Política em Portugal

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Re: Política em Portugal
« Responder #1455 em: Novembro 09, 2023, 08:20:44 pm »
Tuga Sapiens:

"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Política em Portugal
« Responder #1456 em: Novembro 09, 2023, 08:59:45 pm »
Marcelo dissolve Parlamento e convoca eleições para 10 de março de 2024

Depois da reunião do Conselho de Estado que começou pelas 15:00 desta quinta-feira, o presidente da República dissolveu o parlamento e convoca eleições para março de 2024.

O presidente da República anunciou ao país a sua decisão em dissolver o parlamento e convocar eleições face à demissão do primeiro-ministro, depois de auscultar, durante quatro horas, o Conselho de Estado e de já ter ouvido os partidos.

O presidente começou por saudar o governo demissionário e destacou que "pela primeira vez em democracia um primeiro-ministro em funções ficou a saber, no âmbito de diligências relativas a investigação em curso, respeitando a terceiros, uns seus colaboradores, outros não, que ia ser objeto de processo autónomo a correr sob a jurisdição do Supremo Tribunal de Justiça", afirmou.

"Quero testemunhar o serviço à causa pública durante décadas da chefia do governo de Portugal", prosseguiu Marcelo na declaração à nação que começou às 20:00 em ponto, desde a sala das Bicas no Palácio de Belém, referindo-se ao primeiro-ministro demissionário.

Marcelo Rebelo de Sousa assinalou ainda que António Costa, "de imediato apresentou a sua exoneração, invocando razões de dignidade indispensável à continuidade do mandato em curso" e espera "que o tempo, mais depressa do que devagar, permita esclarecer o sucedido, no respeito da presunção de inocência, da salvaguarda do bom nome, da afirmação da justiça e do reforço do Estado de direito democrático", disse o presidente.

Sem esquecer os últimos anos, Marcelo tem sido chefe de Estado com o mesmo primeiro-ministro desde 2016, o presidente destacou os exigentes anos que o país tem atravessado: "défice excessivo, saneamento da banca, pandemia, guerras na Ucrânia e no Médio Oriente".

De seguida, o presidente da República anunciou a sua decisão, a mais aguardada.

"Optei pela dissolução da Assembleia da República e a marcação de eleições em 10 de março de 2024".

Mas só publicará o decreto depois da aprovação final global do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), marcada para 29 de novembro, que tem aprovação garantida devido à maioria absoluta do PS, sublinhando"a garantia da indispensável estabilidade económica e social que é dada pela prévia votação do Orçamento do Estado para 2024, antes mesmo de ser formalizada a exoneração do atual primeiro-ministro em inícios de dezembro", disse o presidente.

O Orçamento do Estado do próximo ano entra em vigor a 1 de janeiro de 2024, pelo que já estará, assim, em marcha quando o novo executivo tomar posse.

"A aprovação do Orçamento permitirá ir ao encontro das expectativas de muitos portugueses e acompanhar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que não pára nem pode parar com a passagem de Governo a Governo de gestão ou mais tarde com a dissolução da Assembleia da República", defendeu.

"Portugueses, tentei encurtar ao máximo o tempo das eleições. Agora resta a escolha de um governo com visão de futuro, tomando o já feito e acabando o que falta fazer", disse, acrescentado que confia na certeza decisiva do povo no futuro de Portugal", concluiu.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que os partidos foram "claramente favoráveis" à sua tomada de decisão, enquanto no Conselho de Estado se verificou um "empate e, portanto, não favorável à dissolução – situação, aliás, que já ocorrera no passado com outros chefes de Estado", explicou o atual chefe de Estado.


A reunião com os conselheiros começou por volta das 15:20 e contou com a presença de todos os conselheiros. Lídia Jorge, António Damásio e o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, não estiveram fisicamente no Palácio de Belém, em Lisboa, mas participaram na reunião por videoconferência.

Às 19:30, os conselheiros de Estado começavam a abandonar o Palácio de Belém, deixando no ar que o presidente da República ia mesmo "avançar com a dissolução", adiantou a Sic Notícias, canal de televisão de Pinto Balsemão, um dos conselheiros de Estado e de Marques Mendes, também conselheiro de Estado e comentador da mesma estação.

