Paquistão: Benazir Bhuto morta em atentado terrorista

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Paquistão: Benazir Bhuto morta em atentado terrorista
« em: Dezembro 27, 2007, 01:46:49 pm »
http://www.lusa.pt/lusaweb/

Paquistão: Benazir Bhuto morta em atentado terrorista
A ex-primeira-ministra e dirigente da oposição paquistanesa Benazir Bhutto morreu hoje num atentado-suicida contra um comício seu, em Rawalpindi, que matou pelo menos 20 pessoas, indicou uma fonte do seu partido.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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André

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« Responder #1 em: Dezembro 27, 2007, 11:49:42 pm »
Pelo menos 14 mortos em vários pontos do Paquistão depois da morte da ex-primeira-ministra

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Pelo menos 14 pessoas morreram hoje em distúrbios registados em vários pontos do Paquistão depois do assassínio da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, informaram media electrónicos paquistaneses.

Dez pessoas morreram em tiroteios na cidade de Karachi (sul) onde activistas do Partido Popular do Paquistão (PP) de Bhutto incendiaram veículos e gasolineiras em várias partes da cidade, de acordo com uma fonte policial citada pelas televisões locais.

Outras duas pessoas morreram na cidade oriental de Lahore, onde partidários de Bhutto também incendiaram lojas, autocarros e viaturas, de acordo com um chefe policial da região.

Na localidade de Tando Allahyar, situada na província de Sindh (sudeste), a polícia carregou contra uma manifestação e nos confrontos morreu um manifestante.

Outro homem morreu num tiroteio no distrito de Khairpur, também em Sindh, segundo a polícia.

Os activistas do PPP reagiram à morte da sua líder atacando objectivos da Liga Muçulmana do Paquistão - Q e incendiaram gasolineiras e veículos.

A polícia paquistanesa dispersou à bastonada e com gás lacrimogéneo mais de uma centena de manifestantes em Peshawar (noroeste), testemunharam jornalistas.

Mais de uma centena de partidários de Benazir Bhutto bloqueavam a principal artéria da cidade, onde incendiaram painéis publicitários, gritando palavras de ordem hostis ao presidente Pervez Musharraf.

Uma esquadra da polícia foi apedrejada assim como viaturas particulares.

Manifestações ocorreram também na cidade de Multan (centro) onde uma centena de partidários do PPP de Bhutto queimou pneus e bloqueou a circulação.

Bhutto morreu hoje num atentado perpetrado no final de um comício em que participava na cidade de Rawalpindi, perto de Islamabad quando foi alvejada pelo seu atacante, que pouco depois fez explodir uma carga explosiva, causando a morte de outras 20 pessoas.

O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, declarou três dias de luto no país.

As forças de segurança foram colocadas em estado de alerta.

Foi o último de uma série recorde de atentados na história do Paquistão, principalmente atentados suicida, que fizeram cerca de 800 mortos em 2007.

Lusa

 

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André

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« Responder #2 em: Dezembro 31, 2007, 05:58:01 pm »
Viúvo de Benazir tem reputação sombria de «Sr. 10%»


Asif Ali Zardari

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O viúvo de Benazir Bhutto é um antigo ministro que passou oito anos na cadeia por alegados crimes de corrupção e tem a reputação sombria de «Sr. 10%», suspeito de aceitar «luvas».

No seu testamento, lido no domingo, Benazir indicava Asif Ali Zardari como seu sucessor à frente do Partido do Povo Paquistanês (PPP), em caso de ser morta. No entanto, Zardari, que é visto com suspeição por muitos paquistaneses, indicou o filho, Bilawal Bhutto Zardari, de 19 anos, para presidente do partido fundado pelo avô, Zulfikar Ali Bhutto, em 1967.

Enquanto Asif é figura proeminente na política paquistanesa, com uma reputação marcada por alegações de ter feito fortuna durante a governação de Benazir, o filho é visto como um cortês estudante anglófono de Oxford que passou no estrangeiro a maior parte da sua vida.

