a Mudança democrática (MDC) de Tsvangirai estavam a negociar desde segunda-feira com colaboradores próximos de Mugabe.

As discussões começaram quando foi dito que o chefe de Estado, no poder desde a independência da antiga colónia britânica em 1980, tinha chegado na segunda posição na primeira volta da eleição presidencial organizada ao mesmo tempo que as legislativas e as municipais sábado passado.

Segundo a fonte da Zanu-PF, Tsvangirai terá vencido com 48 por cento dos sufrágios. Não tendo uma maioria absoluta, seria necessário uma segunda volta e segundo esta mesma fonte, Mugabe não quererá passar por esta humilhação.

O MDC reivindicou a vitória nas presidenciais e nas legislativas. Por agora, a comissão eleitoral só divulgou dois terços dos resultados para os deputados, dando um avanço muito ligeiro ao MDC com 72 lugares contra 68 para a Zanu-PF.

Não publicou qualquer resultado das eleições presidenciais e este atraso alimentou receios de manipulação dos resultados.

TM.

Lusa/Fim
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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André

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« Responder #40 em: Abril 19, 2008, 01:31:42 am »
Navio Chinês com armas para Harare zarpou de Durban - Moçambique pode ser destino ...



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O navio de pavilhão chinês, que transporta armas para o governo do Zimbabué e que estava ancorado ao largo do porto de Durban, zarpou e o seu destino pode agora ser Moçambique, segundo alerta uma organização não-governamental zimbabueana.

O comandante do Na Yue Jiang foi hoje ao princípio da noite informado de que um tribunal de Durban proibiu o transporte dos seis contentores de armas e munições para o Zimbabué através de território sul-africano e decidiu partir com destino incerto.

No entanto, a organização não-governamental do Zimbabue Projecto Paz, que monitoriza os incidentes de violência política naquele país, alertou em comunicado enviado á agência Lusa que o Na Yue Jiang pode estar a caminho de um porto moçambicano para proceder ao descarregamento do material de guerra encomendado pelo regime de Robert Mugabe aos seus aliados chineses.

O navio encontrava-se desde segunda-feira atracado ao largo de Durban a aguardar autorização das autoridades portuárias para atracar e descarregar a sua carga. Entre ela, encontram-se seis contentores contendo milhões de munições de vários calibres, com predominância do calibre utilizado nas armas automáticas AK-47, RPG's (morteiros com auto-propulsão) e granadas de morteiro.

O manifesto de carga foi enviado por fonte anónima ao editor da revista "Noseweek" que, por sua vez, denunciou a presença do navio em águas territoriais sul-africanas. Nos últimos dois dias, a generalidade da comunicação social tem dado destaque ao Na Yue Jiang, uma vez que a ausência de resultados das eleições presidenciais zimbabueanas de 29 de Março ameaça mergulhar toda a região numa grave crise.

Quinta-feira, os sindicatos afectos aos trabalhadores portuários e dos transportes emitiram comunicados nos quais se recusavam a participar no descarregamento do navio e no transporte da sua carga para um país onde a legitimidade do regime levanta sérias dúvidas e onde a violência dos agentes do Estado contra elementos da oposição tem aumentado significativamente.

Uma petição interposta num tribunal de Durban pelo grupo Centro de Litigação da África Austral, pelo bispo anglicano Rubin Phillips e pelo activista dos direitos humanos Patrick Kearney mereceu parecer positivo do juíz Pillay que, ao início da noite, aceitou que o navio fosse descarregado mas proibiu que a carga fosse movimentada em território sul-africano.

Na iminência de ter o carregamento de armas apreendido na prática por ordem judicial, o comandante do navio, identificado como Sunaijum, optaria por levantar âncora entre as 18:00 e as 19:00 horas locais, sem esclarecer junto das autoridades sul-africanas para onde se dirigiria em seguida.

Nicole Fritz, directora do Centro de Litigação da África Austral, disse esta noite que o navio zarpou do local onde se encontrava ancorado quando o oficial de diligências do tribunal de Durban dele se aproximava numa embarcação policial.

Ela garantiu que, se o navio tentar descarregar os contentores destinados ao Zimbabué num porto de Moçambique, a sua organização interporá acção preventiva semelhante junto dos tribunais moçambicanos.