Na quarta-feira, o chefe de Estado recebeu no Palácio de Belém os oito partidos com assento parlamentar, a maior parte dos quais se manifestou a favor de uma dissolução e convocação de eleições legislativas antecipadas. No entanto, o PS, que tem maioria absoluta de deputados, propôs ao presidente da República a nomeação de outro primeiro-ministro para chefiar um novo Governo apoiado pela atual maioria.

O atual Governo resultou de uma dissolução do parlamento, a primeira decretada por Marcelo Rebelo de Sousa, no início do seu segundo mandato presidencial, na sequência do chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade, e que resultou na vitória do PS com maioria absoluta nas eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro de 2022.

António Costa apresentou na terça-feira a sua demissão, aceite pelo presidente da República, na sequência de buscas em vários gabinetes do Governo, visando também o chefe de gabinete do primeiro-ministro.


As buscas foram realizadas no âmbito de investigações sobre projetos de lítio e hidrogénio e depois de o Ministério Público ter anunciado que o primeiro-ministro será alvo de inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça.

*com Lusa
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Re: Política em Portugal
« Responder #1457 em: Novembro 09, 2023, 10:29:23 pm »
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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Re: Política em Portugal
« Responder #1458 em: Novembro 10, 2023, 08:48:43 am »
No fim disto tudo o inutil ainda fez ao vontade ao PS

E como este povo tem memoria de peixe de aquário temo o pior
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Re: Política em Portugal
« Responder #1459 em: Novembro 10, 2023, 08:57:18 am »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Política em Portugal
« Responder #1460 em: Novembro 10, 2023, 09:29:51 am »

Esta é uma questão extremamente complexa e poderemos estar a presenciar o fim de um ciclo.

O sistema judicial em Portugal é conhecido pela sua falta de eficiencia, pelos seus atrasos, que se constituem em sonegação de justiça.

Agora, de um momento para o outro, a simples inclusão de um parágrago num comunicado leva a que um governo caia, forçando um país a ir para eleições.

Os juizes, vão-se escudar por detrás da parede dos segredos de justiça, para não divulgarem nada e deixarem uma nação inteira sem entender o que se passa e em nome de quem é que um juiz derruba um governo.

O problema agora, até é conveniente para a maioria. O Antonio Costa, por razões que ainda desconhecemos, insistiu em manter ministros até à exaustão, o que levou ao apodrecimento completo do seu governo.

Mas... o que acontecerá no futuro ?

Será que podemos esperar que um qualquer juiz, sabe-se lá se por influencia deste ou daquele setor da politica faça a mesma coisa com o próximo ou um dos próximos ocupantes do cargo de primeiro-ministro ?

O Costa demite-se, não por ser acusado, mas porque uma investigação é incompatível com o exercício do cargo ...
Se a montanha parir um rato (como é normal, resultado da indigência técnica e intelectual dos juizes  e procuradores)  será que um próximo PM, se for referido num relatório, se vai demitir apenas por isso ?

O que aconteceu nesta semana, poderá ter sido o primeiro golpe de estado em Portugal depois de 25 de Abril de 1974

Em vários países da Europa, o poder político tem agido contra o poder judicial, por achar que este último ultrapassou todas as normas...
Será que iremos ver a mesma coisa em Portugal ?

É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: Política em Portugal
« Responder #1461 em: Novembro 10, 2023, 10:26:37 am »
Eu tenho a mesma opinião. Por muito que não se goste de quem é primeiro ministro e se por ventura o caso no Supremo não dá em nada?

A dissolução já não volta para trás. Novamente por muito que se goste ou não goste eleições têm que significar alguma coisa.
 

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Re: Política em Portugal
« Responder #1462 em: Novembro 10, 2023, 10:42:27 am »
Eu tenho a mesma opinião. Por muito que não se goste de quem é primeiro ministro e se por ventura o caso no Supremo não dá em nada?

A dissolução já não volta para trás. Novamente por muito que se goste ou não goste eleições têm que significar alguma coisa.