Bilawal disse, no domingo, em conferência de imprensa, que enquanto estiver a concluir o seu curso, o pai ficará a «tomar conta» do PPP.

Asif Ali Zardari, de 54 anos, vem de uma família feudal disparada para a fama após o seu casamento combinado com Benazir, que se tornou primeira-ministra pela primeira vez em 1988, três meses antes de dar à luz Bilawal.

Zardari é geralmente tido como o responsável pelas tribulações sofridas por Benazir durante a sua vida política, sendo a causa de, por duas vezes, ela ter sido forçada a deixar o poder.

Asif Zardari foi preso pela primeira vez em 1990, acusado de assassínio e fraude bancária, quando o primeiro Governo de Benazir foi demitido.

Foi libertado em 1993 e as acusações foram retiradas, incluindo a que alegava que Asif tentara extorquir milhões de dólares a um homem de negócios britânicos amarrando-lhe uma bomba à perna.

Zardari e os seus apoiantes disseram que as acusações eram falsas e tinham motivações políticas.

No segundo Governo de Benazir, Zardari foi ministro do Investimento, tendo ganho a fama de «Sr. 10 por cento» por, alegadamente, exigir comissões pelos contratos aprovados.

Foi preso pela segunda vez em 1996, acusado de corrupção e de participação no ataque ao irmão de Benazir, Murtasa, morto num tiroteio perto da sua casa em Carachi.

Depois de anos na prisão, enfrentado maratonas de julgamentos em diversos tribunais pelo país, Zardari foi libertado em Dezembro de 2004 e deixou o Paquistão para se juntar à família nos Emirados Árabes Unidos.

Zardari sofre do coração e de dores nas costas que, segundo os assessores, são resultantes do seu tempo na prisão.

Pouco se sabe de Bilawal, que passou a maior parte dos últimos oito anos nos Emirados, com a família.

É muito parecido com a mãe, com o rosto alongado e o nariz afilado, olhos negros e sobrancelhas espessas.

Enquanto o pai falou no domingo em urdu, a língua local e da zona noroeste da Índia, Bilawal exprimiu-se sempre em inglês, levantando dúvidas sobre o seu domínio da língua nacional paquistanesa.

Benazir, que também viveu muitos anos no estrangeiro, enfrentou no início alguns problemas linguísticos.

Em comentários breves, o jovem Zardari propôs-se continuar «a longa e histórica luta do partido pela democracia, com renovado vigor».

«A minha mãe sempre disse que a democracia é a melhor vingança», disse.

Fontes próximas da família indicam que Bilawal partilha os mesmos passatempos feudais do pai, cavalos e hipismo, tiro ao alvo e taekwondo, em que é cinturão negro.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #3 em: Janeiro 01, 2008, 04:38:42 pm »
Filho de Benazir Bhutto já deixou o país

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Bilawal Bhutto Zardari, filho da ex-primeira-ministro do Paquistão assassinada, deixou, esta terça-feira, o seu país, com destino ao Dubai.
Segundo revelaram fontes aeroportuárias, Bilawal Bhutto, entretanto nomeado sucessor da sua mãe à frente do Partido do Povo do Paquistão (PPP), viajou num avião da companhia de aviação dos Emirados Árabes Unidos, na companhia das suas irmãs, Bakhtawar, de 17 anos, e Aseefa, de 14.

«Os três chegaram a Karachi esta terça-feira à tarde, num voo interno proveniente de Sukkur, tendo depois tomado um outro voo, com destino ao Dubai», revelaram as mesmas fontes.

Bilawal, de 19 anos, já afirmou que pretende terminar os seus estudos na universidade britânica de Oxford, antes de se dedicar por completo ao partido fundado pela sua família.

Entretanto, é o seu pai, viúvo de Benazir Bhutto, que irá assumir a responsabilidade de liderar o PPP, antes de o entregar ao seu filho.