O regime do presidente Robert Mugabe tem estado sob intensa pressão da comunidade internacional para que divulgue os resultados das eleições presidenciais de 29 de Março, nas quais o candidato da oposição, Morgan Tsvangirai, reclama vitória com mais de 50 por cento dos votos.

O secretário-geral das Nações Unidas, a União Europeia e os Estados Unidos já apelaram ao governo zimbabueano para que exija à Comissão Eleitoral a divulgação imediata dos resultados para que o regime do Zimbabué ultrapasse rapidamente a profunda crise de legitimidade democrática que atravessa e o país possa regressar à normalidade.

Durante um discurso proferido quinta-feira em Harare, por ocasião de mais um aniversário da independência nacional, Robert Mugabe voltou a acusar a Grã-Bretanha e os brancos em geral de pretenderem re-colonizar o país com recurso a uma "mudança de regime".

O mediador nomeado pela Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, em inglês)para fomentar o diálogo entre governo e oposição no Zimbabué - o presidente sul-africano Thabo Mbeki - tem estado sob o fogo cruzado do mundo ocidental, do seu próprio partido (o ANC, agora presidido por Jacob Zuma) por se recusar a admitir que o Zimbabué atravessa uma crise e que os direitos humanos e a democracia estão seriamente ameaçados pelo regime de Mugabe.

Lusa

 

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André

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« Responder #41 em: Abril 20, 2008, 07:42:22 pm »
Navio com armas para o Zimbabué tentará descarga em Angola

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O navio chinês, que transporta armas para o governo do Zimbabué, e que estava ancorado ao largo de Durban, na África do Sul, navega em direcção a Angola onde espera conseguir aportar, segundo o ministro dos Transportes moçambicano.

O navio abandonou águas sul-africanas sexta-feira depois de um tribunal de Durban ter recusado que as armas fossem transportadas através do país, para o Zimbabué, refere hoje a SW Radio Africa, uma rádio independente zimbabueana de ondas curtas, citada pelo serviço de notícias on-line AllAfrica.com.

Segundo a AllAfrica.com, o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Paulo Zucula, disse à Reuters que Maputo tem estado atento aos movimentos do navio, desde que zarpou do porto sul-africano.

«Sabemos que o registo do seu próximo destino explicita Luanda porque não permitimos que penetrasse em águas moçambicanas sem diligências prévias», disse.

O navio Na Yue Jiang estava ancorado ao largo do porto de Durban desde segunda-feira.

O comandante foi informado sexta-feira de que um tribunal de Durban proibiu o transporte dos seis contentores de armas e munições para o Zimbabué através de território sul-africano, tendo decidido partir com destino incerto.

A cadeia televisiva norte-americana CNN avançou por seu lado que, segundo o Departamento Sul-africano de Transportes, o navio tem como destino o porto de Luanda.

Entre as armas transportadas, encontram-se milhões de munições de vários calibres, com predominância do calibre utilizado nas armas  automáticas AK-47, RPG-7 (morteiros com auto-propulsão) e granadas de morteiro.

Nos últimos dois dias, a generalidade da comunicação social tem dado destaque ao Na Yue Jiang, uma vez que a ausência de resultados das eleições presidenciais zimbabueanas de 29 de Março ameaça mergulhar toda a região numa grave crise.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #42 em: Abril 21, 2008, 07:14:50 pm »
China defende venda de armas a Harare

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A China admitiu hoje ter vendido ao governo do Zimbabué as armas a bordo do navio chinês em rota para Angola, com Pequim a defender a legalidade do negócio depois de Moçambique ter recusado à embarcação licença para aportar.

«A venda de armas chinesas ao Zimbabué é legal. A imprensa ocidental está simplesmente a usar o assunto para pressionar a China», diz hoje a agência noticiosa estatal chinesa Nova China, que cita declarações de Guo Xiaobin, investigador do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, uma instituição estatal.

A Nova China não refere quais os objectivos que a «imprensa ocidental» visa atingir, nem comenta o facto de o navio An Yue Jiang, que carrega o armamento, ter abandonado águas sul-africanas na sexta-feira depois de um tribunal sul-africano ter recusado que as armas fossem transportadas através do país para o Zimbabué.

O An Yue Jiang navega agora em direcção a Angola, onde espera aportar em Luanda, segundo disse Paulo Zucula, ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, país que recusou a entrada da embarcação que transporta seis contentores de armamento chinês.

«Sabemos que o registo do seu próximo destino explicita Luanda porque não permitimos que penetrasse em águas moçambicanas sem diligências prévias», disse Zucula.