Caramba, e o contexto, das poucas vergonhas que se sucederam?
O que tem que haver é mais e melhor comunicação do Ministério Público. Não alinho na ideia de golpes, pelo menos neste caso.

O que nos deve preocupar são dois cromos: o do PSD e o PNS.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 
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Re: Política em Portugal
« Responder #1463 em: Novembro 10, 2023, 10:58:52 am »
Do mal o menos, entre ter novas eleições e deixar-se um partido perpetuar-se no poder mesmo havendo indícios de corrupção, prefiro a primeira opção.

SE o governo não caísse, o povo diria que a corrupção é de tal ordem que nem a Justiça se mexe contra o partido no poder.

Todos os casos que tenho conhecimento do poder executivo e legislativo a mexer-se contra o poder judicial, foi com o mero intuito do partido no poder ter ainda mais controlo sobre a sociedade (ex.: Polónia e Hungria).
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Re: Política em Portugal
« Responder #1464 em: Novembro 10, 2023, 11:27:11 am »
Do mal o menos, entre ter novas eleições e deixar-se um partido perpetuar-se no poder mesmo havendo indícios de corrupção, prefiro a primeira opção.

SE o governo não caísse, o povo diria que a corrupção é de tal ordem que nem a Justiça se mexe contra o partido no poder.

Todos os casos que tenho conhecimento do poder executivo e legislativo a mexer-se contra o poder judicial, foi com o mero intuito do partido no poder ter ainda mais controlo sobre a sociedade (ex.: Polónia e Hungria).

E Israel.


https://pt.euronews.com/2023/07/24/parlamento-de-israel-aprova-lei-conroversa-que-protege-o-governo-da-justica
 
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Re: Política em Portugal
« Responder #1465 em: Novembro 10, 2023, 11:42:39 am »
E com isto nunca mais se falou dos 4 milhões do Marcelo

Ele há coincidências do caraças não há?
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Re: Política em Portugal
« Responder #1466 em: Novembro 10, 2023, 11:44:55 am »
E com isto nunca mais se falou dos 4 milhões do Marcelo

Ele há coincidências do caraças não há?

Coincidências ou não, o governo tinha que cair e alguém tem que esclarecer os Portugueses em relação aos gémeos brasileiros.
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Re: Política em Portugal
« Responder #1467 em: Novembro 10, 2023, 01:40:00 pm »
Com distribuição de indecisos.

Vale bola mas é o que é

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Re: Política em Portugal
« Responder #1468 em: Novembro 10, 2023, 01:41:37 pm »
Não acredito que o PS tenha só 22%, o Sócrates teve 28% depois da bancarrota
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Re: Política em Portugal
« Responder #1469 em: Novembro 10, 2023, 03:56:09 pm »
Costa e Marcelo estiveram alinhados no convite a Centeno

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/costa-e-marcelo-estiveram-alinhados-no-convite-a-centeno

Estivemos quase a mantermos um Governo Socialista, mas com Centeno como PM. Mas duvido que ganhar 1/3 fosse atrativo para o Centeno!!!!!

Temos um Governo que caíu de podre e por teimosia do PM em manter o Galamba. Mas pelo que podemos já perceber, o problema não é só o Galamba!!!!!
Um Chefe de Gabinete ter 75 800€ em dinheiro no local de trabalho não é normal, inventem as desculpas que quiserem!!!!!
E ter um amigo sem salário a negociar interesses do Estado........ Isto não lembra a ninguém!!!!

Outro pormenor, o PM em funções é advogado, não é um Zé da Esquina que até a lei desconhece!!!!!

Também não é aceitável o PS e o PM fazerem-se de vítimas perante a justiça. Quem é que legisla? Não estão no Governo à 8 anos? Não tiveram tempo de melhorar a Justiça? Se calhar não interessa.........

Mas por fim é verdade, se a Justiça, que provocou a queda de um Governo, não conseguir acusar o PM, é caso para perguntar o que é que anda a fazer esta gente!!!!!!!
Ainda estamos à espera de ver o que vai acontecer a Sócrates........ e já por lá passou o Passos (4 anos) o Costa (8 anos)........... Justiça a arrastar os pés não é justiça!!!!!!