Diário Digital / Lusa

 

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Miguel

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« Responder #4 em: Janeiro 01, 2008, 04:42:14 pm »
Partidos Polilticos, de filhos para netos é uma nova face da monarquia?
 

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André

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« Responder #5 em: Janeiro 03, 2008, 02:14:49 pm »
Musharraf aceita Scotland Yard para investigar morte de Benazir Bhutto

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O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, aceitou a ajuda da Scotland Yard na investigação do atentado contra Benazir Bhutto.
Em mensagem à nação transmitida pela televisão, o presidente afirmou que pediu ajuda ao primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e que a equipa da Scotland Yard chegará em breve ao Paquistão para apoiar os investigadores paquistaneses.

Musharraf confiou em que a ajuda de especialistas britânicos permitirá acabar com as «dúvidas» suscitadas pela investigação governamental, cujos resultados preliminares foram rejeitados pelo partido de Bhutto.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #6 em: Janeiro 05, 2008, 02:49:46 pm »
Scotland Yard inspecciona local onde morreu Benazir Bhutto

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Uma equipa da Scotland Yard, presente no Paquistão para ajudar a inquirir sobre o assassínio da antiga primeira-ministra Benazir Bhutto, começou hoje a inspeccionar os locais do drama, informou a polícia.
Estes cinco peritos em anti-terrorismo e medicina legal da famosa polícia criminal britânica chegaram sexta-feira a Islamabad, a pedido das autoridades do Paquistão, face ao desejo do presidente Pervez Musharraf de que seja posto termo à controvérsia em torno da morte de Benazir Bhutto num atentado suicida em 27 de Dezembro, após um comício político.

«A equipa da Scotland Yard está a inspeccionar o local do comício e o ponto onde foi atacada» em Rawalpindi, próximo da capital paquistanesa, declarou um oficial da polícia.

A área onde foi realizada a manifestação política estava confinada por um cordão de comandos das forças especiais e até os jornalistas foram sujeitos a restrições de movimentos, segundo depoimentos de repórteres.

Os polícias britânicos devem também examinar o automóvel em que Benazir Bhutto encontrou a morte.

O presidente Pervez Musharraf não está «completamente satisfeito» com o inquérito local, embora reitere que o governo e os serviços secretos não tentaram eliminar pistas.

O chefe do Estado mostrou-se, contudo, irritado por os serviços municipais terem feito a limpeza do local do crime com jactos de água logo após o assassínio.

Assim, a tarefa da Scotland Yard será dificultada por esses procedimentos errados.

O partido de Benazir Bhutto considera, por seu turno, que a missão da Scotland Yard «não faz sentido».

«O próprio Musharraf afirmou que a equipa da Scotland Yard não está autorizada a interrogar aqueles de quem nós suspeitamos. Portanto, a sua intervenção está limitada», denunciou o porta-voz do Partido do Povo paquistanês (PPP) de Benazir Bhutto, Farhatullah Babar.

Islamabad responsabiliza pelo crime grupos ligados à Al Qaeda, enquanto que a oposição aponta o dedo a altos responsáveis ligados ao poder e os serviços secretos.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #7 em: Janeiro 06, 2008, 03:16:38 am »
Musharraf responsabiliza Bhutto pela sua própria morte, em entrevista à televisão CBS

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O presidente paquistanês Pervez Musharraf afirmou que a antiga primeira-ministro Benazir Bhutto foi a única responsável pelo ataque que lhe custou a vida no dia 27 de Dezembro.

Em entrevista difundida sábado pela cadeia norte-americana de televisão CBS, o presidente paquistanês responsabilizou Bhuto por se ter levantado para fora da sua viatura pelo tecto de abrir.

Na entrevista, Musharraf admitiu que Bhutto poderia ter sido atingida por uma bala na cabeça, ao contrário da versão oficial das autoridades, mas disse que o seu governo fez tudo o que podia para assegurar a protecção da candidata da oposição.