Contactado pela a Agência Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês recusou-se hoje a fazer qualquer comentário, quer sobre a venda de armas ao Zimbabué, quer sobre o itinerário do An Yue Jiang.

«Essas perguntas deverão ser feitas na terça-feira durante a conferência de imprensa de rotina do nosso Ministério», disse um funcionário do gabinete do porta-voz da diplomacia chinesa, que não se identificou.

Entre as armas transportadas, encontram-se três milhões de munições para as espingardas automáticas AK-47, 1.500 RPG (morteiros com auto-propulsão) e mais de três mil granadas de morteiro.

O supremo tribunal de Durban, na África do Sul, recusou permissão para o transporte do armamento para o Zimbabué, que não tem acesso ao mar, por recear que a carga do An Yue Jiang possa alimentar a crise no Zimbabué.

Em Fevereiro, um relatório da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu apelou à União Europeia para que pressione a China a deixar de vender armas aos países africanos e ao Zimbabué em particular.

O Zimbabué vive na actualidade alturas de tensão, uma vez que a comissão eleitoral do país ainda não divulgou os resultados das eleições presidenciais de 29 de Março.

A oposição no Zimbabué afirma que pelo menos dez pessoas foram mortas desde 29 de Março, e desde então cerca de 400 militantes da oposição foram detidos, três mil pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas e mais de 500 hospitalizadas.

Diário Digital / Lusa

 

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tsumetomo

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« Responder #43 em: Abril 23, 2008, 03:12:16 pm »
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Delivery of Weapons to Zimbabwe Thwarted


A Chinese ship carrying weapons and ammunition for Zimbabwe's military may be headed back home, reports said, after repeated attempts to deliver its cargo were frustrated by a coalition of legal activists, union workers and human rights groups.

The region's resistance to the shipment, which drew praise from the United States on Tuesday, marks a dramatic turn from southern Africa's traditional embrace of Zimbabwe's President Robert Mugabe and its reverence for national sovereignty.

It also signals the strength of South Africa's mounting backlash against President Thabo Mbeki's traditionally deferential dealings with Mugabe. The resistance from union workers, almost all of whom are members of his African National Congress, was decisive in preventing the ship from unloading its cargo of bullets and mortars on schedule.

The 489-foot An Yue Jiang was near the Cape of Good Hope on Tuesday night, headed northwest at a modest speed, according to Lloyd's Marine Intelligence Unit, based in London. But Chinese Foreign Ministry spokeswoman Jiang Yu said that because the shipment could not be unloaded, despite being part of a "perfectly normal trade," the cargo would probably return to China. Jiang added that she hoped the incident would not be "politicized."

The ship has sparked international concern at a time when the political stalemate in Zimbabwe over the Mugabe government's failure to release results from a March 29 presidential vote has turned increasingly violent. There have been widespread reports of beatings, torture and killings of opposition activists.

Rights activists have warned since last week that the cargo of the ship, owned by the China Ocean Shipping (Group) Company, was part of Mugabe's plan to intensify his crackdown. Union groups throughout southern Africa have refused to unload the ship or deliver its contents to landlocked Zimbabwe. Authorities in Angola and Mozambique have said the ship is not welcome.

Zimbabwe officials have repeatedly defended their right to have the weaponry delivered but have been frustrated so far.

"The ship has become such a rallying point," said Nicole Fritz, director of the Southern Africa Litigation Center, which has led the legal assault on the shipment. "It's become a focus of so many people who have been frustrated about what's happening in Zimbabwe."

U.S. officials have been among those pressuring southern African nations to block the delivery.

"We don't think it's appropriate at this point, given the political upheaval that's occurring in Zimbabwe, for anyone to be adding extra tinder to that situation by providing additional weapons to Zimbabwe security forces," State Department deputy spokesman Tom Casey told reporters Tuesday. "We're pleased to see that many countries in the region refused to either accept this vessel in their ports or to offload those weapons."

The An Yue Jiang first ran into trouble last week when news reports in South Africa revealed its contents, including 3 million rounds for AK-47 assault rifles. Zimbabwe's military has been chronically short of ammunition -- and most other basic supplies -- in recent years as the nation's economy has collapsed and inflation has surged past 100,000 percent.

A court in Durban, South Africa, where the ship initially docked, blocked its unloading in a temporary order that rights activists are seeking to make permanent. Union workers have been at least as crucial in hindering delivery. The ship is also reported to be low on fuel.