Segundo a versão oficial, Bhuto teria morrido por fractura craniana quando se levantou no automóvel para tentar escapar às balas de um atirador, antes da explosão da bomba do suicida.

O viúvo de Bhuto, em entrevista publicada sábado pelo Washington Post, acusou membros do regime paquistanês de envolvimento da morte da mulher e reclamou uma investigação das Nações Unidas sobre o assassinato.

Numa alusão indirecta à colaboração de polícias britânicos com a investigação do governo paquistanês, Asif Ali Zardari salientou que nenhuma "investigação dirigida pelo governo do Paquistão terá credibilidade".

Lusa

 

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André

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« Responder #8 em: Janeiro 14, 2008, 09:37:34 am »
Metade paquistaneses acredita na culpa do Governo na morte Bhutto

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Quase metade dos paquistaneses acredita que o Governo está por detrás do assassínio de Benazir Bhutto, segundo uma sondagem divulgada no domingo na capital do Pauistão.

Benazir Bhutto, ex-primeira ministra e líder da oposição, foi assassinada a 27 de Dezembro durante um comício, ataque que o Governo do presidente Pervez Musharraf atribuiu a extremistas islâmicos.

De acordo com o inquérito, 23 por cento da população paquistanesa acredita que a responsabilidade da morte de Bhutto é das agências do Governo, enquanto 25 por cento considera que políticos aliados do Governo estão por detrás do crime.

A sondagem, realizada pela empresa Gallup por inquéritos directos, incluiu 1.300 homens e mulheres de todo o país e apresenta uma margem de erro de cinco pontos percentuais.

Entretanto, o ministro da informação paquistanês, Nisar Memon, já pôs em causa o resultado do inquérito.

«Não acredito que seja representativo da população do Paquistão e que reflicta a realidade. É bastante claro que as pessoas sabem que os terroristas foram os responsáveis», afirmou.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #9 em: Janeiro 18, 2008, 02:05:30 pm »
CIA vincula Al Qaeda a assassínio de Benazir Bhutto

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A CIA responsabiliza a Al Qaeda e os aliados de um líder tribal paquistanês pelo assassínio da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, afirmou o director da agência, Michael Hayden, à edição desta sexta-feira do Washington Post.

Os comentários de Hayden são os mais incisivos de um responsável dos serviços secretos dos EUA sobre quem seria responsável pela morte da líder oposicionista no dia 27 de Sezembro, afirma o Post. Segundo o jornal, a opinião de Hayden é semelhante à do Paquistão.

Hayden disse que Bhutto foi morta por combatentes aliados a Baitullah Mehsud, líder tribal no noroeste paquistanês, com apoio da Al Qaeda.

Segundo o Washington Post, Hayden descreveu o assassínio como «parte de uma campanha organizada», que inclui ataques suicidas e outros atentados contra líderes do Paquistão.

Pouco depois da morte de Bhutto, o governo paquistanês atribui a responsabilidade a Mehsud.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #10 em: Janeiro 19, 2008, 03:05:24 pm »
Detido um suspeito de ligação a assassínio de Benazir Bhutto

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A polícia paquistanesa deteve um adolescente suspeito de ter participado num comando de cinco homens que teria como missão assassinar a antiga primeira-ministra Benazir Bhutto, anunciaram hoje responsáveis dos serviços de segurança.

O jovem, de 15 anos, confessou que fazia parte de um grupo de três portadores de bombas encarregados de matar Benazir Bhutto caso fosse mal sucedido o ataque efectuado por dois outros homens e que custou a vida à candidata presidencial a 27 de Dezembro em Rawalpindi, perto de Islamabad.

O suspeito, Aitezaz Shah, foi detido sexta-feira na cidade de Dera Ismail Khan, no noroeste do Paquistão, quando se preparava para realizar um atentado suicida, segundo responsáveis dos serviços de segurança que pediram para não ser identificados.

Peritos em anti-terrorismo e medicina legal da polícia criminal britânica Scotland Yard estão a colaborar com as autoridades do Paquistão, a pedido do presidente Pervez Musharraf, a fim de pôr termo à controvérsia em torno da morte de Benazir Bhutto num atentado suicida em 27 de Dezembro, após um comício político.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #11 em: Janeiro 29, 2008, 01:33:53 pm »
Governo diz que identificou suicida e o autor dos disparos

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O secretário do Ministério do Interior paquistanês, Kamal Shah, afirmou hoje que as autoridades identificaram o terrorista suicida que atacou a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, bem como o homem que disparou contra ela.

Em declarações à imprensa, Shah disse que Ikram Mehsud disparou contra Bhutto dois minutos antes do ataque suicida, e que o atirador conseguiu fugir do parque em Rawalpindi, perto de Islamabad, onde a líder opositora foi assassinada, a 27 de dezembro.

A cabeça do suicida, que a polícia encontrou após o atentado e que não tinha conseguido identificar, pertence a um terrorista chamado Bilal, acrescentou Shah, citado pelo canal Geo TV.

O secretário do Ministério do Interior disse que 22 das 23 vítimas fatais do ataque também foram identificadas.

Além disso, confirmou que Aitezaz Shah, um adolescente de 15 anos detido por envolvimento no atentado contra Bhutto, confessou que tinha sido treinado como suicida e que conhecia Ikram, Bilal e o líder talibã paquistanês Baitullah Mehsud.

Uma fonte da investigação citada hoje pelo jornal The News coincide em parte com esta versão, e afirma que Aitezaz revelou à polícia o nome dos envolvidos diretos na morte da ex-primeira-ministra: Ikram e Bilal.

O adolescente, que foi detido em Dera Ismail Khan, na Província da Fronteira Noroeste, foi entregue segunda-feira à noite à polícia do Punjab, sendo possível que a equipa da Scotland Yard o interrogue para saber se também está directamente envolvido no assassínio, segundo a fonte.

Após a morte de Bhutto, o Governo revelou a existência de uma alegada conversa telefónica entre Mehsud e um líder talibã, na qual eram mencionados os nomes de Ikram e Bilal como autores do ataque.

O Executivo paquistanês acusou Baitullah Mehsud pela morte de Bhutto desde o princípio, a quem liga à rede terrorista Al Qaeda.

Mehsud lidera a insurreição islâmica na cintura tribal paquistanesa, sobretudo na região do Waziristão do Sul, perto da fronteira com o Afeganistão, onde os combates com o exército são constantes e os talibãs paquistaneses estão a tentar tomar fortes militares, pontes e locais estratégicos.

O Partido Popular do Paquistão (PPP) de Bhutto suspeita que os serviços secretos paquistaneses estão por trás do atentado contra a ex-primeira-ministra.

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« Responder #12 em: Fevereiro 08, 2008, 01:38:50 pm »
Explosão de bomba matou Benazir Bhutto, diz polícia britânica

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Os detectives britânicos que investigam o atentado que matou a ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto atribuíram a causa da morte ao impacto causado pela explosão de uma bomba durante um comício da oposição na cidade de Rawalpindi, a 27 de Dezembro.
«A explosão levou a uma colisão violenta da sua cabeça contra o tejadilho do veículo em que estava, causando uma lesão severa e fatal», lê-se no relatório, assinado pelo detetive-superintendente John MacBrayne.

Os detectives da Scotland Yard deslocaram-se em Janeiro ao Paquistão para investigar as circunstâncias da morte de Bhutto a pedido do presidente Pervez Musharraf.

A conclusão dos polícias britânicos reforça a tese do governo paquistanês, que logo após o ataque afirmou que a ex-premeira-ministra tinha morrido na sequência do impacto causado pela explosão de um artefacto.