Lloyd's Marine Intelligence Unit said in a news release Monday evening, however, that the ship still had numerous options. There are 32 ports capable of handling the load south of the equator in Africa, it said. The ship also has six cranes, making it possible to transfer cargo at sea. The news release said that the Chinese Ocean Shipping (Group) Company had two ships in the area capable of taking the weapons on board. An airlift might also be possible.

The circuitous movements of the An Yue Jiang fixated South Africans as the ship moved north toward Mozambique, then back toward Angola before disappearing from tracking mechanisms. Its reappearance Tuesday evening, along with the Chinese Foreign Ministry's comments, spurred cautious optimism that the weapons will never reach the Zimbabwean military.



http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/04/22/AR2008042200504.html?hpid=sec-world
 

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André

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« Responder #44 em: Abril 25, 2008, 09:38:25 pm »
Angola autoriza atracagem de navio chinês com armas

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O governo angolano autorizou hoje o navio chinês que transporta armas para o Zimbabué a atracar no porto de Luanda para descarregar apenas parte da carga que era destinada a este país, noticiou hoje a agência de notícias estatal, Angop.
O An Yue Jiang, navio da companhia China Ocean Shipping Company, que já tinha sido impedido de atracar na África do Sul e em Moçambique, viu agora permitido o acesso ao porto de Luanda.

No entanto, segundo a nota do governo divulgada pela Angop, o governo garante que o armamento que o navio transporta com destino a Harare não vai ser descarregado.

A carga do navio inclui, para além de outro material para Angola, até aqui desconhecido, três milhões de munições para as armas automáticas AK-47, 1.500 RPG (morteiros com auto-propulsão) e mais de três mil granadas de morteiro.

A chegada ao porto de Luanda, cuja hora e dia não são avançados pela nota do governo, acontece depois de o porta-voz do governo de Pequim ter anunciado, na quinta-feira, que o navio estava de regresso à China.

O polémico navio, o An Yue Jiang, vai atracar em Luanda apesar de o Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos (CCDH) de Angola ter avançado na quarta-feira com uma providência cautelar junto do Tribunal Marítimo de Luanda para impedir que armamento chinês destinado ao Zimbabué seja descarregado em portos angolanos.

Em declarações à Lusa, o presidente do CCDH, David Mendes, referiu que a iniciativa tem como pressuposto haver «uma forte possibilidade» de o armamento servir como «instrumento de repressão» das autoridades de Harare contra a oposição, que exige a divulgação dos resultados eleitorais de 29 de Março.

A China confirmou a venda do armamento ao governo do Zimbabué, mas afirma que a transacção foi feita em 2007 e que a entrega nesta altura não está relacionada com a crise política que se vive naquele país africano.

A actual crise no Zimbabué decorre da recusa do governo do presidente Robert Mugabe em divulgar os resultados das eleições presidenciais de 29 de Março, que a oposição afirma serem desfavoráveis ao chefe de Estado.

Nas declarações à Lusa, David Mendes referiu igualmente que outro pressuposto da providência cautelar interposta pelo CCDH é que Angola integra a Convenção das Nações Unidas para os Direitos Humanos e subscreveu a Carta Africana para os Direitos dos Povos.

O advogado e presidente da Associação Mãos Livres, organização que se dedica à defesa legal de pessoas fragilizadas perante a Justiça angolana, sublinhou ainda que Luanda preside actualmente à Comissão para a Paz e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, de que fazem parte também o Zimbabué e Moçambique).

«Estas condições impõem responsabilidade acrescida ao país quando se trata de agir correctamente face a uma possibilidade real de poder ter um papel decisivo na facilitação da repressão por razões políticas», especialmente num país com que partilha uma organização geográfica, frisou.

A anunciada chegada da embarcação a Luanda acontece no dia em que o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, recebeu um enviado especial do presidente Zimbabueano, Robert Mugabe, e sub-secretária de Estado norte-americana, Jendayi Frazer, que entregou ao Chefe de Estado angolano uma mensagem do seu homólogo George W. Bush.

A enviada de Washington tinha como um dos pontos da sua agenda convencer os lideres da África do Sul e Angola de não permitirem a descarga do navio chinês com armas para Harare.

Diário Digital / Lusa
« Última modificação: Abril 25, 2008, 10:05:29 pm por André »