A família de Benazir, no entanto, contesta a versão do governo, e insiste que esta foi atingida por tiros.

Imagens de televisão divulgadas dias após o atentado em Rawalpindi, mostraram um homem a disparar tiros contra a ex-primeira-ministra.

A polícia britânica confirmou que houve disparos, mas defendeu que esta não foi a causa da morte de Bhutto. Segundo os detectives, depois de disparar os tiros o homem terá detonado os explosivos e Bhutto, que estava dentro de um veículo, teria batido com a cabeça contra o tejadilho.

A polícia acrescentou que havia apenas um homem-bomba na cena, e não dois, como se tinha especulado anteriormente.

No entanto, o Partido do Povo do Paquistão (PPP), partido de Bhutto, disse não estar convencido com as conclusões do relatório.

«O partido ainda está a avaliar o documento, mas é difícil concordar com as causas da morte apontadas pelos detectives», disse Sherry Rehman, porta-voz do PPP.

«Acreditamos que ela tenha sido morta por uma bala disparada pelo assassino», acrescentou, reiterando que o partido defende um investigação independente, realizada pelas Nações Unidas.

Quinta-feira, o governo paquistanês anunciou ter prendido dois acusados de envolvimento no atentado que tirou a vida a Benazir.

Um dos detidos seria um adolescente de 15 anos que confessou ter feito parte de uma equipa que recebeu instruções para matar a líder a oposição. O rapaz terá dito à polícia que o militante paquistanês pró-talibãs Baitullah Mehsud estaria por trás do atentado que matou Bhutto.

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Benny

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« Responder #13 em: Fevereiro 08, 2008, 04:30:29 pm »
Citação de: "Dandolo Bagetti"
O Populismo é a desgraça da humanidade.
O governante duma nação tem que ser o melhor dos melhores, e não um político populista escolhido pela massa ignorante.
A China está indo bem, porque sabe escolher os seus homens públicos.


A verdade é que a "China" não escolhe o quer que seja, pois vive sob um regime totalitário.

Espero, contudo, ver um dia eleições livres e democráticas na China (assim como na Russia, que já vai mais adiantada nesse caminho).

A meu ver, a ignorância e a opressão caminham de mãos dadas com o populismo.

Benny
 

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André

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« Responder #14 em: Março 01, 2008, 05:46:58 pm »
Líder talibã acusado de planear morte de Bhutto

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O líder talibã paquistanês Baitullah Mehsud foi hoje formalmente acusado pela polícia local de ter planeado o atentado que matou a ex-primeira-ministra do país Benazir Bhutto, segundo uma fonte oficial citada pela rede de TV Dawn.

A polícia já deteve outros cinco suspeitos de envolvimento no ataque à líder do Partido Popular do Paquistão (PPP), mas Mehsud continua em liberdade, supostamente na conflituosa região paquistanesa do Waziristão do Sul, perto da fronteira com o Afeganistão.

A ex-primeira-ministra morreu a 27 de Dezembro de 2007, na cidade de Rawalpindi (perto de Islamabad), após perder o equilíbrio e bater com a cabeça numa barra de metal em virtude do deslocamento de ar provocado por uma explosão, segundo as conclusões dos investigadores paquistaneses e da equipa da Scotland Yard que ajudou a esclarecer o assassínio.

Um dos acusados, identificado como Bilal, foi o que teria disparado tiros contra Bhutto e detonado os explosivos que carregava junto ao corpo.

Por sua vez, Ikramullah, outro envolvido no crime e que fugiu de Rawalpindi na manhã seguinte, estaria preparado para agir caso a líder do PPP saísse pela outra porta do carro.

Até agora, os detidos são Abdur Rashid Purabi, Hasnain Gül, seu primo Rafaqat, Sher Zaman e Aitezaz Shah, este um adolescente de 15 anos que teria recebido treino para cometer ataques suicidas.

Diário Digital / Lusa